domingo, 20 de abril de 2008

Alto do Lumiar, que futuro? - CpL e Manuel Salgado respondem (B.3. e B.4.)

B.3. A ligação entre a referida avenida e a 2ª Circular denominada “Porta Sul” encontra-se consubstanciada num projecto que, não contendo, na opinião de todas as partes envolvidas, a solução ideal, tem a virtude de resolver todas as questões emergentes de uma tal intervenção e está pronto a ser executado. Aparentemente anuncia-se um adiamento sine die da obra para revisão total das opções tomadas. Tem conhecimento desta posição da CML? Concorda com ela? É legítimo o adiamento de prazos – com o que o mesmo comporta de continuação dos problemas – quando se discorda das opções tomadas pela vereação anterior?

B.4. No caso de não existirem objecções ao projecto aprovado para a “Porta Sul” e considerando as restrições orçamentais actuais, deverá esta obra ser prioritária ou defende que a mesma terá de esperar por um maior desafogo financeiro da autarquia?



Resposta dos Cidadãos por Lisboa:





Resposta do Arqº Manuel Salgado, Vereador do Urbanismo, eleito pelo PS:

B3.
A resolução da porta sul deve ser encarada enquanto ligação da área do PUAL à sua envolvente directa na cidade de Lisboa, na perspectiva de que o seu eixo central possa constituir um efectivo prolongamento do eixo histórico, devidamente integrado como o Campo Grande.

A solução que se encontrava para adjudicação foi lançada pela SGAL e como tal não foi efectuada de acordo com a legislação das empreitadas de obras públicas a que a Câmara Municipal está obrigada. Independentemente deste facto nenhuma das soluções apresentadas dava resposta ao que é o actual entendimento da CML do traçado da rotunda e das ligações que esta deverá ter à malha viária envolvente, nomeadamente ao Campo Grande.

Neste assunto não havia qualquer compromisso anterior que amarrasse a CML a qualquer solução. Por esta razão, por não se concordar com as soluções em estudo e por se considerar que todas elas apresentavam um elevado custo de construção, optou-se por se estudar uma solução (aliás repescada de uma anterior proposta do autor do PUAL).

B4.
A execução da Porta Sul é, obviamente, prioritária ainda que existam restrições orçamentais. Mas, mais do que um problema financeiro, há que encontrar a solução de traçado da rotunda que não comprometa o futuro.
Considerando que este estudo, e a disponibilidade do terreno, poderá demorar algum tempo está a equacionar-se a execução de uma solução intercalar que permita a curto prazo ligar a Av. Santos e Castro à 2ª Circular.

17 comentários:

Anónimo disse...

A Lei 83/95, de 31/08 ( http://www.dre.pt/pdf1sdip/1995/08/201a00/54645467.PDF)regulamenta o Direito de Acção Popular enunciado na Constituição da República Portuguesa (artº52º,nº3 da C.R.P.) e que é um instrumento essencial de concretização da democracia participativa.
Penso que seja uma solução a integrar em contexto de apreciação para a tentativa de resolução deste problema já que parece haver "excesso de inteligência" ao atirarem-se para a frente e logo na 1ª abordagem as cláusulas de rescisão.
Isso não é bem assim e revela isso mesmo e apenas, só esperteza.
Esquecem-se os direitos das pessoas e isso começa por ser muitissimo grave.
Há que analisar à luz do direito vigente a legitimidade dessas fantásticas e tão bem sabidas cláusulas rescisórias.

Anónimo disse...

Põr este video como sendo uma resposta só pode ser uma piada...

Anónimo disse...

Depois de ver todos os videos só acho Graça a este Miguel Graça (assessor) por representar muito bem os assessores que andam por aí espalhados pelas camaras e ministerios a serem pagos por nós e a fazerem muito pouco.

Mas o homem sabe o que quer que seja sobre a alta? Faz um que sim, abana a cabeça e no final na melhor da hipoteses recita umas generalidades sobre paradigmas e complexidades.

Isso também eu faço! Também quero ser assessor de alguma coisa!

Luis Rodrigues

Anónimo disse...

Tiago,
A ideia não é boa, é excelente. E está subjacente ao Projecto Alta de Lisboa, desde a 1.ª Hora. O Arq. Eduardo Leira, autor do plano de Urbanização, tem defendido esta ligação e a requalificação desta zona de oportunidade para a cidade, que vai da Av. Brasil /Campo Grande até à Porta Sul, desde sempre. Continua a defende-la com "unhas e dentes". O executivo anterior decidiu primeiro avançar com o projecto da Porta Sul estudando-o de forma a que esta solução não fosse comprometida. Foi o que aconteceu.
E estão estudos e estudos e o projecto da Porta Sul prontos à espera que alguém "decida" avançar.
Eu diria que sem essa ligação o projecto Alta de Lisboa, nunca será o que pode ser. O projecto foi pensado e bem pensado como um todo - Vias, malhas urbanas, unidades de planeamento e gestão (UPG), parques urbanos. O PUAL tem muitos documentos, que não apenas o Regulamento que se conhece. Por exemplo, a Porta Sul, as vias principais, os parques urbanos têm um detalhe grande nos vários documentos que fazem parte integrante do PUAL (que tem sido respeitados) e são garantia de segurança e bom planeamento urbanístico.
Todos se queixam que não há planeamento (noeadamente urbanistico) em Portugal. Ora, se há sitio onde houve esse planeamento é no Alto do Lumiar. Foram anos de reuniões com todos os serviços da CML, até se chegar ao actual PUAL. E no caso da Porta Sul ao fim de muitos anos de projectos e projectos (enterrar, ou não, a 2.ª Circular, com quantas vias, com semáforos ou não....) ficou pronto e aprovado em 2005 um projecto final. Entretanto, foi desenvolvido o projecto de execução e lançado um concurso para escolha da empresa construtora. Que foi escolhida. Falta começar…
Bom e mais duas ou três coisas que se descobrem apenas quando está tudo pronto a avançar…
Nesse projecto está prevista, claro, a ligação pedonal e através de ciclovia ao Eixo Central e neste está previsto o mesmo o que permitirá ligar (articulando com o projecto de ciclovias desenvolvido pela UPAL/SGAL e com o Eixo Pedonal) 3 Zonas Verdes Fulcrais para cidade de Lisboa: Campo Grande, Quinta das Conchas e Parque Oeste.
Está pronto, é rápido e até tem forma de ser financiado...
Aposto que o Vereador dos Espaços Verdes não sabe isto! Nem quer saber...
É pena.
Quanto ao Vereador do Urbanismo, conhece o projecto da Porta Sul e a ligação ao Campo Grande...
A ligação do Campo Grande (onde quer que seja, pois havia uma solução que implicava demolir o edificio do World Trade Center...o que apesar do nome não seria nada de extraordinário numa cidade com visão) é vital para a Alta de Lisboa e permitirá criar uma zona de oportunidade e requalificação urbana em Lisboa dificil de encontrar.
Pelos vistos andam todos distraidos, ainda bem que o Viver não.
Um abraço do
Carlos

Quarta-feira, 9 de Janeiro de 2008 17H09m WET

Anónimo disse...

Salgado sobre a Porta Sul:"Neste assunto não havia qualquer compromisso anterior que amarrasse a CML a qualquer solução. Por esta razão, por não se concordar com as soluções em estudo e por se considerar que todas elas apresentavam um elevado custo de construção, optou-se por se estudar uma solução (aliás repescada de uma anterior proposta do autor do PUAL)."

Carlos Moura Carvalho: "Foram anos de reuniões com todos os serviços da CML, até se chegar ao actual PUAL. E no caso da Porta Sul ao fim de muitos anos de projectos e projectos (enterrar, ou não, a 2.ª Circular, com quantas vias, com semáforos ou não....) ficou pronto e aprovado em 2005 um projecto final. Entretanto, foi desenvolvido o projecto de execução e lançado um concurso para escolha da empresa construtora. Que foi escolhida. Falta começar…"

Anónimo disse...

Salgado aqui mente com a boca toda. Como e' possivel ele dizer "por não se concordar com as soluções em estudo e por se considerar que todas elas apresentavam um elevado custo de construção" como que a negar o facto que, depois de muitos anos de estudo, ter-se chegado a UMA solução final, que foi aprovada pela CML (a antiga) e ate' ja' tinha sido escolhida uma empresa construtora, que estaria para começar a construir.

E para alem do "elevado custo de construção", Salgado não consegue especificar quais são as outras razoes para dizer que a solução final encontrada não e' boa e e' preciso estudar mais. E' tudo tanga.

O Pedro Veiga num comentario em baixo diz a verdade: existem interesses economicos contrarios ao desenvolvimento da Alta. Salgado faz-lhes a vontade.

A SGAL devia por um processo em tribunal contra esta CML. Por outro lado, sendo a CML condenada, como por certo seria, nao seria o Vereador Salgado a pagar a indemenização mas todos nos. Os contribuintes.

Anónimo disse...

Só a SGAL é que foi prejudicada pela CML? A população não devia também pôr um processo à CML?

Anónimo disse...

Acho que sim. Mas vamos tirar dinheiro duma algibeira...para meter na outra.

Anónimo disse...

Julgo que esta camara nao quer e nao vai assumir a resolução de todas as questões pendentes.

A não ser que seja obrigada...

Se o Viver quiser liderar um movimento de pressão civica mais visivel eu estou disponivel.
O primeiro passo seria uma campanha para que todos os residentes da Alta efectuem o recensseamento nas suas freguesias... os vostos contam.

Outra acção interessante seria organizar umas centenas de acções legais para contestar o pagamento do IMI aos niveis em que está. De certeza que os coeficientes previstos para esta zona, "imaginavam" um conjunto de infraestrturas, serviços e acessos que são pura ficção.

Infelizmente os politicos apenas se movem quando os votos são ameaçados...é por ai que temos de começar.

Miguel

Anónimo disse...

Só mais um comentário...

Como cidadão, pagante de (muitos) impostos em Lisboa, sinto-me ofendido por a CML querer iniciar varios projectos de muitos milhões de euros, sem cumprir os compromissos assumidos com projectos anteriores (Alta).

Miguel

Anónimo disse...

isto faz-me lembrar aquela famosa frase dos Gato Fedorento:
" eles falam, falam, falam, falam, falam, falam mas não fazem nada"

é este o país que temos!

fico contente por saber que cada vez mais há maior número de mentirosos compulsivos a trabalhar na CML!
São Josué Dominguez

Anónimo disse...

Quem defende uma acção da Sgal contra a CML não percebe que os principais lesados nesta história toda são os moradores. A Sgal parece estar a ser lesada, mas tambem já lesou muito os moradores com os defeitos de construçao e outras historias que davam caso de policia. E silencio da Sgal mostra bem que não querem lutar por isto ate ao fim.

São os moradores que têm de fazer algo. Acho boas as ideias do Miguel. Dinamizadores do Viver, querem avançar com isto?

Pedro Veiga disse...

Ainda hoje tive a oportunidade de folhear o “Atlas Urbanístico de Lisboa” que é uma obra coordenada por Manuel Salgado e Nuno Lourenço. Nesta obra não existe uma única referência à Alta de Lisboa nem tão pouco ao Lumiar. Isto mostra bem a consideração que o actual vereador do urbanismo tem por esta zona nova da cidade!
Como os problemas dos realojamentos estão resolvidos a actual vereação está-se nas tintas para o resto do projecto. O projecto da Alta, uma vez completo, do ponto de vista das acessibilidades fundamentais, faria, decerto, sombra aos outros projectos imobiliários “mais centrais” e por isso não convém dar oportunidade à Alta de se afirmar no mercado imobiliário altamente competitivo. De facto, pelas excelentes características, das quais se destaca, por exemplo, o alinhamento com o eixo das avenidas novas, o gigantismo da área de terreno livre relativamente plano, o equilíbrio entre as áreas verdes e a as áreas destinadas à construção, entre outras, a Alta de Lisboa poderia vir a funcionar como uma nova centralidade de Lisboa com todas as vantagens! Com o eventual prorrogamento da linha vermelha do metro até ao Lumiar e daí até à Pontinha, com a excelente ligação ao Campo Grande através da Porta Sul, toda a malha urbana da Alta poderia ser uma nova centralidade com características ímpares em toda a região de Lisboa. Ora, um projecto desta envergadura e qualidade iria, de certeza, ser um rival dos novos projectos urbanísticos para Lisboa actualmente apadrinhados por esta vereação (Alcântara, Vale de Chelas, Parque Mayer – Museus da Politécnica, entre outros).
Assim, o projecto do Alto do Lumiar é encarado por esta vereação como um entrave ao desenvolvimento dos outros projectos imobiliários milionários, projectos ao gosto da rapaziada que vive da venda de imóveis a preços de luxo. As pressões são muitas e sendo o projecto da Alta caracterizado pela colocação no mercado de habitações a preços muito competitivos, é natural que isso não convenha a certos senhores muito influentes. É devido a esta política desastrosa de fazer cidade que o concelho de Lisboa só pode praticamente ser habitado por ricos ou por desgraçados que vivem do rendimento de inserção social. Assim, ao longo das últimas décadas, Lisboa foi perdendo os seus melhores habitantes para os concelhos limítrofes.
Esta é a realidade, o resto é conversa de político, é conversa para empatar, para atrasar tudo e para decidir depois de tudo já estar decidido. O que me angustia mais é que com a passagem do tempo tudo será mais difícil e corremos o risco da Alta de Lisboa se tornar em mais um remendo urbanístico servindo apenas para realojar habitantes vindos de zonas degradadas de Lisboa. Quem aqui ficar a morar corre o risco de ter que ficar a pagar um IMI a preço de luxo para viver num bairro periférico, dormitório e cheio de problemas sociais! É pena!

Anónimo disse...

Isto é tudo muito bonito. Anda-se aqui em 2009, a desenhar e alvitrar hipóteses para a entrada na Alta de Lisboa, quando quem adquiriu aqui a sua habitação teve em conta que esta zona tinha num plano urbanistico a respeitar e que estava em desenvolvimento e pelos vistos o mesmo está aberto em muitas vertentes e muito longe de ser consensual. Bullshit...

A SGAL não está a conseguir entrar nos corredores do poder camarário. O porquê só esta entidade e a CML saberão. Alguém pode esclarecer de uma forma clara e sustinta o que se passa entre a SGAL e a CML?

Faria mais um desafio à SGAL. Tendo nós terminado há pouco tempo o primeiro trimestre de 2008, quais foram os desenvolvimentos e ponto de situação dos objectivos traçados para este anos pela SGAL?.

Rodrigo Bastos

Anónimo disse...

Nota: onde se lê 2009 deve-se ler 2008. :)

Nuno Freire disse...

Concordo em pleno com a sugestão do Miguel de iniciar uma campanha de recenseamento dos moradores da Alta na junta do Lumiar.
Podemos fazer um comunicado apelando aos nossos vizinhos para que se recensiem ou podemos facilitar os impressos que sejam necessários (creio que se pode fazer download).
Estou disponivel para distribuir qualquer nota ou baixo assinado na Colina S.João de Brito.

Nuno

Anónimo disse...

MENTIROSO!!!
CHULO!!!
CHUPISTA!!!
SÓ QUER É TACHO!!!
E ANDAR A MAMAR À PALA DOS OUTROS!!!

ESTE TIPO MENTE COM MAIOR NÚMERO DE PALAVRAS DO QUE COM OS DENTES QUE TEM!