segunda-feira, 30 de junho de 2008

Passadeira trocada novamente

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2ª Sessão Pública do Grupo Comunitário da Alta de Lisboa

A 2ª sessão pública do Grupo Comunitário da Alta de Lisboa foi um verdadeiro sucesso.

Destaco as intervenções de Paulo Quaresma, Presidente da Junta de Freguesia de Carnide, parceiro do Grupo Comunitário de Carnide, que mostrou uma paixão e entrega aos ideais subjacentes a este tipo de redes de intervenção que a gravação do seu discurso devia ser enviada para todas as Juntas de Freguesia do país. Para que não me acusem de pertencer a facções políticas, acrescento que só no final da intervenção perguntei a conhecidos da plateia por que partido tinha este Paulo Quaresma sido eleito.

Fui digerir as ideias e este entusiasmo todo para os magníficos jardins do Palácio dos Lilases e quando voltei ao Salão de Inverno tive o privilégio de ouvir a intervenção inspiradora da Paula Atouguia, da Rede Social de Loures, que nos desafiou a aprender a distinguir o trabalho que é realmente feito pelas pessoas da vaidade institucional de um estatuto tantas vezes vazio de correspondência com o real.

Somos todos seres de um imenso potencial para aproveitar. Uns desperdiçam-no em futilidades. Outros têm tenacidade para o desenvolver solitariamente. Mas é tão bom quando se encontra pessoas sólidas para formar equipas, onde o melhor de cada um de nós é aproveitado e explorado e os defeitos corrigidos para mais destaque terem as virtudes. Está ao alcance de qualquer um. Basta querer, ter vontade, e saber procurar.

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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Trânsito condicionado na Av. Nuno Krus Abecassis

A terceira fase do Parque Oeste englobará uma passagem pedonal superior à Av. Nuno Krus Abecassis, já perto da rotunda que dá acesso ao Eixo Norte-Sul. Para a execução desta obra , o trânsito automóvel será limitado a duas faixas de rodagem, uma em cada sentido, já a partir do próximo dia 1 de Julho, durante dois meses.

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CineConchas - os spots da SIC

Contagem decrescente para o CineConchas, o 1º festival de cinema da Alta de Lisboa, este ano dedicado ao tema Amor e Afecto. A SIC, por ser a televisão oficial das Festas de Lisboa, irá passar um spot publicitário de 15 segundos. Um dos mais curtos de sempre feito pelos técnicos do CanaLta 17b, e que requereu muita diplomacia e arte na aquisição das licenças para a imagem dos filmes e banda sonora. A música é Via Con Me, de Paulo Conte, tocada pelos Gig Street, nossos amigos de há um ano. Já agora, o líder da banda, o vocalista e saxofonista Leonard Blair, manda beijinhos a todas as leitoras do Viver.

Aqui fica então o spot, ainda sem a edição final dos estúdios da SIC. Convidámos o Cocas para a locução provisória, mas no spot final ficará uma daquelas vozes graves que ficam bem na televisão.




Como durante uns dias não sabíamos se nos seriam concedidas todas as licenças necessárias, fizemos também um spot alternativo, sem imagens de filmes e com sonoplastia feita por nós. Este não irá passar na SIC, mas passa aqui:

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quinta-feira, 26 de junho de 2008

2ª Sessão Pública do Grupo Comunitário da Alta de Lisboa

O Grupo Comunitário da Alta de Lisboa (GCAL), que reúne dezenas de instituições, associações e entidades que operam no nosso bairro, fará amanhã a sua 2ª Sessão Pública, aberta a todos os interessados. Será explicado o funcionamento do GCAL, as vantagens de trabalhar em rede e como o trabalho dos parceiros se vê potenciado nesta comunidade. Haverá também oportunidade para conhecer o trabalho de grupos comunitários de outros bairros (Carnide, Galinheiras/Ameixoeira e Comissão Social de Freguesia de Santos-O-Velho), com mais tempo de trabalho de conjunto realizado, explicado na primeira pessoa, que será um testemunho valioso para todos os presentes. O convite está feito. Apareça. Será no Salão de Inverno da Academia Portuguesa da História, onde também se realizaram as duas primeiras sessões do CineCidade.

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Redes à volta dos lagos no Parque Oeste?

A notícia vem no público de hoje, na página 22, e diz assim:

A segurança das crianças que frequentam o Parque Oeste, no Alto do Lumiar, foi outro dos temas quentes do debate. De fotografias em punho, a autarca do PSD Margarida Saavedra confrontou o vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes (BE), com os problemas de segurança daquele jardim, onde em Novembro morreu uma criança por afogamento. "Prometeram que iria ser colocada uma protecção no lago , mas a verdade é que ontem a rede não existia, o lago estava abandonado e as águas completamente verdes, como se pode ver pelas fotografias que tirei ontem". A intervenção fez Sá Fernandes levantar-se para responder que "a rede está lá debaixo de água para quando alguém cair ao lago não escorregar". O presidente do executivo, António Costa, não ficou indiferente à justificação do eleito do BE: "É preciso uma rede que impeça as crianças de caírem no lago. O senhor vereador tem de insistir com os projectistas nesta reflexão.

Ora, a Margarida Saavedra exaltada, empunhando fotografias alegadamente tiradas por ela para mostrar que é daquelas pessoas que se empenha imenso nos problemas da cidade, é imagem que repugna quem tem um bocadinho mais memória do que um insecto. Esta Margarida Saavedra, que defende agora a segurança dos munícipes, é a mesma que acusou de falta de dignidade uma outra proposta relativa a medidas de segurança para as ruas do Alto do Lumiar, apresentada em reunião de Câmara, chegando mesmo a levantar-se e a retirar-se da sala, inviabilizando a votação. Dizia, na altura, o fax da Lusa, que "Margarida Saavedra criticou o que considera ser o "agendamento de questões particulares" apresentadas à Câmara com "critérios televisivos de desgraças que acontecem ou de um vereador que passa por um buraco e fica aborrecido". A vereadora considera que esse agendamento de propostas "não é justo" porque não contempla as preocupações de "cidadãos que não conseguem chegar à Câmara e particularizar o seu caso". Margarida Saavedra prometeu nesse dia apresentar até Maio de 2008 um "livro negro" da segurança em Lisboa. Não apresentou.

Quanto à proposta de levantar uma rede à volta dos lagos do Parque Oeste que impeça o acesso das criança à água, é absurda. Tivemos oportunidade de apresentar à CML, através do seu Vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes, logo a seguir ao afogamento do Loiky, inúmeras soluções para o Parque Oeste que fomentassem a segurança pela presença de pessoas. Criar polos de atracção no Parque, como bancos com encosto, um parque infantil, uma pista de skate, um campo de futsal, um café com esplanada, que atraíssem a população para o espaço, tornando-o por inerência mais seguro. A vereação dos espaços verdes preferiu colocar as redes do fundo do lago e colocar placas tamanho-família a avisar para os perigos de mergulhar nas águas. As placas são inúteis e desfiguram a paisagem. As redes, não sei. Margarida Saavedra considera que a solução é erguer uma rede entre o lago e a relva. Com uns três metros de altura, imagino, para ser mesmo difícil alguém a conseguir transpor.

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CineConchas na Agenda Cultural

Se clicarem na foto irão dar à edição online da Agenda Cultural, com uma muito boa apresentação do CineConchas. Os nosso estimados leitores estão carecas de saber o que é o CineConchas e que programação tem, mas o texto da Agenda Cultural acrescenta os links dos filmes. E vale tanto a pena visitá-los, bolas. Que sites tão giros, com imagens tão belas e sons tão envolventes! Ide a correr, ide, e depois voltai a tempo da estreia, dia 4 de Julho!

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CineConchas - o banner do DN

E aqui está o banner do CineConchas que irá ser publicado em três edições do Diário de Notícias, um dos parceiros das Festas de Lisboa, em três quinta-feiras consecutivas.

O CineConchas está no sprint final, para ter uma estreia em grande, no dia 4 de Julho, com Angel-A, de Luc Besson.

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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Novas ruas no Alto do Lumiar

Primeiro as senhoras: Maria de Lurdes Pintassilgo, única mulher a ter ocupado até agora o cargo de Primeiro-Ministro de um Governo em Portugal, entre 1979 e 1980, também candidata a Presidente da República em 1986, e falecida recentemente, em 2004, irá ter o seu nome atribuído a uma rua aqui no nosso bairro.




Também Martin Luther King, célebre activista defensor dos direitos civis nos Estados-Unidos, assassinado em 1964 pouco depois de se ter tornado o mais jovem Prémio Nobel da Paz de sempre, irá dar o seu nome a uma rua no Alto do Lumiar.



Pequenas coisas que enobrecem a zona onde vivemos.

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terça-feira, 24 de junho de 2008

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domingo, 22 de junho de 2008

Lumiar Radical na Quinta das Conchas

Foi um fim de semana em grande na Quinta das Conchas, nas Festas da Freguesia do Lumiar. Havia uma torre de escalada onde lá em cima, os bravos que a tinham subido, podiam descer agarrados a duas cordas que faziam a hipotenusa, havia karaté, basket, futebol, andebol, matraquilhos humanos, rodeo mecânico e xadrez, entre muitas outras coisas que agora não me recordo. E havia um parque fantástico que lá vai continuar a estar por muitos anos e que é um caso sério de sucesso de reabilitação, apesar dos riachos constantemente avariados. A Quinta das Conchas é a melhor demonstração que os espaços verdes fazem bem às cidades e suas populações.

O evento Lumiar Radical, integrado nas Festas da Freguesia do Lumiar, foi uma iniciativa da Junta de Freguesia do Lumiar em parceria com diversas instituições e colectividades locais.

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sábado, 21 de junho de 2008

CineConchas - o postal


Este é o postal de divulgação do CineConchas que andará a partir de 2ª feira a circular pelos circuitos Postalfree em Lisboa. O design é do nosso talentoso amigo João Vasco.

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Novo site da SGAL já está online

Na continuidade da reformulação da imagem da SGAL, fruto da parceria com a Young & Rubicam, ficou ontem disponível o novo site da empresa gestora da Alta de Lisboa.

Num design muito fresco, o novo site aposta numa mensagem de cidade nova e no resgate do conceito de bairro. A imagem inicial mostra o que será o Eixo Central, desde a Rotunda Sul, já existente, junto à Carris, até à Rotunda Norte, ainda por construir. Uma larga avenida, repleta de árvores e com enorme cortesia para a mobilidade pedonal, que se espera ver tornada realidade o mais brevemente possível. No menu do site, a secção preferida da nossa redacção é a das ÚLTIMAS DO BAIRRO, que promete dar a saber aos leitores "o que se passa na sua rua. E na outra ao lado. E na outra mais ao lado."

O site está ainda em fase experimental, pelo que é normal que a última notícia apresentada tenha data de 25 de Setembro de 2007. Incluir esta secção no site é a assumpção de um envolvimento diferente da SGAL no bairro. Para a manter actualizada é preciso sair à rua, gostar de o fazer, amar o bairro e a cidade que se vê construir. E a Alta de Lisboa precisa muito do carinho da SGAL, como do da CML. Das palavras aos actos, a população aguarda expectante.

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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Passadeira na Rua Helena Vaz da Silva

Esta é difícil explicar. Há muitos anos, quando esta rua foi feita, rebaixaram o passeio nalguns locais antecipando a pintura das passadeiras de peões. Faz sentido este rebaixamento, para permitir carrinhos de bébes e cadeiras de rodas poderem atravessar com maior comodidade, descendo o passeio ao nível da rua. Um alternativa melhor ainda, pelo menos no garante da segurança do peão por obrigarem a um real abrandamento dos automóveis, é a elevação da estrada, na área da passadeira, ao nível do passeio. São as chamadas passadeiras sobreelevadas que terão cada vez mais adeptos no futuro. Aqui, na Rua Helena Vaz da Silva, optou-se pelo rebaixamento do passeio.

Depois faltou pintar a passadeira. Muitos emails foram enviados para a CML, todos eles em vão. Nem respostas, nem preocupação, nem passadeira. A incompetência habitual que só é lamentada quando alguma tragédia ocorre. Deve ser por Portugal ser um país quentinho, onde apetece muito dormir a sesta.

Mas eis que agora surge finalmente a passadeira! E começa então a explicação escanifobética, para a qual peço a vossa atenção à fotografia: Vê-se duas passadeiras, uma branca e outra preta. Esta última foi um engano, parece. Pintaram-na mas arrependeram-se e passaram-lhe corrector a seguir. O rebaixamento do passeio existe agora onde está a passadeira a preto. Mas não existia, era antes onde está a passadeira a branco. Foi portanto necessário rebaixar um passeio e subir outro, no mesmo cruzamento, e a localização da passadeira está indecisa.

Não sei por que ordem de acontecimentos se deram estas esforçadas melhorias rodoviárias, mas custa-me um bocadinho imaginar como foi isto coordenado.

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terça-feira, 17 de junho de 2008

Alguém explica isto?

Notícia do semanário SOL:

O presidente da Câmara de Lisboa garantiu hoje que «alguém vai pagar» a falta de cumprimento da instrução dada aos serviços camarários para a pintura de passadeiras junto às escolas, depois de uma criança ter morrido atropelada no Lumiar.
[...]
Os deputados municipais aprovaram hoje, com os votos contra do PS e os votos favoráveis das restantes forças políticas, uma recomendação subscrita pelo CDS-PP para que a Câmara efectue «um levantamento exaustivo sobre a necessidade de colocação de passadeiras e sinalização luminosa junto às escolas da cidade».



Das duas uma: ou a notícia está enganada, ou o grupo municipal do PS esqueceu-se de tomar hoje os comprimidos.

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Sá Fernandes fez bem?

Pequeno desafio de debate aos leitores do Viver, proposto pelo leitor Mr. Steed:

Sá Fernandes fez bem em ceder os espaços verdes a empresas privadas em troca de benfeitorias nesses mesmos espaços? E na Alta, gostaria de ver alguns dos espaços públicos melhorados no âmbito do mecenato?

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Lisboa Cantat na RTP1

Foi na 6ª feira passada que passou esta reportagem na RTP1. Serve para recordar que o Pavilhão de Madeira da Quinta dos Lilazes, já prometido à Associação Musical Lisboa Cantat, se mantém desocupado enquanto esta continua a ensaiar numa sala inóspita os programas que apresenta com êxito nos luxuosos auditórios do CCB, Casa da Música, Aula Magna e Teatro Nacional de São Carlos.

Portugal é um país adiado, onde associações que realizam trabalho sério e visível, são ignoradas e deixadas definhar pelo abandono dos governos. E a dúvida aumenta, para que servem afinal os governos?

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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Festas da Freguesia do Lumiar

As Festas da Freguesia do Lumiar começam já na próxima Sexta-Feira, com um concerto do Luís Represas, no Jardim dos Ulmeiros. O restante programa tem actividades para todos os gostos. Basta clicar na imagem e escolher.

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domingo, 15 de junho de 2008

CineConchas - o segundo spot

Depois da enxurrada de emails de protesto que o Viver recebeu na última semana acusando-nos de plágio descarado no primeiro spot do CineConchas, a equipa de produção do CineConchas esclarece que o Martin Scorcese é amigo lá de casa e que o devido agradecimento ao realizador nova-iorquino foi feito no video. Ide lá confirmar, se fizerdes o obséquio.

Mesmo assim, porque a redacção está em estado de graça, com bom humor e poder de encaixe, aqui fica um segundo spot (ou lá o que esse pessoal da publicidade chama a isto, trailer, spot, sei lá!) dedicado aos que não gostaram do primeiro. Com açucar e com afecto. Porque é esse o signo do CineConchas '08.

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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Fresh news!

Querem boas novidades da Quinta das Conchas, frescas como a água? Ora aqui vai!



E o Viver também já aderiu às maravilhas da alta-definição, cliquem aqui para uma sensação ainda mais refrescante!

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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Porta Sul - para quando?

A Porta Sul é essencial para a ligação da Alta de Lisboa ao resto da cidade. Numa complexa rotunda irão ordenar-se os fluxos de trânsito da 2ª Circular, da Av. Santos e Castro e do Eixo Central. Será também feita através da Porta Sul a ligação pedonal e ciclável ao Campo Grande.

Mas, apesar da importância que tem este projecto para Lisboa e para a Alta, nada foi feito até hoje. Porquê?

A SGAL concordou, nos últimos meses de 1999 e ao abrigo do Contrato Inominado, desenvolver todas as diligências solicitadas pela CML, nomeadamente a escolha de um projecto para a Porta Sul e a realização de um concurso limitado a 3 empreiteiros que permitissem construir esta infra-estrutura essencial à Alta de Lisboa.

Muitas reuniões, propostas, avanços e recuos depois foi finalmente decidido, em 2005, qual o projecto a implantar na Porta Sul, também conhecido como Nó de Calvanas, bem como apresentadas as três empresas que melhores propostas tinham para a obra.

O tempo passou e ficou a SGAL a aguardar decisão superior da CML para adjudicação ao empreiteiro escolhido de forma a se iniciarem os trabalhos, que serão entrariam no capítulo das Contrapartidas de Substituição.

Porém, em Novembro de 2007, a CML anunciou que considerava preferível não adjudicar a obra e recuperar uma outra solução, anterior àquela que veio a ser aprovada pela CML em 2005, apresentada em Novembro de 2003, conhecida por “Pêra” e que incorporava um Macro Edifício Multiusos.

A CML comunicou em Janeiro de 2008 que apesar do projecto ter sido aprovado em 2005, queria estudar e desenvolver outra solução e em paralelo estudar uma situação provisória.

De 1999 até 2005, desde o início dos estudos até à aprovação do projecto, passaram seis anos. A CML diz agora que quer começar tudo de novo. Mais seis anos, pelo menos.

Estarão os cidadãos dispostos a mais esta espera?

Cabe ao Vereador Manuel Salgado e ao Presidente António Costa decidir colocar um ponto final nesta lamentável história.

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terça-feira, 10 de junho de 2008

O que está atrasado na Alta de Lisboa?

Seguir-se-á, nos próximos dias, uma série de posts focando locais onde o Projecto de Urbanização do Alto do Lumiar (PUAL) não foi ainda cumprido. Tentaremos também indicar o que falta para desbloquear a situação, e quem tem a responsabilidade de o fazer. Junta-se-á uma fotografia do local e sua localização no mapa, para que todos possam conhecer e saber um pouco mais do seu bairro.

Porque a Alta de Lisboa, e todo o seu projecto urbanístico bem pensado e idealizado, não merece ser sabotada pela incompetência de homens cujo nome não ficará para a História.

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segunda-feira, 9 de junho de 2008

CineConchas - o primeiro spot

É preciso esclarecer que tudo começou no Grupo Recreativo e Desportivo do Bairro da Cruz Vermelha, quando, há um ano, andei a filmar os treinos da secção de boxe. A ideia era recolher material de estudo para a realização de um documentário sobre um jogo que consiste em entrar num ringue e tentar derrubar o adversário com socos e o que leva um tipo a fazer isso. Pensava que ia encontrar os Touros Enraivecidos do bairro, mas conheci afinal um pessoal tão porreiro que fiquei com vontade de calçar umas luvas também. Acabei por não as usar, nem por avançar tanto como queria com o esboço do documentário. Mas das conversas que tive com o José Tavares, o treinador de tantos jovens do bairro, o seu filho Ricardo, o João Matoso, e os restantes atletas que vinham de outros bairros para treinar naquele ginásio "por gostarem do ambiente dos treinos", saiu a vontade de fazer um ciclo de cinema sobre boxe na Quinta das Conchas. A ideia era mostrar histórias de vida que fossem também histórias de boxe. Mostrar algo mais daquele desporto mal-amado, aparentemente só brutal e estúpido, mas um exemplo de sacrifícios pessoais e coragem, mostrar bom cinema, dar um motivo a todos para se juntarem num dos mais aclamados espaços públicos da Alta de Lisboa para ver o mesmo filme, rir e chorar em conjunto. Pensámos no Raging Bull, do Scorsese, que tem um dos inícios mais geniais de toda a história do cinema, o mais recente Million Dollar Baby, do Eastwood, o surpreendente Rocky do Stallone, o Cinderella Man, o Hurricane e o português Belarmino. A ideia foi demasiado tardia mas útil para nos preparar para este ano.

Assim nasceu o CineConchas, que vai decorrer em Julho, às Sextas e Sábados, na Quinta das Conchas. O tema do boxe foi adiado - se vocês soubessem o quanto é difícil arranjar filmes com licenças disponíveis! - e trocado este ano por seis filmes onde amores e afectos sejam facilmente reconhecíveis nas suas variadas formas. A homenagem ao boxe e ao Clube da Cruz Vermelha mantém-se, para sempre. O CineConchas será sempre deles também.

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quinta-feira, 5 de junho de 2008

Eu assobio pro lado? Eu???

UMA
Considerando que o perfil longitudinal das Avenidas Nuno Kruz Abecassis e Helena Vaz da Silva se apresenta em linha recta e o seu perfil transversal, com duas faixas em cada sentido e separador central, não causam entraves a quem quiser assumir uma condução a velocidades bem acima do permitido pela lei e, dir-se-ia, pelo bom-senso (especialmente à noite, são referidas situações recorrentes de corridas ilegais, comummente apelidadas de “street racing”);
(...)
Proponho
1.A introdução de redutores de velocidade sob a forma de sobreelevações da via na zona das passadeiras, devidamente sinalizados tanto vertical como horizontalmente, com a introdução, na camada de desgaste, de material antiderrapante e complementados com rampas de concordância em relação ao seu perfil longitudinal de modo a evitar a deteriorização dos automóveis aquando da sua passagem;

Debatida e votada: 11ª Reunião, 21 de Novembro Resultado da votação: Aprovada por unanimidade, sem votos dos vereadores do PSD que abandonaram a sala por considerar que esta proposta não tinha dignidade para ser apresentada

DUAS

Considerando que os problemas identificados nas infra-estruturas rodoviárias da cidade atentam não apenas contra o direito à segurança e a integridade física das crianças e jovens, mas também de todas as pessoas com mobilidade reduzida - verificando-se aliás através da leitura das estatísticas relativas a atropelamentos em Lisboa que é a população idosa aquela que é mais sacrificada, (...)

Considerando o estado calamitoso dos espaços públicos rodoviários em amplas zonas da cidade, no que respeita à segurança, conforto e coerência das passagens de peões, à visibilidade das marcas horizontais nas infra-estruturas rodoviárias, à prática de velocidade automóvel excessiva – frequentemente induzida pelo próprio sistema de semaforização, (...)
Proponho que esta Câmara: (...)

4. Que sejam instaladas medidas correctivas (como a instalação de guarda-corpos para disciplinar percursos pedonais e canalizar os peões para zonas específicas de atravessamento) mas que sejam também instaladas medidas adaptativas, respeitando assim o património cultural dos fluxos pedonais dos utentes dos espaços públicos dos lisboetas.
5. Proceda à concretização urgente do plano, iniciado no mandato anterior, de criação das chamadas Zonas 30, na proximidade de estabelecimentos de ensino, em bairros residenciais e de zonas de serviços com elevada frequência de peões.

Debatida e votada: 11ª Reunião, 21 de Novembro
Resultado da votação: Pontos 1, 3, 4 e 5 – Retirados
Vereadores do PSD não estavam na sala para a votação desta proposta.
TRÊS

1. Considerando que
1.1.A Recomendação Nº 5 – Aprovada por Maioria na Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Lisboa, realizada em 25 de Setembro de 2007:“Por uma Política Séria de Mobilidade Sustentável para Lisboa” previa “a apresentação de um plano de medidas preventivas de acalmia de tráfego na cidade de Lisboa, dotando-as das condições satisfatórias para a prática de velocidades compatíveis com os peões e com a circulação de modos suaves, começando, desde já, pelas áreas consideradas mais críticas;”

1.2.Que na sequência da Acção de Identificação e Divulgação dos Pontos Negros da Cidade, apresentada em Setembro de 2007 pelo Senhor Vereador Marcos Perestrello, seriam instaladas placas identificadoras de situações perigosas em 20 pontos previamente identificados pelos serviços da CML , assim como a realização de obras com o objectivo de reduzir potenciais acidentes;

1.3.Considerando que, de acordo com informações divulgadas pela comunicação social, “as intervenções estarão concluídas entre Abril e Maio de 2008” (notícia do Jornal SOL) (...)

Proponho que a Câmara Municipal de Lisboa delibere, no âmbito das competências conferidas pela alínea f) do nº 2 do artigo 64º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, na redacção em vigor conferida pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, que:
1.Com o objectivo de aumentar a segurança dos peões no atravessamento:
1.Seja elaborado um plano de acalmia de tráfego com prioridade para as vias com elevado número de atropelamentos, assim como junto às escolas, e que inclua medidas como:
1.1. a elevação de cruzamentos e passadeiras à cota do passeio em ruas locais.
1.2. a colocação das chamadas “almofadas de Berlim” dez metros antes das passagens de peões, nos casos das vias que façam parte de percursos de emergência, ou sejam usadas por Transportes Públicos.

Apresentada: 7 de Maio de 2008
Agendada: 42ª Reunião, 14 de Maio
Destino: adiada

Propostas aprovadas e incumpridas.
Propostas retiradas por pressão da maioria.
A Câmara vai desculpar-se com quê, desta vez?

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Criança atropelada ontem na Alta de Lisboa - Azinhaga da Musgueira



Agora repete-se o cortejo: falar-se-á de segurança rodoviária, nas responsabilidades da CML na sinalização das ruas, alguém lembrará que a CML já tinha sido inúmeras vezes avisada da ausência de passadeiras. O autarca responsável, visado pelas críticas, vitimizar-se-á "lamentando que em momentos destes se faça aproveitamento político", e, claro, surgirão os fariseus do costume, culpando a família da criança. Abrir-se-á um inquérito que jamais verá a luz do dia.

No fim, todos nos esqueceremos.
Menos a família, os amigos, e o condutor.
Esses sim, as principais vítimas.

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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Lágrimas e suspiros

Em Setembro de 2007 foi efectuada pelo Viver e por inúmeros moradores, uma campanha de envio de mails para o vereador do pelouro, José Sá Fernandes, para que fossem tomadas medidas no Parque Oeste que travassem a sua contínua degradação e o agravar das condições de segurança dos seus utentes.

Infelizmente, ocorreu um acidente que se viria a revelar fatal e, menos de uma semana depois, eram anunciadas medidas pelo sr. vereador.

Em Novembro de 2007, e para evitar que os moradores do Alto do Lumiar fossem privilegiados em relação aos restantes habitantes da cidade, tentou a vereadora Margarida Saavedra, impedir a discussão em sessão de Câmara, de uma proposta apresentada pelos Cidadãos por Lisboa que visava a melhoria das condições de segurança de alguns dos cruzamentos do bairro. Na altura comprometeu-se e ao seu partido - o PSD - a apresentar, até ao princípio de 2008, o livro negro dos cruzamentos da cidade.

Desde essa altura, foi este blog palco de vários alertas para a continuação do risco para automobilistas e peões que os cruzamentos da zona continuam a apresentar. Ainda há duas semanas, com a abertura das faixas ascendentes da Azinhaga da Musgueira, se retomou o tema.

Os serviços continuaram mudos. O vereador do pelouro não se dignou a mexer-se. A vereadora Saavedra continuou mais preocupada com as vicissitudes do seu partido. Todos os responsáveis continuaram a assobiar para outros lados.

Infelizmente, hoje, a história repetiu-se com a morte de mais uma criança, vítima da inconsciência própria da idade, mas igualmente vítima da ausência de medidas preventivas que continua a verificar-se junto à sua escola - não há passadeiras, não existem redutores de velocidade numa via com aquela pendente, não existem semáforos - é como se a própria escola não existisse.

É triste.

É triste que a incompetência, o desleixo, a incapacidade continuem a medrar nos serviços camarários - de facto, numa Câmara organizada, não seria necessária a intervenção do vereador ou do presidente para que tudo funcionasse no sentido do bem público.

Mas é mais triste que, face a pedidos, protestos, perguntas, propostas, tudo tenha continuado na mesma.

E é ainda infinitamente mais triste assistir ao show dos compungidos dos próximos dias, aos inquéritos anunciados que serão encaminhados para a gaveta mais próxima assim que os media tiverem esquecido a questão, às manifestações de pesar, às promessas de arranque de obras (as tabuletas a assinalar perigo de morte, provavelmente), aos discursos de solidariedade, às lágrimas de crocodilo.

Vá venham lá. Já que não vão conseguir ficar calados, ao menos tenham a decência de resolver o que até agora se recusaram a fazer.

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Alta de Lisboa no jornal PÚBLICO



Alta de Lisboa retoma marcha para atingir os 65 mil residentes
04.06.2008, Catarina Prelhaz

Sociedade gestora mobiliza cinco milhões de euros para reparar erros nas habitações. Principais acessos deverão estar prontos em três anos

O empreendimento da Alta de Lisboa vai ser retomado ao fim de quatro anos de inoperacionalidade do seu mecanismo de gestão. A revelação foi feita ontem pelo presidente da comissão executiva da Sociedade Gestora da Alta de Lisboa (SGAL), Amílcar Martins, para quem aquele projecto de urbanização de 300 hectares é "uma oportunidade para a cidade que não pode ser perdida".

O relançamento do plano, da responsabilidade da SGAL (sociedade privada) e da Câmara de Lisboa, inclui a disponibilização de uma verba de cinco milhões de euros para fazer face a deficiências nos prédios já construídos, onde habitam cerca de 32 mil pessoas, menos de metade da população que pretende atingir na próxima década (65 mil). "Vamos ter no próximo ano e meio um investimento de cinco milhões de euros para responder a tudo o que existe de menos conseguido, nos apartamentos e nas áreas comuns dos edifícios", revelou ao PÚBLICO Amílcar Martins, adiantando que a sociedade gestora já tem uma equipa no terreno para se inteirar das reclamações.

A instalação de comércio e serviços também já está em marcha, garante o presidente da SGAL. "Ao longo do último ano foram sendo criadas condições para atrair investidores para o projecto. Se ainda não construímos o centro comercial (está previsto um com área equivalente à do Centro Comercial Vasco da Gama), escritórios e hotéis é porque estes empreendimentos têm de ser desenvolvidos com os investidores", explicou Amílcar Martins, acrescentando que conta solidificar parcerias ainda este ano. "Estamos em negociações, umas preliminares e outras em fase de conclusão. Há cinco a seis investidores para cada valência."

A SGAL e a Câmara apostam ainda na conclusão das principais vias de acesso - Avenida Santos e Castro, Eixo Central e Porta Sul -, que deverão estar prontas durante os próximos três anos. "As obras nas duas primeiras estão a decorrer, e quanto à Porta Sul, estamos a analisar com a CML a melhor solução para assegurar a ligação entre a 2.ª Circular e o Campo Grande", adiantou Amílcar Martins, para quem a atracção de novos investidores não tem sofrido com as acessibilidades. "Os investidores não se preocupam com os acessos porque pôr de pé um centro comercial demora três ou quatro anos entre projecto e obras. Ora, as vias vão estar prontas antes dos três anos."

Para o responsável da SGAL, também não é correcto falar em atrasos, antes em "deslizamentos". "Este plano de urbanização conseguiu aprovação em 1996 e foi desde logo pensado para 20 anos, por isso temos de estar abertos às vicissitudes e às desactualizações. Se as vias de acesso ainda não estão prontas [a inauguração estava prevista para o final de 2004] é porque extravasam a parceria com a câmara e têm a ver com problemas com terceiros, seja pelas expropriações, seja no que respeita à tutela do território. A própria câmara não tem tido a estabilidade necessária para ultimar soluções", sublinhou. Também o mecanismo de gestão que junta a CML e a SGAL esteve inactivo desde 2004.

O PÚBLICO solicitou esclarecimentos adicionais à câmara, mas, três semanas depois de formulado, o pedido não recebeu qualquer informação.


E o aeroporto?
04.06.2008

O complexo habitacional da Alta de Lisboa é um "projecto fechado" e, por esse mesmo motivo, não teme o destino que for dado ao vizinho aeroporto da Portela. Ainda assim, Amílcar Martins reconhece que o melhor para os residentes do Alto do Lumiar ainda seria a solução preconizada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa: um espaço verde de 500 hectares. "Mas se for tudo loteado e tiver uma densidade desgraçada, também não vejo mal para a Alta de Lisboa, porque ela tem espaços verdes e não depende do exterior".


Alta com equipamentos a caminho mas com esquadra vazia
04.06.2008


A SGAL diz perceber que os moradores se sintam defraudados com a demora pela conclusão do projecto, mas assaca responsabilidades às mutações da realidade social que acompanham um plano com um longo prazo de execução. "O projecto aprovado prevê mercados. Alguém acha que hoje em dia faz sentido pôr praças na Alta de Lisboa? Não, temos de optar por superfícies comerciais com outras características."

"Há também deficiências no equipamento escolar: é preciso creches para fixar os casais jovens. O Ministério da Educação não aprova o que temos no plano, porque está desactualizado, e muito menos estas substituições, porque não constam dele. Ora, não nos é permitido instalar este equipamento sem que o plano seja redesenhado e é isso que estamos a fazer", disse.

Quanto ao Colégio de São Tomás, a SGAL garante que ele não foi substituir nenhuma das escolas públicas previstas e que está fora do plano da Alta. "O colégio, ainda que desejável, é um equipamento negociado entre uma instituição privada e a câmara e ao qual somos alheios", sublinhou.

Já no que respeita à instalação da esquadra de polícia, de 3900 m2 de construção e 2800 m2 de arranjos exteriores, que acolhe a Divisão de Trânsito da PSP, o presidente da SGAL diz-se "esperançado" em que a direcção nacional da polícia reveja a escolha. "Divisão? Estão lá duas pessoas do trânsito quando gastámos 3,5 milhões de euros para a pôr de pé. Entregámo-la em Outubro ao Ministério da Administração Interna e não está a ser devidamente utilizada, o que vai fazer com que se degrade. Não acredito que a PSP vá continuar a desperdiçar uma esquadra assim. O policiamento é essencial para a Alta e para a zona contígua, onde vive parte substancial dos habitantes da cidade."

Ainda sem solução definida, mas em discussão com a câmara, está o centro cultural. "Será um equipamento implantado na Alta, mas pensado para a cidade", garantiu Amílcar Martins. "O arquitecto Siza Vieira poderá vir a desenhar o centro cultural, mas ainda não se avançou com um projecto porque é preciso primeiro definir um programa. Não vamos fazer algo a partir do abstracto."

Outra das reclamações dos moradores, a melhoria da rede de transportes, está também nos planos da SGAL, ainda que não no imediato. Uma vez que o eixo central vai promover a ligação ao coração da cidade, é ao longo dessa via que idealiza que sejam instaladas estações de metro e interfaces de outros transportes públicos. "Mas não passam disso mesmo, de ideias não consolidadas", salvaguardou Amílcar Martins.

Gerir equipamentos
Quanto aos problemas dos arruamentos - há até um cruzamento com 18 faixas de rodagem - e falta de sinalética, a SGAL promete soluções a curto prazo. "São precisamente essas situações que agora pretendemos resolver uma a uma, dado que o mecanismo de gestão está novamente operacional", assegurou.

Aliás, a SGAL pretende aumentar a sua influência na Alta de Lisboa, encarregando-se da gestão de alguns equipamentos, até agora da responsabilidade da câmara. "Vamos propor que possamos nós mesmos fazer a exploração de equipamentos que, caso contrário, simplesmente não são programados e não têm vida, como o Parque Oeste, que estará pronto ainda este ano".


Números
04.06.2008, Catarina Prelhaz

300
hectares é a área destinada para construção (habitação, comércio e serviços) na Alta de Lisboa

32
mil habitantes é o actual número de residentes do complexo, que pretende captar 65 mil residentes

5
milhões de euros é a dotação da sociedade para fazer face, no imediato, a reparações em estruturas ou habitações com deficiências de construção

2016
é a data da conclusão do projecto

3,5
milhões de euros foram gastos para erguer uma esquadra da PSP (Divisão de Trânsito) com 3900m2 de construção

O atraso nas infra-estruturas viárias e a falta de comércio e serviços são as principais queixas dos habitantes da Alta de Lisboa. "Os problemas da Alta são os problemas da cidade: sem vias de acesso não há sector terciário e sem terciário somos apenas mais um dormitório", sintetiza Tiago Figueiredo, morador e editor do blogue Viver na Alta de Lisboa.

A falta de equipamentos projectados, a insegurança do Parque Oeste - "morreu uma criança afogada no lago e a Câmara Municipal de Lisboa apenas lá pôs cartazes dissuasores da natação" -, a falta de patrulhamento policial, as lacunas na sinalização dos arruamentos e as deficiências no sistema de transportes públicos que servem a zona são outras das reclamações.

"Precisamos de equipamentos que dinamizem o Parque Oeste e do tão falado centro cultural. São precisos mais transportes. Às 18h, a Alta de Lisboa já morreu. E que dizer da superesquadra? A área que concentra 70 por cento da população de Lisboa - os bairros da Alta de Lisboa, Chelas, Olivais e Benfica - tem um terço das esquadras da cidade. É um erro", censura Pedro Gomes, residente e co-autor blogue de intervenção cívica.

Catarina Prelhaz

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terça-feira, 3 de junho de 2008

SGAL dá conferência de imprensa

E a Lusa já publicou um resumo do que foi dito. Vale a pena ler.

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segunda-feira, 2 de junho de 2008

And then they were three

Os posts encomendados são uma complicação.

Os posts encomiásticos são um embaraço.

Estar orgulhoso de alguma coisa sabe bem mas é tão contrário à humildade da nossa matriz ideológica luso-católica que se torna penosa a sua exibição pública.

Estar cheio de fé no futuro... bom, estar cheio de fé no futuro é - apesar daqueles manuais de auto-ajuda que vão ficando na moda - ou querer ser uma humana avestruz ou não ter assistido à queda do Muro ou ter-se licenciado há poucos anos na Universidade Internacional.

E, portanto, para título e subterfugio deste post, socorri-me dos Genesis (não do "j"énesis bíblico mas dos "dj"énesis musicais) que há muito muito mas bué da muito tempo quando até eu era uma criança (até o Mr.Steed era uma criança! até o Pedroo era uma criança!) lançaram uma coisa de transição que se chamava exactamente and then they were three. É claro que tive um bocado de trabalho para explicar à redacção que isto não era nenhuma alusão aos prolíficos, hard-working, dedicados colaboradores do blog - que é muito mais de três - , antes uma coisa geracional, do tipo ena-pá-cum-caneco-já-passou-mais-um-e-nós-ainda-aqui-à-espera-da-santosecastro.

Pois os Genesis (não esquecer: "djé" e não "jé") tinham perdido os génios - o Arcanjo Gabriel e o sombrio Hackett - e estavam naquele estado a-gente-gosta-tanto-disto-mas-o-que-é-que-vamos-fazer-agora? Nós por aqui estamos na mesma. Acabámos de perder a inocência de acreditar que ainda há alguém competente na Câmara de Lisboa com vontade de reatar a uma velocidade decente todo o processo da Alta e também acabámos de perder a paciência com a hipocrisia reinante para os lados da Praça do Município - como se sabe, os génios que ditam parte do sucesso necessário a uma relação profícua com o Poder.

Mas os Genesis continuaram. Mudaram de música, mudaram de estilo, mudaram quase tudo menos o nome e o mais importante: continuaram a fazer o que gostavam. Curiosamente, tiveram ainda mais sucesso do que na sua fase anterior, curiosa lição de vida e de público. Pois nós vamos pela mesma.

Vamos continuar a fazer o que nos dá prazer.

Vamos continuar a lutar pelo que nos parecem ser motivos e valores justos e inalienáveis.

Vamos continuar a denunciar este pântano cúmplice em que todas as entidades envolvidas se deixaram enredar e que, pelo menos na aparência, parece ser zona de conforto para todas.

Provavelmente vamos dar o passo seguinte e continuar este debate num outro nível.

E se vocês não gostarem dos Genesis (os do "djé") recorram quando quiserem a outra música. Toquem vocês próprios um instrumento. Não morram é no silêncio porque é no silêncio que vive o autismo, é do silêncio que se alimenta a incompetência, é com o silêncio que viceja a aldrabice.

Uma nota final: o VIVER lançou-se ao mundo há precisamente 3 anos. É obra.

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