domingo, 30 de novembro de 2008

Parque Oeste, não eram 15 meses?

Pelo menos é o que está escrito no placard de aviso à entrada do estaleiro, como prazo para a conclusão da obra. Ora, se a 3ª fase do Parque Oeste começou no início de Maio de 2007, mais 15 meses, dá qualquer coisa como Julho de 2008. Já estamos no último dia de Novembro e ainda falta muito para acabar, como se vê pela fotografia acima, tirada este mês.

Não há azar, a gente espera. Mas para além de todo o optimismo e positivismo que tanta gente gosta de ver, é bom que não nos esqueçamos dos prazos, das expectativas constantemente goradas, que viemos todos viver para a Alta de Lisboa com promessas de avenidas, acessos, jardins, centros comerciais, escritórios, integração, tudo já para muito breve e que muitas das coisas previstas estão completamente paradas e as que andam, andam devagar, mais devagar do que previsto e prometido.

E ter esperança e lutar pelo que é devido não é olhar de forma pateta para as coisas e achar tudo o máximo porque "assim é que estamos a ser positivos"; é saber exigir, saber a quem exigir, saber dar um pouco de de si para construir, colaborar, querer crescer em comunidade.

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sábado, 29 de novembro de 2008

Viver no fim-de-semana

Há o rio da nossa aldeia que desagua no lago do parque Oeste. E há a aldeia maior, de que a nossa aldeia faz parte e que tem um rio onde as águas do nosso hão-de ir parar. E na outra margem há outra Alta com um senhor de braços abertos assim a querer dar-se com todos, mesmo os que não querem dar-se com ele.

É um bocado como na nossa aldeia, com senhores a não quererem abrir os braços ou outros a não quererem aceitar os braços abertos. E outros senhores que acham que mandam e não gostam dos pobres e são tão pobres quanto os pobres que acham que não mandam e não gostam dos ricos.

Ou senhoras, que a pobreza de espírito é democrática e não escolhe sexo, raça ou religião.

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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Politiquices - Bloco diz adeus a Sá Fernandes

O Bloco de Esquerda dá um chuto em Sá Fernandes.

Sá Fernandes faz de Calimero (à boa maneira de Santana Lopes).

O PS dá miminho a Sá Fernandes.

Aqui ficam os links para as notícias sobre o assunto.

O 'Zé' deixou de fazer falta ao Bloco de Esquerda

Ah..e este senhor aqui também tem razão no que diz.

É a tal velha história de assumir erros. Está fora de moda, mas ainda há gente - um bando de chatos - que vai relembrando o conceito.

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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Associai-vos

Realizou-se ontem, Domingo, o primeiro encontro das Associações e Grupos Informais da Alta de Lisboa.

Estiveram presentes 17 entidades. 17 grupos de desalinhados com este tempo presente de pouca disponibilidade cívica e ainda maior desilusão pública, 17 entidades que, apesar de objectivos e finalidades diversas, têm em comum o despojamento pessoal de cada um dos seus integrantes, voluntários e voluntaristas na muito especial missão que se atreveram a assumir de contribuir para a melhoria de vida dos seus concidadãos mais próximos.


São assim as associações de bairro. Das desportivas às comunitárias, das musicais às etárias. Feitas de entrega, cíclicas dificuldades e uma comum esperança na obtenção de resultados.

O encontro serviu como plataforma de descoberta mútua e como percepção de que, mesmo muitas vezes desamparados pelos pares que visam apoiar, não estão sózinhos.

E como a união faz das fraquezas força, esta foi só a primeira de muitas, numa série que se prevê longa, com consequências por certo muito positivas.

O Viver, apesar da sua assumida impersonalidade jurídica, esteve obviamente presente. Como poderíamos deixar de estar, se o que nos move, como BI cívico, é a subida da consciência cívica dos nossos concidadãos, como forma de desenvolver e melhorar a qualidade de vida de todos?

E vocês - porque é que não estiveram presentes? Quando é que começam a perceber que é tempo de participar na comunidade, que não chega a nossa redoma, não chega o nosso sofá, não chega tratar só da nosssa vidinha para que as coisas melhorem?

Não acham que é melhor tomarmos em mãos o nosso destino do que esperarmos que Messias ou Libertadores nos resolvam os problemas comuns?

Mesmo que guiemos um Ferrari, se as ruas continuarem com buracos...

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Efeméride

A ARAL - Associação de Residentes do Alto do Lumiar, completa dois anos. Tanto tempo já, parece que foi ontem e, simultaneamente, tão pouco tempo ainda para o tanto que se tem feito e que ainda falta fazer.

O que esperam vocês, oh residentes não filiados, para dar uma mãozinha?

À Associação e dedicados membros, o Viver deseja sinceramente muitas mais efemérides e a continuação do trabalho perseverante, de sapa mesmo, na melhoria da vida neste alto.

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domingo, 23 de novembro de 2008

Partiram e largaram!

Sucesso absoluto, recorde de participantes, superando muitas das provas mais antigas do calendário. 

Quando os resultados são estes, vale a pena ser carola.

Parabéns aos organizadores, parabéns aos participantes e parabéns à abrangente Alta.





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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A solução para o estacionamento indevido

Podemos não gostar muito deles (se calhar agora já gostamos por causa do Obama e isso) mas é verdade que às vezes têm boas ideias.
Poderá ser uma das soluções para o estacionamento desordenado:
Há algo de irresistível neste conceito dos autocolantes "I Park Like An Idiot" (Sou Um Idiota A Estacionar).

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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Extra! Extra! Edição Especial com a reportagem fotográfica do milagre das riscas!!!






O mundo ideal: a passadeira antes da paragem de autocarro, os carros a só passarem depois dos peões...





Só que, para aqui chegar foram precisas várias indecisões. 

Que custaram algumas centenas de euros ao dizem-que-depauperado-erário-camarário.

Como se pode ver:




E sobra um problema: apesar de repintadas de escuro, as ex-faixas brancas da ex-passadeira ainda brilham ao longe, causando curiosas sensações etílicas aos automobilistas que, aproximando-se, julgam estar a ver a dobrar a passadeira existente.



E fica-lhes a pergunta: em qual delas devo parar? Na primeira? Na segunda? Ou na do meio?

Conselho amigo: pare em todas. Também assistimos a peões a atravessar nas riscas erradas. Nas defuntas. Passadeiras.


Conclusão: a única coisa boa, é que as ditas estão plantadas mesmo à frente das pizzas do Luigi. É passar por lá e afogar caloricamente as mágoas de tanta pouca competência numa das inúmeras combinações de sabores que o italiano mais simpático do bairro recria todos os dias.

[NOTA IMPORTANTE: Esta "colher de chá" é mesmo uma borla publicitária. Desde que a baci&abracci comparticipou gratuitamente no apaguizamento da lareca dos trabalhadores (nós) do CineConchas, ficámos fãs. Ou adictos. Ou clientes.] 

Whatever. Pintem mas é os cadáveres das zebras de antracite mate que a malta toda agradece. Dispensam-se mais acidentes e ainda por cima por razões idiotas.




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Ultima hora: A passadeira mudou de sítio outra vez!

Desculpem interromper este momento tão lindo do post outonal do Pedro mas...she's alive!

A passadeira? Qual passadeira? A passadeira! Não é uma passadeira qualquer ah não senhoras e senhores, meninos e meninas, laides and gentes, madamas e mussius! É a passadeira mágica!

A verdadeira!

A real!

A que nunca se sabe onde estará!

Hoje está aqui, amanhã está ali. Aqui, ali, aqui, ali.

Verdade, caríssimos leitores, a passadeira da Helena Vaz da Silva - a tal que já mudou de sítio 3 vezes - acaba de mudar novamente de local.

E o passeio? Pois o passeio também mudou! Já esteve para cima? Então agora está para baixo. Estava para baixo? Então agora está para cima.

Ah admirável Alta de Lisboa que tais passadeiras tendes!

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Outono no Parque



De trivialidades conscientemente usava e abusava aquela canção dos Fúria do Açúcar. Que no Outono há folhas sempre a cair / E a chuva faz os prédios ruir, e tal. Pois é. E há a porcaria da hora que é mudada e, num repente, passamos a achar que é hora de jantar aquela hora que, no Verão, ainda dava para ir para a praia. E o aproximar do fim do ano.

Pois, mas isso é - como dirá a minha amiga futura presidente - para os que passam a vida a encontrar desculpas para não apreciar o bom que os dias têm para nos oferecer.

No Outono há o cheiro assado das castanhas, ainda que devidamente normalizadas pela UE e policiadas pela asae (só falta proibirem os assadores por emitirem carbono para a atmosfera):



E há, ah pois há, o parque, o bosque, o encanto das Conchas que muda diariamente ...











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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A ver os meninos passar

A conselho do nosso leitor jrui, um destes dias levantei-me cedo e fui ver a mais recente atracção turística da Alta de Lisboa: a entrada dos meninos no Colégio S.Tomás.

Desde o clássico do cinema "A entrada dos empregados na fábrica Lumiére" dos irmãos Lumiére, que não via algo tão interessante.

Uma avenida empestada de carros em segunda fila e criancinhas a sair de todo o lado, dos jipes e SUV's da classe média alta de Lisboa. Mãezinha ou paizinho páram, saiem do carro, toca a abrir portas e é um fartar de petizes a sair por qualquer lado (normalmente do lado esquerdo para dar mais emoção).

A polícia manda o trânsito parar e junta-se ali uma fila jeitosa (e é mesmo só uma porque a faixa da direita está ocupada pelos que vêm deixar as crianças).

É um espectáculo interessante e prometo que um dia destes volto lá mas de banquinho e merenda para poder ficar mais tempo.

Enquanto tentava evitar mais uma porta e adivinhar se iam aparecer crianças à frente do carro estacionado mesmo antes da passadeira, veio-me á cabeça uma ideia disparatada.

Que tal se a direcção do Colégio S. Tomás pensasse em arranjar um sistema mais seguro e ordeiro de largada e recolha de alunos? Assim de repente, sei lá, antes da curva existe uma outra entrada, que tal construir aí um ponto de encontro para papás, mamãs, filhotes e SUV's? Que tal a PSP abdicar do espaço de estacionamento exterior que ocupou e cedê-lo ao colégio? Que tal não permitir o estacionamento de veículos imediatamente antes da passadeira?

São disparates, eu sei. Ou, como diria uma simpática vereadora, medidas pouco dignas. Peço desculpa.

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Workshop Prova de Vinhos

Venho dar conhecimento de um evento a decorrer hoje que poderá ser do vosso interesse. Trata-se de um Workshop Prova de Vinhos. Fica a sugestão para algo diferente.

De notar que as receitas angariadas revertem a favor de actividades nas escolas.


Horário: 19h as 21h Local: K CIDADE – R. Luís Piçarra – 12ª Restaurantes Envolvidos: Baci e Abbracci, Marcao, Horta, Kafofo, Meia Lua e outros Entrada: €2

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O petróleo, como recurso geológico finito

peak oil curve

Entre muitas adaptações que vamos ter que fazer na nossa vida futura destaca-se a urgente adaptação a um novo “modelo energético”. Quase não restam dúvidas de que a nossa civilização estará prestes a atingir o pico de extracção de petróleo à escala mundial. O ano em que isso acontecerá ninguém ainda sabe ao certo embora os dados mais fidedignos apontem para a próxima década, entre 2010 e 2020.




Este é um tema de difícil abordagem porque logo à partida lida com um recurso fundamental ao desenvolvimento da sociedade moderna. Há na nossa sociedade uma grande relutância em encarar a noção de limite geológico de um recurso tão fundamental como é o caso do petróleo. O “pico do petróleo” ou o “oil peak” é uma teoria alicerçada em modelos matemáticos e estatísticos, desenvolvida na longínqua década de 1950 pelo geofísico King Hubbert.
Existem muitos factores que condicionam o acesso a um recurso natural que é extraído do subsolo, quer seja em terra ou no mar. À cabeça existe logo o grau de conhecimento científico, a tecnologia empregue, as condições naturais da jazida (condições geológicas), a perícia dos operadores humanos no terreno e por aí fora. Depois existem as condições económicas e políticas que condicionam o ritmo do desenvolvimento e exploração de jazidas antigas bem como o ritmo de procura de novas reservas. Ainda há que referir a velocidade de consumo do recurso que está obviamente dependente dos ciclos de crescimento e de recessão das economias. Por cima disto tudo temos ainda a actividade especulativa de muitos grupos económicos influenciando o preço final da matéria-prima extraída.

Muitos analistas económicos suspeitam de que uma nova crise energética não tardará a aparecer – será quase de certeza uma crise muito mais forte do que a do Verão passado, tal como ilustra uma notícia publicada recentemente no jornal Público:

“Consomem-se 85 milhões de barris por dia e em 2030 serão 106 milhões
Mais uma crise de petróleo em perspectiva nos próximos anos
13.11.2008 - 09h12
Por Ana Fernandes
A Agência Internacional de Energia já não tem dúvidas de que os poços petrolíferos em actividade pelo mundo estão a baixar a sua capacidade de produção e, com isso, está aberta a porta a mais uma crise do petróleo.

No seu último relatório, ontem divulgado, o organismo admite que já se regista uma queda de 6,7 por cento na produção, que chegará aos 8,6 por cento em 2030. Com o aumento que se prevê na procura, é urgente que se façam investimentos, ou haverá uma nova crise, eventualmente pior do que a deste Verão, alerta.

A novidade do relatório deste ano é o estudo exaustivo feito pela agência a 800 dos maiores campos petrolíferos do mundo. Para constatar que a taxa de declínio "vai aumentar significativamente no longo prazo." A situação já nem sequer é famosa hoje. Se a procura não se alterar até 2030, será necessário produzir mais 45 milhões de barris por dia para compensar a queda na oferta, diz a AIE.

Só que a previsão é de um aumento da procura. Hoje consomem-se 85 milhões de barris diariamente, mas em 2030 o consumo deverá estar nos 106 milhões de barris. O que coloca um grave problema, já que o petróleo, apesar de tudo, continuará a ser principal fonte energética do planeta.

A solução, defende a agência, é investir. Mas receia que a actual crise económica refreie a aposta no sector, o que conduziria a uma crise energética. Que já não demoraria muito. "É necessário aumentar a capacidade produtiva em 30 milhões de barris por dia até 2015", defende o relatório. Mas "há um risco real que a falta de investimento leve a uma crise na oferta neste lapso de tempo."

E já há sinais disso. Faith Birol, economista da AIE que ontem deu uma conferência de imprensa em Londres, disse que quase todos os dias se sabe de mais um projecto que foi adiado.

A agência considera necessário injectar mais de 800 mil milhões de euros por ano até 2030 para aumentar a oferta. E apostar em novas tecnologias de pesquisa e prospecção.

Há, porém, um grande senão nos tempos que correm. Parte do petróleo que se está a descobrir é muito caro porque, ou está a grandes profundidades, ou é dispendioso extraí-lo, como é o caso das areias betuminosas do Canadá. Com o barril a menos de 60 dólares, alguns destes investimentos podem tornar-se desinteressantes.

Um cenário que alguns dos representantes das principais petrolíferas mundiais, que se reuniram recentemente em Lisboa, afastaram. O seu argumento reside no facto de que a programação dos investimentos das suas empresas não se fazem numa base anual, pelo que as actuais oscilações de preço podem não ser determinantes nas decisões.

Dependência da OPEP

Outro dos dados relevantes do relatório é a geografia do petróleo. A expectativa é que a produção caia mais abruptamente nos países desenvolvidos, com destaque para o mar do Norte e o Alasca. A agência considera que será nos países da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) que a produção mais crescerá, passando a representar 51 por cento da oferta mundial, contra os 44 por cento actuais.

Muito do investimento que se fará passará, assim, por companhias estatais, que passarão a representar 80 por cento do aumento da produção de petróleo e gás esperado em 2030, avança a agência.

Os cenários avançados são de grande incerteza. A todos os níveis. Da oferta aos preços, o que se tem como certo é a volatilidade. Por estas razões, a que acresce a segurança no abastecimento energético e o combate às alterações climáticas, a agência continua a dar ênfase à aposta em novas fontes.

Os sinais já são positivos. Segundo as previsões apontadas, as renováveis irão ultrapassar o gás, passando a ser a segunda maior fonte de geração de electricidade, já em 2010.

Mas há o outro lado da moeda, sobre o qual é preciso agir. O carvão, dada a sua disponibilidade mais equitativa em termos geográficos, é a fonte de energia cuja procura mais aumenta. Com todas as implicações que isso tem em termos de emissões de gases com efeito de estufa.

Sabendo-se que é na China e na Índia, assim como no Médio Oriente, que se esperam os maiores picos de crescimento da procura, há que encontrar alternativas para fazer face ao aumento das emissões.

Se a tendência actual se mantiver inalterada, os gases libertados pelo sector energético aumentarão 45 por cento entre 2006 e 2030. A agência avança que para se conseguir estabilizar as emissões de forma a que não se ultrapasse um aumento da temperatura global em três graus, tem de se caminhar para um modelo energético de baixo carbono, assente nas fontes alternativas (onde inclui o nuclear) e no sequestro e enterro de carbono.

Isso implicaria um investimento de 3,2 mil milhões de euros, ou seja, 0,2 por cento do Produto Interno Bruto mundial. Para se baixar a fasquia para os dois graus, seriam necessários investimentos na ordem dos 7,3 mil milhões, isto é, 0,6 por cento do PIB global.

Mas só a eficiência energética poderia poupar 5,5 mil milhões em energia. Um dos campos onde se deve agir é nas cidades. É nelas que mais energia se gasta e a tendência é para continuar. Já hoje, dois terços da energia consumida no mundo ocorre nos meios urbanos. Em 2030, esta responsabilidade passará para três quartos.

Mas mesmo no cenário mais restritivo em termos de emissões, o petróleo continua a ter um lugar central. A agência faz questão de sossegar os grandes produtores de petróleo, afirmando que, mesmo que o mundo invista a sério numa economia de baixo carbono, ainda vão ser necessários mais 12 milhões de barris por dia em 2030 a acrescer aos que já hoje se consomem."


As previsões de crescimento têm que ser revistas, os grandes projectos que envolvam uma expansão no consumo de hidrocarbonetos poderão não fazer sentido dentro de uma década.
Há quem não acredite nisto ou que opte, simplesmente, por “colocar a cabeça na areia” e esperar que a tempestade passe. Mas o que aí vem não é uma tempestade, é uma imposição da natureza para mudarmos o nosso estilo de vida porque face a uma escassez de recursos não há malabarismo económico que resista. Acima de tudo é necessário realismo. Realismo para perceber que o declínio da taxa de extracção dos hidrocarbonetos é uma verdade que está a afectar as maiores reservas descobertas há mais de 40 anos – aquelas que têm sustentado mais de 60 % do actual consumo de cerca de 85 milhões de barris por dia; realismo para perceber que a crise que aí vem abre novas perspectivas que podem encaminhar o nosso planeta para um estilo de vida mais amigo do ambiente.
Mas uma coisa é certa: o fim do petróleo barato vai afectar todos os ramos da nossa civilização porque este é um recurso muito versátil e indispensável ao nosso estilo de vida diário. A sociedade humana é que tem que se adaptar à natureza geológica do nosso planeta e não o contrário.

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Partida... largada... fugida!!!

É já no próximo Domingo 23 que se realiza a 2ª edição da prova "Luzia Dias" aqui no Alto.




Organizada pela Associação de Moradores do Bairro da Cruz Vermelha no Lumiar, tem o apoio técnico da Xistarca e terá início às 10 horas. Os atletas, divididos por vários escalões - séniores e veteranos, masculinos e femininos - percorrerão várias artérias, num percurso com cerca da 10 km. Adicionalmente, haverá uma prova para os escalões mais jovens.

Os participantes deverão inscrever-se previamente (até dia 23 )junto de um dos organizadores, dos quais aqui deixamos os contactos: Xistarca : 213616160;xistarca1986@sapo.pt / AMBCV:
217588913; ambcvlumiar@sapo.pt.

Recordamos que Luzia Dias é moradora do Bairro da Cruz Vermelha e uma destacada atleta do clube com maior palmarés nacional do atletismo português, o Sporting Clube de Portugal.

Aos organizadores, o Viver deseja um sucesso tão grande quanto as medalhas olímpicas e recordes mundiais obtidos pelos atletas do clube verde e branco e aos participantes, uma saúde tão longa quanto o praticar desporto parece causar. Aos restantes, vá lá, alegrias de sofá e a vitória domingueira do clube favorito.

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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Cascata do Parque Oeste de novo em funcionamento

Diz que faltava um parafuso algures. Vamos lá ver até quando ficará a cascata a funcionar, tal como as bombas de água necessárias para a circulação que reduzirá a sedimentação e o crescimento de algas e limos.

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Mooviz.org - novo site de cinema estreia hoje!

Abre hoje ao público o novo site de cinema, o Mooviz.org, com a interessante proposta de “citizen journalism”, ou, dito de outra forma, “made by the people and for the people”.

Promete. Pela equipa, pelo conceito, pelo congregar de motivações e gosto pelo cinema.

P.S. Vão tentando. Os senhores da organização dizem que é só lá para a tarde, que ainda estão a afixar uns posters e a limpar umas coisas para os convidados. Mas que lá a meio da tarde já podem entrar.

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domingo, 9 de novembro de 2008

Comida

Jamie Oliver cresceu no Essex, no pub dos pais e foi aí que descobriu a paixão pela comida.

Em 1998 tornou-se uma estrela de televisão e criou o que se pode designar como um pequeno império. Livros, lojas e os programas que têm amplificado as suas mensagens e um estilo próprio, não só no Reino Unido mas também noutros países.

Desde o início da sua carreira mediática que Jamie demonstrou ser um homem de causas:
Acolheu quinze jovens desempregados com poucas qualificações e tentou que se transformassem em chefs. Em alguns casos conseguiu.

Fez campanha a favor da melhoria da alimentação nas cantinas escolares.

Mais recentemente, a propósito das notícias recorrentes acerca do aumento da obesidade, decidiu ensinar os britânicos a cozinhar.

É disto que fala o artigo do Público sobre Jamie Oliver.

O estilo, como tudo na vida, não agrada a todos, tal como as campanhas que tem realizado.

Podemos sempre afirmar que beneficia destas acções, que corre atrás do que lhe dá popularidade para vender mais livros, videos e tudo o mais.

Pois podemos.

Eu prefiro ver o lado positivo destas acções. Acho piada ao Jamie.

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Largo do Rato

O Largo do Rato já foi uma praça bonita e calma e eu tenho a sorte de ainda me lembrar dela assim, antes das obras que o Eng. Krus Abecassis mandou fazer na década de 1980.

Agora um estudo com certificação científica comprova o que o senso comum já dizia. Não se pode viver em cidades assim. Isto não é solução para as pessoas, e é nas pessoas, sem armadura de lata à volta, que se tem de pensar quando se decide o que fazer na cidade.

A notícia vem no PÚBLICO e pode ser lida mais abaixo.

Peão esquecido é o elo mais fraco da vida do Largo do Rato
09.11.2008, Inês Boaventura

Estudo sobre fluxos pedonais concluiu que o largo só se torna "realmente humano" em ocasiões específicas como manifestações

O Largo do Rato, em Lisboa, é "um lugar hostil e perigoso para o peão", onde todos aqueles que não circulam em veículos motorizados foram afastados da parte central do largo e confinados às "zonas marginais" da praça e ao espaço privado dos pequenos comércios, que "tem vindo a tornar-se o único espaço de convivência possível".

Estas são algumas das conclusões da pesquisa desenvolvida entre Setembro de 2006 e Setembro de 2007 pelo investigador francês Aymeric Böle-Richard, no âmbito de um doutoramento em antropologia social. O trabalho, que procura dar conta daquilo que significa ser peão numa praça de Lisboa definida como "um exemplo paradigmático da recente motorização da sociedade portuguesa", deu origem ao livro Pedonalidade no Largo do Rato: Micropoderes, que será lançado na quarta-feira, numa edição da ACA-M (Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados), paralelamente à realização do colóquio O Peão e a Cidade, no Goethe-Institut de Portugal, em Lisboa.

Para Böle-Richard, o objecto da sua pesquisa pode ser encarado "como um símbolo da situação rodoviária geral de Lisboa e, portanto, de um processo de alienação e delapidação da cidadania pedonal e do espaço dito 'público', em benefício de uma sociedade motorizada desigual e cada vez mais constrangedora".
Itinerários impostos

O investigador defende que a "intensidade maciça do trânsito rodoviário" e o "agenciamento impositivo da mobilidade pedonal", em que as guardas metálicas, os pilaretes e as passadeiras "impõem determinados itinerários ao peão", foram os responsáveis pelo "processo centrípeto de afastamento do cidadão peão da parte central do largo". O resultado, diz, é "a agonia lenta e dolorosa de um espaço que devia ficar um lugar público, isto é, de encontros, de diálogo e de vivência".

Böle-Richard fala mesmo numa "inversão dos papéis entre espaço privado e espaço dito público", já que o Largo do Rato passou de espaço de "convivência" a espaço de "atravessamento", fazendo com que os estabelecimentos comerciais nas suas margens se tenham tornado "o único espaço de convivência possível, concentrando as sociabilidades mais 'tradicionais' de rua". Actualmente, afirma, "para conviver, torna-se necessário entrar num café, numa loja, ou seja, em lugares privados que implicam o dispêndio de dinheiro, esquecendo a premência de utilizar o espaço público do Rato, dando-o desta forma, à partida, como perdido para o automóvel".
Manifestação/metamorfose

Apesar desta realidade e de o largo se transformar num "local desertificado" aos fins-de-semana, "altura em que os tais espaços comerciais estão encerrados", Böle-Richard sublinha que "de vez em quando ainda pode observar-se formas espontâneas de encontro e de ocupação cidadã do espaço público". Como exemplo, o antropólogo aponta "a manifestação dos sindicatos do 2 de Março de 2007", em que "durante cerca de uma hora e meia o largo metamorfoseou-se num espaço realmente humano".

Mas Böle-Richard aponta ainda outros factores que contribuem para a hostilidade do Largo do Rato: "Poluição hedionda devido a emissões de CO2 e monóxido de carbono por parte do trânsito rodoviário; ausência de fonte pública de água; escassez de vegetação - o largo contabiliza apenas 18 pequenas árvores situadas em locais pouco frequentados pelos peões". Em suma, diz o investigador, "o peão parece ter sido esquecido, enquanto elemento participante da vida do largo".

Na sua pesquisa, o antropólogo procurou ainda observar as "relações de força" que se estabelecem entre os condutores e peões, tendo notado que os últimos "geram estratégias temporárias espontâneas de resistência relativamente ao poder impositivo do trânsito e da própria organização infra-estrutural do referido largo". Isto acontece, por exemplo, quando o peão abandona o passeio e caminha pela estrada ou, como coloca Böle-Richard, quando este, "para retomar posse do espaço cívico que jamais devia ter deixado de ser seu, a rua, se atreve a abandonar as estruturas autoritárias que lhe estão destinadas".

Para esta atitude dos peões contribuem, segundo o antropólogo, a ocupação dos passeios com estacionamentos abusivos, com lixo, obras e outros obstáculos, bem como o facto de alguns passeios serem demasiados estreitos para permitirem, por exemplo, a passagem de um carrinho de bebé ou de uma cadeira de rodas.


Gosto pelo risco
Outro problema apontado por Böle-Richard é o dos "semáforos pedonais com tempos de verde curtíssimos", que "incentivam" o peão a atravessar com o vermelho.
Apesar disto, o investigador reconhece que algumas das "afrontas" dos peões ao Código da Estrada e à "sua própria segurança" se devem à "falta de civismo". "Seja para atalhar uma trajectória ou para ganhar tempo, os peões revelam um gosto bastante pronunciado pelos comportamentos e percursos arriscados", diz Böle-Richard, notando que estes comportamentos "caracterizam todas as faixas etárias e camadas da população".

O medo de atravessar a estrada
O Largo do Rato é ou não um ponto negro na sinistralidade rodoviária da cidade?

O Largo do Rato só não é considerado um ponto negro na sinistralidade rodoviária em Lisboa - conceito que o antropólogo Aymeric Böle-Richard diz ser "contestável, segundo o ponto de vista do cidadão peão" - porque "o seu índice anual de mortalidade e de feridos graves registados no local não ultrapassa o limite daquilo que é politicamente aceitável".

Mas a realidade é outra, sublinha Böle-Richard no seu estudo, quando constatou que nesta praça de Lisboa o peão "tem medo de atravessar a estrada, que também pensa duas vezes antes de sair de casa, que reduz propositadamente as suas deslocações no local e, pior ainda, porque abandona progressivamente o espaço cívico para se refugiar dentro de zonas comerciais, nos jardins dos arredores ou até em condomínios".

Nesse sentido, uma das conclusões do trabalho do antropólogo é que "entre a situação real do Largo do Rato e o discurso oficial existe um abismo". Böle-Richard acredita que isto acontece porque o último se baseia numa análise "apenas em termos de fluxos motorizados", que não tem em conta "a realidade vivida pelos seus utentes".

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sábado, 8 de novembro de 2008

Peter Hall no ciclo de conferências a Cidade no Séc. XXI

Um dia, a Alta de Lisboa terá vida, estatuto, solidez e massa crítica para organizar também um ciclo de conferências desta dimensão. Dirão os leitores o que falta, no bairro, nos seus habitantes, em todos nós. Mas por enquanto estas coisas acontecem noutros bairros, como o Parque das Nações.

Começou anteontem, com Sir Peter Hall, reconhecido urbanista, autor do bestseller Cities in Civilization, o ciclo de conferências A Cidade no Século XXI, organizadas pelo Parque Expo, mas infelizmente não pudemos estar presentes porque o tempo tem sido curto para todos. O PÚBLICO traz hoje a notícia. As próximas conferências, que esperamos ter oportunidade de assitir, podem ser conhecidas clicando no cartaz. A notícia pode ser lida clicando no "Ler mais".


Metrópoles europeias do futuro terão que apostar num formato ecológico, artístico e criativo que lhes dê vida
08.11.2008, Catarina Pinto

Urbanista inglês Peter Hall desafiou os jovens a responder ao aquecimento global e a inventar uma profissão na área do urbanismo

As cidades ecológicas, ditas ecocidades, e a criatividade são dois elementos que, para o urbanista britânico Peter Hall, desenharão o futuro das metrópoles da Europa. Numa conferência, anteontem à noite, no Pavilhão de Portugal do Parque das Nações, em Lisboa, inserida no ciclo A Cidade no Século XXI, o especialista em Urbanismo revelou a sua previsão: criação de ecocidades como extensão das metrópoles já existentes e a aposta na imaginação, na arte e na criatividade para "dar vida à cidade".

Na primeira de seis conferências, pretendia-se um olhar sobre o futuro das cidades europeias. Peter Hall acabou por conduzir o olhar dos que assistiam não pela Europa, mas pelo mundo. E, em vez das previsões, apostou nas receitas: "Redesenhar estruturas em resposta ao aquecimento global", apostar numa rede de transportes públicos de alta qualidade, colocar a imaginação e a criatividade ao serviço da metrópole e tratar questões de coesão social.

A intervenção de Peter Hall viajou por aeroportos, mas demorou-se nas estações de comboio, destacando a importância que a rede ferroviária de alta velocidade vai ter na dinâmica das cidades. Encurtar-se-á, assim, a distância entre os diferentes países da Europa. "Em certas cidades, as estações de comboios estão a ser construídas como um agente de regeneração", adiantou, uma vez que os centros tendem a desenvolver-se à volta delas.

As viagens foram, de resto, tema corrente na conferência. Apesar de sermos constantemente aturdidos com anúncios sobre a informação tecnológica, que nos fazem pensar que é possível trabalhar sem sair de casa, a verdade é que, segundo um estudo francês citado pelo conferencista, o aumento das telecomunicações é paralelo ao aumento das viagens. Isto leva Peter Hall a acreditar que "há algo de especial na comunicação cara a cara", porque, apesar de vivermos na era da tecnologia, a presença frente a frente não parece querer dissipar-se.

Para incentivar a economia e o turismo, o urbanista destacou a opinião de Richard Florida, que pensa na criatividade e na imaginação como motores para dinamizar as cidades.

Antes de se falar no futuro, deteve-se no passado e no presente, enfatizando diversos problemas que afectam as cidades e que podem acentuar-se: a elevada taxa de dependência dos não-trabalhadores face aos que trabalham, a imigração, o crime organizado e o envelhecimento da população são alguns deles.

Mas o urbanista não tem as respostas todas. Sabe que as ecocidades do futuro têm que ser servidas por uma rede de transportes públicos de alta qualidade. Sabe que pôr de lado o carro e aprender a viver sem ele pode ainda não ser o presente, mas terá de ser o futuro. O que não sabe é como se podem unir e articular todas estas receitas na prática. Por isso, lança um desafio aos mais jovens: "Precisamos de uma nova profissão na área do Urbanismo que ainda não foi inventada".

O ciclo de conferências prossegue dia 11 com a apresentação do arquitecto Luís Vassalo Rosa e termina dia 26 com a intervenção de António Mega Ferreira, subordinada ao tema A Condição Urbana.

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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Update

[ABCnews.com]
04:00

Obama wins, bring on Jack Bauer?

If they could, YES WE CAN,

Vamos fazer da Alta e desta cidade um sítio melhor.

(O reverendo Jesse Jackson em lágrimas no meio da multidão. Oprah em "ebulição". Um passo para sermos todos mais iguais.)

04:20

O discurso de McCain é o de um senhor. Chegou 8 anos atrasado à nomeação do Partido Republicano.

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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Loiky afogou-se há um ano. O que foi feito desde então?

(Fotografia enviada pelo leitor Francisco Oliveira)

Um ano depois do afogamento de Loiky, com nove anos de idade, quais destas medidas foram implementadas?

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Can they?


Dela já se disse que todos os cidadãos do planeta deveriam participar, tal a influência que os seus resultados têm em todo o mundo.

Nela torcemos como se o nosso clube ou o nosso partido estivessem envolvidos. 

Uns seguem o coração (como a maioria da esquerda europeia, apoiante de Obama), outros a razão (como Pacheco Pereira o social-democrata que apoia McCain com o pensamento na política externa americana mais favorável para a Europa). Poucos ficam indiferentes.

Daqui a umas horas abrem as urnas (as físicas, já que a votação por correio começou há mais de uma semana) para a eleição do novo Presidente dos Estados Unidos da América.

Desde há alguns meses tenho tido o privilégio de receber as crónicas de um grande amigo, radicado por agora na Flórida, interessado seguidor do processo eleitoral americano e, declaradamente e desde o início das Primárias do Partido Democrata, convicto apoiante de Barack Obama. Ex-deputado às nossas Assembleias Constituinte e da República, durante muitos anos (no pré e no pós 25 de Abril) interveniente político e cívico, ex-militante partidário, possui a experiência para melhor percepcionar o intricado mundo político norte-americano. 

Para os que sentirem a tentação de não esperar pelas notícias matinais e resolverem seguir noite fora o desenrolar da noite americana, aqui ficam algumas dicas enviadas pelo Fernando Sousa Marques:



1. Na costa leste (New York, etc), quando as urnas fecharem às 19h00 (24h00 em Portugal), serão mais 3 na costa oeste (California, etc). Isto significa que os resultados finais (ou as previsões fundamentadas) se saberão mais cedo na costa leste.

2 Os resultados eleitorais saber-se-ão à medida que as urnas forem fechando, os votos forem sendo contados, até poder haver extrapolações fiáveis que permitam às diferentes televisões e meios de comunicação social anunciar o previsível vencedor (neste caso, o candidato que conseguir mais de 269 votos no Colégio Eleitoral).

3 Se ambos tiverem 269 votos e se, no Colégio Eleitoral, votarem de acordo com a sua anunciada posição, haverá um empate. Neste caso, o desempate será feito na House of Representatives (câmara baixa do Congresso, formado pelo Senado e pela House). Isso significará a vitória de Obama, tendo em conta que há uma clara maioria de democratas na House.

4 Há cinquenta actos eleitorais (um em cada Estado). Para efeito deste Guia vou considerar, apenas, 31 Estados: os 23 em que Obama tem praticamente assegurada a vitória (ver Anexo 1) e os 8 principais em que o resultado eleitoral ainda não é certo (3 em que parece haver uma vantagem confortável para Obama, 2 em que o mesmo se passa com McCain e 3 em que há um "empate técnico", isto é, em que as diferenças nas sondagens são inferiores ao erro).

5 O que mais interessa ter em conta, à medida que se forem sabendo resultados, é o que se passa nestes 8 Estados. Claro que poderá haver sempre uma ou outra surpresa em qualquer destes 31 Estados, ou nos 19 restantes (por exemplo, não é certo que McCain ganhe North Dakota, Montana, Arkansas, Alabama e, até, imagine-se, o "seu" Estado de Arizona, onde a família Goldwater - Barry Goldwater foi candidato presidencial em 1964 e um dos mais conhecidos senadores do Arizona - anunciou o seu apoio a Obama!).

6 Nos 23 Estados referidos no ponto 4 e enunciados no Anexo 1, Obama somará 257 Votos Eleitorais(precisa de 269 para empatar e 270 para ganhar).

7 Ficam a faltar-lhe 13 Votos Eleitorais para conseguir garantir a sua eleição.

8 Vejamos, então, quais os 8 Estados cujos resultados mais interessam para se saber, o mais cedo possível, quem vai ganhar estas eleições presidenciais.

9 Com urnas a fechar às 19h00: Pennsylvania (21 Votos Eleitorais), Virginia (13), North Carolina (15), Georgia (15) e Florida (27). Uma hora mais tarde fecharão as urnas em: Ohio (20), Indiana (11) e Missouri (11). Se Obama ganhar qualquer dos 5 primeiros Estados referidos no ponto anterior, terá assegurado a maioria no Colégio Eleitoral, às 19h00 (isto é, à hora em que for possível ter extrapolações fundamentadas). Isto é, basta ganhar a Pennsylvania, ou a Virginia, ou North Carolina, ou a Georgia, ou a Florida.

11 Se McCain ganhar todos estes 5 Estados, Obama poderá ganhar as eleições se ganhar em Ohio, ou, perdendo Ohio, ganhar, simultaneamente, em Indiana e no Missouri. Estes resultados saber-se-ão uma hora mais tarde.

12 Se Obama perder todos estes 8 Estados, McCain será, muito provavelmente, o vencedor.

13 Se Obama ganhar um destes 8 Estados, será, muito provavelmente, o vencedor.

14 Face a tudo isto, a noite eleitoral poderá ser curta: antes das 21h00 (costa leste), 1 da manhã em Portugal, poderá vir a ser anunciado o futuro Presidente dos EUA. Ou uma ou duas horas mais tarde

15 Mas também poderá acontecer que tudo se prolongue pela noite dentro e, até, quem sabe, pelos dias e semanas seguintes. Recorde-se 2000 (Al Gore, versus Bush) e a embrulhada que foi a contagem de votos na Florida.

16 Uma das coisas que está a ser testada é o próprio processo eleitoral nos EUA (...) O sistema foi feito para homens brancos com poder. Foi assim durante mais de um século. Foram necessárias muitas lutas e vontades para que pudessem votar, primeiro os pretos, depois as mulheres, ultimamente os mais desfavorecidos.

ANEXO 1

23 Estados com previsível vitória de Obama (257 Votos Eleitorais).Indico-os por ordem de encerramento das urnas.

Costa Leste (96 Votos Eleitorais): Maine, New Hampshire, Vermont, New York, Massachusets, Rhode Island, Connecticut, New Jersey, Delaware, Maryland e Washington DC.

Uma hora mais tarde (65 Votos Eleitorais): Minnesota, Iowa, Wisconsin, Illinois e Michigan.

Duas horas mais tarde (14 Votos Eleitorais): Colorado e New Mexico

Três horas mais tarde (82 Votos Eleitorais): Washington, Oregon, California, Nevada e Hawaii.

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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Estado nacionaliza mercearia do Sr. Francisco

A mercearia do Sr. Francisco desde cedo mostrou sinais preocupantes de sustentabilidade. Gestão de stock irracional, encomendas de mercadorias excessivas face à procura, marketing pouco adequado à clientela do bairro, administradores contratados na família sem CV adequado às funções. Na semana passada duas mil unidades de tomate enlatado passaram de prazo e rebentaram em pleno armazém. O golpe foi demasiado duro para a mercearia do Sr. Francisco que se viu obrigada a declarar falência. Não há azar, o Estado nacionalizou a mercearia do Sr. Francisco e vai continuar a haver couves e batatas para todos os vizinhos.

Também o Banco Português de Negócios (BPN) não resistiu à crise financeira e apresenta agora um buraco líquido estimado em 300 milhões de euros. O Banco de Portugal tentou que outro banco privado tomasse conta do prejuízo, mas fontes próximas da administração de um dos principais candidatos confessou ao Viver: "A malta não anda aqui a brincar, não é?", e assim o BPN vai ser nacionalizado pelo Estado Português.

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domingo, 2 de novembro de 2008

Evolução dos Projectos

Por se tratarem de dois projectos em curso muito aguardados, aproveito para partilhar umas fotos da evolução das obras do Parque Oeste e no Eixo Central.






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