quarta-feira, 30 de abril de 2008

As respostas da SGAL (A)

A. ASPECTOS GERAIS
A.1. Deverá o poder camarário voltar a intervir na cidade a uma escala como a atingida no Plano de Urbanização do Alto do Lumiar (PUAL) ou defende, pelo contrário, que à Câmara caberá apenas um papel fiscalizador, deixando à iniciativa privada o monopólio da urbanização da cidade?

A.2. Em termos genéricos, considera que uma urbanização com as dimensões, as pretensões e a localização periférica em relação à cidade que o Alto do Lumiar tem, é benéfica face ao que defende como estratégico para a cidade de Lisboa? No caso negativo, sendo poder, como pretende resolver a contradição – ajustando pragmaticamente a teoria à realidade do já construído ou adaptando o que falta construir ao que defende? De que maneira?


Resposta da SGAL:

Exmos Senhores,

Em resposta à v/ comunicação, de que pedimos nos relevem o atraso na resposta, permitimo-nos começar por informar que a SGAL tem mantido, em permanência, junto da CML, as diligências que contratualmente lhe são permitidas, no sentido de conseguir avançar com a concretização, em tempo, do Projecto Alta de Lisboa. Como certamente compreenderão, não nos parece ajustado, no quadro das relações SGAL/CML, dar conhecimento geral dessas diligências.

Como vai aparecer evidenciado ao longo deste texto, a SGAL não pode, por si só, fazer avançar o desenvolvimento da Alta – a CML é, obrigatoriamente, como parceira contratual e como autoridade municipal, também parte directamente interveniente e responsável pelo lançamento e concretização de qualquer projecto, obra ou actividade a realizar na Alta de Lisboa.

Relativamente às questões concretas levantadas, a SGAL entende transmitir o seguinte:

A - ASPECTOS GERAIS
O Projecto em curso na Alta de Lisboa é resultado de uma parceria público-privada entre a CML e a SGAL, cujo objecto é o desenvolvimento integral de uma área com cerca de 300 hectares, que compreende a construção de Infraestruturas e Equipamentos, para além de edifícios com usos diversificados, formalizada num contrato (Contrato Inominado), celebrado na sequência de um concurso internacional, ganho pela SGAL.

O Contrato pressupõe um investimento das duas Partes (a SGAL em obras, a CML em cedência de terrenos).

A SGAL realiza obras de urbanização (infraestruturas, equipamentos, espaços públicos, …) adquirindo, no momento em que as inicia, o direito a receber da CML lotes de terreno correspondentes ao valor dessas obras. A valorização, quer das obras, quer dos terrenos, está estabelecida contratualmente e indexada, segundo fórmula explicitada no Contrato, à evolução dos preços.

A SGAL executou, até ao momento, obras no valor aproximado de 320 M€ correspondentes a cerca de 81% do total, enquanto a CML apenas transmitiu para a SGAL lotes de terreno correspondentes a cerca de 56%.

Existem atrasos muito significativos, quer na transmissão de lotes da CML para a SGAL, quer na libertação, por parte da CML, dos terrenos necessários ao desenvolvimento das obras de urbanização (infraestruturas, equipamentos, áreas públicas, …) resultando daí grande parte dos graves inconvenientes hoje existentes que afligem as populações e causam elevadíssimos prejuízos à Empresa, para além de atrasarem o desenvolvimento do Empreendimento.

A SGAL, apesar de todas as dificuldades, em particular as resultantes dos atrasos na libertação de terrenos para desenvolvimento das infraestruturas e na transmissão de terrenos para construção de venda livre, continua empenhada em assegurar, como previsto no Contrato, o desenvolvimento integral, e em tempo, do Empreendimento, sendo claro exemplo disso os enormes investimentos já feitos.

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CineConchas - cinema ao ar livre na Quinta das Conchas


Foi hoje apresentado ao público o programa das Festas de Lisboa 2008, no Palácio Marquês do Pombal, no Bairro Alto, que inclui, entre muitas coisas giríssimas que decorrerão desde o início de Maio ao fim de Julho, um evento organizado aqui pelo Viver na Alta de Lisboa - BI cívico, em parceria com o Centro Social da Musgueira e a EGEAC. Estamos a falar, evidentemente, do...

CineConchas!!!




O CineConchas é um ciclo de cinema ao ar livre que terá lugar na Quinta das Conchas durante o próximo mês de Julho.

A temática escolhida é o Amor e o Afecto, com um leque de filmes de qualidade, de várias nacionalidades, com essa linha comum. Pretende-se dar ao público, para além da vivência dos espaços públicos do seu bairro a propósito de uma actividade inédita nestes moldes, a oportunidade de ver e sentir o Amor nas suas várias caracterizações: paixão, sedução, traição, confiança, rejeição, perdão, saudade, amor incondicional, amor fraternal, amor platónico, amor próprio.

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terça-feira, 29 de abril de 2008

Eis-ias!

E dez semanas depois do envio do documento Alto do Lumiar - que futuro?, chegam finalmente as respostas de um dos principais actores do projecto, a SGAL. Estão organizadas pelas famílias de perguntas (A a G) e serão publicadas a partir de amanhã, com essa separação.

Recorde-se que as perguntas foram enviadas para todos as forças políticas da CML e AML, para as JF's abrangidas pela Alta de Lisboa, para a SGAL e também ex-Presidentes da CML. Até agora, apenas chegaram à nossa redacção as respostas do Vereador Manuel Salgado, as dos Cidadãos por Lisboa, e, hoje, as da SGAL. Tirem os leitores as ilações quanto ao interesse e capacidade de reflexão por parte da maioria dos agentes decisores da cidade de Lisboa sobre este projecto.

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Alcântara recebe investimento de 407 milhões de euros até 2013

Alcântara recebe investimento de 407 milhões de euros até 2013
PÚBLICO, 29.04.2008, Luísa Pinto

Governo promete que tráfego ferroviário, rodoviário e marítimo vão fluir melhor, mesmo com o quádruplo dos contentores

O projecto foi apresentado na ausência do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, mas com uma delegação de peso do Governo: primeiro-ministro, ministro das Obras Públicas e secretária de Estado dos Transportes estiveram ontem em Alcântara para anunciar o fim do "bloqueio" ao nível ferroviário, rodoviário e portuário que ali existe. Com o projecto Nova Alcântara, um investimento de 407 milhões de euros, a pagar por várias entidades, o Governo quer levar a cabo intervenções em várias frentes, no terreno e no leito do rio, até 2013.





No final das intervenções, Alcântara terá um terminal de contentores com quase o quádruplo da actual capacidade, uma linha ferroviária desnivelada, a construir em túnel, entre o terminal e a Linha de Cintura. Uma nova zona de acostagem e de operação de barcaças também fazem parte do projecto. Está ainda prevista uma ligação fluvial entre o terminal de contentores de Alcântara, concessionado à Liscont (ver caixa), e a plataforma logística de Castanheira do Ribatejo.

Dos 407 milhões de euros previstos para o investimento, a principal fatia será assegurada pela empresa privada que está a explorar a concessão do terminal de contentores: 227 milhões de euros. O restante investimento será assegurado pela Administração do Porto de Lisboa e pela Rede Ferroviária Nacional, que investirá cerca de 59 milhões de euros.

Ligação em túnel
A ligação ferroviária da Linha de Cascais à Linha de Cintura, em túnel, irá permitir, segundo a informação ontem disponibilizada, a continuidade dos serviços urbanos de passageiros entre as duas linhas e a construção de uma nova estação subterrânea em Alcântara-Terra. O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações estima uma procura para a Linha de Cascais, com aumentos na ordem dos 39 por cento, de 41,8 milhões de passageiros, em 2017, contra os actuais 30 milhões (acréscimo de 11,5 milhões de passageiros).

Entre os benefícios que esta intervenção irá trazer, a nível nacional e internacional, será, segundo o Governo, um conjunto de ligações directas de todo o corredor Cascais--Oeiras à zona ocidental da cidade e à Linha de Cintura, "permitindo ganhos de tempo e acréscimos de conforto substanciais", como frisou a secretária de Estado, citada pela Lusa.

"As pessoas não têm que sair de um comboio e andar bastante a pé para apanhar outro comboio, porque vão ter ligações a qualquer estação de metro que esteja ligada à Linha de Cintura, vão poder chegar directamente à Gare do Oriente e futuramente ao novo aeroporto de Lisboa e a Setúbal, também com prazos bastante razoáveis e com conforto", revelou. Comparando os tempos hoje realizados entre Cascais e Sete Rios, por exemplo, estima-se uma redução do tempo de viagem em cerca de 30 minutos.

Concessão prorrogada por mais 27,5 anos
A exploração do terminal de contentores de Alcântara estava concessionado à Liscont, uma empresa do grupo Mota--Engil até 2015. Segundo um comunicado enviado ontem à Comissão de Mercado de Valores Imobiliários, pelo grupo liderado por António Mota, e fruto do investimento de 226 milhões de euros que ali vai ser feito para "implementar um ambicioso plano de ampliação desta infra-estrutura", o prazo de concessão vai ser prorrogado por mais 27,5 anos. Ou seja, até 2042, para permitir fazer o reequilíbrio económico-financeiro da concessão. Os termos do novo contrato devem ser redigidos no prazo máximo de 90 dias, adiantou a Mota-Engil.

Carmona Rodrigues diz-se "chocado"
Ex-ministro das Obras Públicas, ex-presidente da Câmara de Lisboa e actualmente vereador independente, Carmona Rodrigues conhece bem as questões relacionadas com o porto de Lisboa e os seus projectos de expansão. E disse, ao PÚBLICO, estar "chocado" com a "forma inacreditável" como o Governo tem vindo a tomar "decisões estruturantes para a cidade" sem ouvir a autarquia.

A câmara lisboeta não esteve representada na cerimónia de apresentação do projecto Nova Alcântara e Carmona Rodrigues diz que soube do assunto pelos jornais. "Acho incrível que os órgãos da cidade não sejam auscultados, e é ainda mais incrível ver o presidente da câmara a dizer que "tem indicações de que não se trata de um novo terminal, mas sim de um rearranjo do mesmo"", notou o vereador, que questiona: "Mas o presidente da câmara não sabe o que se está a passar?"

E o que se está a passar? "O Governo está a decidir o Nó de Alcântara, como decidiu a terceira travessia [do Tejo], à margem da cidade", responde Carmona Rodrigues. "Mais valia a senhora secretária de Estado admitir que, afinal, as Autoridades Metropolitanas de Transportes não são precisas para nada, porque é isso que tem demonstrado", criticou o ex-ministro.

Tendo o próprio Carmona Rodrigues apresentado um projecto na câmara a que presidiu para o local, e depois de se ter manifestado publicamente contra a intenção do porto de Lisboa em ampliar as suas instalações de Alcântara para aumentar a sua capacidade, o actual vereador adivinha "alguma proximidade às propostas" que já foram feitas. E, se não tem dúvidas em considerar "interessante" as propostas de desnivelamento ferroviário, manifesta preocupação com a extensão da área que vai ser concessionada à Liscont, que pretendia ampliar o terminal de contentores até à doca de Santos. "Sempre defendi, enquanto ministro, que a operacionalidade do porto aumentaria com a desburocratização e com um melhor aproveitamento de espaços", lembrou, questionando, ainda, os aumentos de procura previstos para a Linha de Cascais, e o pesado investimento que terá de ser feito para substituir todo o material circulante daquela linha. L.P.

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segunda-feira, 28 de abril de 2008

Todos pela Alta, 2º round

Mais uma chamada para os leitores que se queiram juntar ao grupo já formado. Um grupo constituído por moradores, associações, instituições e movimentos que têm como convicção comum a validade do Plano de Urbanização do Alto do Lumiar para Lisboa, e que nutrem ainda uma réstea de esperança, vontade e inteligência para procurar soluções para os preocupantes atrasos do projecto, os silêncios cobardes e respostas vazias que CML e SGAL, principais actores deste projecto, têm dedicado à última parte da cidade projectada com coerência e saber.

Mais uma semana a juntar vontades. Na sexta-feira, envia-se um mail a combinar reunião.

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Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (G)

G. FREGUESIA
G.1. Lisboa – como o resto do país –, apresenta um quadro de distribuição de freguesias assimétrico quer em relação a áreas quer em relação ao número de habitantes. Independentemente da discussão mais abrangente da reforma do sistema de organização autárquica do país, considera que a divisão administrativa actual da Alta de Lisboa por três freguesias permite uma gestão eficaz do espaço e das populações? Deverá considerar-se a longo prazo a criação de uma nova freguesia, correspondendo grosso modo – com acertos de pormenor nos seus limites – à área objecto de urbanização, aquando da reforma das freguesias olisiponenses? É, pelo contrário, urgente a criação de uma nova freguesia?


Resposta dos Cidadãos por Lisboa:





Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

O relatório do PUAL aponta para uma reestruturação da divisão administrativa da área de intervenção do Plano apontando para uma única junta de freguesia. Contudo não é no âmbito do Plano que esta questão deverá ser debatida ou decidida. A reorganização administrativa da cidade e o redesenho dos limites das freguesias tem sido uma questão muitas vezes colocada e pouco debatida.

Existem em Lisboa e nos municípios adjacentes várias propostas locais de redefinição dos limites das freguesias (por exemplo na zona da Expo) e mesmo de integração de certas freguesias noutros concelhos (por exemplo Moscavide).

Não sendo uma prioridade a definição de uma nova estrutura administrativa da cidade, não se deverá deixar de equacionar o desajuste da actual divisão à realidade da gestão do espaço e da optimização de recursos financeiros e humanos.

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domingo, 27 de abril de 2008

Passear

Um dia será possível apanhar o barco em Calvanas, junto do local onde alguns séculos antes se pensou construir uma coisa chamada Porta Sul, e ir a Carnide almoçar um Bife na Pedra.

Até lá, a travessia do Tejo é uma agradável e repousante alternativa. O passeio entre Belém e Trafaria é fantástico. A novidade é que os ferries que faziam a ligação do Cais do Sodré a Cacilhas passaram também a partir de Belém. E são tão bonitos...

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Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (F.3.)

F.3. Recentemente, a realização na Quinta das Conchas de uma mega-exposição evocativa das memórias do bairro, importante para reunir e promover o convívio entre populações, foi inviabilizada pela exigência, por parte da CML, do pagamento de uma taxa de utilização dos espaços verdes incomportável para as instituições não-governamentais organizadoras. Defende a manutenção da aplicação de uma taxa única sobre a utilização de espaços de lazer independentemente do sujeito, a sua aplicação tendo em consideração o mesmo ou, pura e simplesmente a sua anulação, em nome de uma maior fruição destes espaços?


Resposta dos Cidadãos por Lisboa:




Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

A gestão do espaço da Quinta das Conchas é da responsabilidade da CML/DMAU, sendo as condições gerais de utilização regulamentadas pela Câmara. Naturalmente que qualquer situação de apoio específico a determinadas actividades pode ser individualmente analisada pelos pelouros respectivos.

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sábado, 26 de abril de 2008

Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (F.2.)

F.2. O Centro Social da Musgueira tem tido um papel essencial na integração social da população carenciada adolescente, na formação de crianças e no apoio a idosos e excluídos. A qualidade e validade do seu projecto social e educativo têm sido comprovadas pelas centenas de visitas oficiais e oficiosas de responsáveis políticos e económicos que teve ao longo dos últimos anos. No entanto, as suas instalações estão decrépitas, sendo o único conjunto de edifícios pertencentes à antiga Musgueira que ainda se mantêm de pé, mercê dos atrasos na aprovação do projecto do novo edifício e início da respectiva empreitada. Quer comentar?


Resposta dos Cidadãos por Lisboa:




Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

Quanto ao Centro Social da Musgueira informa-se que o PUAL não prevê a relocalização do mesmo. Porém, e atendendo ao reconhecimento por parte do município das valências sociais que o Centro opera junto da população, a CML propôs a sua relocalização na Malha 2- Bairro da Cruz Vermelha. No entanto, actualmente a Associação dos Moradores da Rua Queiroz Pereira questiona a dimensão do Centro. O Projecto de Arquitectura está aprovado.

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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Amanhã haverá Yoga na Quinta das Conchas

A iniciativa é do Centro Terra Cristal Lisboa, e está aberta a todos os participantes. Decorrerá aos Sábados, dias 26 de Abril e 11 e 24 de Maio, às 10h na Quinta das Conchas - Lumiar. A inscrição custa apenas 5 € e deverá ser feita com Caroline Mello - 96 769 474 - (carolinemello@terra.com.br). Convém levar roupas confortáveis e leves e um tapete para yoga ou uma toalha de praia (se preferirem fazer na relva também podem não levar nada). A confirmação com a Caroline é que é mesmo indispensável.

O Centro Terra Cristal de Lisboa tem inúmeras outras actividades e a sede é no centro da Alta de Lisboa.

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Autivos querem cidadarcas participatãos.

"Decisões políticas serão eficazes se partilhadas pela comunidade."

"Motivar os cidadãos a envolverem-se na vida democrática e encorajá-los a participarem nas decisões políticas."

"Devolver aos cidadãos a intervenção nas escolhas e no planeamento das suas comunidades."

"Mais do que esperar que as populações se dirijam à câmara, serão os autarcas a ir ao encontro das pessoas, escutando-lhes aspirações e anotando as suas preocupações."

"Orçamentos participativos, atendimentos públicos, reuniões de câmara e assembleias municipais descentralizadas, visitas temáticas e o melhoramento das acessibilidades de comunicação com os decisores (presidentes e vereação)."

"A democracia não se constrói só de quatro em quatro anos, com o voto."


(fotografia de Alfredo Cunha)


Não foi um revolucionário de esquerda quem disse isto. Foi Fernando Ruas, na campanha Cidadania Activa lançada na 3ªfeira passada pela Associação Nacional de Municípios Portugueses, da qual é presidente. O mesmo Fernando Ruas, também presidente da Câmara Municipal de Viseu, que há menos de dois anos incitou a população a "correr à pedrada" os fiscais do Ministério do Ambiente que estivessem a fazer o seu trabalho.

As frases, as outras, as sérias, são bonitas. Mas não são novas, o auto-diagnóstico de falha democrática não é recente. E sim, de 4 em 4 anos, os cidadãos são incitados a participar, os grupos formais e informais de cidadãos são tratados com deferência e aquele olhar de atenção com brilhozinho, com apertos de mão e palmadinha no ombro com a frase a rematar: "já sabe, tem aí o meu número, qualquer coisa, ligue". A poia do cão, o buraco na estrada, leia-se. Porque normalmente a visão de cidade não vai mais longe. E a disponibilidade também não, acaba depois das eleições.

Nos nossos contactos vários na CML encontrámos de tudo, gente disponível para ouvir, para pensar em conjunto e procurar soluções, mas também Vereadores inacessíveis, com assessores incontactáveis, com secretárias muito mais eficazes a selar o bunker burocrático onde trabalham do que a servir e informar o munícipe. Os governantes eleitos têm portanto não só a obrigação, difícil tarefa, de fomentar a consciência e participação da população nos problemas do país, como mudar também as mentalidades dos funcionários que trabalham consigo.

No nosso caso, da Alta, isto é tão visível que até irrita. Uma população maioritariamente deprimida e incapaz de reagir à morte anunciada da cidade que lhes venderam, Juntas de Freguesia silenciosas - por ignorância ou desinteresse? - quanto aos preocupantes atrasos do PUAL, uma SGAL entorpecida e medrosa, incapaz de agir, de reagir, de pensar em voz alta (pensará ao menos em voz baixa?), e a CML com um Vereador do Urbanismo com um discurso que desilude os que acreditaram que o seu passado de arquitecto e urbanismo fizesse diferença nas já normais evasivas respostas políticas.

A notícia do DN cita João Lobo Antunes, convidado de honra da cerimónia de abertura da tal Campanha Cidadania Activa:

A ideia da campanha, sublinhou, nasceu do "divórcio entre a vida política e as pessoas" cada vez com menos tempo no quotidiano para dedicarem à comunidade. "Há qualquer coisa que nos está a fechar em casulos impermeáveis de ansiedade e de preocupação", disse Lobo Antunes, lançando o repto aos autarcas para se afastarem de um certo "pensamento paroquial". O neurocirurgião lembrou um episódio de ineficiência quando, há anos, em conversa com um governante a quem fizera sugestões de serviço, este o ouviu e à laia de despedida lhe disse ponha lá isso por escrito. "É evidente que não pus, pois a frase era sinónimo de que não iria fazer nada", esclareceu o médico, advertindo para a necessidade de os cidadãos sentirem que estão mesmo a participar nas decisões. "A cidadania exerce-se com talento de cada um", rematou.

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Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (F.1.)

F. REABILITAÇÃO E INTEGRAÇÃO SOCIAL

F.1. Genericamente, qual a sua posição face à reabilitação e realojamento dos bairros degradados – concorda com a dispersão dos seus moradores por edifícios situados em bairros de venda livre ou considera melhor no interesse de todos – realojados incluídos – a manutenção das relações de vizinhança, do tipo de habitação (maioritariamente térrea) e do núcleo que os anteriores bairros constituíam (acrescentando-lhes, obviamente, todas as condições de habitabilidade e autosustentação previstas por lei e garantidas pelo bom-senso)?


Resposta dos Cidadãos por Lisboa:




Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

F1.
A estratégia de realojamento subjacente ao PUAL é a de não haver uma segregação das populações realojadas sendo que deverá haver uma ponderada redistribuição dos fogos de realojamento e de venda livre.

Face à necessidade de se proceder ao urgente realojamento da população foram primeiramente edificados diversos conjuntos habitacionais, que serão enquadrados/envolvidos por edifícios de venda livre, contribuindo assim para a integração social das famílias realojadas e despromovendo situações de gueto e de segregação social.

As condições de habitabilidade dos edifícios/fogos de realojamento respeitaram a legislação em vigor à data.

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quinta-feira, 24 de abril de 2008

Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (E)

E. SERVIÇOS
E.1. O PUAL materializa um ratio habitação/serviços de 3/1. Pensando quer em termos de cidade quer em termos de viabilidade da urbanização, concorda com esta proporção? Até ao presente não se encontra edificada qualquer das zonas previstas para serviços. No seu entender, em que momento deverá ter inicio a construção de escritórios? Tem conhecimento de eventuais impedimentos para a sua concretização? Quais e o que está a ser feito para a sua eliminação?


Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

Após a concretização do realojamento (operação essencialmente concluída em 2003) foi estabelecida como estratégia, a par da habitação venda livre, a execução das infra-estruturas estruturantes e áreas âncoras com vista a fomentar a atractivamente e dinâmica da nova malha urbana, nesta mediada foram desenvolvidas as operações urbanística para as M5, a M22.1/22.2, o Complexo desportivo, e os Grandes parques urbanos.

Os grandes equipamentos desportivos e parques urbanos encontram-se parcialmente edificados. Os processos urbanísticos das referidas malhas estão em conclusão prevendo-se o início de obra no presente ano.

Em suma, 20% da área total de construção preconizada no PUAL está afecta a comércio/serviços. Os grandes núcleos de serviços terão de ter um suporte de infra-estruturas viárias que garantam a sustentabilidade dos empreendimentos.

No âmbito da revisão do PUAL está ser equacionado o aumento da área de serviços em detrimento da área habitacional.

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quarta-feira, 23 de abril de 2008

Petição pela esquadra de polícia

A ARAL deu início a uma petição online a enviar ao Ministro da Administração Interna, ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e ao Director Nacional da Polícia de Segurança Pública, com o objectivo de os sensibilizar para a necessidade premente de instalação da 6ª Divisão Policial no Alto do Lumiar, que abrange as Freguesias da Ameixoeira, Charneca e Lumiar.

Relembre-se que este edifício foi construído pela SGAL, ao abrigo do contrato que envolve o PUAL, mas ficou, depois de pronta, cerca de um ano fechada, sem utilização, por morosidade burocrática.

Entretanto, o MAI decidiu contrariar as intenções iniciais de ali fazer uma SuperEsquadra e deslocou para este novo edifício apenas a Divisão de Trânsito. Para passar multas e coisas assim.

Diz assim a petição:


Excelentíssimos Senhores,

Ministro da Administração Interna,
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
Director Nacional da Polícia de Segurança Pública

Nós abaixo assinado e residentes das Freguesias da Ameixoeira, Charneca e Lumiar, vimos desta forma demonstrar a nossa profunda preocupação perante a notícia de que não será instalado um novo comando de Divisão Policial no Alto do Lumiar.

Deste modo solicitamos que :

1. O Ministério da Administração Interna/ Direcção Nacional da PSP e a Câmara Municipal de Lisboa, suspendam a transferência da Divisão de Trânsito para as instalações municipais recentemente concluídas na Av. Maria Helena Vieira da Silva/ Alto do Lumiar e que no local seja instalado um comando de divisão de competência genérica e uma esquadra conforme sempre esteve planeado.

2. Que no Protocolo de cedência das referidas instalações ao Ministério da Administração Interna/PSP, fique explícito que as mesmas são destinadas a um Comando de Divisão Policial, de competência genérica que, em conjunto com Esquadras da sua dependência, assegurem o policiamento de proximidade em toda a Zona Norte de Lisboa, adequado à população residente nas áreas geográficas das Freguesias da Ameixoeira, Charneca e Lumiar.


Assinar aqui.

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Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (D.1. e D.2.)

D. EQUIPAMENTOS D.1. Como pensa que devem ser geridos os principais equipamentos já construídos e a construir na Alta de Lisboa? Devem continuar a ser geridos apenas pela Câmara, ou devem ser estabelecidas parcerias, nomeadamente com a SGAL e/ou com terceiros(privados ou instituições que operem na zona), em condições a acordar para sua gestão?

D.2. Concorda com o tipo de equipamentos previstos e com as dimensões dos mesmos? No caso dos Centros Culturais, um deles situado no Eixo Central em frente ao Parque Oeste, verifica-se que a volumetria e as áreas previstas são, no presente, claramente insuficientes para esses equipamentos, em particular se se pretender que um deles seja uma Sala de Espectáculos podendo assim atingir um público mais vasto. Na sua opinião, perante esta incompatibilidade, deverão ser reunidas condições para a viabilização do Centro ou deverá ser mantido o rigor do planeado, inviabilizando-se assim esta infra-estrutura?



Resposta dos Cidadãos por Lisboa:





Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

D. Equipamentos
A cidade é construída por todos e para todos. Em prol dos fins planeados e na perspectiva do interesse público cabe-nos gerir todas as sinergias que se mostrem eficazes à prossecução dos mesmos.

Sempre que se verifique evolução das condições sócio-económicas que estão subjacentes e fundamentam as opções definidas no plano justifica-se a sua alteração ou mesmo revisão.

A área de construção prevista no PUAL para os equipamentos Escolares, de Acção Social e Cultural tem-se mostrado insuficiente para cumprir os requisitos técnicos aplicáveis ao programa funcional dos respectivos equipamentos i.e., no caso dos equipamentos Escolares e de Acção Social verifica-se que para cumprir os parâmetros regulamentados no item capacidade em conformidade com os requisitos funcionais aplicáveis supera-se (portanto incumpre-se) a área de construção regulamentada.


Dimensionamento da rede:

Desde a elaboração do Plano verificou-se uma revisão/actualização das Normas de programação e caracterização (Standards urbanísticos) das redes de equipamentos colectivos como é o caso específico da Rede de Equipamentos de Saúde.
A Direcção-Geral de Saúde, ARSLVT, entidade com a responsabilidade de promoção dos respectivos equipamentos, dispensa-se de executar os equipamentos que não se enquadrem nas necessidades inventariadas nos termos das normas de programação em vigor.

De acordo com o que tem vindo a ser afirmado pela ARSLVT e confirmado pelo Departamento de Planeamento Estratégico (DPE), face aos standards urbanísticos em vigor, a rede de equipamentos de Saúde, programada no PUAL, está sobredimensionada.

A ARSLVT prevê a execução de uma única Extensão de Centro de Saúde das 11 programadas.

Também relativamente ao Serviços / infra-estruturas e em face às alterações tecnológicas ocorridas a EPAL e a TLP atestam a dispensa das infra-estruturas programadas.

Em síntese constata-se que a programação e dimensionamento das redes de equipamentos assentam em critérios que tem vindo a ser objecto de revisão/actualização, a saber:
  • Alteração da legislação especifica aplicável ao dimensionamento e caracterização dos equipamentos de ensino, saúde e acção social;
  • Actualização do recenseamento populacional – censos de 2001, o que permitiu uma caracterização sócio-cultural do universo populacional em presença.


D1.
É fundamental que os equipamentos sejam plenamente utilizados e vividos, pelo que na sua gestão devem ser acolhidas múltiplas formas de utilização. Cabe, no entanto, aos serviços da Câmara receptores dos equipamentos municipais dinamizar essas múltiplas formas de usufruto.

D2.
Ao longo do tempo, as políticas de planeamento e gestão dos equipamentos públicos vão sofrendo alterações, sendo que em determinados momentos se pretendem muitos equipamentos de pequena dimensão e noutras alturas se prefere concentrar energias em poucos equipamentos de maior dimensão – é o que sucede no presente plano com os equipamentos de saúde.
É necessário que o Plano saiba evoluir, para conformar essas alterações estratégicas sem perda de rigor e validade enquanto instrumento urbanístico.

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terça-feira, 22 de abril de 2008

Isabel Aguirre, autora do Parque Oeste, hoje, no CineCidade

Arquitecta paisagista do Parque Oeste, Isabel Aguirre virá hoje ao CineCidade falar do seu projecto na Alta de Lisboa, apresentá-lo sob o seu prisma e responder a dúvidas da plateia. Uma boa oportunidade para se pensar e aprender um pouco mais sobre arquitectura e sobre as cidades, as motivações e preocupações de quem a projecta, as inquietações de quem a vive.

E claro, para a parte Cine da Cidade, a conversa andará também em redor do The Draughtsman's Contract, de Peter Greenaway.


Tudo isto, hoje, às 18h30, na

Academia Portuguesa da História
Palácio dos Lilases,
Alameda das Linhas de Torres, n.º 198-200

Ver aqui como lá chegar.

O CineCidade é uma iniciativa do Viver na Alta de Lisboa - BI cívico, em parceria com a Academia Portuguesa da História e o apoio da SGAL.

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Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (C.1.)

C. INFRAESTRUTURAS
C.1. No caso das infra-estruturas realizadas e das quais a Câmara já tomou posse, entende que projectista e executante ainda farão parte das entidades com quem dialogar, na resolução de problemas de concepção /adaptação? Deverá o diálogo ser feito apenas com moradores e utentes? Deverão ser os serviços os únicos participantes no delinear das soluções, cabendo a última e única palavra decisória aos responsáveis políticos?

Resposta dos Cidadãos por Lisboa:




Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

C. Infra-estruturas
Na cidade todos os agentes são relevantes para o processo de diagnóstico e solução dos problemas. Tratando-se de uma operação de iniciativa municipal caberá à CML concertar soluções e empreender a respectiva execução.

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segunda-feira, 21 de abril de 2008

Todos pela Alta

Face às tomadas de posição e ao voluntarismo de alguns dos comentadores que gostariam de ver uma atitude mais activa dos moradores da Alta, convidamos desde já todos aqueles que se sentirem dentro desse espírito a enviar-nos um mail para combinarmos um encontro para delinear estratégias e acções.

A Alta de Lisboa é o maior plano de urbanização alguma vez feito em Portugal. O seu insucesso é o insucesso de um país, de uma população. É a assunção da nossa incapacidade para nos organizarmos, para programarmos, para levarmos uma ideia até ao fim. É o falhanço do planeamento das cidades, dos governos e das populações que não souberam exigir aos seus governantes qualidade e responsabilidade de governação.

A Alta de Lisboa encontra-se num ponto sem retorno, as oportunidades estão a perder-se, o tempo joga a desfavor. É necessária união entre os moradores para conseguirmos que este projecto se viabilize. É necessário pressionar a CML e SGAL para que tenham uma postura mais transparente, para que se cumpra da calendarização do projecto.

Este desafio está aberto a todos, moradores, associações e instituições.

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Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (B.5.)

B.5. Os arruamentos da zona apresentam algumas deficiências quer ao nível da gestão quotidiana (por exemplo, falta de pintura das passadeiras) quer ao nível do aperfeiçoamento das soluções existentes(necessidade de protecção dos peões no cruzamento do Eixo Pedonal com as vias de maior tráfego, cruzamentos rodoviários perigosos). Para alguns destes casos foram apresentadas propostas em sessão de Câmara, algumas retiradas por terem sido consideradas “pouco dignas” com a promessa, por parte de alguns vereadores, do assunto ser resolvido de modo abrangente ao nível da cidade.

Até hoje, nem ao nível dos serviços, nem ao nível dos vereadores eleitos foram apresentadas/propostas soluções. Quer comentar?


Resposta dos Cidadãos por Lisboa:




Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

B5.
Nas reuniões já havidas com a SGAL foi transmitido que todas as questões relacionadas com o espaço público são prioritárias e que se terá de encontrar uma coerência geral a nível de acabamentos e materiais para a totalidade da urbanização.
As questões da segurança e sinalética horizontal e vertical terão de ser uniformizadas, revistas e corrigidas nas zonas em que não consideramos estarem reunidas as condições de utilização segura do peão. Estas questões foram já transmitidas à SGAL para revisão dos projectos existentes, adequação à legislação existente, correcção de situações detectadas e execução de situações em falta.

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domingo, 20 de abril de 2008

Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (B.3. e B.4.)

B.3. A ligação entre a referida avenida e a 2ª Circular denominada “Porta Sul” encontra-se consubstanciada num projecto que, não contendo, na opinião de todas as partes envolvidas, a solução ideal, tem a virtude de resolver todas as questões emergentes de uma tal intervenção e está pronto a ser executado. Aparentemente anuncia-se um adiamento sine die da obra para revisão total das opções tomadas. Tem conhecimento desta posição da CML? Concorda com ela? É legítimo o adiamento de prazos – com o que o mesmo comporta de continuação dos problemas – quando se discorda das opções tomadas pela vereação anterior?

B.4. No caso de não existirem objecções ao projecto aprovado para a “Porta Sul” e considerando as restrições orçamentais actuais, deverá esta obra ser prioritária ou defende que a mesma terá de esperar por um maior desafogo financeiro da autarquia?



Resposta dos Cidadãos por Lisboa:





Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

B3.
A resolução da porta sul deve ser encarada enquanto ligação da área do PUAL à sua envolvente directa na cidade de Lisboa, na perspectiva de que o seu eixo central possa constituir um efectivo prolongamento do eixo histórico, devidamente integrado como o Campo Grande.

A solução que se encontrava para adjudicação foi lançada pela SGAL e como tal não foi efectuada de acordo com a legislação das empreitadas de obras públicas a que a Câmara Municipal está obrigada. Independentemente deste facto nenhuma das soluções apresentadas dava resposta ao que é o actual entendimento da CML do traçado da rotunda e das ligações que esta deverá ter à malha viária envolvente, nomeadamente ao Campo Grande.

Neste assunto não havia qualquer compromisso anterior que amarrasse a CML a qualquer solução. Por esta razão, por não se concordar com as soluções em estudo e por se considerar que todas elas apresentavam um elevado custo de construção, optou-se por se estudar uma solução (aliás repescada de uma anterior proposta do autor do PUAL).

B4.
A execução da Porta Sul é, obviamente, prioritária ainda que existam restrições orçamentais. Mas, mais do que um problema financeiro, há que encontrar a solução de traçado da rotunda que não comprometa o futuro.
Considerando que este estudo, e a disponibilidade do terreno, poderá demorar algum tempo está a equacionar-se a execução de uma solução intercalar que permita a curto prazo ligar a Av. Santos e Castro à 2ª Circular.

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sábado, 19 de abril de 2008

Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (B.2.)

B.2. Para além de constituir uma circular à urbanização e de ser um acesso directo e independente ao centro de distribuição de mercadorias, a Avenida Santos e Castro, com as suas três faixas em cada sentido, constitui, em paralelo com o eixo Norte-Sul, uma importante via de escoamento do trânsito de entrada e saída da cidade, contribuindo para aliviar a sobrecarregada 2ª Circular, tendo assim a sua conclusão, mais do que um interesse local, um interesse citadino. Em relação ao anunciado verifica-se um atraso de 3 anos e, pior, existe uma aparência de desinteresse por parte da autarquia em resolver os problemas que impedem a prossecução dos trabalhos. Concorda com esta ideia? O que se dispõe a fazer para desbloquear esta situação?


Resposta dos Cidadãos por Lisboa:




Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

B2.
Concorda-se em absoluto com a apreciação feita relativamente à importância da Av. Santos e Castro. Não existe desinteresse da parte da autarquia na resolução do problema, sendo esta via encarada como prioritária para resolução de parte das acessibilidades à urbanização. Contudo, a execução desta via só se deveria ter iniciado após a totalidade dos terrenos estar na posse do município.

O precipitado início das obras originou a paragem das mesmas nos locais onde a posse dos terrenos ainda não tinha sido conseguida. No presente momento estamos a concluir a aquisição dos terrenos em falta e a resolução de algumas saídas desta via para acesso interno da urbanização. Relembre-se que esta aquisição implica negociações com a Câmara Municipal de Loures onde se situam algumas das parcelas a adquirir.

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sexta-feira, 18 de abril de 2008

Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (B.1.)

B. ACESSIBILIDADES
B.1. Considerando o tipo de desenvolvimento que defende para a cidade e para a região, concorda genericamente com o prescrito no PUAL (e resumidamente apresentado acima) em termos das infraestruturas rodoviárias previstas? Deverá a Câmara, em relação a estas, independentemente da concordância ou não dos actuais responsáveis, honrar os compromissos assumidos no passado ou considera que é perfeitamente legítimo a cada poder pôr em causa decisões anteriores chegando ao extremo de as anular?


Resposta dos Cidadãos por Lisboa:




Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

A implementação e conclusão das Infra-estruturas rodoviárias estruturantes (Av. Santos e Castro, Porta Sul, Eixo central) tem como principais contingências a aquisição/ expropriação/ indemnização de solos, processos que se encontram em curso.


Breve enquadramento:
  • Rede Viária Fundamental: Esta área beneficia de reforçada acessibilidade, através das vias que contornam o empreendimento, a 2ª Circular, o Eixo Rodoviário Fundamental N/S e a nova Av. Eng. Santos e Castro, que constituem a rede viária fundamental na qual se apoia a Urbanização.
  • Rede Viária do PUAL: A Urbanização é suportada pela extensão do Eixo urbano Central. É com base na directriz do tramo intermédio deste eixo que se organiza a restante estrutura viária: Ruas e Avenidas.
  • Acessos rodoviários: Os acessos rodoviários do Sul e do Norte são projectados por intermédio de intersecções com as vias rápidas do sistema viário da cidade, mediante duas grandes rotundas que constituem autênticas “portas urbanas”, nós urbanos de referência no prolongamento do Eixo Histórico da Cidade.

Projectos das Infra-estruturas Rodoviárias:

  • Rede Viária do PUAL: Existe um Projecto de Execução de Infra-estruturas Gerais (PEIG) do PUAL aprovado, que foi desenvolvido nas suas várias vertentes, nomeadamente, rede de esgotos, rede viária, e arranjos exteriores dos passeios dos arruamentos.
  • Projectos específicos: O PUAL determina que a rotunda da Porta Sul e o Eixo Central sejam objecto de projecto independente, constituindo condicionante obrigatória para os projectos das áreas adjacentes.

Opções de Gestão e Planeamento das Infra-estruturas Viárias:

Foi Instituída uma assessoria técnica com uma empresa na área da mobilidade e transportes (TIS.PT – Consultores em Transportes, Inovação e Sistemas, SA), com o intuito de apoiar a UPAL e SGAL nas opções de gestão e planeamento na vertente das acessibilidades, circulação, oferta de transportes e estacionamento, na área de intervenção do PUAL.

Neste âmbito, a TIS elaborou um “Estudo de Transportes e Estacionamento para a Área de Intervenção do PUAL”, e tem prestado colaboração na resolução dos problemas que se têm vindo a colocar, nomeadamente, no desenvolvimento dos grandes projectos para esta área, como o da Rotunda da Porta Sul, do Eixo Central e da Área Edificável 5, elaborando alguns pareceres/ relatórios parciais.

B1.
Relativamente às infra-estruturas viárias previstas concorda-se com a proposta do Plano sendo que, entretanto, já se fizeram pequenas alterações decorrentes da passagem de escala do plano para o projecto e de opções pontuais de adaptação do PU à realidade física do local.

Cumpre a este executivo honrar os compromissos assumidos pelos anteriores executivos desde que não esteja em causa a legalidade desses actos. As situações de incumprimento do PU estão a ser apreciadas à luz da revisão deste plano, sendo que a maioria das situações são passíveis de correcção e legalização.

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quinta-feira, 17 de abril de 2008

CineCidade - Arqº Isabel Aguirre - 3ª feira, dia 22, 18h30

CineCidade - 2ª sessão
3ª feira, dia 22, 18h30

A Arquitecta Isabel Aguirre, autora do Parque Oeste, na Alta de Lisboa, não poderá estar presente amanhã, como inicialmente previsto, no CineCidade.

A 2ª sessão do ciclo de debates sobre arquitectura e urbanismo terá assim lugar na próxima 3ª feira, dia 22 de Abril, às 18h30, no Salão de Inverno da Academia Portuguesa da História, à Alameda das Linhas de Torres.

Será uma excelente oportunidade para ouvir, debater e compreender, na primeira pessoa, as opções tomadas na concepção do Parque Oeste, o 2º maior espaço verde da Alta de Lisboa, cuja 3ª fase de construção se prevê estar pronta em 2009.

O convite a todos fica aqui feito. Apareçam!

O CineCidade é uma iniciativa do Viver na Alta de Lisboa - BI cívico, em colaboração com a Academia Portuguesa da História, com o apoio da SGAL.

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Olha o kunááami fresquiiinho!!!

Numa lúcida e realista adaptação ao empenho demonstrado pela CML na conclusão da Alta de Lisboa, a SGAL, que começou a construir o Eixo Central no Verão de 2007, abrandou a obra e readaptou-a à filosofia de cidade do Arq. Gonçalo Ribeiro Telles, principal mentor das hortas urbanas.

Outrora idealizado como o boulevard da Alta de Lisboa, avenida nobre, ex-libris de todo o projecto, que dava continuidade aos eixos históricos da Lisboa Central, com comércio, escritórios e habitação de segmento superior, o Eixo Central será até 2034, data prevista para a conclusão do PUAL, a maior horta urbana de Lisboa. A SGAL pretende, depois de gorado o projecto do Centro de Mercadorias, uma vez mais pela inépcia da CML, criar uma alternativa ao MARL, lançando este dinâmico projecto que irá colocar a Alta de Lisboa no centro das transacções de produtos agrícolas da capital.

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Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (A.2.)

A. ASPECTOS GERAIS
A.2. Em termos genéricos, considera que uma urbanização com as dimensões, as pretensões e a localização periférica em relação à cidade que o Alto do Lumiar tem, é benéfica face ao que defende como estratégico para a cidade de Lisboa? No caso negativo, sendo poder, como pretende resolver a contradição – ajustando pragmaticamente a teoria à realidade do já construído ou adaptando o que falta construir ao que defende? De que maneira?


Resposta dos Cidadãos por Lisboa:




Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

A2
A intervenção no Alto do Lumiar foi devidamente enquadrada, quer no Plano Estratégico, quer no Plano Director Municipal, elaborados e aprovados no início da década de 90.

Não se entende que esta seja uma área periférica da cidade se se considerar que a área urbana de Lisboa há muito extravasou os limites administrativos do concelho. A mesma situação se aplica à zona da EXPO, que só não é referida como periférica pois hoje encontra-se praticamente concluída e integrando a malha Oriental da cidade.

Os estudos efectuados no âmbito da Revisão do PDM, elaborados em consonância com a proposta de alteração do PUAL, prevêem ajustamentos a usos e áreas de construção mas mantém, na sua essência e princípios gerais, as propostas contidas no actual PU.

Foi o facto desta área ter sido definida como detendo importância estratégica para a cidade pela necessidade de dignificação das condições habitação e de estruturação urbanística que implicou a sua identificação como Área Crítica de Recuperação e Reconversão Urbanística (ACRRU);

No quadro do Plano Estratégico de Lisboa (anos 90) reconhece-se o Alto do Lumiar como área de oportunidades para a extensão da Cidade, pela sua proximidade e contiguidade ao centro da cidade. Para a efectiva integração da Alta de Lisboa na cidade é imprescindível o prolongamento do eixo histórico da cidade a partir do Campo Grande, de forma a integrar o eixo central da Alta de Lisboa.

Neste quadro, foi desenvolvida uma operação de profunda re-urbanização, assente numa perspectiva de oportunidade para a inovação e criação de uma nova centralidade na Cidade de Lisboa e materializada num Plano de Urbanização, com os seguintes objectivos fundamentais:
  • Transformação de uma zona de 300ha para sua valorização e uso (incorporando diversidade de produtos imobiliários) envolvendo o Realojamento das populações residentes na área;
  • Ajustamentos na articulação da malha urbana com a rede viária arterial e principal da Cidade;
  • Integração de actividades que dinamizem o emprego e a vida locais e reduzam ao mínimo os efeitos de dormitório do grande conjunto habitacional;
  • Adopção de tipologias urbanas que valorizem o espaço público;
  • Integração das várias camadas sociais que irão residir na nova área urbanizada.

O Plano é operacionalizado através de um contrato que subentende:

1. A apropriação pública do solo;
2. A redefinição do desenho urbano, usos do solo e estrutura de equipamentos, espaços verdes e espaços públicos;
3. Consequente recolocação no mercado das áreas de uso privado.


Infelizmente já não existem no município de Lisboa mais territórios com a dimensão e a capacidade da Alta de Lisboa. De qualquer modo, o entendimento do actual executivo é que, sem prejuízo de reconhecer aos promotores privados um papel importante na construção da cidade, é ao município que cabe o papel fundamental no planeamento, desenho, construção da urbanização, do espaço público e de implementação das políticas que asseguram a todos o acesso à habitação e aos equipamentos.

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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (A.1.)

A. ASPECTOS GERAIS
A.1. Deverá o poder camarário voltar a intervir na cidade a uma escala como a atingida no Plano de Urbanização do Alto do Lumiar (PUAL) ou defende, pelo contrário, que à Câmara caberá apenas um papel fiscalizador, deixando à iniciativa privada o monopólio da urbanização da cidade?


Resposta dos Cidadãos por Lisboa:




Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

A. Aspectos Gerais
A1
Nem sempre, nem nunca. Isto é, regra geral não se pode dizer que um determinado modelo de intervenção urbana é sempre aconselhável ou nunca será desejável. A escolha do modo de intervenção deve ser pautada de acordo com a orientação e importância estratégica do território; o grau de transformação urbana que se pretende implementar; a própria planta de cadastro e o perfil e capacidade de mobilização e investimento dos agentes em presença no território (e dentro destes o próprio Estado e/ou a Autarquia); entre outros aspectos. Tem sido assim ao longo da história e por isso encontramos exemplos de desenvolvimento urbano em que a iniciativa particular foi a principal força motriz e outros que assentaram quase em exclusivo na actuação dos poderes públicos, por apropriação pública do solo, intervenção directa e consequente devolução aos particulares. Foi assim na reconstrução da Baixa do séc. XVIII; nas Avenidas Novas da Lisboa de Ressano Garcia; no Bairro de Alvalade; de Chelas; nos Olivais…

O PUAL é um plano de iniciativa municipal e quer a sua implementação, quer as suas alterações são de responsabilidade municipal e podem decorrer da iniciativa municipal ou privada sendo que a sua aceitação caberá sempre ao município. A intervenção privada, no presente caso, é essencialmente na execução do Plano, quer na parte das obras de urbanização, quer na parte do edificado. Este tipo de planos exige uma intervenção integrada de planeamento, nomeadamente, da estrutura ecológica, de definição da rede viária estruturante, de localização de equipamentos de uso e interesse colectivo, do sistema urbano de circulação e transportes, do estacionamento, etc. Logo, o município não tem uma função meramente fiscalizadora, mas essencialmente programática, de planeamento e indutora da execução das obras de urbanização e dos equipamentos.

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Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (introdução)

Introdução de Miguel Graça, assessor dos Cidadãos por Lisboa:




Introdução do Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo da CML, eleito pelo PS:


ASSUNTO: PEDIDO DE INFORMAÇÃO DO GRUPO / ASSOCIAÇÃO “VIVER NA ALTA DE LISBOA – BI CÍVICO” : ALTO DO LUMIAR – QUE FUTURO


Plano de Urbanização do Alto do Lumiar (PUAL), foi aprovado pela Assembleia Municipal em 18 de Julho de 1996 e ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 126/98, publicada no Diário da Republica, 1ª série - B, n.º 248, de 27 de Outubro.

Na origem deste Projecto estiveram, em primeira linha, preocupações ligadas à dignificação das condições de vida dos lisboetas integrados nos chamados «bairros de barracas», pelo que a CML mobilizou todos os recursos disponíveis para lançar um programa de grande envergadura com vista à recuperação das áreas degradadas da Cidade.

O Município considerou que uma correcta gestão do seu património fundiário poderia ser a mola efectiva para uma congregação de capacidades de iniciativa privada que fosse orientada para o cumprimento da função social que é essencial nas finalidades associadas aos poderes públicos.

Este projecto assenta em três instrumentos fundamentais:
− A existência de um Plano de Urbanização
− Modelo económico-financeiro vertido num contrato
− Contrato-quadro para «Aquisição de fogos de realojamento do programa PER».

O PUAL não fixa um número máximo de habitações, no entanto, no Relatório do Plano aponta para 4000 habitações de realojamento e 14700 habitações de venda livre. A máxima superfície de pavimento preconizada no PUAL é de 2 500 000 m2, sendo 2 000 000 m2 para habitação e 500 000 m2 para comércio e serviços.

Uma preocupação permanente na gestão de uma área de cidade desta dimensão, em que se promove uma tão intensa transformação, é o de procurar minimizar os impactos negativos das obras na qualidade de vida e segurança dos cidadãos de forma contínua, diária, sem perda de capacidade de realização dessas mesmas obras.

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terça-feira, 15 de abril de 2008

Alto do Lumiar, que futuro? - Finalmente as respostas!

Primeiro foi Miguel Graça, assessor da Vereadora Helena Roseta eleita pelos Cidadãos por Lisboa, a responder ao documento Alto do Lumiar - que futuro?, numa entrevista gravada em video que, pela sua extensão, ainda estamos a editar. Hoje chegou a resposta do Vereador do Urbanismo, Arqº Manuel Salgado. Deixamos aqui a carta enviada por Manuel Salgado, que nos foi dirigida, mas que endereçamos a todos os leitores que com a sua participação construtiva e inteligente fazem do Viver na Alta de Lisboa - BI cívico uma força de pressão cada vez maior.


Exmos. Senhores,

Quero antes de mais, agradecer o tempo que têm aguardado por esta resposta, cujo atraso lamento.

Considero que a actuação da Comissão de Moradores e demais grupos cívicos constituem um estímulo à exigência e ao rigor da gestão contribuindo para um processo mais participativo, mais próximo e mais adequado à resolução dos problemas daqueles que melhor conhecem a realidade local.

Deste modo, envio em anexo a análise e comentário às questões no âmbito do tema “ALTO DO LUMIAR – Que futuro”, e mantenho-me ao dispor para debater e/ou prestar os esclarecimentos que considerem convenientes,

Com os melhores cumprimentos,


O Vereador
Manuel Salgado



A publicação das respostas será feita entre hoje e amanhã, um post por pergunta. Para todos poderem ler, reflectir e comentar.

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Choque tecnológico

Mais uma funcionalidade que chegou ao blog do Viver na Alta de Lisboa - BI cívico (um dia ainda havemos de explicar o que quer isto do BI cívico dizer).

Quem quiser receber as novidades do blog por email, sem ter de vir aqui de hora em hora para ver se foi desta que puseram bancos com encosto no Parque Oeste, se a CML finalmente deu luz verde à conclusão da Santos e Castro, se a SGAL percebeu que tem de avançar o mais depressa possível com o Eixo Central e com os escritórios, se a obra do novo edifício do Centro Social da Musgueira pode finalmente avançar ou se o Lisboa Cantat vai embalar os Altolumiarenses mais sensíveis, pode clicar aqui e deixar o endereço electrónico. As notícias chegarão a casa quentinhas, mal saiam da tipografia, pela manhã, a tempo da primeira refeição. Sim, porque sabemos que há muitos ilustres leitores que não dispensam a leitura diária do Viver com o chá e torradas do pequeno-almoço. Vale a pena o serviço, e, imaginem, é grátis!

Também existe a possibilidade de RSS, que é uma coisa mais complicada, que eu não percebo, mas que me disseram que havia muita gente a usar. Se alguém tiver a amabilidade de me explicar, agradeço.

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segunda-feira, 14 de abril de 2008

Mutilação da Quinta das Conchas ainda por explicar

Há meses que o Viver na Alta de Lisboa - BI cívico tenta obter respostas coerentes, precisas e sérias sobre o que aconteceu no topo da Mata da Quinta das Conchas. Até hoje, em vão.

A história é simples:

Em 2005 foi feita a requalificação da Quinta das Conchas. Na zona da Mata foram construídos caminhos que se cruzavam no limite do terreno.

Entretanto a CML celebrou um protocolo com a APECEF para a construção do edifício do Colégio de São Tomás na Av. Maria Helena Vieira da Silva.

Esta obra do colégio, junto à Quinta das Conchas, entrou pela Mata dentro, destruindo os tais caminhos recentemente construídos. O Viver tem provas do antes e depois, aqui.



Perguntámos pelo sucedido a várias entidades responsáveis:

A UPAL respondeu-nos que a área ocupada pela escola estava prevista desde sempre, que eram as plantas da obra de requalificação da mata que estavam erradas, sobrepondo-se ao terreno dedicado para a escola, e, consequentemente, os caminhos tinham sido construídos largos demais.

O Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, Nuno Roque, num encontro com o Vereador dos Espaços Verdes no Parque Oeste, no dia 28 de Novembro de 2007, garantiu a todos os presentes que neste assunto estava tudo dentro da legalidade, que as plantas estavam correctas, mas que tinham sido erradamente lidas durante a obra de requalificação da Mata das Conchas, ficando os caminhos construídos largos demais.

A Divisão de Matas, inquirida pelo Gabinete do Vereador dos Espaços Verdes José Sá Fernandes, respondeu que ficássemos todos descansados que o murinho que o Colégio de São Tomás ia construir onde outrora passavam os caminhos da mata havia de ficar muito bonito, garantindo a "substituição dos prumos metálicos por chapa de zinco pintada de côr antracite para uniformizar visualmente toda a estrutura metálica da Quinta, mantendo-se também a linguagem modular de todo o muro da quinta das Conchas".



Acrescentou ainda a Divisão de Matas que "a reposição dos caminhos é da responsabilidade da CML, sendo uma das acções prioritárias contempladas no processo de conclusão do Parque Urbano da Quinta das Conchas, aguardando a disponibilidade de verba para ser executada."

Ora, esta resposta não adiantava absolutamente nada quanto à dúvida principal: o protocolo, acordo ou seja lá o que tenha acontecido para a cedência do terreno entre a CML e o Colégio de São Tomás. Mas infelizmente a Vereação dos Espaços Verdes deu-se por feliz com a resposta e não quis aprofundar mais.


Ficámos assim sem saber:

  • Quando, como, por quem e em que condições foi acordada a troca de terrenos verificada?
  • Quais as contrapartidas que a CML garantiu para se ressarcir dos prejuízos decorrentes da demolição e reposição dos caminhos e infra-estruturas que, de acordo com a informação agora prestada, é da responsabilidade da CML?

É importante ressalvar que o Viver na Alta de Lisboa - BI cívico não acredita, nem nunca acreditou, haver neste caso qualquer tipo de ilegalidade. Apenas quis saber, fazendo o percurso normal que qualquer cidadão pode fazer, o que realmente se passou. As respostas das entidades estatais (UPAL, JFL, DM, CML-Espaços Verdes) foram tão incoerentes entre si e tão desligadas da realidade, que a dúvida que nos movia perdeu a singeleza inicial.

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sábado, 12 de abril de 2008

Tabuada

Comprar um Subaru Impreza, daqueles que roncam, com muitos cavalos, custa cerca de 45.000€. É caro, mas está ao alcance da inconsciência de quem quiser condenar-se ainda mais a financiar o seu banco. Há maneiras simples de o fazer, até. Aumenta-se a hipoteca da casa, aumenta-se muito ligeiramente a prestação mensal, e pronto, Subaru à porta.

O problema é depois: 25 litros aos 100km em condução desportiva não é despesa diluível a 40 anos.

Talvez tenha sido isso que aconteceu na requalificação da Quinta das Conchas. Pensou-se num sistema de riachos que dessem frescura a todo o parque, várias linhas de água, com pequenas cascatas, com água corrente. Peixinhos a nadar contra a corrente, todo um ecossistema vivo, a enriquecer ainda mais um dos mais aprazíveis espaços verdes de Lisboa. Aceitou-se de bom grado o custo de obra, mas esqueceu-se os custos de manutenção.

Três anos depois da sua reinauguração, quem se lembra de ver na Quintas das Conchas estes frescos caminhos de água a funcionar em vez do leito putrefacto e fossilizado?

E o que correu mal? Os custos de manutenção são superiores à capacidade financeira da CML? O equipamento mecânico que mantém a circulação de água é pouco resistente e demasiado vulnerável a avarias? E quando foi feito o projecto de requalificação da Quinta das Conchas ninguém pensou nisto? Ninguém pensou que 25 litros aos 100 saem muito caro? O que tem a JFL a dizer? O que tem a Vereação dos Espaços Verdes a dizer?

E o que tem a população a dizer?

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sexta-feira, 11 de abril de 2008

is there anybody out there?

Foi enviado o post anterior para os três Vereadores em questão, Marcos Perestrelo, Manuel Salgado e Rosália Vargas, também para o Sr. Presidente da CML, António Costa, com conhecimento de todos os restantes Vereadores da CML, para todos os grupos municipais da Assembleia Municipal de Lisboa, e muitos orgãos de comunicação social.

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quinta-feira, 10 de abril de 2008

Lisboa Cantat ainda sem condições para ensaiar


Continua a ser notícia a sala em más condições que a CML aluga ao Coro Sinfónico Lisboa Cantat, o maior coro sinfónico independente de Lisboa. Paredes húmidas, repletas de fungos, ar impróprio para a actividade do coro. Um problema com solução à vista, há anos falada e do conhecimento público: a transferência do coro para um pavilhão de madeira desocupado, existente na Quinta dos Lilazes. Todos concordam com esta solução, mas os meses de inércia e desinteresse vão passando. A CML já estabeleceu o compromisso, no anterior executivo, o actual executivo já reiterou ser sua vontade "honrar os compromissos da CML", o pavilhão serve as pretensões do Coro, permite-lhe expandir o leque de actividades, criando um coro infantil, um coro juvenil e uma escola de música. A população do Lumiar, através das suas associações de moradores e instituições que trabalham no terreno também reconhece vantagens nesta solução.

Apesar das condições impróprias, o coro continua a apresentar-se nos melhores palcos do país. Em Março no CCB com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, na 3ª Sinfonia de Mahler, sob a direcção de Michael Zilm. Na terça-feira passada, também no CCB, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, integrado na programação do Teatro Nacional de São Carlos, com a 1ª sinfonia de Ralph Vaughan Williams, A Sea Symphony, com textos de Walt Whitman.

Salas faustosas, programações ricas, noites de gala. Mas no fim, o destino do coro é o mesmo, a sala infecta que não envergonha Marcos Perestrelo, Rosália Vargas nem Manuel Salgado, que vão trocando entre si o assunto do coro, adiando-o, deixando às suas secretárias o papel desagradável de cão de guarda, opaco e tantas vezes desnecessariamente mal-educado de mandar telefonar noutro dia por não haver ainda quaisquer novidades, gracejando que com tantos telefonema já dava para construir uma sede nova.

Não é esta a CML que devemos querer. Uma CML que vive cada vez mais para descobrir receitas e extorqui-las aos seus munícipes, que tem 10.000 funcionários, muitos deles mal informados, incompetentes, mal-educados, desmotivados; uma CML que não se orgulha da vida que existe em Lisboa, apesar das condições deficientes que nada fez para melhorar; uma CML cujos Vereadores parecem investir mais na promoção da sua imagem em programas de televisão do que em garantir que os seus funcionários realizem um trabalho sério e visível para os munícipes, não é a CML que Lisboa precisa.

No dia 7 de Janeiro deste ano, várias associações e instituições do Lumiar subscreveram uma carta ao Vereador Manuel Salgado, intercedendo pela atribuição do Pavilhão de Madeira ao Lisboa Cantat. Todos os contactos posteriores feitos com a CML esbarraram nas secretárias dos Vereadores. O assunto passou rapidamente para o Vereador Marcos Perestrelo. Três meses depois, tudo na mesma. Não sei se Marcos Perestrelo tem conhecimento dos assuntos que a sua vereação devia ter tratado. Não sei se tem noção do tipo de respostas pouco dignas que quem lhe está abaixo dá ao telefone, não sei se está sequer preocupado com isso. Mas sei que Marcos Perestrelo é a face visível do seu gabinete, e em última análise é o responsável por todos os defeitos apontados. Na 2ª feira, precisamente 3 meses depois do envio da carta e na véspera do concerto do Lisboa Cantat no CCB, em mais um telefonema feito para a CML fomos informados que o assunto tinha voltado às mãos do Vereador Manuel Salgado. E para que serviram afinal estes três meses de árduo, incansável e incessante trabalho dos serviços da CML?

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terça-feira, 8 de abril de 2008

CineCidade - próximas sessões

Depois de termos contado com a presença do Arqº João Luís Carrilho da Graça na primeira sessão do CineCidade, no passado dia 28 de Março, temos já agendados mais alguns debates com arquitectos com obra feita ou projectada para a Alta de Lisboa.

As sessões irão servir para discutir arquitectura e urbanismo sob o mote do cinema, mas também para uma abordagem aos projectos dos arquitectos na Alta de Lisboa. Textos mais completos sobre cada um dos ilustres convidados irão saíndo mais perto do acontecimento.

Contamos com a presença de todos e muito agradecemos a divulgação junto de amigos e vizinhos.

  • 2ª sessão - 22 de Abril, 3ª feira
    Isabel Aguirre

  • 3ª sessão - 9 de Maio
    Jorge Simões

  • 4ª sessão - Data a confirmar
    Tomás Taveira

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sábado, 5 de abril de 2008

Concurso de ideias

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A discussão dos cinco projectos que passaram à segunda fase do concurso de ideias está em marcha! Nos últimos dias a vida dos Museus de História Natural e de Ciência tem sido perturbada por reuniões em catadupa. A discussão interna sobre os efeitos das intervenções vindas do exterior tem ocupado e preocupado muito as mentes de todas as pessoas que ali trabalham, que ali dão o seu melhor para manter vivo um património riquíssimo, através das nobres actividades de museologia, de divulgação e de investigação.

Dos cinco projectos da autoria de Aires Mateus e associados, ARX Portugal, Vão Arquitectos, Souto Moura e Gonçalo Byrne, um será escolhido por um júri formado pelas seguintes individualidades: Arq.º Nuno Portas, presidente, Prof.ª Maria Amélia Martins-Loução, Arq. Luís Carrilho da Graça, Arqª. Paisagista Elisabete Barreiros Ferreira, Dr. Jorge Manuel Cabrita Trigo e o Arqº. Manuel Fernandes de Sá.

Esta área da cidade que liga a 7.ª colina ao vale da Avenida da Liberdade vai sofrer grandes transformações nos próximos anos. Sente-se no ar o cheiro do dinheiro que os negócios imobiliários vão gerar. Existem muitos “abutres” que querem despedaçar a “presa” em mil pedaços porque o local é nobre e por isso vale milhões. Estas “aves” sabem disso mais do que ninguém! Mas existe ali, naquele quarteirão, no Museu de História Natural e no Museu de Ciência, um enorme tesouro. Um tesouro cujo valor não é mensurável pela tacanhez dos milhões de euros dos negócios imobiliários.

Faço minhas as palavras de António Barreto numa das suas crónicas recentes no jornal Público: “O conteúdo é impressionante. São colecções notáveis de instrumentos científicos e técnicos de química, física, astronomia e matemática dos séculos XIX e XX (mais de 10.000 peças). Arquivos históricos (mais de 100.000 documentos). Bibliotecas científicas dos séculos XV a XX (25.000 livros). Mobiliário muito curioso e interessante. Colecções de antropologia (2000 esqueletos), de mamíferos (5000 espécies), de aves (2600), de peixes (7000 lotes), de anfíbios e répteis (1000), de invertebrados (30.000 lotes) e de sementes (4000 lotes). A que se acrescentam os herbários (250.000 espécies) dos séculos XVIII e XIX, incluindo os de Vandelli, Brotero e Welwitsch. Ou as colecções de mineralogia, petrologia, estratigrafia e paleontologia (80.000 peças). E finalmente o fantástico Jardim Botânico (1500 espécies), com mais de 150 anos de existência, …”.

Oxalá, oxalá, o apetite aguçado dos promotores imobiliários não deite tudo a perder 30 anos depois do grande incêndio da antiga Faculdade de Ciências.

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A discussão, em forma de debate público, segue nos próximos dias 7, 14 e 21 de Abril, às 18 horas, no anfiteatro Manuel Valadares, no Museu de Ciência da Universidade de Lisboa.

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sexta-feira, 4 de abril de 2008

Arqº Carrilho da Graça explica o seu projecto na Alta de Lisboa

Colado ao Parque Oeste, no enfiamento da malha 6 que está agora a ser fundada, atravessando o eixo pedonal, ficará o edifício projectado pelo Arquitecto João Luís Carrilho da Graça, que concilia habitação, comércio e escritórios, em redor de um páteo com acesso público.

O conceito arquitectónico das casas, em duplex, foi buscá-lo a Corbusier - que tinha também encontrado inspiração num convento em Pavia. O video que se segue mostra o powerpoint que Carrilho da Graça apresentou na 1ª sessão do CineCidade. Um privilégio que agora está ao alcance de todos os que não puderam lá estar.

Um projecto muito cativante, sedutor. Raro. Que vale a pena conhecer. Que esperemos ver nascer o mais brevemente possível.

Uma humilde homenagem do Viver e de todos os seus colaboradores ao Arquitecto, pela forma simpática e calorosa com que aceitou o nosso desafio e pela generosidade que demonstrou na sua entrega.

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quinta-feira, 3 de abril de 2008

Despedimentos precisam-se

Afinal há dinheiro, há sempre dinheiro para as coisas da alma que não é pequena e hoje a CML aprovou uma acção de realização de mais escolas e jardins-escola para a periferia (vamo-nos deixar de peripatetices: a Alta de Lisboa, pelo caminho bastardo que leva no presente, é e será cada vez mais periferia, uma santoantoniodoscavaleiros lisboeta, edifícios envelhecidos a meio caminho entre a guerra civil e o abandono burguês) adoptando o mesmo caminho schizo do governo maior que enquanto se discursa defensor do interior fecha tudo o que ainda mexe nesse mesmo interior.

Enquanto se promove a idealizar a Baixa renovada, enquanto comovida olha enternecida sardinheiras e ruelas, fecha liceus no centro - edifícios ainda sólidos, dignos, capazes - e aprova construçõezinhas educativas nos bairros da coroa exterior. Deve ser essa a resposta às pressões dos concelhos limítrofes, a resposta casuística e desatenta do costume.

Promete escola e jardim de infância e esquece - porque ignora, ou faz por ignorar - que a melhor experiência educativa pré-escolar da Alta ainda se faz na última construção-relíquia dos maus tempos das habitações degradadas ainda existente no lugar da Alta, sede da instituição que há 45 anos faz o que o Estado e a autarquia se eximiram longamente de fazer. Esquece -porque não interessa num tempo de glórias de 6 milhões de euros para apoio a alguns dos habitantes - que o projecto existente e pronto a fazer, se encontra encalhado, vítima de uma batalha de moradores que não é a sua, mal aconselhados e mal guiados, enfiados sem saber numa guerra mais subtil que terá a sua eclosão nas próximas eleições para a freguesia.

Assim como a Alta já passou à história municipal - agora que os PERS estão prontos - também a esperança de uma nova maneira de articular a cidade se esgotou de vez com as vistas curtas deste executivo, adoptadas prazenteiramente do que o antecedeu.

Não temos responsáveis, responsáveis. Só fagotes emproados em busca do modo certo de ganhar as próximas eleições.

E perante este município de trampa e já que o Eça foi casquinar há muito para outros mortos só me resta cabotinamente fazer propaganda ao melhor blog português que ocupou qualquer um dos vossos ecrans e descaradamente, citar o seu último recado:


Oh oh oh, a que vaivéns me entrego, pátria do coração, caminhos de Portugal no bordado de vivendas Graça Dias mais o que resta das casinhas Raul Lino. Entro por Vilar Formoso, feia que dói a estuporada vila inicia-me nas auto-estradas da minha terra rumo a Lisboa e passam montanhas, gardunhas, cafés delta mas é preciso dizê-lo, ultrapassam-me audis pela esquerda, direita em frente, marche caramba: Cheguei! Cheguei ao paraíso da crise, temperatura amena, o povo hospitaleiro, há vida para além do cabillaud, praias com mares normais, azuis ultramarinos comme il faut. O que pretendo deixar aqui a flutuar na web desde 1989 como o autobiógrafo Querido insiste e Sir Timothy, o Berners-Lee não confirma Dear me? e agora com esta deixei de ver para onde ia. Ah, Portugal. Ora no meu país padrasto para rimar com pasto de farsantes, começo pelos professores danados para a brincadeira. Professores revoltados, em condições psicológicas instáveis como se desde miúdos não o soubéssemos todos nós, não é? Se é, pelo que se algum deles me fosse ao telemóvel, fora eu a aluna Golias e teria pedido, educada, phonix, para mo carregar com 150 euros, Phonix! Parágrafo único: há um operador Phonix em Portugal. O problema cabeludo é, no entanto, mais outro no feminino para variar e chama-se cultura. Basta observar o ministro para perceber tudo que neste caso por acaso é nada. Eu vi com estes dois castanhos de encantos tamanhos, li jornais, ouvi telefonias sem fios, televisões, cartazes, folhas, postais, pagelas, livros e até fui em romaria à Byblos onde todos os livros constam da base de dados, verdade confirmada pelo funcionário com voz de Hal 9000: constam da nossa base de dados mas não se encontram disponíveis e eu com esta mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma que já tinha deitado para dentro de um vaso o rol amachucado de três singelas edições, ora tem aqui uma bela base de dados, observação equívoca, percebi-o depois, quando senti o Hal 9000 ligeiramente perturbado a afastar-se como quem não quer a coisa, uma ova, o que estava a pensar saia-lhe pelos olhos: a mulher tem idade para ser minha mãe e está aqui, está a pedir-me o telemóvel aos gritos, dê-me o telemóvel, já ou como repeti para mim em francês sem ainda pescar rien: mas que mosca lhe mordeu? Adiante. Mais um parágrafo único: a cultura em Portugal morreu, não existe mais. Lamento. Aquilo, isso aí tem menos vida cultural portuguesa que o deserto do Gobi. O Bruno de Almeida é americano, o Joaquim de Ameida é o que é, coitado, deixá-lo repousar em paz, a Maria de Medeiros emagrece a olhos vistos, canta com a Mísia o que bate certo e no ceguinho também para além de já constar da minha base de dados. A dança, o teatro, a pintura, escultura, zero, os homens estátua trabalham em restaurantes ou na Cinemateca, onde não fui mas já lá vou. Um dia, lembrei-me disto agora, escrevi a pedir trabalho e responderam-me que eu não era o Gonçalo M. Tavares e que este detalhe fazia toda a diferença. Passe a metáfora ou seria alegoria eu sou o Gonçalo M. e o Tavares é o meu bom amigo Carlos, desculpa Carlos, que me pagina os livros do senhor este e machin em corpo 100. Assunto arrumado mas esta é a menor das consequências do anonimato e onde vim eu parar, Deus me perdoe, mas, mas, mas grave seria eu chamar-me realmente Pedro Mexia, ter nascido em 1972 e levar com uma carta íntima, como o são todas as cartas públicas do Silva Melo, que sabe mais a dormir que todos nós acordados, a perguntar se eu, eu Mexia, bem entendido, não me lembrava do Harold Pinter, gnè gnè gnè em 1979 e uma vez aqui chegados, mau, mesmo mau, muito mau seria eu insistir em ser Mexia e responder gnè gnè gnè ao Silva Melo no tom mais sério desta vida como se com sete anos tivesse mamado Pinter em vez de Dartacão, Dartacão és tu e os teus amigos. Já se percebe como vim de Portugal, mal, mal, arrastei-me pesadamente até aqui, até ter chegado ao blog da Isabel Coutinho e levar com o revigorante YouTube redbull e arrebitar com o José Rodrigues dos Santos, que não sou eu, a pastorear jornalistas americanos. Só visto porque não sei contar. Ó Carlos, desculpa Carlos, confirma-me aí se não era eu quando era o Borges quem dizia que estar morto era o oposto de ser vivaço?

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PRÉMIO E EU DIRIA MESMO MAIS

"A capacidade de resposta da cidade de Lisboa tem de ser muito bem organizada para poder fazer face à pressão dos concelhos limítrofes", sustentou Rosália Vargas.

Reformulando e fazendo quase nossas as palavras de senhora vereadora:

"A capacidade de resposta dos vereadores da cidade de Lisboa tem de ser muito bem desorganizada para poder ignorar a pressão dos moradores do concelho"

(Afinal parece que há dinheiro)

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RECREATIVO MUNICIPAL DE LISBOA

"Pela parte que me toca, os recreios vão ser mantidos e alguns recuperados", disse Sá Fernandes, que tem o pelouro dos Espaços Verdes.

Bloco de Esquerda. Uma cidade sempre em festa.

(Afinal parece que há dinheiro)

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AFINAL SEMPRE HÁ DINHEIRO

Lisboa, 02 Abr (Lusa) - A Câmara de Lisboa aprovou hoje a carta educativa do município que prevê a reabilitação de 26 escolas e a construção de sete novos equipamentos até 2011, envolvendo um investimento de cerca de 49 milhões de euros.

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terça-feira, 1 de abril de 2008

Fax da Lusa - Boas notícias para a Alta de Lisboa

Reproduzimos fax da agência Lusa acabado de chegar a esta redacção:

A CML e SGAL, em reunião extraordinária hoje de manhã, debateram o ponto de situação da Alta de Lisboa, tomando decisões face às suas responsabilidades repartidas e definindo uma lista de acções a serem iniciadas no imediato:

  • As sugestões dos moradores para o Parque Oeste serão finalmente implementadas, nomeadamente a inclusão de bancos com encosto, iluminação nocturna, equipamentos infantis e uma esplanada em pleno funcionamento.
  • A Alameda da Música vai receber calçada nova, revisão do sistema de drenagem, e os Condomínios da Torre a ela adjacentes vão ser finalmente acabados de acordo com os contratos promessa assinados com os promitentes-compradores com data de re-inauguração para o dia 1 de Outubro próximo, Dia Mundial da Música.
  • Conclusão do Eixo Central ainda em 2008, incluindo as zonas ajardinadas e os campos de râguebi.
  • O Plano de Pormenor para Ameixoeira será posto em prática, sendo demolido o muro existente no “funil” às saída do ENS, ficando asseguradas duas faixas largas num grande boulevard até à Av. Padre Cruz, com ligação a Odivelas, permitindo a passagem de autocarros para os dois sentidos, em simultâneo.
  • A construção do empreendimento LX Condomínio, parada há quase seis meses, irá ser retomada na próxima semana.
  • Será lançada a primeira pedra do Centro Cultural projectado no atelier do Arquitecto Siza Vieira no final da próxima semana com conclusão no dia de Natal, com inauguração nesse mesmo dia com um coro de renas finlandesas.
  • Serão colocados finalmente os jacuzzis, sauna e banho turco que faltavam nos balneários da Pista de Atletismo Moniz Pereira, exigidos contratualmente por SL Benfica e Sporting CP, podendo assim a pista a ser utilizada para grandes competições internacionais. Está em estudo uma candidatura aos Jogos Olímpicos.
  • Será accionado o acordo entre CML e Armazéns Ruela para desocupação dos terrenos que impedem a conclusão da Av. Santos e Castro. O início das obras de terraplanagem está marcado para o próximo 31 de Abril.
  • A Porta Sul, que fará a ligação da Av. Santos e Castro e do Eixo Central à Segunda Circular, solução com diferentes níveis de altura, já com estudo de impacto ambiental realizado, irá ter início na próxima semana, com conclusão prevista para o final de 2008.
  • A CMLisboa e CMLoures chegaram também a acordo quando à parcela de terreno onde irá ser colocado um pilar para a conclusão do viaduto desta mesma avenida sobre o Campo das Amoreiras. O entendimento entre as edilidades foi conseguido com a inclusão de duas portagens para entrada e saída do Concelho de Loures nesse troço de 50 metros.

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