domingo, 31 de dezembro de 2006

Homenagem aos grandes parques da Alta de Lisboa

Não quero deixar que 2006 acabe sem deixar aqui uma pequena homenagem aos Parques das Conchas e Oeste. Sem eles Lisboa estaria de certeza muito mais pobre!

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Parques das Conchas e Oeste 25 e 31 de Dezembro de 2006

Que 2007 seja melhor para toda a cidade de Lisboa!
E um bom 2007 para todos os colaboradores e leitores deste blog!

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sábado, 30 de dezembro de 2006

A segunda morte de Lopes-Graça

O Tempo é como um rolo compressor, impiedoso, que a cada instante vai demolindo o presente, insaciável, tragando-o em passado. As coisas que nos parecem distantes, que desabafamos nunca mais chegar, acabam sempre por se aproximar, para se cruzar connosco e se afastar de novo nas nossas costas. Quando se ama um livro, as últimas páginas são as mais dolorosas de ler. Uma após outra sabemos estar cada vez mais perto do fim, e vamos chorando saudades de todas as pessoas que imaginámos e que passaram a fazer parte de nós. Um livro relê-se, mesmo que as sensações obtidas na primeira vez não sejam tão intensas e novas. Mas uma peça de teatro é diferente.

Hoje acaba a Casa da Lenha. Partem para um lugar distante, na memória dos que a fizeram e assistiram, todas as personagens que nela habitaram. Fotografias, filmagens, são documentos secos e sem alma que pouco compensarão a enorme saudade da rotina que chegou a cansar, das noites ocupadas durante a semana que faziam sentir um jet lag permanente, difíceis de conciliar com toda a outra vida que continuou, do convívio diário com tantas pessoas que já conhecia, outras que passei a conhecer, mas sobretudo daqueles pedaços de fingimento que todas as noites se tornavam tão reais e verdadeiros. É injusto não falar de todos os que fizeram a Casa da Lenha, mas impossível esquecer o Carlos Paulo, que me impressionou pela forma tão intensa como vive em palco. Cada gesto, cada palavra, cada olhar, noite após noite eram feitos de maneira diferente das anteriores, como se o fossem pela primeira vez. Ou como se fossem únicos, e portanto os últimos. E se no palco opera o milagre de tornar vivo Lopes-Graça, fora dele comove pelo carinho, pelo anti-vedetismo e pela generosidade com que fala a cada uma das pessoas com quem trabalha.

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quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Eixo Norte-Sul obriga a realojamento de centenária



Foi já no passado dia 20 que uma enorme tamareira (Phoenix dactylifera), exaforcada em seis caules, com mais de 100 anos, cerca de 20 metros de altura e 63 toneladas de peso, foi transplantada outros 20 metros ao lado para dar lugar à passagem do viaduto do Eixo Norte-Sul sobre a Av. Padre Cruz. Numa prática ainda pouco comum em Portugal, a operação decorreu durante a uma tarde, exigiu uma preparação prévia das raízes para o transplante, um enorme aparato de retroescavadoras, gruas e cintura de segurança mantida por agentes de segurança pública. Dezenas de jornalista estavam presentes e o Vereador António Proa, responsável pelo pelouro dos Espaços Verdes, veio prestar declarações e explicar a operação.

Custou cerca de 13000 euros, o que se justifica dada a relevância ímpar da árvore em questão, avaliada em cerca de 100.000 euros. Apesar da grande taxa de sucesso nestas operações, só daqui a cinco anos se poderá saber se a árvore resistiu à mudança. Irá conviver no futuro com a passagem de milhares de automóveis, mas a uma distância considerada segura pelas entidades europeias. O Vereador António Proa prometeu ainda propor a sua classificação à Direcção-Geral das Florestas pelo seu “enorme valor patrimonial, e por ser um exemplar único na cidade”.

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domingo, 24 de dezembro de 2006

Se as eleições autárquicas fossem hoje, em quem votaria? - análise de resultados



Chegou ao fim a nossa sondagem “Se as eleições autárquicas fossem hoje, em quem votaria?”.

Foi uma corrida plena de emoção, com arranques impetuosos, ultrapassagens no limite, derrapagens, desilusões, grandes alegrias, candidatos a reclamar o uso de photo finish. Não há vitórias expressivas, candidatos que congreguem uma vontade inequívoca da população. A leitura que fazemos destes resultados não permite grandes extrapolações para um hipotético cenário de eleições reais. A começar pela lista de candidatos proposta: os que concorreram nas últimas e obtiveram votação suficiente para serem eleitos vereadores, alguns ex-presidentes da CML, e ainda a evocação póstuma de Duarte Pacheco, que está para Lisboa como a Maria Callas para o Scala de Milão; uma carreira curta, mas inesquecível e madrasta para todos os que lhe sucederam.

Se apenas votassem os 209 leitores que participaram no escrutínio, Maria José Nogueira Pinto teria razões para festejar. Obteve a vitória com 22% dos votos, o que não lhe dava a maioria na CML. Iria provar do mesmo veneno que atormenta Carmona Rodrigues. No entanto, esta votação revela o capital de admiração que granjeia na população alfacinha.

Ruben de Carvalho chega em 2º lugar, com 17% dos votos. É mais um sinal de que os portugueses gostam de candidatos com personalidade quando respondem a inquéritos; é pena é depois a mão escorregar para os grandes nas eleições “a doer”.

Carmona Rodrigues é o grande derrotado desta sondagem. Teve uma entrada de leão, liderou destacado, prometia ser o grande vencedor, mas claudicou nas últimas semanas, quedando-se por 11% da votação, o que lhe dá o terceiro lugar. Fica para os analistas políticos a missão de especular se essa hecatombe se deve aos mais recentes desaires do executivo do PSD na CML, porventura demasiado desmoralizadores para a falange que tradicionalmente apoia os candidatos laranja, ou se afinal os Vereadores e assessores de Carmona Rodrigues visitam aqui o nosso belogue. Fica a dúvida, mas também o doce e reconfortante pensamento que o nosso abaixo-assinado, enviado por email, poderá afinal ter sido lido pelos destinatários.

Duarte Pacheco chega à meta num honroso 4ªlugar, o que para um político do Estado Novo falecido há tantas décadas é um feito notável. Reforça também a lista de argumentos da comunidade científica que defende a investigação em embriões humanos.

Atrás de Duarte Pacheco seguem João Soares e José Sá Fernandes com 10% das intenções de voto, o tal resultado apurado por meio de photo finish. O ex-presidente, considerado por Miguel Sousa Tavares como o melhor que passou pelos Paços do Concelho nas últimas três décadas, sofre ainda os danos colaterais da escultura de Cutileiro e da ideia do elevador do Castelo. Sá Fernandes mantém um nicho fiel de eleitores, mas mais estático que o universo de votantes de Ruben de Carvalho ou Maria José Nogueira Pinto.

Santana Lopes não deixa saudades do seu mandato. Depois de uma vitória à la Bush nas eleições de 2001, obtém agora apenas 6% dos votos. Curiosamente foi no seu período que a Alta de Lisboa teve o maior crescimento, saindo da estagnação que pautou os anos 80 e 90. Mas isto foi já no século passado.

Se Manuel Maria Carrilho pouco comparece na CML, também os seus eleitores desistiram de o apoiar. 3% dos votos atiram-no para o confronto directo com o eterno candidato do PCTP-MRPP, Garcia Pereira. É a segunda derrota consecutiva para o candidato rosa sendo provável que abrace outros projectos não relacionados com a CML no futuro.

11% dos lisboetas que responderam a esta sondagem lá saberão em quem gostariam de votar na corrida à autarquia mais endividada do país. Duas pessoas, não se recusando a responder ao inquérito, afirmaram não votar para a CML caso houvesse eleições agora.

Relembramos que esta sondagem não tem qualquer validade científica, não nos levem por isso demasiado a sério, por favor. A caixinha dos comentários fica aberta para outras análises aos resultados. Entretanto, se não nos virmos por aí antes, um bom Natal para todos!

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sábado, 23 de dezembro de 2006

Coff coff coff coff




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Empreendimento Encosta do Mosteiro
EPUL fez negócios com loja da família de administrador
Ana Henriques


"Sentimos que se tratava de um concurso forjado", diz consultor de empresa de decoração preterida

A Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) fez negócios de perto de 127 mil euros com uma loja de decoração que é propriedade de familiares de um administrador de uma subsidiária sua.

A EPUL - detida a cem por cento pela Câmara de Lisboa - decidiu em 2004 oferecer objectos de decoração e mobiliário a quem lhe comprasse apartamentos na Encosta do Mosteiro, no Restelo. Foi a primeira e única vez que o fez, e resolveu efectuar uma consulta ao mercado para saber qual o fornecedor que lhe oferecia as condições mais vantajosas. A legislação por que se rege a empresa exime-a de lançar concursos públicos para a aquisição de serviços, alegam os seus responsáveis.

Foram consultadas cinco empresas do ramo, quatro das quais de grande dimensão e com créditos firmados em matéria de decoração de interiores: Conceição Vasco Costa, Deca Interiores, Dimensão Móveis e Luísa Bravo. Da quinta empresa, que dá pelo nome de Toque de Classe, nunca ninguém ouviu falar - embora numa fase posterior do processo a EPUL venha a referir-se a ela, num folheto promocional, como uma "conceituada loja de decoração".

Com três empregadas - duas das quais as suas proprietárias - e um capital social de cinco mil euros, o "conceituado" estabelecimento tem a particularidade de pertencer a uma prima da mulher de Adroaldo Azevedo, director de recursos humanos da EPUL e administrador de uma subsidiária sua, e a uma irmã desta. Mais: a própria mulher de Adroaldo Azevedo está muitas vezes ao balcão da pequena loja, a atender a clientela.

Apesar de a proposta da Dimensão sair 6500 euros mais barata à EPUL que a proposta da loja onde trabalha a mulher do director de recursos humanos da empresa municipal, é a esta última que o serviço é adjudicado. A decisão fundamenta-se em três ordens de razões: a Toque de Classe permitiria à EPUL um pagamento mais faseado dos vales de compras a entregar aos compradores; a loja fica defronte do empreendimento em questão; por fim, "o tipo de decoração do Toque de Classe está mais em linha com o espírito da Encosta do Mosteiro", lê-se na proposta de deliberação da adjudicação, numa referência às classes mais altas que a EPUL quer captar para este empreendimento. Só não há qualquer explicação para a contradição entre esta afirmação e o facto de ter sido a própria EPUL a convidar a Dimensão para concorrer ao negócio. Nem a Deca nem a Luísa Bravo apresentaram propostas.

"Somos uma loja pequenina, trabalhamos"
"Sentimos que tínhamos sido usados. Que se tratava de um concurso forjado e que tínhamos sido consultados para fazer número", recorda o consultor de marketing da Dimensão e seu antigo proprietário, Lamartine Ladeiro. "Ficámos extremamente revoltados e enviámos à EPUL uma carta violenta ameaçando queixar-nos às entidades competentes. Se nos tivesse ganho uma Conceição Vasco Costa, entenderíamos, agora uma Toque de Classe...". Lamartine Ladeiro explica que, além de ter apresentado o preço mais baixo, a Dimensão já tinha no currículo uma campanha semelhante.

Os vales de compras na Toque de Classe, cujas dimensões não permitem a variedade de escolha que qualquer uma das outras concorrentes possibilitaria, tinham diferentes valores, consoante o preço das casas. Aos compradores dos apartamentos mais caros, que podiam custar até 612 mil euros, estavam destinados vales de três mil euros, enquanto para os dos fogos mais económicos havia vouchers de 750 euros.

Ao todo são 107 os apartamentos desta terceira fase do empreendimento, cuja construção está a ser finalizada. Acontece que numa primeira fase a EPUL não conseguiu vender mais de 30 fogos, e mesmo agora, mais de três anos depois do início da comercialização, continuam por vender duas dezenas de casas.

A EPUL recusa-se a explicar oficialmente o caso, embora, a nível oficioso, esclareça que nunca pagou a totalidade dos 127 mil euros à loja em questão, uma vez que muitas das casas continuavam sem comprador.

"Somos uma loja pequenina, trabalhamos", diz uma das proprietárias da Toque de Classe, Leonor Saragga, para justificar a escolha da EPUL. A mulher de Adroaldo Azevedo também se mostra parca em explicações, dizendo apenas que se já esteve várias vezes ao balcão da loja não foi por estar ali empregada, mas porque a dona, "que é uma amiga", lho pediu. Recusando-se também a fornecer qualquer esclarecimento, Leonor Saragga observa: "Não percebo a razão deste interesse todo. O nosso trabalho com a EPUL foi perfeito!"



Filho também queria uma casa EPUL Jovem


Tal como já tinham feito filhos de outros administradores do grupo EPUL, também um dos filhos do director de recursos humanos da empresa-mãe, Adroaldo Azevedo - que é simultaneamente administrador de uma subsidiária da empresa municipal - se candidatou recentemente aos apartamentos EPUL Jovem. Embora o regulamento do concurso não o proíba e o sorteio das casas impeça, à partida, qualquer tipo de tratamento de favor, a candidatura de filhos dos principais responsáveis da empresa é controversa. Foi isso que fez desistir a filha do administrador da EPUL António Pontes, em Setembro, de uma casa ganha no sorteio. A sua irmã também se havia candidatado, mas não lhe tinha calhado nenhum apartamento. A.H.

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sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Paradoxo espacio-temporal

...ou o Viver a brincar com a física quântica.


Parque das Conchas, 22 de Dezembro de 2006.
O Viver nas rotativas graças aos jardins digitais do Vereador António Prôa.

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quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Director do Urbanismo de Lisboa demitiu-se por causa de Marvila



Ler notícia na íntegra


Director do Urbanismo de Lisboa demitiu-se por causa de Marvila
José António Cerejo


Dois dias depois de ter pedido
a suspensão das suas funções,
o director municipal pediu
a exoneração do cargo

O director municipal de Gestão Urbanística da Câmara de Lisboa, Pires Marques, pediu ontem a exoneração, na sequência da divulgação das suas relações de sociedade com um dos autores do projecto de loteamento da antiga Sociedade Nacional de Sabões, em Marvila.

Em comunicado, o presidente da câmara, Carmona Rodrigues, anunciou que já tinha aceite o pedido, "sem prejuízo" de ter solicitado aos serviços jurídicos do município o esclarecimento da existência de "incompatibilidades ou impedimentos" na actuação de Pires Marques. Conforme o PÚBLICO noticiou no sábado, o director municipal participou na apreciação do projecto de Marvila, sabendo que a autoria do mesmo era do seu sócio Vítor Alberto. Os dois arquitectos e os respectivos filhos são sócios da empresa Tacto, Atelier de Arquitectos Lda, desde 2001, sem que Pires Marques tenha dado conhecimento desse facto à vereadora do Urbanismo, Gabriela Seara.

O projecto foi aprovado em Novembro, com os votos contra da oposição, provocando uma acesa controvérsia entre a câmara e o Governo. Na semana passada, depois do aparecimento de um parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, que se tinha extraviado e era contrário ao projecto, a câmara acabou por revogar a sua anterior decisão - aguardando-se agora a reacção do Fundolis, um fundo de investimento gerido por uma empresa da Caixa Geral de Depósitos, a quem a sociedade Lismarvila vendeu os terrenos, em Março, por 56,5 milhões de euros.

No comunicado em que anuncia a sua decisão sobre o pedido de exoneração de Pires Marques - que se seguiu a um pedido de suspensão apresentado na segunda-feira -, Carmona Rodrigues enaltece a figura do ex-director, dizendo que ele desempenha funções na câmara há mais de 30 anos "sempre com grande dedicação e empenho, sendo um exemplo para todos os que com ele privaram e continuam a contactar profissional e pessoalmente". O presidente da câmara afirma também que a iniciativa do arquitecto, "face às suspeições suscitadas", constitui "um exemplo de dignidade, pautado pelos mais altos valores de serviço público".

Em reacção à demissão, o vereador socialista Manuel Maria Carrilho considerou que ela "só peca pela demora" com que foi decidida. "O senhor director municipal devia ter sido demitido imediatamente pelo presidente", acrescentou o autarca do PS.
Por seu lado, o vereador Rúben de Carvalho, do PCP, sublinhou que "o caso do director municipal é apenas uma das muitas questões que envolvem o loteamento de Marvila e que têm de ser investigadas". No seu entender, "é preciso fazer um inquérito para averiguar tudo isso", sendo que os vereadores comunistas vão "requerer a consulta de todos os processos camarários relativos a Marvila", para decidirem que outras iniciativas vão tomar.

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quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Back from the dead



Há dias, este pinheiro foi barbaramente atropelado por um tosco condutor. Pensei que fosse uma fractura irremediável, causando a morte prematura de mais uma árvore da minha rua, mas afinal parace que tem salvação: viverá nos próximos meses com umas ligaduras que a voltem a solidificar e ficará, se sobreviver, com uma cicatriz desta lesão, mas não deixará de crescer.

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Coff coff coff



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Árvores da minha rua



Outro blog nascido aqui neste nosso bairro é o Árvores da minha rua, muito útil para pessoas como eu, que gostam de árvores mas desconhecem por completo os nomes e características das que fogem aos pinheiros de folha perene ou aos áceres de folha caduca (mesmo assim, sei poucochinho). Rua a rua, passeio a passeio, este blog vai desfolhando a história de cada um dos exemplares plantados pela Alta de Lisboa.

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terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Associação de Residentes do Alto do Lumiar



Enfim, nasceu! Depois de meses de gestação, a ARAL viu finalmente a luz do dia, propondo-se representar todos os moradores do Alto do Lumiar. Dotada de personalidade jurídica, é um instrumento de eleição para dialogar institucionalmente com CML, UPAL, SGAL, JFs e outras instituições que estejam ligadas ao nosso bairro, à nossa cidade e às questões que nos afectem. Para que seja realmente representativa dos moradores da Alta de Lisboa, é do interesse de todos a adesão à ARAL. Para isso basta enviar um email para aralumiar@gmail.com e como resposta terão os passos seguintes necessários.

O Viver deseja à ARAL e aos que contribuiram com esforço e dedicação para a sua existência as melhores felicidades e energia para discutir, pensar e enfrentar os problemas que forem surgindo!

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segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

A Alta de Lisboa em Dezembro de 2007 (alguns aspectos)

O passeio de bicicleta pela Alta de Lisboa que ocorreu ontem, dia 17 de Dezembro, seguiu um trajecto que incluiu a visita aos dois principais eixos rodoviários deste mega projecto urbanístico: A Avenida Santos e Castro e o Eixo Norte-Sul (troço CRIL - nó da Ameixoeira). O estado de evolução da Av. Santos e Castro mostra sensíveis progressos no extremo norte junto à grande rotunda de ligação com o Eixo Norte-Sul (a chamada porta norte da Alta de Lisboa). Contudo, na parte intermédia e no extremo sul (junto à 2ª circular), esta via mostra um inequívoco sinal de abandono o que é muito preocupante. O troço do Eixo Norte-Sul entre a CRIL e a Ameixoeira está em acabamentos finais estando já com o asfalto definitivo.
Eis algumas fotografias ilustrativas:

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Extremo sul da Av. Santos e Castro (montes de terra com vegetação)

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Av. Santos e Castro (local da antiga ligação à estação de autocarros)

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Av. Santos e Castro (difícil "bypass", com a bicicleta às costas)

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Av. Santos e Castro (morro que sustentava a antiga ligação à estação de autocarros)

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Av. Santos e Castro (nó de ligação por fazer; obras suspensas há muitos meses)

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Av. Santos e Castro (junto ao nó de ligação)

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Terrenos por libertar que impedem a conclusão deste nó de ligação à Av. Santos e Castro.

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Av. Santos e Castro (troço setentrional)

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Av. Santos e Castro (viaduto que irá ligar com a porta norte e o eixo norte-sul)
Faltam apenas cerca de 100m de viaduto que estão em condições de ser concluídos porque o terreno está livre.


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Pista de atletismo Moniz Pereira (vista do eixo norte-sul)

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Pista de atletismo Moniz Pereira (vista do eixo norte-sul)

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Lisboa Condomínio (1.ª fase - lado esquerdo; e 2.ª fase ao centro)

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sábado, 16 de dezembro de 2006

Coff coff

Ai que distraídos que nós fomos...

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quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Previsão meteorológica para dia 17 de Dezembro (passeio de bicicleta)

Segundo o Instituto de Meteorologia:

"Céu pouco nublado, apresentando-se temporariamente muito nublado por nuvens altas. Vento fraco (inferior a 15 km/h) predominando do quadrante leste, soprando temporariamente moderado (15 a 25 km/h) na costa sul. Neblina ou nevoeiro matinal, podendo persistir em Trás-os-Montes. Formação de geada nas regiões do interior."

A situação atmosférica prevista para dia 17 de Dezembro de 2006 é a seguinte:

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Extraído de "http://weather.unisys.com/gfsx/index_eur.html"

Existe uma influência dominante de um centro de altas pressões centrado a norte da Península Ibérica.
Portanto, a situação é favorável para o passeio de bicicleta pela Alta de Lisboa.
Ponto de encontro: 10 horas, no caminho pedonal do Parque Oeste do lado da Av. Krus Abecassis:

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quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Jornal METRO refere abandono da CML



Foi publicado no jornal METRO, na 2ªfeira passada, um pequeno artigo sobre os atrasos da CML na Alta de Lisboa, projecto que resulta de uma parceria entre CML e SGAL e cuja viabilidade depende da procura de novos moradores. O jornal METRO tem uma tiragem diária de 180.000 exemplares. Para lerem a notícia, basta clicar na imagem.

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terça-feira, 12 de dezembro de 2006

A nova fluidez de Santos e Castro

O bypass aplicado a Santos e Castro deu-lhe nova saúde. Não só a sondagem reflecte o sentimento dos moradores que utilizam essa via como saída e entrada no seu bairro, como este video, filmado às 9h20m de ontem, o comprova, sobretudo quando comparado com outro, aqui colocado também, ainda no tempo de cruzamentos e mini-rotundas. Foi um penso-rápido eficaz antes da revolução que se espera ser feita com a definitiva Santos e Castro e com a construção do Eixo-Central. A definitiva Santos e Castro aguarda pela decisão do Vereador Fontão de Carvalho, como sabemos. O Eixo-Central depende da demolição do abandonado centro de saúde (à espera da ordem da UPAL), e do realojamento dos moradores de Calvanas no novo bairro já finalizado (aguardam a celebração dos contratos com a CML para a compra das casas).


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sábado, 9 de dezembro de 2006

BABEL

“The real borderlines are within ourselves in that more than a mere physical space, the barriers are in the world of ideas. I realized that what makes us happy as human beings could differ greatly, but that what makes us miserable and vulnerable beyond culture, race, language, or financial standing is the same for all” says González Iñárritu. “I discovered that the great human tragedy boils down to the inability to love and be loved and the incapacity to touch or be touched by this sentiment, which is what gives meaning to the life and death of every human being. Accordingly, BABEL transformed into a picture about what joins us, not what separates us.”


Ainda não estreou mas não deve faltar muito. Recomendo intensamente a visão do novo filme do autor de "Amores Perros" e "21 Gramas".

O que é que isto tem a ver com a Alta? Vão ver e depois conversamos.

Entretanto vejam umas coisas por aqui. Já dá para abrir o apetite.

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quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Passeio de bicicleta na Alta de Lisboa

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Para conhecer melhor a realidade da Alta de Lisboa aqui fica o convite para um passeio de bicicleta a realizar no próximo dia 17 de Dezembro, domingo, a partir das 10 horas da manhã.

O trajecto incluirá, sempre que possível, uma visita aos pontos mais emblemáticos deste novo bairro de Lisboa, nomeadamente, à inacabada Avenida Santos e Castro (onde se pode observar alguns interessantes fenómenos geológicos) e à mais larga pista cilcável do mundo: o eixo norte-sul (troço CRIL - nó da Ameixoeira):

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O ponto de encontro será no Parque Oeste, na ponte pedonal, do lado da Avenida Krus Abecassis, a partir das 10 horas de domingo, 17 de Dezembro (ver fotografia abaixo):

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Nota: a realização deste passeio está dependente das condições atmosféricas.

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Fontão de Carvalho diz não a Santos e Castro

Há projectos que devido à contenção do orçamento de 2007 não se vão concretizar?
Há. É o caso da Avenida Santos e Castro e de alguns projectos do Alto do Lumiar.

Fontão de Carvalho, ao DN, no dia 4 de Dezembro de 2006


É esta a resposta polémica. Fontão de Carvalho assume que por contenção de despesas, dada a fragilidade moribunda das finanças da CML, os projectos relacionados com a Alta de Lisboa vão ficar para trás. Só, apenas estes, lendo a resposta do vice-presidente da CML.

Relembramos a história: A Alta de Lisboa surgiu nos anos 80 por iniciativa da CML para resolver o problema dos bairros de lata existentes na zona, muitos deles também da responsabilidade da própria CML que construiu ou autorizou as habitações temporárias de inúmeras famílias desalojadas pela construção do aeroporto, cheias de 1967, construção da Ponte Salazar, agora Ponte 25 de Abril, e também habitantes oriundos das ex-colónias.

Quais Cidade de Deus, Musgueira Sul, Musgueira Norte, Quinta Grande, Charneca, Cruz Vermelha e Calvanas tornaram-se num foco de marginalidade e num péssimo cartão de visita da cidade de Lisboa. Pretendeu-se reabilitar toda a zona, retirar as famílias das barracas, garantindo-lhes casa de forma acessível, e reocupar a zona envolvente construindo prédios de venda livre integrados num plano urbanístico pensado como um todo e não aos retalhos, tendo também como objectivo social a integração e harmonização das várias classes sociais

Não tendo capacidade para levar a cabo tamanho projecto, a CML seduziu um investidor privado, celebrando um contrato com obrigações e contrapartidades de parte a parte. A CML expropria ou compra os terrenos, entrega-os à SGAL, e esta constrói todos os prédios de realojamento, grande parte dos equipamentos, parques, arruamentos arborizados e grandes vias. Grandes vias como a Av. Santos e Castro, por exemplo, cuja história está explicada aqui.

Escusado será dizer que todo este projecto só tem viabilidade se existirem compradores para as casas de venda livre. E para isso é necessário que o projecto avance sem entraves para que o desconforto de viver com um estaleiro ao lado seja rapidamente ultrapassado e os moradores sejam recompensados por apostar num projecto que nasceu das melhores intenções.

Passados 20 anos, mudam as caras, mudam as motivações, muda a estratégia de angariar receitas para a CML. Pouco interessa a sustentabilidade da cidade, pouco interessam preocupações urbanas, nada interessa o cumprimento dos compromissos assumidos. Agora a palavra de ordem é licenciar mais e mais parcelas de terreno para construção, arranjar grandes negociatas com vista a chorudas indemnizações.

É curioso ver ao longo da entrevista a mesma preocupação em arranjar investidores privados para a reabilitação da baixa. Será que conseguem? Qual a garantia de não lhes ser retirado o tapete daqui a uns anos? E o que dizer aos cidadãos que acreditaram e apostaram num projecto iniciado pela CML e veêm agora a autarquia que devia zelar pelo interesse da cidade e dos seus munícipes a alhear-se e descartar-se das suas obrigações?

Curioso é também ver que a CML pretende adquirir, sabe-se lá por quanto, aquele elefante branco que é o Pavilhão de Portugal, para fazer um museu da arquitectura e do urbanismo. Para a CML urbanismo e arquitectura é mesmo peça de museu. Save us!


Ler a entrevista na íntegra
Governo tem mostrado “arrogância” com a câmara
Número dois da câmara de Lisboa admite que relações com Governo não têm sido fáceis. Mas garante que não é por culpa da autarquia. Fontão de Carvalho vai no dia 11 defender, em reunião do executivo, um orçamento de contenção onde muitas áreas sofrerão cortes cirúrgicos. O autarca explica o porquê do pagamento de 95,5 mil euros/dia de juros à banca
Texto - Luísa Botinas e Susana Leitão Fotografia - Leonardo Negrão



A discussão do orçamento da Câmara de Lisboa (CML) para 2007 foi adiada uma semana (dia 11) quando estava agendada para hoje. Fontão de Carvalho falou ao DN sobre a situação de contenção rigorosa da câmara, das áreas mais afectadas e dos projectos que vão ficar pelo caminho. O vice-presidente da autarquia mostrou-se também indignado com as relações entre a administração local e a central, queixando-se de que em muitas decisões a CML foi totalmente ignorada.

Nem sempre a câmara e o Governo têm conseguido estabelecer um diálogo. Como classifica as relações entre o poder local e o central?
Têm sido difíceis. Mas não da nossa parte. Temos tido sempre toda a disponibilidade para colaborar em todas as áreas com o Governo. Nós queremos ajudar mas não temos sido chamados a colaborar. E há deter minadas decisões que não podem ser tomadas sem que a câmara seja, no mínimo, ouvida. Mas houve um conjunto de medidas onde fomos simplesmente ignorados.

Não acha que isso pode residir numa falta de protagonismo por parte do município?
Não. Acho que denota da parte do Governo alguma arrogância para com a Câmara de Lisboa.

A reabilitação urbana está fora do orçamento. Para quando o programa especial de reabilitação?
Estamos à espera do Governo. Esperamos que seja em 2007.0 problema da reabilitação urbana é tão ou mais grave do que a questão das barracas. Temos muita gente a viver em Lisboa, em casas de pedra e cal, em condições de habitabilidade pior do que as que existiam nas barracas. Neste momento, com as dificuldades das autarquias e do poder central, te mos de criar condições para que os privados possam investir na reabilitação. A CML está a pensar condicionar, por exemplo, a aprovação de determinados loteamentos à construção de uma percentagem desses mesmos para habitação para a classe média.

Há projectos que devido à contenção do orçamento de 2007 não se vão concretizar?
Há. É o caso da Avenida Santos e Castro e de alguns projectos do Alto do Lumiar. Sei que vivemos uma situação preocupante mas não é dramática e resolve-se se a câmara conseguir realizar a venda de património. Para este orçamento temos previsto 180 milhões em receitas extraordinárias. Admito que parte dela não se concretize em 2007, se conseguirmos com essa venda de património reduzir para metade a dívida a fornecedores — já será uma situação de razoabilidade.

A câmara não corre o risco de ficar sem terrenos ou sem património?
Não. A câmara está a vender ao valor do mercado, uma parte deste desinvestimento está a ser compensada com outro tipo de investimento em prédios, habitação social, em infra-estruturas urbanísticas. E substituição de património por património, O que estamos a vender é terrenos livres para construção.

No orçamento para 2007 quais as áreas com cortes cirúrgicos?
Há uma redução na área do par que edificado e o património têm uma redução substancial, também na área do planeamento e gestão urbanística. Os parques de estacionamento também sofrem uma redução, na construção de novos parques. Há uma redução significativa no equipamento escolar, mas esta área é uma daquelas aonde vamos procurar investimento nas parcerias público-privadas.

Como justifica que a câmara vá pagar 95 mil euros de juros da dívida por dia?
O serviço da dívida cresce este ano por duas razões essenciais. E que a partir de agora estamos a fazer reflectir no orçamento situações as sumidas no passado. Empréstimos que tiveram períodos de carência e que começam a ser amortizados este ano. Em 2005 assumiu-se uma dívida para com a Parque Expo e a Simtejo, cujos juros passarão a ser pagos a partir de 2007. E um valor muito significativo. Não é possível renego dar a dívida porque são empréstimos de médio e longo prazo. Já não temos mais margem de manobra.

Neste orçamento já estão incorporadas as verbas do Casino Lisboa?
Estão, há uma estimativa de cerca de 12 milhões de euros. A câmara tem três tipos de contrapartidas do casino. Tem as contrapartidas iniciais (30 milhões de euros, dos quais metade já foram entregues). O que está definido é que essas verbas sejam entregues ao Instituto de Turismo que por sua vez as terá de aplicar de acordo como que está previsto no decreto-lei. E o que está previsto é que 50% sejam para o Parque Mayer, 16% para o pavilhão Carlos Lopes e 33% para um museu nacional em Lisboa. Há ainda outra contrapartida, 50% das receitas brutas, mas este ano não vamos receber, porque o casino abriu mais tarde. No entanto, nada disto está ainda regulamentado.

A autarquia vai mesmo comprar o Pavilhão de Portugal?
Sim. Consideramos que no âmbito dos equipamentos que existem no Parque da Nações era importante a CML ter um equipamento cultural no local. E dado que até agora não houve destino para aquele pavilhão, que é um ex-libris da cidade.

Já há algum projecto?
Estamos a trabalhar num projecto. Tudo indica que poderá ser um fórum ligado à arquitectura e urbanismo, com ciclos de conferências permanentes ligados à área, com exposições, e teremos um acervo de maquetas da cidade de Lisboa, que está encaixotado. Teremos ainda um espaço de exposições temporárias. Não temos nenhum espaço em Lisboa que possa receber a Trienal de Arquitectura ou outros eventos ligados à arquitectura e urbanismo.

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Um bluff de autarca

Um bluff de autarca
Sérgio Figueiredo - Jornal de Negócios, 30 de Novembro de 2006


Ponto prévio: gerir a cidade é muito complexo e gerir uma cidade como Lisboa é tarefa de gigantesca complexidade. Não está, portanto, ao alcance de qualquer um. Haverá, aliás, poucos ministérios mais difíceis de comandar do que este.

A habitação. O sistema de transportes. As centenas de milhar de pessoas que diariamente entram e saem. O saneamento básico. As escolas. O ordenamento e a reabilitação urbanística. A segurança dos cidadãos. Políticas para a juventude. A cultura. O património.

Não há economia competitiva sem cidades competitivas. E Lisboa resume o paradigma nacional: ou se reiventa o modelo de desenvolvimento e se dá um salto com soluções disruptivas; ou a cidade definha e o seu território, as suas gentes empobrecem lenta mas persistentemente.

Carmona Rodrigues, no dia em que foi mandatado para esta carga tremenda de responsabilidades, foi-o precisamente por não ser "qualquer um". Carmona era o anti-político. O técnico competente. Indisponível para a demagogia. Um pouco frouxo, é certo, mas com suficiente margem de liberdade para cumprir aquilo que prometia.

A liberdade que a independência dos partidos lhe conferia. A margem que o conhecimento de causa lhe dava. E Carmona Rodrigues conhecia muito bem a autarquia, entre Janeiro de 2002 e Janeiro de 2005, com um intervalo no meio para ser ministro.

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Dois anos praticamente passaram desde que foi a votos e mereceu a confiança da maioria dos lisboetas. Dois anos em que não se vislumbra uma luzinha ao fim do túnel – e o Túnel é uma formidável metáfora da gestão Carmona: para onde é que este homem está a levar a cidade?
Se a resposta estiver nas contas camarárias, a resposta é única e inequívoca: para a catástrofe. O plano de actividades de 2006 é um queijo suíço. A taxa de execução nem sequer chega, ao fim de três trimestres, a uns sofríveis 30%.

É pobre a explicação do vereador financeiro para a situação de bancarrota em que a Câmara se encontra. É pobre o argumento para justificar o vazio de ideias e a fallha de iniciativas: estão a pagar a herança do passado, diz. É uma desculpa demasiado pobre para tão pouca originalidade.
Ainda por cima, um atestado de incompetência. Ou um insulto à nossa inteligência. A equipa que fez e aprovou um plano de actividades e que foi incapaz de o fazer cumprir, em cerca de dois terços, não conhecia o passado? Não fez essa equipa, aliás, parte dele?

Quem quer fazer uma viagem ao interior do caos deve ler as duas páginas desta edição dedicadas às contas de Carmona. Resta, portanto, avaliá-lo para além das finanças. Resta, assim, a pergunta colocada nas primeiras linhas deste texto: para onde vai a cidade? Que visão tem este homem para o futuro? Como vê ele Lisboa em 2010? 2015? E que políticas tem lançadas para lá chegar?

O seu projecto para os bairros valerá uma política de reabilitação urbana? Serão o Rock in Rio, o Rali para Dakar ou uma excursão organizada de gestores de multinacionais a promoção externa que Lisboa precisa? Sim, e o resto?

A verdade é que Carmona ainda não provou ser o técnico com reputação – o que é estranho, ao fim deste anos todos. Rapidamente se transformou no político que mostrava não ser – o que é repudiável.

O "caso Zezinha" foi a mais estrondosa revelação de que ficou rendido às lógicas de poder aparelhístico. Mas os gabinetes apinhados de assessores, centenas de "jotinhas" que entraram por ali adentro, exibem o independente tornado permeável à traficância dos adidos partidários.

A meio do mandato, agora sem Santana, agora sem desculpas, já se pode infelizmente concluir que Carmona é um bluff de autarca. Candidato a pior edil que Lisboa. O que parecia impossível, atendendo ao seu mais recente antecessor.


[via Cidadania LX]

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segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

A Casa da Lenha - bilhetes para 3ª e 4ª feira


Quem já assistiu, recomenda. O Viver repete a iniciativa da Quarta-feira passada e oferece aos seus estimados leitores bilhetes para as récitas de 3ª e 4ª feira, dias 5 e 6 de Dezembro, às 21h30m, da Casa da Lenha, espectáculo em cena no Teatro Nacional D. Maria II. Uns terão de abdicar da Liga dos Campeões, mas a qualidade da peça justifica a opção.

Para conseguirem os bilhetes é simples: basta enviar um email para viveraltadelisboa@gmail.com com o vosso nome e número de convites pretendidos, e escrever um comentário aqui na caixinha deste post, até às 18h do dia em que pretendem assistir.

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Mercado das Galinheiras



Vale tanto a pena que nem imaginam! Todos os Domingos de manhã, desde madrugada até por volta das 14h. Encontra-se de tudo; verduras, fruta, produtos hortícolas. Excelentes, praticamente a preço de custo, directamente do produtor ao consumidor. Há quem venda pão saloio fresco cozido em forno de lenha, ainda quente. Também param por lá roulottes com queijos e enchidos, frangos assados, farturas. Mulheres carregadas com sacos cheios numa mão e os filhos pela outra fazem contas de cabeça, comparando preços, grupos de homens a discutir acesamente as incidências do jogo da véspera, com uma sandes de coirato e uma "mine" nas mãos, junto a uma das várias barracas de comes e bebes. Bancas de roupa, alguma aparentemente de marca..., um senhor que vende canários, periquitos e papagaios, outro que tem tachos que nunca mais acaba, outro que expõe quinquilharias, serras, chaves de parafusos e outras ferramentas cuja função estou longe de imaginar. Ciganas a vender perfumes, outros a vender filmes pirateados (três, cinco euros!), outros ainda aproximam-se aliciando-nos com um telemóvel, uma máquina fotográfica ou um fio de ouro. Vão e vêem. Muita, muita agitação; muita, muita vida. Um ambiente heterogéneo que vicia. Está sempre cheio, sempre animado, com gentes de todos os lados, de todos os bairros limítrofes. Não o troco por nenhum Carrefour ou Continente.





O mapa indica a vermelho a localização do mercado, e a azul um percurso possível desde o caminho pedonal junto ao Parque Oeste. A fotografia aérea está mais do que desactualizada, uns três anos, talvez. O que mostra também como isto cresceu e melhorou até hoje.

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domingo, 3 de dezembro de 2006

O bypass de Santos e Castro melhorou o trânsito na Alta de Lisboa?

É a pergunta da nova sondagem do Viver. Operação feita, bypass colocado, vive-se agora com outra fluidez automóvel na Santos e Castro? Acabaram as longas filas de trânsito, a hora e meia para percorrer dois quilómetros? Já se pode ficar mais uma horinha a dormir sem correr o risco de perder produtividade no emprego? Ou seja, foi eficaz e benéfica a obra feita pela SGAL para colmatar os problemas causados pela desarticulação do Departamento de Tráfego da CML quando fizeram coincidir as obras da Alameda das Linhas de Torres com o início da construção da Escola Básica das Conchas que obrigou ao corte de uma estrada?

Têm a palavra os leitores do Viver, colocando a resposta na caixinha verde ali ao lado. Entretanto, vamos deixar a sondagem das eleições chegar aos 200 votos para a encerrar. Ficará prometida uma mesa redonda para o rescaldo e análise dos resultados de tão participado escrutínio.

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quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Por uma nova toponímia

Este é um bairro onde é visível o interesse da CML em, através da toponímia utilizada, realçar a qualidade do empreendimento. Como se, por emprestarem os seus nomes às avenidas, os vultos culturais contemporâneos comprovassem a culturalidade do sítio. Ou dos seus habitantes.

Eu acho muito bem. E, por achar bem, proponho - agora que o vulto franqueou o panteão dos eleitos - que a CML leve até às últimas consequências este empréstimo promocional dos cultos desaparecidos, esta promoção cultural dos sítios emergentes, e renomeiE a nossa Alta.

Que tal a ALTA DE CESARINY?

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Que outro sítio de Lisboa melhor homenageia o artista mais destacado do surrealismo?

Onde mais do que aqui está CESARINY EM ALTA?

- Já se viu melhor aplicação urbanística do cadavre exquis que os variados traçados da Av. Santos e Castro(R) e vias adjacentes onde cada troço é começado por um artista diferente, acabando naturalmente aquelas por nunca se encontrar?

- Já se viu melhor aplicação de um sonho sem ligação à realidade que nas ligações viárias ao resto da cidade, onde rotundas maginificentes unem vias de 4 faixas a vielas onde dois autocarros se conseguem enganchar sem a menor das dificuldades?

- Já se viu maior surrealidade do que defender a ausência de iluminação nocturna num jardim público não-vedado com o argumento de que ele não é para ser utilizado à noite (oh noites invernais de Lisboa que ignorais que o Sol se põe às 17:30!)

- Já se viu melhor lugar onde o engate perfeito (do promotor)se transforma em enfarte provável(do habitante) em cada um dos cruzamentos mal sinalizados, provisórios, inesperados que o atraso dos trabalhos legou?

- Onde vias com 2+2 faixas e separador são transformadas em 1+1 para circulação / separador / estacionamento e acesso aos edifícios, sem outra lógica que não seja a falta dela?

- Onde rectas esplendorosas de 4 faixas terminam em faixas apertadas após abruptas curvas?

- Onde um centro de saúde em que prolifera a insalubridade, o desconforto, o convívio com insectos rastejantes e mamíferos roedores se mantém em funcionamento apesar do espaço que o irá substituir já estar pronto?

- Onde todas as empreitadas que dependem do município pararam porque o município se esqueceu de reservar dinheiro para as acções que programou e acordou com o promotor?

ALTA DE CESARINY: O SONHO QUE LISBOA GUARDOU ATÉ AO FIM!

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quarta-feira, 29 de novembro de 2006

A Casa da Lenha - bilhetes para hoje às 21h30m

Fernando Lopes-Graça é considerado por muitos o grande compositor português do séc. XX. Vítima de sucessivas perseguições políticas e profissionais durante o regime salazarista, Lopes-Graça compôs mesmo assim uma vasta obra que vai desde a música coral, harmonizando melodias populares, à música intrumental, de câmara, e sinfónica.

A Casa da Lenha é uma co-produção do Teatro da Comuna e do Teatro Nacional D.Maria II, com texto de António Torrado e encenação de João Mota. Conta com um vasto elenco de actores e músicos que dão corpo e voz ao percurso de vida de Lopes-Graça, repleto de episódios, histórias e acontecimentos históricos, fazendo interagir as cenas com algumas das mais significativas obras compostas pelo compositor nascido em Tomar em 1906.

Carlos Paulo está sublime na forma densa e trágica como encarna Lopes-Graça. Só por ele já valia a pena ir ao Rossio ver a peça, mas também por todos os outros actores, valiosos na construção das cenas, por Nuno Barroso, ao piano, extremamente doce na leitura da Canção sem Palavras, e ainda pelo Coro de Câmara do Lisboa Cantat, magnífico na abordagem do repertório coral.




(Lopes-Graça, Canção sem Palavras, por Olga Prats)


Serve esta introdução para anunciar com pompa e circunstância que aqui o blog está imparável no serviço pela comunidade e resolveu oferecer bilhetes para a récita desta noite, Quarta-feira, dia 29 de Novembro às 21h30m. Para tal basta enviar um email para viveraltadelisboa@gmail.com e escrever qualquer coisinha na caixa de comentários até às 16h. Podem pedir mais que um bilhete, caso levem companhia. Após isso receberão um email a confirmar a reserva. Caso a adesão dos leitores seja em número superior aos bilhetes disponíveis fica garantida a presença noutra récita em data a anunciar.

Desejo-vos um bom espectáculo logo à noite!

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terça-feira, 28 de novembro de 2006

O bypass de Santos e Castro 2

Os acessos da Alta mudam provisoriamente inúmeras vezes antes da sua configuração final. É o custo de se construir tudo ao mesmo tempo, mas também é o resultado de não estarem a tempo construídas as vias circulares. Nestas mudanças, quando mesmo não falta, a sinalização é parca em esclarecimentos, causando essa falha naturais transtornos aos que experimentam o acesso provisório pela primeira vez ou que não circulam na zona as vezes suficientes para configurar o mapa mental desta cidade que cresce a norte de Lisboa.

Foi o que aconteceu ao Pedro, que regressava aqui à redacção após longas férias. Há uma qualquer mania de que os portugueses são pessoas empíricas, pouco dadas a tratados teóricos, daí talvez se preferir que conheçam becos e vielas pelo próprio pé do que por mapas ou sinalização no terreno. Aqui o blog tentou compensar esse ajuste dos moradores mostrando o video do bypass a Santos e Castro, mas, por ser de noite, alguns pormenores ficaram por revelar. Em mais um serviço à comunidade, aqui fica então o novo percurso com ida e volta desde o nó de Calvanas, já de dia, rodando os 180º hipnotizado por um undecaneto de um tyranossauro rex.


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TERRORISMO

Em Portugal, o Estado que tem sido tão imperial a exigir aos seus cidadãos o cumprimento de valores essenciais como a honestidade e a prestação atempada das contribuições devidas, acusa uma notável falta de memória (provavelmente por ser uma entidade, não uma pessoa: toda a gente sabe que as entidades têm uma certa queda para a abstracção) quando se inverte o sentido do dever. É incrível como a velocidade com que decidiu publicar na net os nomes dos maiores devedores de impostos rimou com a opacidade com que se fechou à proposta (demagógica, evidentemente) do PP para que publicasse a lista das suas maiores dívidas.

- Convenhamos que a sua publicação pariria um rato: os maiores devedores da órbita do Estado, mais do que o próprio Estado são as autarquias e algumas empresas públicas -

De qualquer das maneiras, grandes dívidas unitárias implicam grandes credores; e esses - na sua esmagadora maioria instituições bancárias, têm a força, os recursos e o poder para - não se podendo entender com Júpiter - retirarem dos pobres humanos o que os deuses se esqueceram de regularizar.

Mais importantes do que essas, são os pequenos valores que, aqui e ali - e apesar dos contratos assinados, das promessas feitas, das palavras de honra de presidentes e responsáveis - se vão deixando em atraso, à espera de uma conjectura favorável, da mudança dos humores dos serviços ou da resolução de um nó górdio formal através da aplicação de um dos inúmeros "truques" em que esses mesmos serviços são peritos (é tão fácil encontrar muros na lei como desvendar alçapões), e que tanta mossa fazem nas finanças de particulares ou das pequenas empresas.

Vem isto a propósito dos atrasos nas obras da Alta, claro. Aparentemente, os acordos de expropriações que as viabilizarão ficaram fechados na gaveta do vereador Fontão de Carvalho por falta de verba para os pagar. A ser verdade, que magnífica lição! É que mais vale uma população a perder mais meia-hora de carro do que mais uns quantos vigarizados pela volúpia política de meia-dúzia de parlapatões incumpridores.

E eu sei do que falo. Ainda ontem estive a contabilizar calotes... (ai, calotes não, que o Estado paga sempre não é? Nem que seja aos nossos orfãos...!)

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BIMBOS

Não, não bastava a não planeada e pouco estruturada alteração sistemática dos percursos rodoviários na Alta.

Não bastava a nula atenção dada ao melhoramento das vias nas zonas limítrofes do bairro para fazer face à mais que previsível enxurrada de trânsito criada pelo crescimento da sua população residente.

Não bastavam os atrasos na conclusão dos nós de ligação, do viaduto da Norte-Sul, das obras da Alameda das Linhas de Torres.

Era mesmo imperioso cortar o acesso à Santos e Castro pela rua periférica, paralela à Quinta das Conchas. E UM SINALZINHO A AVISAR, NO INÍCIO DA MESMA, OS INCAUTOS MOTORISTAS??? SERIA PEDIR MUITO?

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domingo, 26 de novembro de 2006

Bypass colocado em Santos e Castro

O Pedro Veiga tinha toda a razão. Na altura pensei que fosse o início do tramo Sul do Eixo-Central, anunciado dias antes pela SGAL face ao caos instalado nos acessos à Alta de Lisboa em hora de ponta após a decisão da CML de fechar a ligação entre a Av. Eugénio de Andrade e a Av. Maria Helena Vieira da Silva para a construção do Colégio de S. Tomás. Mas para esse tramo Sul acontecer, um troço já definitvo, já desenhado no projecto, é necessária a deslocação dos moradores do bairro de Calvanas para as novas casas construídas junto ao bairro Sete Céus, e como isso tarda em ser feito, vamos vendo a futura-ex-Av. Santos e Castro ser operada com bypass atrás de bypass para melhorar a circulação. Aqui fica um video nocturno com uma boa banda sonora.

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sábado, 25 de novembro de 2006

Passeio de bicicleta




Depois da tempestade, a bonança. Se a manhã de Domingo estiver tão aprazível como a de hoje, querem dar um passeio de bicicleta? Aceita-se sugestões de percurso.

Proponho como ponto de encontro a zona mais baixa do Parque Oeste, junto à rotunda Cardeal D. António Ribeiro, às 10h55m, com saída às 11h da manhã.

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sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Passado recente e antigo da Alta de Lisboa

Em jeito de prenda de Natal aqui mostro algumas fotografias que retratam alguns aspectos da Alta de Lisboa nos anos de 2002 e de 2003.
Apesar de todos os contratempos e dificuldades a cidade nova tem crescido e ganho maturidade…

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Empreendimento Condomínio da Torre em acabamentos e parte da Rua Helena Vaz da Silva a ser asfaltada (12 de Outubro de 2003)

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Estrada da Torre com o respectivo condomínio ainda em acabamentos (12 de Outubro de 2003)



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Empreendimento Colina S. João de Brito e Rua Helena Vaz da Silva sem estabelecimentos comerciais abertos (12 de Outubro de 2003). Actualmente nos dias mais complicados, na hora de ponta da manhã, esta rua está frequentemente cheia de automóveis a caminho do centro de Lisboa.


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Monte de S. Gonçalo visto da Av. Krus Abecassis (22 de Junho de 2006). Estes terrenos estão actualmente ocupados pelos empreendimentos Colina de S. Gonçalo e Condomínio do Parque. Em último plano vê-se a escola primária do Monte de S. Gonçalo em construção.




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Terreno hoje ocupado pela escola da Misericórdia de Lisboa e pelo empreendimento Condomínio do Parque. Ao fundo vêm-se os edifícios do Plano Especial de Realojamento e o terreno delimitado destinado à construção do empreendimento Colina de S. Gonçalo (14 de Julho de 2002).




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Empreendimentos Colina de S. Gonçalo (em primeiro plano) e Condomínio do Parque (em segundo plano à esquerda). O empreendimento Jardins de S. Bartolomeu ainda não estava a ser construído. Vista do Monte de S. Gonçalo (4 de Maio de 2003).



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Imagem idêntica à anterior obtida a 13 de Julho de 2003



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Esta fotografia mostra os empreendimentos Colina de S. Gonçalo (primeiro plano), Jardins de S. Bartolomeu (em segundo plano ainda nos andares mais baixos), Condomínio da Torre (em terceiro plano) e ao fundo é visível o edifico do Hotel Sheraton - Picoas (27 de Julho de 2003).


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Empreendimento Colina de S. Gonçalo e a meio plano vê-se o estado de avanço dos Jardins de S. Bartolomeu (conjunto que é servido pelas ruas Melo Antunes e Tito de Morais). Fotografia de 16 de Novembro de 2003.


E recuando muito mais no tempo:

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Ostras do Miocénico (vertente num troço da nova Avenida Santos e Castro)

Que aprazível deveria ser este local há uns bons 15 a 20 milhões de anos. Esta imagem mostra ostras fósseis do Miocénico. Nesta altura a região de Lisboa estava a uma latitude inferior à actual e o clima era tropical. Agora imaginemos uma enseada amena de águas quentes transparentes a transbordar de vida. Praias e recifes de corais a perder de vista numa zona de estuário com franca influência marinha. Tudo isto sem qualquer vestígio de poluição… algo semelhante ao que hoje se vê naqueles catálogos a anunciar férias em locais tropicais longínquos acessíveis a umas horas de avião.

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