terça-feira, 30 de setembro de 2008

O post dois em um: A vereadora e as casas + Renault ocupa Avenida da Liberdade

  • Notícia número um, o escândalo das casas na CML.
Não conheço o caso em detalhe para poder opinar mas, deixo uma citação: "À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta".

  • Notícia número dois, em Outubro vamos ter um formula 1 na Avenida da Liberdade.
Não sei bem como. Os F1 partem só de alguém espirrar perto. Imagino que o piso seja todo mudado, caso contrário o Nelsinho não aguenta nem 200 metros.

Também achei curioso o primeiro comentário, que se queixa do uso de espaço público por privados.

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Pessoas nos jardins para pessoas

Jardim do Príncipe Real. Cheio de bancos com encosto e cheio de gente a usá-los.

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Seguro Condominio

Informação é poder.

Abordar a legislação é sempre um desafio de peso, numa altura em que se quer tudo light, mas, no seguimento da questão levantada ao meu último post, deixo a sugestão de consultarem o Decreto-Lei n.º 171/2008, de 26 de Agosto onde se diz:


"Neste sentido, o presente decreto-lei para assegurar a efectiva tutela do consumidor no âmbito da renegociação das condições do empréstimo à habitação vem, por um lado, vedar às instituições de crédito a cobrança de qualquer montante para esse efeito, nomeadamente a título de análise do processo, e, por outro, clarificar a aplicação neste domínio da proibição da prática de tying, já em vigor no âmbito da celebração dos contratos de empréstimo. Nesta medida, passa a constituir uma prática comercial vedada fazer depender a renegociação do crédito de exigências adicionais, nomeadamente, do investimento em produtos financeiros ou da observância de determinadas condições de utilização de cartão de crédito."

Decreto-Lei n.º 171/2008, de 26 de Agosto



Fica o modesto contributo para reflexão.

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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

(in) Segurança

O ditado popular diz mais ou menos isto:
"Casa roubada….. trancas na porta"

Um ditado popular que se aplica em muitos condomínios.
Para reflexão partilho uma situação recente.

“Setúbal: Prédio reconstruído
As obras de reconstrução do prédio de Setúbal onde ocorreu uma explosão de gás em Novembro de 2007 devem arrancar na quarta-feira. As obras vão custar cerca de 1,5 milhões de euros, sendo 1,3 milhões suportados pelas seguradoras e os restantes 150 mil euros da responsabilidade dos condóminos que não tinham seguro.”

Porque quem costuma seguir os meus posts sabe que mais do que apresentar problemas gosto de apresentar soluções, fica a sugestão para reflexão (informação Deco Pro Teste):

"Todos os condóminos são obrigados a contratar um seguro de incêndio para a sua casa, embora possam optar por um multirriscos-habitação, que garante uma cobertura mais abrangente por pouco mais dinheiro. Ambos cobrem as partes comuns do edifício e, à partida, não há motivo para contratar um seguro específico para essas partes. Mas a experiência demonstra que, na prática, esta questão não é tão simples. Regra geral, cada condómino tem a sua seguradora, o que significa que, quando é preciso resolver um problema, há que aguardar pela disponibilidade de todas as companhias envolvidas. Isto partindo do princípio que se consegue contactar todos os condóminos em tempo útil. Além disso, há que contar com a possibilidade de alguns proprietários não terem seguro ou contratarem apenas o obrigatório de incêndio, que pode não cobrir outro tipo de acidentes.

É preferível contratar um seguro multirriscos-condomínio. Este tem a vantagem de abranger simultaneamente todas as partes comuns e cada uma das fracções autónomas do condomínio, revelando-se até mais barato do que um seguro individual. E se nem todos os condóminos estiverem dispostos a trocar os seus seguros por um seguro a todo o condomínio? Então, talvez se possa considerar a hipótese de um seguro específico para as partes comuns. Mas só em último caso, porque estes nem sempre garantem uma resolução mais eficaz dos problemas. Na verdade, se os condóminos já tiverem um seguro multirriscos-habitação anterior, este vai ser o primeiro a ser chamado para suportar os prejuízos… e volta a colocar-se o problema da existência de várias seguradoras. Só depois de esgotado o capital do seguro individual é que se recorre ao seguro das partes comuns. Contornar este obstáculo não é tarefa fácil. O melhor é recorrer a um mediador de seguros para tentar negociar com a sua seguradora uma cláusula no contrato a dizer que, em situações deste género, o seguro das partes comuns deve ser accionado em primeiro lugar."

Obrigado por lerem até aqui.
Para terminar fica a reflexão.
Se o Seguro multirriscos-condomínio tende a ser melhor e mais barato porque não mudar? Ainda assim, seja um seguro multirriscos condomínio ou um seguro individual, não arrisque. A Segurança começa na sua Casa.

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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Este é o post 1000 do Viver!

Quando era pequenino, tinha um colega na escola que dizia o 1000 é o número mais grande que há. Contei isso ao meu pai e ele quis provar-me que não. Sentámo-nos os dois à mesa e estive entretido a vê-lo escrever à mão num papel quadriculado números do 1 aos 1001. Não foi sempre emocionante a experiência, devo ter querido desistir da coisa lá para os seiscentos e tal, mas teve o mérito de se tornar inesquecível. O meu pai tinha umas ideias pedagógicas com graça.

O Viver atinge aqui neste post a sua milésima entrada. Em três anos e quase quatro meses. Não está mal.

Malta, vamos respirar fundo e partir para os 2000?

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"É proibido cobrar comissões pelas alterações ao contrato" de crédito

"A lei da renegociação de crédito entrou em vigor esta semana e a polémica está instalada: os bancos não cobram a análise das renegociações, mas quando aprovam mudanças aos contratos estarão a cobrar as alterações aos contrato. O Ministério das Finanças diz que "é proibido", mas o problema está na lei."

Fica a sugestão para lerem mais aqui.

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O pico do petróleo em imagens

Anda muita gente distraída com os problemas do colapso financeiro da nossa sociedade moderna. O facto é que a raiz do problema reside nos recursos, ou seja, na forma como os utilizamos.
O petróleo é um dos principais recursos energéticos das sociedades modernas. Este recurso, finito e não renovável, é responsável pelo grande crescimento económico da última centena e meia de anos.
Este filme explica muito bem e de uma forma simples a teoria do "peak oil" ou pico do petróleo, tema da maior importância nos dias que correm:

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Ponto de encontro

A rua Helena Vaz da Silva vem de norte, a avenida Vasco Gonçalves vem de noroeste, a rua Arnaldo Ferreira vem de oeste, a avenida Eugénio de Andrade vem de sul e, por fim, a avenida Álvaro Cunhal vem de leste.
Todas esta vias se cruzam num só ponto. Não há sinais luminosos nem tão pouco um polícia sinaleiro. O movimento é intenso na hora de ponta da manhã e, consequentemente, o perigo de colisão é constante. Haverá alguma solução para este nó rodoviário da Alta de Lisboa?

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pianographique

Uma excelente maneira de começar o dia. O pianographique propõe-nos um interessante jogo gráfico e sonoro, com imagens e samples associados a cada tecla do computador. Dá para passar uma hora, à vontade, e deixar a família à beira de um ataque de nervos. Se estiverem no emprego a mandriar (vulgo ler blogs e escrever comentários anónimos), ponham os phones porque o chefe pode não achar graça à súbita criatividade do pessoal.

[via Amnésia]

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ora ide lá ou calai-vos para sempre

Há uns dias houve quem sugerisse que o Viver anunciasse a próxima Assembleia de Freguesia do Lumiar para os leitores poderem ir usar o direito da palavra e expor as suas dúvidas, sugestões ou reclamações.

Pois aqui está: É hoje, às 20h, na Sede da Junta de Freguesia do Lumiar.


Ver mapa maior

E com este mapinha é que não têm mesmo desculpa alguma para se baldarem. Até dá para colocar a vossa morada que o programa desenha o percurso até à Junta. Pode ser que nos encontremos todos por lá, então.

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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Jardins comunitários

Este jardim tem sido mantido por moradores. Na rua, dizem que é mesmo só uma moradora que o trata; andava com tantas saudades de ter um quintal que agora se entretém a plantar e cuidar deste.

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Passagem superior do Parque Oeste avança

O trânsito na Av. Nuno Krus Abecassis já voltou a não depender dos bypasses que foram feitos para a construção da passagem superior do Parque Oeste. Ainda falta bastante para acabar esta 3ª fase do parque, mas as coisas vão avançando.

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Pista Ciclável e Pedonal Ribeirinha para 2009


A propósito do Dia Europeu sem Carros - hoje - e do trajecto do Pedro Veiga de bicicleta para o trabalho, deixo em baixo o comunicado de imprensa que me chegou à caixa do correio.

Parece-me sempre bem qualquer incentivo a deixar o carro em casa. Mas tenho alguma pena que se comece por investir num trajecto que já se faz bem de bicicleta sem pista ciclável. É onde toda a gente vai dar as suas voltas. Há outros pontos da cidade com necessidades mais prementes que, espero, estejam contemplados nos 80 km de ciclovias previstos. E, espero também, que a CML veja contemplada a sua candidatura ao QREN.

Assim a mais curto prazo parecem-me muito interessantes os cursos para aprender a andar de bicicleta em meio urbano. Espero que tenham sessões práticas.




Comunicado de Imprensa

Pista Ciclável Ribeirinha pronta a 5 de Junho de 2009

No Dia Europeu Sem Carros, que se assinala hoje, 22 de Setembro, o Vereador do Ambiente e Espaços Verdes apresentou o projecto da Pista Pedonal e Ciclável Ribeirinha, e anunciou a sua inauguração a 5 de Junho de 2009, no Dia do Ambiente.

O projecto, resulta de um protocolo hoje assinado com a Administração do Porto de Lisboa (APL) para desenvolver uma pista ciclável com sete quilómetros, entre Belém e o Cais do Sodré.

Além de contemplar a execução deste troço de pista, num total de cerca de 7 quilómetros, o protocolo hoje assinado prevê ainda que se realize o estudo do restante traçado que completa toda a pista ciclável ribeirinha, e que estenderá, mais tarde, entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia, num total de 19 quilómetros.

Na cerimónia de hoje o Vereador José Sá Fernandes salientou a parceria estabelecida entre a CML e a APL que tornou este projecto possível.

A pista ciclável entre Belém e Cais do Sodré custará cerca de 650 mil euros e o lançamento da empreitada está previsto para Dezembro de 2008.

A CML vai investir, nos próximos anos, cerca de cinco milhões de euros para criar 40 quilómetros de novas vias cicláveis e recuperar outras já existentes. José Sá Fernandes anunciou ainda que somando as novas pistas e as que serão recuperadas pela CML, Lisboa terá em 2009 um total de cerca de 80 quilómetros de ciclovias. O Vereador realçou que parte dessa verba (cerca de 1,7 milhões de euros) deverá ser obtida através de fundos comunitários, no âmbito de uma candidatura que o Pelouro do Ambiente e Espaços Verdes efectuou ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), cujo resultado será em breve conhecido.

José Sá Fernandes revelou ainda que CML irá ainda lançar, já no mês de Outubro, um conjunto de cursos para aprender a andar de bicicleta em meio urbano em colaboração com a Federação Portuguesa de Cicloturismo.

O Gabinete do Vereador José Sá Fernandes
22 de Setembro de 2008

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Nós Tugas Ninja

Dois mil e setecentos milhões de euros.

Eu repito: dois mil e setecentos milhões de euros. Não, não é o valor do próximo jackpot do €uromillioni. É antes um anti-jackpot - é o valor que o crédito mal-parado dos bancos atingiu nas notícias de hoje.

E o que é que o crédito mal-parado tem a ver connosco, que nem accionistas dos bancos somos (tirando os que têm conta no montepio)? Pois, nada.

Tirando o facto de termos o nosso dinheiro depositado numa das instituições que é intermediária dessa dívida incobrada, nada mesmo.

D. Leopoldo Abadía Sr. foi professor de Economia no IESE, a Escola de Negócios da Universidade de Navarra, durante 31anos e mantém um blog onde publicou esta cartilha sobre a crise do sub-prime: "La Crisis Ninja"

Ninja, de no income, no job, no assets - nem rendimentos, nem trabalho, nem bens - , é a base social de suporte (?) de todo o mercado do sub-prime americano e mundial e o artigo - extenso - vale a pena ler.

Por ser demasiado longo e por conter várias referâncias à realidade espanhola, deixo para os mais curiosos o exercício de o ir beber à fonte. Ficam, no entanto, alguns parágrafos que assentam como uma luva à nossa realidade. Quem quiser fazer as óbvias inferências...:

CRISIS NINJA

(...)
1. 2001. Explosión de la burbuja Internet.

2. La Reserva Federal de Estados Unidos baja en dos años el precio del dinero del 6.5 % al 1 %.

3. Esto dopa un mercado que empezaba a despegar: el mercado inmobiliario.

4. En 10 años, el precio real de las viviendas se multiplica por dos en Estados Unidos.

5. Durante años, los tipos de interés vigentes en los mercados financieros internacionales han sido excepcionalmente bajos.

6. Esto ha hecho que los Bancos hayan visto que el negocio se les hacía más pequeño:

  • Daban préstamos a un bajo interés
  • Pagaban algo por los depósitos de los clientes (cero si el depósito está en cuenta corriente y, si además, cobran Comisión de Mantenimiento, pagaban “menos algo”)
  • Pero, con todo, el Margen de Intermediación (“a” menos “b”) decrecía

7. A alguien, entonces, en América, se le ocurrió que los Bancos tenían que hacer dos cosas:

  • Dar préstamos más arriesgados, por los que podrían cobrar más intereses
  • Compensar el bajo Margen aumentando el número de operaciones (1000 x poco es más que 100 x poco)

8. En cuanto a lo primero (créditos más arriesgados), decidieron:

  • A) Ofrecer hipotecas a un tipo de clientes, los “ninja” (no income, no job, no assets; o sea, personas sin ingresos fijos, sin empleo fijo, sin propiedades)
  • B) Cobrarles más intereses, porque había más riesgo
  • C) Aprovechar el boom inmobiliario.
  • D) Además, llenos de entusiasmo, decidieron conceder créditos hipotecarios por un valor superior al valor de la casa que compraba el ninja, porque, con el citado boom inmobiliario, esa casa, en pocos meses, valdría más que la cantidad dada en préstamo. (NOTA MINHA: O mesmo se passou durante vários anos em Portugal - só recentemente, com a retracção do mercado e as dificuldades de financiamento interbancário se começaram as restringir a facilidades)
  • E) A este tipo de hipotecas, les llamaron “hipotecas subprime”

I. Se llaman “hipotecas prime” las que tienen poco riesgo de impago. En una escala de clasificación entre 300 y 850 puntos, las hipotecas prime están valoradas entre 850 puntos las mejores y 620 las menos buenas.

II. Se llaman “hipotecas subprime” las que tienen más riesgo de impago y están valoradas entre 620 las menos buenas y 300, las malas.

  • F) Además, como la economía americana iba muy bien, el deudor hoy insolvente podría encontrar trabajo y pagar la deuda sin problemas.
  • G) Este planteamiento fue bien durante algunos años. En esos años, los ninja iban pagando los plazos de la hipoteca y, además, como les habían dado más dinero del que valía su casa, se habían comprado un coche, habían hecho reformas en la casa y se habían ido de vacaciones con la familia. Todo ello, seguramente, a plazos, con el dinero de más que habían cobrado y, en algún caso, con lo que les pagaban en algún empleo o chapuza que habían conseguido.

9. Comentario: creo que, hasta aquí, todo está muy claro y también está claro que cualquier persona con sentido común, aunque no sea un especialista financiero, puede pensar que, si algo falla, el batacazo puede ser importante.
(...)

8. PERO:

  • A principios de 2007, los precios de las viviendas norteamericanas se desplomaron. [NOTA MINHA: Como por aqui já se começa a verificar]
  • Muchos de los ninjas se dieron cuenta de que estaban pagando por su casa más de lo que ahora valía y decidieron (o no pudieron) seguir pagando sus hipotecas.[NOTA MINHA: Como por aqui já se começa a verificar]
  • Automáticamente, nadie quiso comprar MBS, CDO, CDS, Synthetic CDO y los que ya los tenían no pudieron venderlos.
  • (...)
  • Pero las cosas van más allá. Porque nadie -ni ellos- sabe la porquería que tienen los Bancos en los paquetes de hipotecas que compraron, y como nadie lo sabe, los Bancos empiezan a no fiarse unos de otros.
  • Como no se fían, cuando necesitan dinero y van al MERCADO INTERBANCARIO, que es donde los Bancos se prestan dinero unos a otros, o no se lo prestan o se lo prestan caro. El interés a que se prestan dinero los Bancos en el Interbancario es el Euribor (Europe Interbank Offered Rate, o sea, Tasa de Interés ofrecida en el mercado interbancario en Europa), tasa cuya evolución (en general, hacia arriba) podéis ver en el vocablo EURIBOR de este Diccionario.
  • Por tanto, los Bancos ahora no tienen dinero. Consecuencias:

I. No dan créditos

II. No dan hipotecas, con lo que las Colonial, Habitat, etc. lo empiezan a pasar mal, MUY MAL. Y los accionistas que compraron acciones de esas empresas, ven que las cotizaciones de esas Sociedades van cayendo vertiginosamente.

III. El Euribor a 12 meses, que es el índice de referencia de las hipotecas, ha ido subiendo (v. Vocablo EURIBOR A 12 MESES en este Diccionario), lo que hace que el español medio, que tiene su hipoteca, empieza a sudar para pagar las cuotas mensuales.

IV. Como los Bancos no tienen dinero,

A) Venden sus participaciones en empresas
B) Venden sus edificios
C) Hacen campañas para que metamos dinero, ofreciéndonos mejores condiciones

(...)

Vale a pena ler com atenção. (Se o espanhol não fôr inteligível, nós por aqui na redacção fazemos uma vaquinha e providenciamos a tradução)

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Dia “sem carros”

Campo Grande
Lisboa, Campo Grande, 22 de Setembro de 2008

Supunha-se que o dia 22 de Setembro seria sem carros ou seria um dia para reflectir sobre os carros que enchem as nossas cidades?
Seja como for, hoje de manhã, decidi reeditar a proeza de ir trabalhar usando a minha bicicleta como meio de transporte. Lisboa estava cinzenta logo pelas 7 horas e 45 minutos quando abalei de casa com os pés nos pedais. Entre a Alta de Lisboa, freguesia da Charneca, e a zona do Largo do Rato, freguesia de S. Mamede, devem ser uns 6 a 8 quilómetros de distância pelo trajecto mais curto.
Das primeiras vezes que tentei esta aventura optei por subir até ao alto do Parque Eduardo VII a fim de evitar a caótica rotunda do Marquês de Pombal. Desta vez não. Optei por um trajecto mais directo e muito mais plano: percorrer a Avenida 5 de Outubro até às Picoas seguindo depois até ao Marquês de Pombal. Do ponto de vista físico este trajecto é muito mais fácil do que o trajecto do alto do Parque. Poupei cerca de 20 minutos porque pude fazer um percurso muito mais directo sem necessidade de fazer uma pausa para descanso. No total foram 45 minutos de exercício feitos com muita calma no meio de avenidas muito poluídas e ruidosas.
Fica aqui o alerta: Lisboa é uma cidade insuportavelmente poluída à hora de ponta.

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Viver e conhecer o bairro II

Escrevemos muito por aqui sobre a importãncia de viver as ruas e não apenas passar por elas. Porque a percepção que se obtem de um e de outro modo de estar é completamente diferente. E, quando apenas se passa por qualquer sítio, levamos apenas um olhar rápido e esterotipado e deixamos para trás os detalhes de cada lugar. Os detalhes bons e os maus, claro. Mas a verdade é que não se sabe, realmente, do que se fala.

Isto acontece muito aqui na Alta de Lisboa, acho eu. Muitas vezes reparo ao ler alguma notícia na comunicação social, ou comentários aqui no blog, que quem fala não se deu ao trabalho de vir cá confirmar os factos (se jornalista) ou não sai à rua a pé (se morador). É uma pena.

Mas acontece por todo lado e, como eu, há mais quem tenha pena que seja assim. Se me apeteceu escrever isto hoje foi por ler outra pessoa indignada com a visão deturpada que alguém que passa tem da sua rua. Neste caso trata-se de um texto de Laurinda Alves sobre a Rua da Rosa, no Bairro Alto. E aqui está a resposta da Rosa Pomar, moradora.

Que saiamos todos mais à rua, por aqui. São os meus votos.

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Racismo, vitimização, discriminação ou apenas uma mão cheia de estereótipos?

O site do Expresso publica duas peças da agência Lusa: uma que fala da dificuldade que estudantes universitários africanos e brasileiros têm em alugar quartos e da discriminação a que estão sujeitos.

A segunda peça aborda outro tipo de descriminação feita pelos senhorios que preferem alugar quartos a raparigas. Os rapazes ficam como segunda escolha dado serem associados a comportamentos "borguistas" e a serem "desarrumados".


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domingo, 21 de setembro de 2008

Viver e conhecer o Bairro... de bicicleta

Que melhor desculpa que a Semana Europeia da Mobilidade para organizar um passeio de bicicleta pelo nosso bairro?
Escrevo para partilhar algumas fotos, desta iniciativa em que felizmente participei.


Agradeço desde já aos promotores da iniciativa a e só posso desejar que se organizem mais actividades e com mais frequência.
Para quem ainda nunca tenha feito um passeio de bicicleta pelo bairro, recomendo.

Não teremos ainda uma ciclovia propriamente dita, é certo, mas recomendo desde logo porque temos condições excelentes, como sejam as grandes zonas verdes, o passeio pedonal, estando tudo isto numa zona relativamente plana.

Se tiverem a oportunidade de participar numa destas iniciativas, torna-se especialmente interessante quer pelo grupo divertido, como pelas inúmeras explicações que nos permitem ficar a conhecer um pouco melhor os factos e curiosidades deste nosso bairro.

O meu obrigado e parabéns aos organizadores.

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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Workshop de formação para todos os interessados

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Quem alinha num passeio de bicicleta este Sábado?

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Foz Côa é graffiti?

Mais Banksy.
[via Jumento]

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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Novas áreas com parquímetros na cidade de Lisboa

Como sei que este é um tema que muito agrada aos lisboetas, aqui fica a chamada de atenção para a extensão do estacionamento tarifado a mais áreas e uma nova ideia a que deram o nome de bolsa de lugares para residentes.

Não sei porque razão mas cheira-me a disparate.

Para quem queira ver, aqui fica um mapa das áreas que vão ser afectadas por estas medidas.

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Alexandre Orion relata a experiência do túnel

Na madrugada do dia 13 de julho de 2006, comecei uma intervenção no túnel que liga a Av. Europa e a Cidade Jardim em São Paulo. A intervenção ocorre por processo de subtração, limpando a fuligem produzida pelos carros que se deposita rias paredes do túnel produzo imagens de crânios humanos.

Durante as madrugadas em que trabalhei na “limpeza” do túnel, foram várias abordagens policiais. Porém, como previsto, ninguém podia me impedir de desenhar as caveiras no túnel. Não havia crime em “limpar”, O crime era ambiental: poluição pra ninguém botar defeito. E, como também era previsto, o Estado não deixou barato. Só existia uma forma de impedir a "limpeza" a minha maneira, limpando também. E assim foi!

A intervenção tinha alcançado 160 metros de extensão quando a prefeitura de São Paulo efetuou a primeira limpeza. Mas, ao contrário do que eu esperava, eles não fizeram a limpeza completa do túnel. O que realmente me impediria de continuar seria a remoção de toda a sujeira, matéria-prima utilizada no trabalho. A intenção do Estado foi apenas remover a intervenção. Eles anularam a mensagem criando uma grande área limpa e deixando o restante do túnel sujo como deve ser. O crime passou a ser outro: censura! Rs...

Mas como a matéria-prima ainda continuava lá, voltei com a provocação no dia 13 de agosto. Depois de algumas madrugadas de trabalho, a intervenção alcançara em torno de 120 metros, a equipe da prefeitura, acompanhada da CET e da Polícia Militar, apareceu para efetuar a limpeza de todo o túnel.

Desde de então, todos os túneis da cidade foram limpos. A limpeza do túnel da Cidade Jardim foi concluída, em seguida a limpeza do túnel da Rebouças, e de outros tantos túneis da cidade. Em menos de 4 meses, tudo estará sujo de novo.

Melhor do que limpar seria pararmos de poluir.

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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Reverse Graffiti : Ossario : Alexandre Orion

O pessoal tirou hoje o dia para falar de graffitis. Vale muito a pena ver este video sobre a intervenção de Alexandre Orion no túnel Max Feffer, em São Paulo, Brasil.

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Ainda mais graffiti

À conta destes posts do Tiago esbarrei aí pela net no conceito de graffiti invertido (tradução livre de reverse graffiti). É simples: pega-se numa parede de um túnel de uma cidade grande, limpa-se diferencialmente a camadinha de poluição até chegar à cor original das paredes, e assim nasce um desenho.

Este aqui é de Alexandre Orion, um artista Brasileiro. O túnel fica em S. Paulo, entre a Av. Europa e a Cidade Jardim.


Este, é um graffiti que limpa as paredes, não as "suja". E é tão temporário quantos mais carros ali passarem. Aos poucos, as paredes tornar-se-iam de novo negras e tudo voltaria ao "normal".

Ao mandar apagar este graffiti, como se vê na foto em baixo, a prefeitura de S. Paulo perde o argumento institucional de que o graffiti danifica o espaço público, reduzindo-o a vandalismo. Assim se vê que o que incomoda mesmo é a expressão pessoal.


Ao menos este caso teve um final menos infeliz: limparam-se todos os túneis da cidade. Nao fosse alguém limpar primeiro e atrever-se a dizer qualquer coisa com isso.

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E agora um pouco de Banksy

É oficial. Se isto é graffiti, eu acho piada a graffitis. Destes assim, adoro. Depois de vos mostrar os do Roadsworth, fiquem agora com os do Banksy, por dica do Mr. Steed. Ainda mais giros, sim. A chatice nestas coisas de escrever em paredes é que para cada talento que nasce existe um milhão de pessoas convencidas que são esse um, e que acham que escrever Telmo love Vanessa é arte e que qualquer sítio serve.

Parece que em New Orleans havia alguém que apagava os graffitis sempre com um véu cinzento por cima. Ficou conhecido como o temível Gray Ghost.



E esta é a resposta do Banksy.

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E isto na Alta?



Estes graffitis gigantes foram feitos por um tal Peter Gibson, um tipo canadiano que gosta mais que o tratem por Roadsworth. O Peter já foi preso e tudo, e pagou multas pesadas por ter um apurado sentido de humor, mas houve tanta gente que lhe achou piada, que é agora um bem sucedido artista.

Mais ideias destas para aplicar nas ruas da Alta, aqui. (Esta é para os chavais das tags aqui do bairro)

[via Jumento]

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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Novidades?

[Malha 17 ; Fonte: Atelier JLCarrilho da Graça]



Da ordem de trabalhos da reunião extraordinária da Câmara Municipal de Lisboa a realizar no próximo dia 17, retiramos o seguinte ponto:


39 -Proposta n.º 746/2008(Subscrita pelo Sr. Vereador Manuel Salgado)Aprovar a operação do loteamento de iniciativa municipal da Malha 17 do Plano de Urbanização do Alto do Lumiar (PUAL), referente ao conjunto de parcelas situadas na Área Edificável 17 do Alto do Lumiar, com a área total de 10.828 m2 e que abrangem a área ocupada pelo Antigo Bairro da Musgueira Norte, que constitui o processo n.º 4063/CML/07 6/URB/UPAL/07, nos termos da proposta;


Do texto, são de realçar dois aspectos:



1 - Finalmente!, será aprovado [n.r.: desde que não apareça, intempestiva, uma comissão ad-hoc de estética constituída por lisboetas-preocupados-e-actuantes em defesa dos modos históricos de construir da zona e em nome da preservação dos espaços naturais existentes] o projecto do Arq. Carrilho da Graça, o qual, não temos dúvida, constituirá uma enorme mais-valia para o espaço (para o espaço, não é difícil: qualquer coisa seria melhor do que o mato e o abandono que por lá medram desde as demolições) e para toda a Alta (assim ganhem a Câmara e demais entidades envolvidas vergonha e desnovelem o problema das novas instalações do Centro Social da Musgueira para acabar com o último "pobrezinho" arquitectónico sobrevivente). Veja-se o que já se escreveu nestas e-paginas a propósito do autor e da obra, aquando da 1ª sessão do CineCidade pelo mesmo protagonizada.


2 - Pouca gente se lembrará, mas há uns meses, pouco depois da tomada de posse do actual executivo, no auge da guerra-fria entre a CML e a SGAL por causa dos atrasos na Alta, foi esta empresa acusada (ou veladamente acusada, o tempo esbate a memória, não é?) entre outras coisas, de se ter "baldado" ao pagamento das taxas de urbanização de toda a Alta, lesando assim gravemente os cofres da CML. Curiosamente, neste ponto da ordem de trabalhos - da autoria ... do vereador Manuel Salgado? - o loteamento é referido como da iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa. Para mim, pobre mortal, que não comunga do entendimento de juristas ou urbanistas, isto explica, preto no branco, porque é que a SGAL não as pagou nem tinha que as pagar - porque, sendo o loteamento da responsabilidade ou in nomine da CML, não faria sentido ela estar a cobrar-se a si própria (ou, mais correctamente, a CML está isenta do pagamento de taxas de urbanização). E, a ser verdade este entendimento (é claro que posso estar enganado na interpretação legal da coisa), levanta um mau cheirinho (de má-fé ou de politiquice daquelas sujas e baratas, ou de incompetência nos argumentos) que, mesmo aos que, como eu, não têm nada a ver com a guerra entre a empresa e a autarquia, é incomodativo. Para vós não?

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domingo, 14 de setembro de 2008

É só saúde!

Conheço um tipo que se escrevesse aqui diria: "O passeio de bicicleta do Viver foi um sucesso!"

Desculpem lá não poder esclarecer o que foi isto, mas, enquanto me calçava para ir lá abaixo perguntar que rebaldaria vinha a ser aquela, fugiram todos avenida acima.

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Parque Oeste - O estado das Palmeiras



Podemos verificar a ausência de 24 das 36 palmeiras que deveriam estar, de boa saúde, a enriquecer o muito querido Parque Oeste. Apenas 12 continuam de pé. Das sobreviventes, algumas apresentam um estado algo desolador, antecipando-se a sua remoção.

Mais uma vez, pergunta-se pela responsabilidade. Em todo o processo.

Por esta altura http://viveraltadelisboa.blogspot.com/2008/04/isabel-aguirre-autora-do-parque-oeste.html a Arqta. Isabel Aguirre, que projectou o parque, teve a oportunidade de nos informar (a quem esteve presente no CineCidade) que este tipo de árvores se dá bem numa diversidade de climas, nomeadamente em climas de latitudes ainda mais a norte que o de Lisboa.

Estando as árvores projectadas de acordo com o nosso clima, põe-se então a questão de todo o resto do processo da sua implementação: aquisição, controlo do estado da sua saúde, acondicionamento, transporte, armazenamento, implantação, manutenção, etc. E neste processo, há ainda a questão da passagem do equipamento Parque Oeste (de todas e de cada uma das suas componentes) do Promotor Imobiliário para a Câmara, com a respectiva problemática associada. Mas não precisamos de ser conhecedores de nenhuma novela e de todas essas tricas.

Mas precisamos de ter as 36 palmeiras de plena saúde, pelo que se saudará a CML se as implantar e se tiver os respectivos cuidados necessários da sua implantação e manutenção. E deseja-se que venha a acontecer, preferencialmente, sem termos de esperar mais três anos. E que o verbo esperar venha a ser cada vez menos utilizado.

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sábado, 13 de setembro de 2008

Arranjos exteriores na Escola D. José I

Depois de anos de espera, de inúmeros protestos dos moradores, e do atropelamento mortal de uma aluna da Escola D. José I, a CML está finalmente a tratar dos arranjos exteriores da Avenida Carlos Paredes.
O muro da escola vai ser puxado para fora, aumentando a área do recinto, e os passeios, até agora em terra mal batida, vão finalmente ser calcetados, ficando com quatro metros de largura.

Não existe confirmação sobre que solução se irá implementar na avenida como redutor de velocidade e aumento de segurança dos alunos. Uma passadeira sobreelevada? O estreitamento da via para uma faixa de cada lado?

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Parque Oeste, 3 anos depois

(17 de Setembro de 2005)

(13 de Setembro de 2008)

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Não há na CML quem faça mais por isto do que dizer "Eu não me esqueci desse assunto."?

Circular a duas rodas em Lisboa deixou de ser um mito
13.09.2008, Ana Nunes

Estudo de engenheiro civil especialista em Vias de Comunicação e Transportes conclui que os custos são mínimos e imensas as vantagens

A Pode parecer que não, mas Lisboa é uma cidade ciclável para a maioria da população que nela vive, estuda e trabalha, bem como para os dois milhões de turistas que a visitam anualmente. Após 100 dias de bicicleta e 1200 quilómetros percorridos, esta é a conclusão de Paulo Santos, engenheiro civil especializado em Vias de Comunicação e Transportes, que a 1 de Janeiro deste ano iniciou o projecto na capital, no âmbito de uma tese de mestrado.

De Belém ao aeroporto "desfaz-se o mito" de que a bicicleta não serve para meio de transporte. "Mais de metade de toda a área urbana da cidade é praticamente plana e mesmo no Verão, de manhã, pode circular-se com temperaturas na ordem dos 20-22 graus. Do centro histórico ao limite da cidade as distâncias são inferiores a dez quilómetros, a distância considerada de conforto, para a utilização da bicicleta como meio de deslocação", analisa o autor do trabalho académico.

As sete colinas que dão nome à cidade não são problema, mas "apenas uma parte de toda a área urbana da cidade, que no último século cresceu urbanisticamente para além da zona histórica, tendo-se expandido até aos limites do concelho", explica Paulo Santos. No seu entender, estão reunidas as condições para o uso recorrente da bicicleta "em termos de orografia, clima e dimensão da cidade".

Pequeno investimento
Moram cerca de 700 mil pessoas em Lisboa, e que 70 por cento dos fluxos bidireccionais (casa-trabalho-casa) de pessoas se faz na "âncora" da cidade, composta por toda a frente ribeirinha e pelo eixo que vai da Baixa ao Campo Grande. "Com 300 euros compramos uma boa bicicleta de cidade" e, por exemplo, em plano, "qualquer pessoa, mesmo sem forma física de atleta, faz 15 a 20 km/h, sem esforço".

O investigador descreve a sua experiência pessoal: "A subir a Av. da Liberdade faço 10 km/h, mas a descer faço 40-50 km/h, compensando o tempo gasto na subida", relembrando que, nos centros urbanos, a média de circulação de um automóvel é inferior a 20 km/h. "Demorei 30 minutos de Santos ao Saldanha. Da cota dos 5m à cota dos 80m percorri cerca de 5 km. A subir, é verdade. Mas no regresso será sempre a descer". De carro, devido ao trânsito, aos ciclos dos semáforos e ao tempo perdido à procura de estacionamento, Paulo Santos diz que demora praticamente o mesmo.

Vantagens e desvantagens
Saúde física, mental e económica é a vantagen deste exercício diário que "faz descer vertiginosamente" os níveis de stress, ansiedade e irritação. A experiência valeu ainda a Paulo Santos seis quilos perdidos e a poupança de 300 euros em gastos com o automóvel e transportes públicos. Para a sociedade, "reduz o tráfego automóvel e a área ocupada pelos veículos é devolvida aos cidadãos" que vêem as relações sociais promovidas assim como a relação com a cidade, explica. "Para o ambiente, zero emissões de carbono, zero ruído", acrescenta ainda. Esta não é, porém, a solução para os problemas de mobilidade e poluição nas cidades "que envolve muito mais do que bicicletas", destaca.

Como desvantagens enumera "questões relacionadas com a segurança do ciclista e da bicicleta" pelo facto de "não existirem corredores próprios para ciclistas ou estacionamentos". Porém, o investigador ressalva que, após 1200 quilómetros misturado com o tráfego automóvel da cidade, "não houve qualquer situação de acidente ou incidente a relatar". Conclusões com que se congratula José Caetano, presidente da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, afirmando que "são conclusões que a federação vem reafirmando desde há 15 anos, uma realidade que já está construída, mas agora reafirmada por um engenheiro, o que aumenta a sua validade".

Criação de corredores
"Lisboa tem características únicas e excepcionais" para a criação de corredores de circulação em termos de "património arquitectónico, bairros históricos e frente ribeirinha". O investigador explica que "a criação de corredores para bicicletas nas principais ruas e avenidas, na maioria dos casos se resolve com uma pintura no pavimento com 1,5 metros de largura e alguns sinais verticais, medidas complementadas com ligeiras modificações no Código da Estrada". O engenheiro defende em alguns casos a partilha dos corredores com as faixas Bus, "há semelhança do que se faz noutras cidades europeias".

Facilmente se poderia criar um eixo desde a Baixa até ao Campo Grande, sem implicar grandes obras, considera. Na Fontes Pereira de Melo "basta roubar 35 centímetros a cada uma das vias para ganhar espaço suficiente para a ciclovia", remata.

"É cada vez mais fácil ver uma bicicleta amarrada a um qualquer poste ou árvore da cidade. E passam por mim, todos os dias, vários ciclistas", revela Paulo Santos, que acredita no crescimento desta tendência desde Março. As causas apontadas pelo engenheiro para o acréscimo passam pela coincidência com um período de aumento do preço dos combustíveis, de melhoria do clima com a chegada da Primavera, e ainda o facto de metade da população portuguesa ter atingido excesso de peso, a par da comunicação social que começou a promover a utilização deste veículo". Para o investigador são as mulheres a dar o exemplo, pois "cada vez mais adoptam a bicicleta".

Em Julho, a Câmara de Lisboa aprovou um estudo para a criação de um sistema de bicicletas de uso partilhado (ver outro texto), com cerca de 2500 veículos distribuídos por 250 postos na cidade, sistema que será muito semelhante aos que existem em Paris ou Barcelona.
Para o investigador, "os negócios directa e indirectamente relacionados com bicicletas são um dos mais lucrativos e em maior crescimento em diversos países".

Paulo Santos elaborou o estudo após 1200 km a pedalar por Lisboa, sem registar qualquer acidente.


Aveiro e Ovar são bons exemplos a seguir


Em Portugal, cidades como Aveiro e Ovar são "excelentes exemplos" da utilização da bicicleta como meio de transporte e onde "esta utilização está praticamente institucionalizada".

No estrangeiro, Paulo Santos garante que a cidade de Turku, na Finlândia, assenta em grandes diferenças em termos de política de mobilidade. "Neste momento, a prioridade já não é construírem-se auto-estradas ou vias rápidas, mas sim o inverso: converter vias rápidas (80 km/h), nas proximidades das populações, em arruamentos urbanos (40-50 km/h), forçando os automobilistas a deslocarem-me mais devagar, ou a procurarem alternativas ao automóvel, como a bicicleta. E não há a desculpa do clima. Por lá, as temperaturas variam de -20º no Inverno a 30º no Verão. E toda a gente anda de bicicleta".

Uso partilhado
A promoção institucional do uso da bicicleta ainda não existe, mas há uma proposta para o seu uso partilhado em Lisboa. Segundo a previsão do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o serviço deverá ser instalado em Junho do próximo ano. António Costa já disse que esta era "uma medida importante para estimular o uso da bicicleta e a mobilidade sustentável". Porém, o vereador comunista Ruben de Carvalho temia "problemas de segurança" decorrentes de uma utilização maciça e não controlada daquele meio de transporte. "Dada a forma como está o espaço público, andar de bicicleta vai ser uma aventura", argumentou o vereador, comentando o lançamento da proposta.

Para Paulo Santos, este é um projecto viável que pode vir a ser aplicado com sucesso. "Será sem dúvida um dos maiores contributos para a democratização e estímulo da utilização da bicicleta como meio de transporte na cidade, se for implementado."

O engenheiro mostra-se, porém, descrente na hipótese, afirmando que "uma promessa política não passa disso mesmo, e há 15 anos que se fala nestas matérias". De acordo com o investigador, "têm de ser os cidadãos a mostrar aos responsáveis que querem usar a sua bicicleta, pressionando assim a fazer o contrário daquilo a que estão habituados: investir nas pessoas e na cidade, não nos automóveis".

Transporte público vai abrindo a porta
13.09.2008"Os transportes públicos começaram agora a dar os primeiros passos" na promoção do transporte de bicicletas no seu interior. Desde o ano passado que é possível, ao final do dia, regressar a casa com a bicicleta no metro, sem pagar mais por isso e o mesmo se passa na CP, Fertagus , Transtejo e Soflusa. "Mas ainda há muito a fazer", desabafa Paulo Santos, explicando que seria "um excelente estímulo à promoção da bicicleta se o metropolitano permitisse a utilização de bicicletas nas suas carruagens também no período da manhã".

Também desde 2006 que a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta promove o Prémio Nacional "Mobilidade em Bicicleta" que visa reconhecer publicamente o contributo de entidades e pessoas individuais que tenham promovido a utilização da bicicleta nas suas múltiplas vertentes. A terceira edição terá lugar já no próximo dia 18.

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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Moradores de Santa Cruz de Benfica pedem investigação por parte da PGR

A comissão de moradores do bairro de Santa Cruz de Benfica suspeita de ligações entre funcionários de topo da Estradas de Portugal e empresas que efectuam estudos nas áreas do ambiente e arqueologia.

Os moradores da zona de Santa de Cruz de Benfica sentem-se gravemente prejudicados pela construção de um troço da CRIL numa discussão que já se arrasta há algum tempo.

A notícia pode ser lida no Correio da Manhã e no Sol.

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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Novidades na CML

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Passatempos

Dois jovens a jogar às damas na Rua Melo Antunes.

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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Lagos do Parque Oeste

Há por aí algum especialista em biologia que nos possa dizer se este lago do Parque Oeste está saudável? Se estas algas todas são normais e indicadoras de um ecossistema equilibrado?

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Parque Sul, onde era Calvanas

Avançam a grande velocidade os trabalhos de terraplanagem no ex-Bairro de Calvanas, onde irá ser criado de raiz mais um espaço verde na Alta de Lisboa. O Parque Sul, projectado pela Arqª Isabel Aguirre de Urcola - autora do Parque Oeste - terá duas faixas que ladearão o Eixo Central. Na faixa Este, junto ao aeroporto, serão construídos dois campos de rugby. Na faixa Oeste pensou-se num miradouro, provavelmente para os amantes dos aviões, muitos caminhos pedonais, um café/restaurante e um local para espectáculos com capacidade para 450 pessoas.

O Parque Sul ficará ligado à Quinta das Conchas, aumentando ainda mais a área de espaços verdes para usufruto da população.

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sábado, 6 de setembro de 2008

Comércio local e grande distribuição

Lá mais abaixo, num comentário, alguém fez referência ao comércio local e à importância que tem na criação de vida nas ruas.

Hoje, depois de ter visto um frango em decomposição à venda no Continente do LouresShopping*, optei por seguir a recomendação dessa visitante e fui ao talho aqui da rua. Não só o atendimento foi despachado e atencioso, como o galináceo era maior, com bom aspecto e, importante nos tempos que correm, custou três euros, menos do que o pedido no hipermercado por um espécimen raquítico e esverdeado.

A Av. Helena Vaz da Silva é o exemplo que eu desejo ver pelo resto da Alta em termos de consolidação da zona e criação de um vivência saudável. Apesar daquele cruzamento parvo e das passadeiras que não param quietas...

Tudo irá mudar um dia com a construção do tal shopping mas, por agora, o comércio local recomenda-se.



* Tive pena de não ter a máquina à mão. Falámos com a senhora responsável pela área que ficou da cor do frango e jurou que o ia mandar para análise - como se isso significasse alguma coisa.

Não é a primeira nem a segunda vez que vejo alimentos impróprios para consumo à venda em hipermercados. Morangos com bolor, fruta podre, carne verde...enfim. Sinceramente, gostava de ver a ASAE nas grandes superfícies. Por uma questão de igualdade de tratamento e porque o efeito de más condições de higiene e conservação alimentar nos hípers é incomparavelmente mais grave do que na mercearia de bairro. Tem tudo a ver com a dimensão da coisa.

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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Parque Oeste - Uma realidade dinâmica

Seguindo o mote do post anterior, ora cá está o futuro lago do Parque Oeste aos poucos a ganhar forma. Com a construção do lago consolida-se o parque Oeste que assim se estende até ao Eixo Norte Sul.

O Parque Oeste é integrado no espaço envolvente pelo passeio pedonal já parcialmente construído e pela passagem superior em construção que irá permitir passear até à pista de atletismo.

As duas fotos de cima foram tiradas em 31 de Agosto e a terceira em 31 de Julho e tentam ilustrar a dinâmica dos trabalhos que avançam a bom ritmo.

Não podendo falar pelos demais, confesso que estou curioso por ver a conclusão destas obras para podermos disfrutar de mais aquele espaço.

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Eixo Central começa a parecer-se

Ora cá está o Eixo Central aos poucos a ganhar forma, com os limites dos arruamentos para automóveis a serem já desenhados com murinhos de cimento. O Eixo Central será construído em três tramos, que atravessarão a Alta de Lisboa ligando o Eixo Norte-Sul à 2ª circular. Será essencial para a fluidez e escoamento de trânsito do bairro. O mobiliário urbano de todo esta avenida foi desenhado pelo falecido designer Daciano Costa.

Mais larga que a Avenida da Liberdade, o Eixo Central terá ao meio um largo passeio cheio de árvores. Daqui a quantos anos poderemos passear sob a sombra das suas copas?

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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Em Roma, sê romano.

Do nosso leitor e amigo Rui Sousa, chega-nos uma fotografia linda tirada a 24 de Agosto, bem a propósito do post da fina linha amarela.

(Av. Helena Vieira da Silva, mesmo em frente ao Pingo Doce. 24/8/2008)

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