sábado, 30 de setembro de 2006

Máquina do tempo

Praça Duque de Saldanha, Lisboa, c. 1950.
Foto: António Passaporte, in Postais de Lisboa, [Lisboa], C.M.L., [1998].



Quem tem saudades do passado, da Lisboa de outros tempos, da pasta medicinal Couto, das pastilhas Gorila a 5$00 ou dos autocarros de dois andares, não pode perder o blog Bic Laranja.


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quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Ligação à central de camionagem

Dentro de momentos este percurso será circulável por quem queira ir para a central de camionagem. Fica assim possível concluir mais um pequeno troço da Av. Santos e Castro.





P.S. A pedido do nosso estimado leitor :), também conhecido por Luís, aqui juntamos a localização no mapa deste novo acesso.

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terça-feira, 26 de setembro de 2006

O design de Daciano da Costa no Eixo Central

Também na mesma revista arquitecturas, donde copiei na íntegra a notícia da pista de ski que está no post abaixo, vem um artigo bastante interessante sobre mobiliário urbano, a propósito do projectado no atelier de Daciano da Costa, recentemente falecido, para o futuro Eixo Central, a correspondência da Avenida da Liberdade na Alta de Lisboa. Quem nos guia nas razões da opção entre um ou outro tipo de objecto é Ana Costa, filha de Daciano.

Os bancos desenhados na ilustração que acompanha o artigo têm encosto. Obrigado aos arquitectos e designers que se imaginam a usar as suas próprias criações!




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MOBILIÁRIO URBANO
Alta de Lisboa inova na mobília
O atelier Daciano da Costa desenhou diferentes famílias de objectos de mobiliário urbano, para povoar o principal eixo urbano da Alta de Lisboa. A natureza das peças varia mas a continuidade não sai comprometida.


O Projecto de Equipamento, Mobiliário Urbano e Padronagem de Pavimentos para o Eixo Central do novo bairro da Alta de Lisboa nasce de uma parceria entre os ateliers Daciano da Costa e Risco. Diferentes famílias de objectos vão adornar praças e ruas neste novo pedaço de cidade, garantindo a continuidade, mas também a identidade de cada espaço urbano, O projecto foi concluído recentemente e aguarda aprovação na Câmara Municipal de Lisboa.

Com o convite feito pela Sociedade Gestora da Alta de Lisboa, em 1999, o atelier Daciano da Costa ganhou a oportunidade de abordar o design do mobiliário urbano, num novo pedaço de cidade, como uma disciplina complementar dos estudos urbanísticos. Da necessidade de desenvolver uma escala intermédia de detalhe urbano surgiu a colaboração com o atelier de arquitectura Risco.

Para evitar o aparecimento de uma cidade fragmentada e desconexa, foram definidas bases e regras racionais para determinar um contexto cromático representativo da arquitectara da Alta de Lisboa. “E a única forma de conseguirmos com que todos os projectos de arquitectura tenham uma linguagem comum, nem que seja na proximidade com o espaço urbano”, refere a arquitecta Ana Costa, do atelier Daciano da Costa. Desta carta de recomendações, salientam-se normas relacionadas com “os planos de cor, as características dos materiais utiliza dos, os planos de fachadas, a própria modelação dos cheios e dos vazios”, entre outras.

A imagem de urna cidade agregadora começa a construir-se no Eixo Central, identificado como avenida principal da Alta de Lisboa, à semelhança da Avenida da Liberdade ou dos Champs Elysées, em Paris. Depois de se corrigir a fragmentação inicial da frente da Alameda da Europa, foi introduzido neste eixo o conceito de Parque Linear, uma revisão que alterou o seu perfil transversal.

A existência de elementos diferenciadores na cidade, como praças, fontes ou bebedouros, levou a equipa de projectistas a distinguir, também, a natureza do mobiliário urbano. “Definimos à partida que nas zonas das praças ou das fontes o mobiliário deve ser protagonista, deve provocar, causar efeito. Noutras zonas, mais de passagem, o mobiliário é de acompanhamento, surge na continuidade de uma rua, relaciona-se com a arquitectura”, descreve a arquitecta.

Segue-se a mesma lógica na padronagem dos pavimentos. Assim se chegou à conclusão que a típica calça da portuguesa, padronizada, assumirá o papel de protagonista por se aplicar apenas nas chamadas “zonas especiais”. Na restante área aplicar-se-á um pavimento betuminoso, ainda que caracterizado pela mesma cor clara. “Dada a morosidade na aprovação do projecto, aproveitámos para dar passos em frente e um deles está na escolha de um pavimento mais regular, adequado às necessidades das pessoas com mobilidade condicionada, o que não aconteceria se colocássemos calçada em toda a área do percurso urbano”, explica Ana Costa.

A natureza do mobiliário urbano varia ainda consoante o estilo das praças, que podem ter uma escala mais doméstica ou urbana. “A ideia do banquinho de réguas de madeira, com a perna de ferro, que se justifica nas zonas de jardim, de estar, e um mobiliário com um ar mais duro, em aço, ou com umas linhas mais simplificadas nas zonas de grande percurso urbano”, diferencia.

O desenho e os vários sistemas de equipamento e mobiliário urbano, devidamente registados como desenhos de mobiliário de autor, permitem, assim, criar diferentes famílias de objectos, que se sucedem, estimulando e animando os vários percursos do Parque Linear

Favorece-se a continuidade, mas não a repetição, garantindo a identidade dos espaços urbanos. “Encontras-te comigo naquela zona do parque em que os bancos têm as pernas tortas? Esta é a prova de que o próprio mobiliário urbano pode servir de estímulo e de referência para sabermos onde estamos”, exemplifica Ana Costa.

O Projecto de Equipamento, Mobiliário Urbano e Padronagem de Pavimentos do Eixo Central da Alta do Lumiar espera, agora, aprovação na Câmara Municipal de Lisboa, para, posteriormente, se poder avançar para a criação de protótipos.

Ana Cristina Ferreira

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segunda-feira, 25 de setembro de 2006

A pista de Ski na revista arquitecturas

Na revista arquitecturas nº 17, de Outubro de 2006, sai um pequeno texto sobre a futura pista de Ski da Alta de Lisboa.



Clicar aqui para ler na íntegra


Lisboa vai receber a maior pista de neve da Península Ibérica

Dentro de dois anos vai ser possível praticar ski e snowboard sem sair da capital. A maior pista de neve da Península Ibérica vai ficar situada na zona da Alta do Lumiar e estará aberta 365 dias por ano.


O projecto para a construção de uma pista de ski em Lisboa partiu da SnowWorld, que prevê para o com plexo uma utilização regular de 65 mil clientes. Segundo Alexandre Deifense, dirigente da empresa, foram estudadas várias localizações até encontrar uma com as características ideais. A nova pista vai, assim, situar-se na freguesia da Charneca do Lumiar, abrangendo ainda um pouco da Ameixoeira, zona da cidade gerida pela UPAL (Unidade de Projecto da Alta do Lumiar), que acolheu a ideia de braços abertos. A maior pista de neve da Península Ibérica poderá estar concluída em 2008.

O estudo prévio, explica Fernando Rosado Sousa, director da UPAL, já foi aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa. “Esperamos partir para as próximas fases o mais rapidamente possível”, adianta o responsável, ressalvando que não existe, ainda, um projecto definitivo, mas apenas as directrizes principais. “O esqueleto está feito. Falta definir o resto”, afirma. Rosado Sousa crê que este projecto constituirá um grande pólo de atracção, possibilitando mesmo a realização de eventos desportivos de grande dimensão.

O terreno destinado a acolher a pista, integrado numa zona verde com cerca de 22 hectares, adapta-se perfeita mente ao projecto, sem necessidade de grandes movimentos de terras, destaca o responsável da UPAL Destaque, ainda, para a visibilidade deste projecto e o seu impacto visual na cidade, dada a cota elevada em que ficará situado. Alexandre Deifense garante que “será uma pista única”, apesar de os pormenores do projecto ainda não estarem totalmente concretizados.

A pista foi projectada pela SnowFlex, empresa do Briton Engineering Developments, responsável pela execução de setenta pistas do género em todo o mundo, e terá, no mínimo, 260 metros de comprimento por 50 de largura, com quatro percursos diferentes de descida. Será composta por tapetes com seis metros de comprimento e um de largura, interligados e feitos à base de um composto de polímeros, com uma base condutora de fibra em mono filamento. Por baixo terá uma espécie de colchão, menos duro que o gelo real, que garante a segurança e o conforto. Está também prevista a construção de uma segunda pista, de apoio, com 50 metros de comprimento por 50 de largura, para aprendizagem.

Luís Teixeira é o arquitecto responsável pelo projecto, em consonância com as indicações do Briton Engineering Developments. Espera-se que a pista esteja pronta em 2008, ou no final de 2007.

Pedro Miguel Marques

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sábado, 23 de setembro de 2006

O Vivel vai ao Centlo Cultulal

Por acaso estava já há uns tempos para fazer qualquer coisa aqui sobre a forma Fuga. Queria mostrar a estrutura, as partes em que se divide, o papel contrapontístico de temas, respostas e contratemas. Mas para fazer o que queria, isolando cada uma destas partes, retirando do bolo final cada um dos ingredientes, teria de ligar o piano digital ao computador, o que é por enquanto impossível.

Uma fuga é uma espécie de canone mais elaborado. Todos conhecem certamente o Frère Jacques, em que a melodia é imitada integralmente por outras vozes, desfazada no tempo, como se uma perseguisse a outra sem nunca a apanhar. O resultado da combinação vertical dos vários momentos melódicos resulta numa coerência harmónica que nos põe a olhar uns para os outros a pensar "Eh pá! Isto é muita giro!" A Fuga parte do mesmo princípio, mas vai muito mais longe na elaboração e riqueza de recursos.

Entretanto encontrei, via Meow, um exemplo muito engraçado de como explicar a forma Fuga, usando como tema uma canção da Britney Spears.




Não consigo resistir a mostrar-vos também um famoso pianista canadiano, Glenn Gould, um dos maiores de todos os tempos. A maneira como toca uma fuga é um autêntico milagre musical e humano, controlando cada voz como se fosse feita por uma pessoa autónoma. Glenn Gould diz que treinava a capacidade de se concentrar em várias coisas ao mesmo tempo ligando dez rádios simultaneamente. E descobriu que a atenção não era dada simultaneamente, mas fazendo um varrimento muito rápido por todos eles. Como o multitasking dos computadores. Glenn Gould toca aqui uma das fugas de um ciclo composto por J.S. Bach chamado "A Arte da Fuga".




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Mais uma nova escola para a Alta de Lisboa?



O tapume que vedou a ligação entre a Alameda das Conchas e a Avenida Maria Helena Vieira da Silva pertence ao estaleiro da futura escola Jardim de Infância e Escola Básica da Quinta das Conchas. Ficará edificada na Avenida Maria Helena Vieira da Silva em frente à Superesquadra da PSP que está a fase de conclusão.



Não se sabendo ainda quando ficará pronta, que crianças irá receber, modelo de gestão, etc, fica aqui a memória descritiva do projecto, assinado pelo Arq.º Frederico Valsassina e umas fotografias da maquete. Tudo tirado do livro "Alta de Lisboa - O presente e o futuro", editado pela SGAL.

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Escola JIEB1+EB 2.3 - Escola da Quinta das Conchas


atelier
Frederico Valsassina, Arquitectura, Lda.

arquitecto responsável
Arq.º Frederico Valsassina

arquitectos
Arq.ª Mónica Mendes Godinho
Arq.ª Sílvia Nereu
Arq.ª Sofia Salazar Leite
Arq.º Bruno Almeida Santos








Inserida no Plano de Urbanização do Alto do Lumiar, em Lisboa, a presente proposta promove, a relação directa entre o conjunto a edificar e a realidade que o envolve, privilegiando o diálogo entre as partes aqui em confronto no sentido de uma homogeneização do todo. Pretende-se dotar o espaço de um objecto arquitectónico que lhe dê significado enquanto tal e que dele dependa directamente, contribuindo para o propulsar da imagem urbana.

A proposta surge como prolongamento quase cénico da envolvente em que se insere - um tecido cujos limites assumem uma natureza intersticial, informal, em que o movimento e a mutação se apresentam como características base. Neste sentido, é sugerida, ao nível do piso térreo, uma realidade cuja fluidez e dinamismo contrastam com a “rigidez” e a sobriedade do volume que se insurge e se liberta da matéria que o sustém.

Distinguem-se, dois corpos independentes, funcionalmente distintos e formalmente individualizados. A estes corpos correspondem as seguintes ocupações fundamentais, O corpo A, assumido enquanto “frente” do complexo, define-se, num primeiro plano. Aqui funcionam as salas de aula e todos os espaços de apoio a estas directamente ligados. Para lá desta frente materializada como “fronteira” entre uma permeabilidade e estanquicidade pretendidas definem-se novos espaços, que dissipam a presença de uma realidade “exterior — espaço público” em virtude de uma realidade “interior — espaço escola”. Nesta perspectiva a continuidade é, num primeiro plano, garantida e o dinamismo da proposta assegurado, sugerindo através da sobreposição sucessiva de espaços uma interiorização gradual da proposta.

O corpo B, mais austero em termos volumétricos, impõe-se como grande contentor de espaços. Este volume, entendido isoladamente como unidade independente, subdivide-se, no entanto, em termos materiais em duas partes perfeitamente diferenciáveis: um volume, desmaterializado, que organiza todo o sistema de circulações e outro volume, massificado, que organiza parte do programa escolar onde se inserem fundamentalmente o coração administrativo, a área de desporto e outros espaços de apoio que também poderão ser eventualmente utilizados de forma autónoma pela comunidade.

No que se refere à materialidade distinguem-se fundamentalmente L matérias base: o metal (chapa alumínio composito cor cinza antracite), o vidro, o reboco barrado e pintado à cor branco e o betão pré-fabricado com introdução de pigmento de cor.

Toda a estrutura edificada prevê a sua utilização por pessoas com incapacidade motora, desenvolvendo situações de nível que evoluem para soluções em rampa, no que se refere à proposta de arranjos exteriores; no que diz respeito ao objecto arquitectónico contempla-se o uso do elevador, quando necessário.

Qualquer um dos espaços mencionados tira partido da posição privilegiada que estabelece com a presença do Parque das Conchas. Consequente mente, mais uma vez se recorre ao vazio como elemento preponderante na ligação entre o interior construído e o exterior projectado, fundamental para a dupla vivência daqueles espaços.

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sexta-feira, 22 de setembro de 2006

SGAL presta declarações sobre os problemas de trânsito


A SGAL colocou no seu site informação relativa aos agravamento dos problemas de trânsito na última semana:


Informação sobre o trânsito na Alta de Lisboa

O corte do trânsito automóvel na Alameda das Linhas de Torres foi determinado pela Câmara Municipal de Lisboa e é da sua única e exclusiva responsabilidade. Em acréscimo a este incómodo, a mesma Câmara Municipal de Lisboa celebrou contrato de execução do Jardim de Infância e Escola Básica 1-2-3 (com uma entidade privada), e, dando início à execução do mesmo, provocou a interdição de circulação no troço de ligação da actual Alameda das Conchas e a Avenida Maria Helena Vieira da Silva, com o consequente prejuízo na circulação automóvel cujo planeamento e ordenamento é da exclusiva responsabilidade do Departamento de Tráfego de Lisboa.

Contudo, a SGAL, consciente das dificuldades que esta situação tem vindo a provocar aos utentes/residentes da Alta de Lisboa, decidiu iniciar de imediato os trabalhos de execução do tramo sul do Eixo Central, com vista a minimizar o problema criado e melhorar substancialmente o trânsito na região.

Lamentando quaisquer incómodos a que esta situação tenha conduzido os seus moradores, iremos envidar todos os esforços no sentido da melhoria da situação actual.

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quinta-feira, 21 de setembro de 2006

EcoFamílias – o que esconde um relatório

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O programa Ecofamílias é um projecto da Quercus que pretende monitorizar durante um ano os consumos energéticos de 30 familias portuguesas e avaliar o potencial de poupança desses lares após aconselhamento personalizado e a mudança dos hábitos de consumo das famílias envolvidas. Foi com enorme entusiasmo que há um ano soube da minha selecção para este projecto passados 12 meses a desilusão é total.

A Quercus apresentou na passada 6ª feira à comunicação social o Relatório de Progresso (R.P.) dos primeiros seis meses do programa Ecofamílias. Como família participante fui convidado para a conferência de imprensa, infelizmente não pude comparecer porque estava a trabalhar, presumo que não tenham aparecido muitas famílias, é que dez e meia da manhã pode ser uma boa hora para jornalistas, mas não é seguramente para quem tem outro tipo de trabalho. Não sei como foi a apresentação, o que foi discutido, que perguntas foram feitas ou quais as respostas dadas, como família participante (que curiosamente conhece outras duas famílias envolvidas) vou limitar-me, por isso, a escrever sobre o que estava previsto ser feito e o que foi feito , sobre as expectativas das famílias envolvidas e sobre o relatório apresentado.

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Estavam previstas visitas quinzenais nos primeiros 4 meses que passariam a mensais nos meses seguintes, isto quer dizer que nos primeiros 6 meses (já contando com 30 famílias em vez das 32 inicialmente previstas) deveriam ter sido feitas 300 visitas mas foram só feitas 155 . Independentemente das questões relacionadas com a fiabilidade de recolha de dados, existe uma expectativa de quem se ofereceu como voluntário para este estudo, o mínimo que a Quercus
deveria ter feito seria informar os participantes das mudanças que estavam a ocorrer e dar uma justificação sempre que se passavam períodos de 3 e 4 meses sem qualquer tipo de contacto ou visita. Há uma família (que não é uma família de controlo) que recebeu duas visitas iniciais e que só voltou a ser visitada 2 dias antes da conferência de imprensa da semana passada. Neste caso pura e simplesmente NÃO houve dados credíveis para apresentar.

A primeira fase do projecto ou fase de diagnóstico era foi de 6 meses, nunca até ao surgimento deste relatório se tinha falado em 9 meses. Estou convicto que esta mudança aconteceu pelo atraso com que foi implementada a segunda fase do projecto ou fase de recomendações. No meu caso a fase de recomendações começou na véspera da conferência de imprensa, ou seja 2 meses depois da nova calendarização apresentada no R.P e 6 meses depois do que estava previsto inicialmente . Duas outras famílias começaram a fase de recomendações 2 dias antes da Conferência de Imprensa.

Outro dado estranho deste relatório é o início do estudo, a primeira visita que recebi da Quercus
foi na primeira semana de Outubro de 2005, neste relatório Novembro surge como o mês de arranque do Programa Ecofamílias
. Não encontro outra explicação que não seja a de encobrir o atraso da implementação da fase de recomendações. Terminando o estudo um mês mais tarde sempre é possível cumprir (a saca rolhas, claro) a última fase do estudo e concluir finalmente o programa Ecofamílias
.


O Relatório está estruturado com inteligência e tem um a quantidade enorme de informação genérica relevante. Não questiono a utilidade e mérito deste documento, mas fico com grandes dúvidas sobre a credibilidade dos dados recolhidos junto das famílias e a relevância da sua participação. Sobre o trabalho desenvolvido pela Quercus
neste programa a desilusão é total. Provavelmente as minhas expectativas eram elevadas, mas que exige, e bem, tanto dos outros deveria ter para si os mesmos padrões de exigência. Sinceramente tenho pena que assim seja.

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Mensagem da SGAL

Hoje recebi um mail de um vizinho meu que tinha questionado a SGAL sobre o caos que se está a viver na Alta de Lisboa. Obteve a seguinte resposta:

Exmo Senhor(a),


Conscientes das dificuldades na circulação no território da Alta de Lisboa e após a recolha de informação quer dos utentes quer das partes envolvidas, estamos a preparar a informação relativa ao trânsito e obras, com o objectivo de clarificar a situação actual, a publicar no website da Alta de Lisboa, www.altadelisboa.com até dia 22 do corrente.



Sem outro assunto,

Atentamente,



Miguel Lobo


Vamos esperar por amanhã para saber o que estes senhores têm para dizer.

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quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Jaime Lerner sobre a revolução dos transportes em Curitiba


Aqui fica a entrevista integral do Jaime Lerner no Pessoal e Transmissível da TSF. Quem não tiver grande vagar para a ouvir agora pode fazer o download do ficheiro mp3 aqui e ouvi-lo depois, no carro, por exemplo, enquanto espera numa fila de trânsito.




Sobre a necessidade de transportes colectivos rápidos, eficientes e confortáveis, Jaime Lerner relata a experiência de Curitiba, onde foi Prefeito, ou como nós cá chamamos, Presidente da Câmara.



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terça-feira, 19 de setembro de 2006

Jaime Lerner - Lição de Urbanismo

A re-ouvir, sempre, até que as nossas cidades sejam agradáveis e saudáveis como Curitiba.

Jaime Lerner em discurso directo, aqui.

(Acerca dos problemas de trânsito e das soluções com os Transportes Colectivos, ouvir a segunda parte, a partir do minuto 4.)

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segunda-feira, 18 de setembro de 2006

A solução dos engarrafamentos?



Os moradores da Alta de Lisboa têm passado parte do seu dia, desde a última semana, num enervante pára-arranca suburbano que aparentemente só terá solução com a entrada em funcionamento da Av. Santos e Castro.

A redacção aqui do blog aproveitou a manhã de Sábado para ver como iam as obras desta circular que ligará o Eixo Norte-Sul, também ainda em construção, a partir das Galinheiras, à 2ª Circular, em Calvanas. E o diagnóstico feito por um leigo não é muito animador, sobretudo quando comparado com o estado da obra em Dezembro de 2005, quando nos foram adiantados alguns prazos.

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O nó de Calvanas, que supostamente iria ser iniciado em Março passado, e terminado no próximo mês de Dezembro, ainda nem sequer está adjudicado.






A ligação à central de camionagem da Barraqueiro, prevista para Janeiro de 2006, e necessária para terminar o troço de Santos e Castro que está tapado pelo actual acesso dos autocarros, não está circulável ainda.




(Aqui, precisamente na futura ligação à central de camionagem, foi colocada uma paragem de autocarro provisória)


A Rotunda Este, que dependia de expropriações e grandes movimentos de terra, é uma miragem ainda.










O viaduto que faltava fazer junto ao Campo das Amoreiras, que liga finalmente com o Eixo Norte-Sul pela Rotunda Norte, adiantou bastante, mas mesmo assim ainda falta qualquer coisa.






Voltamos aos engarrafamentos que os moradores da Alta de Lisboa vivem desde há uma semana, à semelhança de qualquer morador do Cacém, Massamá ou Queluz. As causas de um engarrafamento são duas:

o gargalo é demasiado estreito para a quantidade de carros a atravessar.

o destino desses automóveis, mesmo que o gargalo não represente problema de escoamento, está já saturado, impedindo a passagem do caudal.

O licenciamento de terrenos para construção de habitação revelou-se ser a galinha-dos-ovos-de-ouro dos autarcas que levavam à ruínas os cofres da várias câmaras. Sem qualquer projecto urbanístico sustentável a longo prazo, engordou-se as cidades. Abusou-se do conceito "cidade-dormitório". Os empregos e as habitações não coexistem, estão separados por uma teia de rodovias que exalam diariamente gases responsáveis pela degradação da vida no planeta. E os vários governos das grandes cidades têm resolvido o problema do trânsito da maneira mais óbvia e fácil: onde há engarrafamentos, alarga-se o gargalo, aumenta-se o caudal, repondo o fluxo. Foram feitas vias-rápidas, auto-estradas, circulares, alargadas avenidas, encurtados passeios, abatidas árvores.

Estamos a chegar a um ponto sem retorno. É necessária uma postura menos egoísta, não só preocupada com a luz das escadas que não foi paga pela administração de condomínio corrupta e incompetente, com o elevador que não funciona, com o estendal do vizinho, mas também com o espaço que fica para além da porta de casa ou do prédio, com a responsabilização política e judicial dos culpados pelas cidades que temos. Cidades que nos roubam tempo e dinheiro, nos roubam saúde e qualidade de vida.

Os que desesperam hoje em filas intermináveis no trajecto casa-emprego são vítimas dos vários governos que desincentivaram o uso dos transportes colectivos por não pensarem nas medidas necessárias para a sua eficácia. Mas serão vítimas também da sua própria incompetência cívica se se limitarem a exigir uma auto-estrada mais larga. Não é essa a solução. É um apenas um adiamento da solução com custos elevados a longo prazo.

São precisas alternativas ao transporte individual. São necessários mais autocarros, mais metro, mais comboios, para que as pessoas não viagem ensardinhadas. São necessários corredores BUS contínuos e invioláveis para que os horários sejam cumpridos. Se necessário, silos-automóvel gigantescos nas entradas da cidade. Viajar no conforto do automóvel particular é muito mais agradável que nos actuais transportes colectivos, mas não só é um gasto irracional de recursos económicos, como está a ser imensamente prejudicial à saúde do planeta e dos que o habitam.

A Av. Santos e Castro, como o Eixo Norte-Sul, são fundamentais para acabar com o pesadelo que alguns dos moradores da Alta de Lisboa vivem desde há meses, agravados na última semana. Mas não são suficientes. Um movimento cívico, um abaixo-assinado dos moradores, não deveria incluir apenas reivindicações de infra-estruturas mas também uma mudança de mentalidade na aposta honesta dos transportes colectivos.

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sexta-feira, 15 de setembro de 2006

A tal nova rotunda

Aqui está a nova rotunda que liga o acesso Sul à Alta de Lisboa, vindo de Calvanas, ainda Av. Santos e Castro (antes da inauguração da futura via-rápida) com a Av. Eugénio de Andrade que vem do Parque das Conchas e liga à Av. Helena Vaz da Silva.

O percurso foi feito numa hora simpática, ao meio-dia, já sem o atafulhamento da hora de ponta. A alternativa é boa e mais saudável: andar a pé e de transportes públicos.


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O CAOS DO TRÂNSITO na Alta de Lisboa

Os nossos urbanistas estão de parabéns! Conseguiram tornar a Alta de Lisboa num inferno automobilístico nas horas de ponta da manhã, desde que ligaram a Av. Eugénio de Andrade com a Av. Santos e Castro através de uma minúscula rotunda que não está dimensionada para o pesado tráfego automóvel. As fotografias falam por si. Isto é o verdadeiro exemplo de uma cidade insustentável! As fotografias retratam a manhã de hoje, 15 de Setembro de 2006, com Sol e sem chuva.

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Avenida Kruz Abecassis

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Condutores desenrascados a fugir ao caos através do futuro Passeio de Lisboa

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Rua Eduardo Covas ( a servir de Av. Santos e Castro)

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Av. Helena Vaz da Silva e ao fundo Av. Eugénio de Andrade

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Rotunda minúscula que faz a ligação entre a Av. Eugénio de Andrade e a Av. Santos e Castro

Ex.mo. Sr. Professor Doutor Carmona Rodrigues:
Não se esqueça dos moradores da Alta de Lisboa! Eles também pagam impostos como a grande maioria dos portugueses.

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quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Realojamento do Bairro de Calvanas



Aponta-se para final de Setembro a conclusão e entrega das moradias que servirão para realojar os moradores do Bairro de Calvanas, sujeito a demolição para as passagem da Avenida Santos e Castro. As casas tornar-se-ão propriedade dos novos moradores, pagando estes 40% do seu valor. O contrato celebrado entre a CML, na vigência de Pedro Santana Lopes, e a Associação de Moradores do Bairro de Calvanas foi entretanto denunciado e revisto pela Vereadora Maria José Nogueira Pinto. Alegadamente havia desfazamento na tipologia entre as casas entregues e as casas demolidas.

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Farmácia

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Para quando uma farmácia na Avenida Sérgio Vieira de Mello?

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Evolução da divisória

Hoje começaram a tirar a rede antiga que separa os Jardins de S. Bartolomeu do Condomínio do Parque. A divisória parece servir para acabar o caminho pedonal:

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14 de Setembro de 2006

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quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Estranha divisória

Estão a construir uma estranha divisória entre os Jardins de S. Bartolomeu e o Condomínio do Parque:

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12 de Setembro de 2006

Qual será a utilidade desta divisória?

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segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Centro Logístico de Mercadorias

Uma boa forma da SGAL arrecadar receitas para poder concluir o que ainda falta de toda a urbanização da Alta de Lisboa passará pela construção e venda/arrendamento do Centro Logístico de Mercadorias, da responsabilidade do Arq.º Eduardo Leira.



E existem já notícias que induzem a construção imediata deste polo.

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Perto do aeroporto da Portela
DHL com centro de distribuição na Alta de Lisboa


A DHL Express Portugal vai passar a ter um centro de distribuição na Alta de Lisboa, estrategicamente localizado junto ao aeroporto da Portela. A cerimónia oficial de assinatura do contrato para a construção desta nova infra-estrutura realiza-se no dia 15 de Setembro e conta com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carmona Rodrigues. Segundo a DHL e a TCN Property Projects Portugal, trata-se de “um momento de grande significado para as duas empresas, assim como de enorme importância para a dinâmica empresarial portuguesa”.

no site Transportes em Revista, dica do leitor Trust.


Não adianta a notícia se este centro da DHL ficará no ainda a construir Centro Logístico de Mercadorias, mas os próximos dias o dirão. Aqui fica a futura localização do CLM:

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sábado, 9 de setembro de 2006

Abrigos nas paragens de autocarros (Av. K. Abecassis)

Já tinha sido aqui abordado este problema relacionado com a falta de abrigos nas paragens de autocarros da Avenida Eng. Kruz Abecassis. Parece que finalmente o problema está resolvido antes da chegada de mais um Inverno:

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Av. Eng. Kruz Abecassis, 8 de Setembro de 2006

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sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Arquitectura sustentável



Sustentabilidade dos edifícios é um tema já muito discutido em meios especializados, divulgado junto de leigos como nós, mas ainda assim urgente na compreensão e aplicação nos projectos de arquitectura em Portugal. Criar na arquitectura não deveria ser apenas pensar na beleza das linhas do objecto imaginado e no enquadramento com a orografia envolvente, mas também na sua interacção com as características sociais e climáticas do local de implantação. Quere-se um edifício resistente a "ataques", exteriores e interiores, sejam provocados pela utilização normal do edifício, por vandalismo ou factores naturais como intempéries, exposição solar e grandes amplitudes térmicas.

Um projecto de arquitectura deveria prever todos estes "ataques" e incluir soluções defensivas, na escolha apropriada dos materiais ou na configuração da casa. Num mundo em crise económica pela escassez dos combustíveis fósseis, em colapso ambiental pelos disparates continuamente repetidos, é fundamental que as soluções encontradas sejam viáveis. Sejam sustentáveis. E ecológicas.

É esse o mérito de um arquitecto experiente. Não se limita a copiar um modelo que resultou noutro local, mas contextualiza-o no novo espaço, adaptando-o às novas condições.

Vasculhando na internet sobre este assunto encontrei um interessante documento apresentado há dois anos no âmbito dos Seminários de Inovação, realizados no Instituto Superior Técnico. Tem 66 páginas de leitura muito acessível, com diagramas e fotografias que ilustram as questões abordadas. Explica os fundamentos de um edifício ecologicamente equilibrado e apresenta soluções para os problemas que muitas das casas em Portugal têm com o nosso clima.

Deixa-nos porém a cismar, se pensarmos aqui na Alta, nas razões de alguns dos edifícios que tão bem conhecemos não terem estores (como o são os da Colina de S. Gonçalo, Jardins de S. Bartolomeu e em parte os do Condomínio da Torre). Porque foram projectados já no séc.XIX edifícios com problemas graves de sobreaquecimento, de luminosidade excessiva, deixando para os habitantes o fardo de procurar soluções, e despender com as soluções mais do que foi poupado na construção.

Tenho curiosidade em saber se os futuros projectos dos Arq.º João Paciência, Arq.º Tomás Rebelo de Andrade e Arq.º Frederico Valsassina aproveitarão a experiência adquirida entretanto com os irmãos mais velhos.

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sábado, 2 de setembro de 2006

Grigory Sokolov em Cascais

Retorno garantido no investimento do bilhete. Sokolov não falha, alia o domínio absoluto do métier pianístico a uma depurada e profunda concepção e reflexão artística das obras tocadas. Num dia de inspiração sublime, o concerto pode marcar as vidas dos felizes mortais que o ouvirem.

Segunda-feira, 4 de Setembro, às 21h30m, na Fortaleza de Cascais (Cidadela de Cascais) - Av. D. Carlos I, no âmbito do Festival Rota dos Monumentos 2006.




No video poderão ouvir uma mazurka de Chopin. A peça está dividida em três secções, sendo a primeira e última similares e a central contrastante. Podemos então dizer que a estrutura é um ABA'.

0'00'' - Secção A
1'03'' - Secção B
1'32'' - Secção A'

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Numa estrutura deste tipo, ABA, é frequente A e B serem contrastantes a vários níveis.

Na secção A existe uma melodia tocada na mão direita, horizontal, cujo discurso é lento e prolongado. O acompanhamento, na mão esquerda, utiliza a fórmula do baixo e dois acordes a preencher a harmonia, a três tempos iguais, tipo valsa mas sem o ser. A tonalidade é menor, mais fechada e introspectiva.

A secção B constrasta com a secção A pela mudança de várias características. A saber:

1 - A tonalidade passa de menor, na secção A, para maior, mais luminosa, na secção B. Esta mudança é muito subtil porque apenas mudam algumas notas que alteram as características de modo da tonalidade.

2 - o acompanhamento de baixo e dois acordes em três tempos é disfarçada com algum movimento mais melódico que quebra o embalo hipnótico da secção A.

3 - É introduzida e usada amiúde uma célula rítmica pontuada, incisiva, que traz um carácter marcial a esta secção, contrastando com o lirismo das melodias da secção A.


O momento mágico desta mazurka dá-se na passagem da secção B para a secção A', em 1'31''. Desde 1'18'' faz-se um grande crescendo até atingir o clímax, e nesse preciso momento, ainda antes de terminar a secção B, a melodia da secção A perfura a fronteira e faz-se anunciar ligeiramente antes de tempo. O efeito é catártico.

A partir de 2'38'' a melodia acompanhada passa a ser duplicada, num jogo polifónico que enriquece e dramatiza o discurso. A peça termina com o mesmo motivo apresentado em 0'57'' e 2'03'', mas desta vez em f (forte), de forma conclusiva.


Nunca é demais lembrar: a informação contida numa partitura está para a música como o nosso código genético está para as consequências das opções que tomamos nas nossas vidas. Na música, como no teatro, poucos conseguem dar vida ao texto que abordam. Poucos conseguem passar a fronteira entre apenas dizer o que lá está escrito ou integrar esse papel no seu corpo e alma e, num dia de inspiração, tornar vivo e tão verdadeiro o objecto artístico como misteriosa é a Vida. Sokolov é um desses. Esperemos que segunda-feira seja um dia sublime.

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sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Finalmente!


Já há passagem para peões marcada na Rua Helena Vaz da Silva, junto ao Parque das Conchas. Obrigada, Câmara Municipal de Lisboa. A partir de agora esqueçamos que nunca lá esteve e adiante, que há mais obra para se concluir...

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O Alto Minho no Alto do Lumiar

No próximo sábado, dia 2 de Setembro, terá lugar no Alto do Lumiar uma actuação de vários grupos folclóricos do Alto Minho numa iniciativa da GEBALIS - Gestão de Bairros Municipais de Lisboa EM, com a colaboração da Associação de Moradores do Bairro da Cruz Vermelha no Lumiar (AMBCVL) e da Associação Pintor Almada Negreiros.

15:00 horas - Parque Oeste

A concentração dos grupos será feita no Bairro da Cruz Vermelha, junto à sede da associação.
Nota: informação facultada pela AMBCVL

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