Vai ser interessante ver o Movimento Cidadão por Lisboa degladiar-se contra os interesses do anti-lisboeta vereador do Urbanismo e, ao mesmo tempo, engolirem os sapos por se terem vendido ao bandido, na esperança de um maior tacho nas eleições!
Os CpL só têm a perder se capitularem no jogo político com o PS. Tacho? É não compreender como se passam as coisas. A partir de agora a linha de sobrevivência sobre a qual o movimento caminhará tornou-se muito mais delgada. E eu temo que, mesmo o trabalho da vereadora Helena Roseta no programa da habitação resultando excelente, se tenha aberto a porta para a irrelevância nas urnas. Ao eleitor mais informado não escapará o paradoxo de o mesmo só ter sido possível com o beneplácito e o apoio logístico do PS - e se é o PS quem, por um lado manda e tem a perspicácia de colocar as pessoas certas em lugares chave, porquê votar em quem não terá força para ser maioria? Se, por outro lado, o trabalho realizado se tornar demasiadamente "visível" o PS terá sempre a oportunidade de, subtilmente, retirar o tapete à vereadora, deixando-a com um nado-morto nas mãos e o capital político negativo resultante para gerir nas eleições.
Se até mesmo um objecto concreto é visto de formas tão diferentes, dependendo dos olhos que o observam, o que não se poderá ver neste acordo? Entre os Cidadãos por Lisboa vemos os riscos eleitorais, vemos todos os aproveitamentos políticos e congeminações que daqui decorrem, mas vemos, sobretudo, uma hipótese concreta de fazer o que andámos 1 ano a dizer que devia ser feito. E a isso não podemos fechar os olhos. Olhar para o lado, era ser a tal oposição que sempre dissemos não querer ser. Que se saiba, até 2007 não havia memória de um grupo de Cidadãos serem eleitos para a câmara de Lisboa. Agora já há. Só isso, será já memorável, exemplar de uma nova forma do eleitorado escolher o executivo. Tudo o que se consiga fazer mais, é sempre mais valia. Que grande sapo não teriam os nossos eleitores de engolir se agora nos recusassemos a trabalhar, em nome de uma melhor estratégia política?
4 comentários:
Vai ser interessante ver o Movimento Cidadão por Lisboa degladiar-se contra os interesses do anti-lisboeta vereador do Urbanismo e, ao mesmo tempo, engolirem os sapos por se terem vendido ao bandido, na esperança de um maior tacho nas eleições!
Os CpL só têm a perder se capitularem no jogo político com o PS. Tacho? É não compreender como se passam as coisas. A partir de agora a linha de sobrevivência sobre a qual o movimento caminhará tornou-se muito mais delgada. E eu temo que, mesmo o trabalho da vereadora Helena Roseta no programa da habitação resultando excelente, se tenha aberto a porta para a irrelevância nas urnas. Ao eleitor mais informado não escapará o paradoxo de o mesmo só ter sido possível com o beneplácito e o apoio logístico do PS - e se é o PS quem, por um lado manda e tem a perspicácia de colocar as pessoas certas em lugares chave, porquê votar em quem não terá força para ser maioria? Se, por outro lado, o trabalho realizado se tornar demasiadamente "visível" o PS terá sempre a oportunidade de, subtilmente, retirar o tapete à vereadora, deixando-a com um nado-morto nas mãos e o capital político negativo resultante para gerir nas eleições.
Uma "no-win situation"?
Politólogos???
Aqui????
Uau...que chique.
Se até mesmo um objecto concreto é visto de formas tão diferentes, dependendo dos olhos que o observam, o que não se poderá ver neste acordo?
Entre os Cidadãos por Lisboa vemos os riscos eleitorais, vemos todos os aproveitamentos políticos e congeminações que daqui decorrem, mas vemos, sobretudo, uma hipótese concreta de fazer o que andámos 1 ano a dizer que devia ser feito. E a isso não podemos fechar os olhos. Olhar para o lado, era ser a tal oposição que sempre dissemos não querer ser.
Que se saiba, até 2007 não havia memória de um grupo de Cidadãos serem eleitos para a câmara de Lisboa. Agora já há. Só isso, será já memorável, exemplar de uma nova forma do eleitorado escolher o executivo. Tudo o que se consiga fazer mais, é sempre mais valia.
Que grande sapo não teriam os nossos eleitores de engolir se agora nos recusassemos a trabalhar, em nome de uma melhor estratégia política?
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