sábado, 28 de fevereiro de 2009

Música de Sábado - Peter Eldrigde

Menos primaveril, claro, porque até se prevê um dia um pouco chuvoso. Peter Eldridge é o baixo dos New York Voices, mas tem esta voz tão simpática que ouvem em Anything But the Unknown, 3º tema do seu projecto a solo Decorum. Muito bom para um dia mais frio.

Na verdade nunca sei se estas associações às estações do ano ou à luz e humidade dos dias são intrínsecas à música ou se são as memórias quinestésicas que guardo das semanas em que descubro estas músicas e as oiço obsessivamente.

Procurei a letra em toda a net e não encontrei. Alguém a consegue descobrir ou escrever?

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vamos lá à Reunião Descentralizada

Agradeço ao Tiago mais uma vez pela sua cuidada atenção aos assuntos do Alto do Lumiar, neste caso materializado no seu post da Reunião Pública Descentralizada da Câmara.

Na sequência desse seu post, ontem pelas 17.45h, desloquei-me à Junta de Freguesia do Lumiar e inscrevi-me. Fui atendido por uma assessora, que me pediu identificação, preencheu o formulário e perguntou-me pelos assuntos a tratar:

. Obras e “timings”, nomeadamente a Porta Sul e vias que nela confluem como a Av. Santos e Castro, a ligação ao Campo Grande, o Eixo Central;
. Centro de Saúde;
. Esquadra de Polícia;
. Problema de comunicação com a Câmara.

De seguida levou-me ao último piso onde voltei a falar com outros funcionário/assessores sobre os assuntos a tratar na Reunião Descentralizada. Sobre a Porta Sul, nem sabiam do que se tratava (lá tive de explicar); sobre o Centro de Saúde foi-me adiantado que a zona já fora identificada como prioritária mas que a sua instalação depende do Ministério de Saúde. Sobre a Esquadra, foi especialmente referido que – quer em reunião de Câmara, quer em Assembleia Municipal – já (!) foi deliberado por unanimidade (!) perguntar ao Ministério da Administração Interna sobre qual a política de esquadras: fantástico!

Fica novo reforço da mensagem: na próxima Quarta-Feira, 4 de Março, 18.30, nas instalações da Banda Musical e Artística da Charneca, compareçamos na Reunião Descentralizada da Câmara.

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Reunião Pública Descentralizada da CML

Mais uma reunião pública descentralizada da CML, desta vez no nosso bairro.

O que é uma reunião descentralizada? Os senhores Vereadores vêm até cá e fazem uma reunião aberta ao público, com grande participação da população e debate dos assuntos.

Para se poder apresentar as reclamações ou sugestões na reunião é necessário inscrever-se. Aqui fica a missiva do Sr. Presidente:


Nos termos do artº 15-A do Regimento da Câmara Municipal de Lisboa convoco para o próximo dia 4 de Março de 2009, pelas 18,30 horas, uma Reunião Pública Descentralizada.

A Reunião realizar-se-á nas instalações da Banda Musical e Artística da Charneca, Campo das Amoreiras, e destina-se, preferencialmente, aos munícipes das Freguesias da Ameixoeira, Lumiar e Charneca, que se poderão inscrever, para intervirem, no seguinte local, dia e horário:

* Junta de Freguesia da Ameixoeira – dia 26/02 das 10h00 às 12h00
* Junta de Freguesia do Lumiar – dia 26/02 das 16h00 às 18h00
* Junta de Freguesia da Charneca – dia 26/02 das 16h00 às 18h00

As inscrições poderão igualmente ser efectuadas pelo telefone 21 322 72 89, e-mail dacm@cm-lisboa.pt ou pelo fax 21 817 12 74, até ao dia 26 de Fevereiro às 12h00. Sendo este o meio de inscrição utilizado, deve o munícipe informar acerca do assunto a tratar e do contacto telefónico.

As intervenções do público, num número máximo de 20, serão ordenados de forma a priorizar os que incidam sobre os assuntos de interesse da zona, colectivo ou público.

Ordem de Trabalhos
Ponto único:
Audição do(a)s munícipes

Paços do Concelho de Lisboa, em 17 de Fevereiro de 2009
O Presidente
António Costa

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O princípio de tudo




Gustave Courbet (1819-1877)The Origin of the World1866Oil on canvasH. 46; W. 55 cmParis, Musée d'Orsay



Incomoda-vos esta imagem? A mim também, talvez não pelas mesmas razões.


É natural, somos o produto de séculos de relação envergonhada com o sexo. Quantos de nós não ouviram em criança frases de opróbrio, não mexas, não olhes, não fales? Cumulativamente, esta é uma obra deliberadamente provocadora, não só porque mostra mas pelo modo como mostra: ao encobrir o rosto do modelo, ao não permitir a identificação - ou cumplicidade - que a troca de olhares entre observador e observado permitiria, induz naquele a ideia de que o faz enquanto intruso. Induz a culpa de quem vê sem ser convidado.

O que não é natural é que - 35 anos depois de uma mudança de regime que tinha como um dos objectivos máximos a garantia do direito de cada um à liberdade de expressão - esta imagem, por integrar a capa de um livro, tenha suscitado a sua apreensão por uma brigada da PSP transvestida em polícia de costumes. O que não é natural é a sucessão de "castigos de opinião" que vêm assombrando os anos de mandato do governo de um partido que se anuncia de esquerda.

O quadro que é demitido por contar uma piada; os sindicalistas que recebem uma visita da polícia; o corso carnavalesco que é censurado por apresentar uma página de resultados do google; 5 livros que são apreendidos por terem na capa uma imagem considerada "pornográfica".

Não é o Governo que dá estas indicações. São as pequenas almas, herdeiras dessa gloriosa tradição lusa, descendente das queixinhas à Inquisição ou da bufaria salazarista. As almas que nos habitam e que nenhuma integração europeia parece reformar. Hoje a censura é em nome da moralidade, amanhã será em nome da normalidade, no futuro porque sim.

O mais estranho é a placidez com que tudo isto é acolhido. A sornice com que se encara a vida política. A apatia com que se enfrentam os desafios cívicos. 

Estamos mortos. E só mesmo umas pernas escanchadas com uma passarinha peluda é que nos parecem fazer protestar.

Que tristeza.



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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Brevemente, num RELVADO perto de si


O Parque Sul, localizado no antigo bairro de Calvanas e cuja construção já se iniciou, vai incluir vários relvados destinados à prática de rugby.

Confesso que, quanto mais rugby vejo, menos gosto de futebol (migração só interrompida em momentos como o de sábado passado).


Jogo de rufias, jogado por cavalheiros (por oposição ao outro, jogo de cavalheiros, jogado por rufias) o rugby é uma escola de vida - é notável o respeito que 30 "armários" têm em relação às decisões do árbitro, bem como após placagens impressionantes que levariam qualquer mortal à UCI mais próxima, se levantam calmamente e continuam a jogar. Não há fitas, não há mergulhos para o relvado para enganar o juiz e "cavar" mais uma falta, não há mastigar do jogo a meio-campo para assegurar o empate.



Quinze contra quinze e que ganhe o melhor.

O mais alto,

o mais forte,


o que voe mais longe.


O rugby proporciona ainda momentos espetaculares, voos impressionantes destas magníficas fortalezas voadoras,

choques de titãs.


Para os portugueses mais amantes da tradição, há também pegas de caras.


E há a emoção das corridas para a meta, deixando pelo caminho adversários em gloriosos voos falhados.


No fim, é uma festa. O público desce ao relvado e vitoria os seus. Abraços, autógrafos e, no final, uma saudação conjunta.


Que melhor desporto para implementar na Alta, com tanto adolescente a precisar de canalizar o excesso de hormonas e de energia, a par da realização pessoal e da aprendizagem de regras de convivência e de civilidade? Que melhor ponto de integração e aglutinação dos vários grupos sociais que por aqui habitam?

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Eixo Central - tramo central em Novembro de 2009? II


O prazo indicado no cartaz do Eixo Central, Novembro de 2009, é para todo o tramo central ou apenas para o estaleiro entre a Av. Carlos Paredes e a Av. Nuno Krus Abecassis?

(tramo iniciado em Janeiro, tramo iniciado em Junho de 2007)

O troço entre a Av. Carlos Paredes e a rotunda Sul começou a ser feito em Janeiro. Junto à rotunda está um cartaz que anuncia a duração da obra por 12 meses. Se o ritmo de trabalhos acelerar pode ser que se consiga chegar a Novembro com a obra feita.


A obra está neste momento assim.

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domingo, 22 de fevereiro de 2009

Música de Sábado

Sergei Prokofiev compôs a sua primeira sinfonia aos vinte e cinco anos, numas férias, como exercício académico ou divertimento pessoal, um desafio de escrever uma obra longe do piano, inspirando-se no rigor formal de Haydn, o mais clássico dos compositores. Chamou-lhe, por isso, "Sinfonia Clássica".

Respeitando a orquestração da época (violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes e tímpanos), a escrita não resiste a incorporar o idioma musical do início do séc. XX, causando em muitos ouvintes uma sensação divertida de música travestida. Leonard Bernstein conta que quando ouviu pela primeira vez esta obra agarrou-se à barriga de tanto rir com o bom humor de Prokofiev.

A mim não dá vontade de rir, mas provoca-me um sorriso e uma sensação de felicidade inabalável. A "Sinfonia Clássica" de Prokofiev tem uma frescura e uma energia revigorante que me continua a contagiar da mesma forma como da primeira vez que a reconheci e quis saber o que era. Lembro-me que foi num Sábado, numa manhã sossegada de Fevereiro, com uma luz linda e calorosa a entrar pela casa onde vivia com os meus pais, há muitos, muitos anos.

Esta versão, com Filarmónica de Viena, é dirigida por Valery Gergiev, um maestro que ensaia pouco por acreditar que demasiados ensaios tiram espontaneidade a esse organismo vivo que é a orquestra. Por oposição a esta filosofia de trabalho, podem ver Sergio Celibidache a ensaiar a mesma obra com Filarmónica de Munique. Para além das diferenças artísticas entre os dois maestros, nota-se que Gergiev pretende fazer com o gesto, em concerto, o que Celibidache transmite por ideias e palavras em dezenas de ensaios. Duas formas opostas de trabalhar, mas ambas com resultados brilhantes.

Bom Fim de Semana para todos!

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Eixo Central - tramo Sul

O tramo Sul do Eixo Central, que ligará a Alta de Lisboa à 2ª circular, tem junto ao estaleiro de obra um cartaz igual aos recentemente mostrados aqui que promete conclusão da obra em Dezembro de 2010.

Com a obra a todo o vapor, talvez. Vai ser preciso abrir uma enorme vala para colocar todas as infraestruturas sanitárias e eléctricas. O trânsito terá de ser desviado.

E a ligação à 2ªcircular, a famosa Porta Sul? Depois de anos a estudar um projecto, a fazê-lo passar pelas diversas especialidades, depois de tudo aprovado, o Vereador Manuel Salgado decidiu voltar atrás em todas as decisões tomadas, reiniciar o processo e optar por outra solução. No cartaz, a imagem é a do tal projecto aprovado. O tal que vai agora para o lixo depois de seis anos de trabalho.

Para ligar o Eixo Central à 2ª Circular será então necessária uma solução provisória. Situação perigosa em Portugal, onde o provisório é confundido com o definitivo. Valerá mesmo a pena este aborto operado pela Vereação de Manuel Salgado?


O que vale a pena é lembrar a Praça de Espanha. Planeada como obra provisória, subsiste ainda no seu desenho original, eficaz no ordenamento do tráfego. Mas isto foram outros tempos, quando os terrenos eram facilmente expropriáveis. E outros actores, também.

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Atendimento ao apoio à legalização

Morada aqui.

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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Eixo Central - tramo central em Novembro de 2009?

Contando a partir de Fevereiro, se os dedos não me falham, dá nove meses, como um bébé.


O Eixo Central é a imagem de marca do PUAL, a sua ligação à cidade história, a herança genética de Lisboa que evoca a modernização da cidade velha. Mas o Eixo Central é melhor que as avenidas que percorrem o Rossio ao Campo Grande. Mais largo, com mais espaço para peões e menos para automóveis.

Se na Av. da República, por exemplo, temos cerca de 12 faixas de rodagem mais 4 de estacionamento, no Eixo Central da Alta de Lisboa haverá metade das faixas de rodagem (três para cada lado) e nenhuma de estacionamento de superfície.

O projecto do Eixo Central é da autoria do Arqº Manuel Salgado, actualmente Vereador do Urbanismo, e a sinalética e mobiliário urbano foram desenhados pelo Arqº Daciano Costa.

O Eixo Central está dividido em três secções: o tramo Central (azul) que está entre as duas rotundas do projecto, o tramo Norte (rosa) que vai da rotunda Norte até à rotunda entre o Eixo Norte-Sul e a Av. Santos e Castro, e o tramo Sul (vermelho), que ligará a rotunda Sul à 2ª circular, através da Porta Sul.


Mas o que importa aqui é a história do costume, infelizmente. Quem faz estas obras é a SGAL, ao abrigo do contrato que fez com a CML há mais de uma década. Porém, para executar as obras e as concluir, precisa que a CML cumpra a sua parte: expropriação ou compra das parcelas de terreno para a obra poder seguir sem ilegalidades.

O Eixo Central tem andado a passo de caracol porque a CML andou mais de um ano a ignorar a obrigação de entregar várias parcelas de terreno para a construção.

Ora, sabendo que estes cartazes novos, os que têm logótipos da SGAL e CML, são uma parceria entre os dois promotores do PUAL, e que a CML quis ter decisão final nas frases e informação final afixada, este prazo de Novembro de 2009 coloca a CML e o executivo de António Costa num compromisso explícito com a população.

Isto agrada-nos. Sempre foi esta CML que quisemos ver trabalhar, a visitar os locais, a querer perceber os méritos de um projecto urbanístico coerente e a assumir compromissos com os Lisboetas. E a Alta de Lisboa tem sido tristemente ignorada pelos responsáveis máximos da CML nos últimos anos, não só no terreno como nas várias entrevistas dadas sobre projectos para Lisboa.


Mais uma vez, tendo em conta tudo o que vimos acontecer nos últimos 3 anos, custa acreditar que o tramo central do Eixo Central fique pronto daqui a nove meses. Mas por isto mesmo, dá gosto ver prazos tão arriscados em ano de eleições. Porque ou cumprem, ou terão penalização a curto-prazo.

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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Prazos apertados: optimismo irrealista ou a Alta vai voltar a mexer?


Os cartazes afixados pela SGAL nas principais obras activas apontam datas a curto prazo para a conclusão das obras. Junho de 2009 para a 3ª fase do Parque? A obra está atrasada e era suposto ter já sido terminada, mas 4 meses e meio parece pouco para concluir o que falta e deixar as espécies plantadas ambientar-se ao novo local, como aconteceu na 1ª fase do Parque Oeste, que esteve meses fechada ao público depois de concluída.

Gostava de ser assim optimista, a sério. Mas já vi tantos prazos caírem de maduros que me custa a acreditar que isto seja possível. Ou então de ver a Alta tão parada nos últimos anos, habituei-me a pensar que tudo chegaria num futuro mais longínquo.

Bem... Espero estar enganado!

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Prédio na Rua Manuel Marques

Caro Tiago,

Tenho antes de mais a agradecer-lhe uma vez mais a sua amabilidade em ter publicado o meu e-mail no seu blog.

Um leitor suscitou o interesse em ver a maquete final do edifício em construção, razão pela qual a remeto em anexo.

Subscrevo-me com os melhores cumprimentos e desejos de muito sucesso para o seu blog,

Pedro Pinto

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Já está outra vez afixado o cartaz da rotunda

O que nos permite perceber porque foi retirado o anterior. No novo cartaz o prazo de conclusão da obra aponta para Abril, no anterior prometia ser em Maio.

Oportunidade falhada pela SGAL de concluir uma obra antes do prazo anunciado, portanto. Gastaram recursos com o novo cartaz só para mudar a data e aumentam ainda o risco de ver a promessa falhar. Basta que a obra tenha um atraso ligeiro e não acabe a 30 de Abril para ser concluída nos primeiros dias de Maio.

Porém, este é apenas um pormenor na face visível da nova política de comunicação da SGAL, que está a melhorar, a querer passar a mensagem de actividade, a prometer obra feita, a comprometer-se com prazos.

Os cartazes têm também o logótipo da CML, o que pode revelar o fim dos tempos desavindos entre a empresa promotora da Alta de Lisboa e a edilidade lisboeta, tão madrasta nos últimos anos com este projecto. A recente visita de António Costa e seu séquito às obras da Alta de Lisboa, bem como o comprometimento público da vontade de desbloquear situações que estavam a apodrecer há anos nas gavetas dos vereadores, não são ainda a confirmação de que tempos novos virão para o nosso bairro, mas podem querer dizer alguma coisa.

Se houvesse eleições todos os anos...

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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Está por aí alguém que nos queira dar uma ajuda?

Estamos a precisar de ajuda de alguém que saiba mexer em wordpress. Comprámos alojamento, temos um template todo giraço, mas falta-nos arte na utilização do wordpress para editar o site.

Sim, vamos passar a site. A plataforma dos blogs tem o problema de cada post ficar soterrado com os novos que aparecem, e muitas vezes há assuntos que merecem uma discussão mais prolongada. Sobretudo agora que vemos de repente tantas promessas de investimento na Alta de Lisboa depois de anos de inacção. Por isso achamos que é altura de fazer uma coisa que há meses que andamos a pensar.


As nossas dúvidas são:
  1. Qual a melhor ferramenta para editar o site? Wordpress, Joomla, outra?
  2. É possível fazer esta edição sem conhecimentos especializados de uma linguagem (html, por exemplo)?

Algum dos leitores gosta de nós o suficiente para nos dar uma aula prática destas coisas? Comentem ou enviem email para viveraltadelisboa@gmail.com

Obrigado!

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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Nova rubrica no Viver

É isso, é. Uma nova rubrica, aos Sábados, que irá dar a conhecer música catita para nos saber melhor o fim de semana.

Hoje mostramos Child of Man, de Noa, com a magnífica colaboração do grupo de Pat Metheny.

Uma música luminosa, refrescante, como uma manhã de Sol depois de um mês de chuva. A Primavera está a chegar!



Child Of Man

If I were a desert flower
All winter long I’d pain and cower
Spring would make me sing
My voice would ring
As tiny buds begin to bloom
In spring I’d blossom and forget
The winters gloom.

If I were a brook of water
Kissed by the frost along my borders
Spring would make me sing my voice would ring
As I’d release my ice chains
In spring I’d bubble and forget the winter’s rains.

But I am only a child of man
I am only a child of man
Just an innocent child of man

Don’t look so surprised as my eyes shine and glow
It’s the sunlight in the skies that is making me so.

If I were a joyful songbird
All winter long so cold and somber
Spring would make me sing
My voice would ring like tiny bells on scarves of silk
A song as beautiful and pure as mothers milk.

But I am only a child of man
I am only a child of man
Just an innocent child of man

Don’t look so surprised as my eyes
Shine and glow
It’s the sunlight in the skies
That is making me so.

Don't be surprised
By this look in my eyes
Like a flower or tree
I will bloom in the spring
I will shed all my woes
As the green grass grows
Like a flower or tree
I will throw my head back and sing

If I were a desert flower, desert flower.

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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Visita de António Costa à Alta de Lisboa - PÚBLICO

Câmara acerta contas com Alta de Lisboa e conclui expropriações paradas há anos
PÚBLICO 13.02.2009, Inês Boaventura

A construção da Avenida Santos e Castro será retomada e a autarquia vai avançar com a declaração de utilidade pública da expropriação dos terrenos onde vai nascer o Eixo Central




O "ciclo vicioso" que há vários anos impedia o avanço dos projectos previstos para a Alta de Lisboa chegou ao fim, garantiu ontem António Costa. A Câmara de Lisboa vai investir seis milhões de euros nas expropriações necessárias para a construção da Avenida Santos e Castros e criar condições para o avanço do Eixo Central, desbloqueando assim a conclusão das duas principais infra-estruturas viárias da zona.

Numa visita realizada ontem àquela área da cidade, na qual habita actualmente cerca de metade das 60 mil pessoas para as quais a Alta de Lisboa foi dimensionada, António Costa constatou que nos últimos anos "a câmara tinha deixado de expropriar e de entregar terrenos à SGAL [Sociedade Gestora da Alta de Lisboa], que deixou de fazer as obras das infra-estruturas". A situação levou, por exemplo, a que desde o fim de 2006 esteja por concluir o viaduto da Avenida Santos e Castro (que vai ligar o Eixo Norte-Sul à 2.ª Circular) na fronteira com o concelho de Loures.

O vereador do Urbanismo considerou que a Alta de Lisboa constitui "um projecto de enorme importância na cidade" e de "enorme qualidade", nomeadamente pelos espaços públicos e por incluir cerca de 70 hectares de zonas verdes. Manuel Salgado revelou que só agora "foi regularizada a conta corrente" entre a SGAL e a autarquia até ao fim de 2007, operação que não era feita desde 2004.

O vereador afirmou ainda que "foi alterada a prática e passou a ser cobrada" a Taxa Municipal pela Realização de Infra-estruturas Urbanísticas à SGAL. O não pagamento desta taxa pela empresa tinha sido detectado na sindicância realizada aos serviços do urbanismo da câmara, na qual se recomendava uma análise do contrato entre as duas entidades.

Quanto à Avenida Santos e Castro, um assessor do vereador das Finanças explicou que há várias expropriações por realizar, algumas das quais em terrenos onde, apesar de ainda não serem propriedade da autarquia, já se avançou com a construção desta artéria. Segundo Carlos Inácio, uma das expropriações aguarda apenas o visto do Tribunal de Contas, mas estão ainda em curso as negociações com os proprietários de dois terrenos, já no concelho de Loures, num dos quais assenta um pilar do viaduto inacabado desde 2006.

O assessor do vereador Cardoso da Silva revelou que as expropriações necessárias à conclusão da Avenida Santos e Castro vão custar cerca de seis milhões de euros e deverão estar concluídas dentro de um mês e meio. Depois disso, disse o vereador Manuel Salgado, a expectativa é que as obras demorem "oito a nove meses", terminando em Outubro ou Novembro.

No caso do Eixo Central, que atravessa a Alta de Lisboa, Carlos Inácio explicou que estão em causa parcelas muito pequenas, cujos proprietários são, em alguns casos, desconhecidos da autarquia. A solução vai ser avançar com a declaração de utilidade pública da expropriação destes terrenos, sendo expectável que a autarquia possa tomar posse dos mesmos "até ao final de 2009".

O Eixo Central foi projectado por Manuel Salgado antes de chegar à autarquia e pretende ser um passeio público ou, como explica o arquitecto, "uma avenida salão", com "espaços muito amplos, árvores na placa central, passeios com dez metros de largura, espaços para esplanadas e para bicicletas". Os troços desta infra-estrutura viária já em construção (que representam cerca de um terço da extensão total de três quilómetros) deverão estar prontos em Novembro, e o restante no fim de 2010.

Já a extensão do Parque Oeste, uma área verde com cerca de 24 hectares, deverá ser inaugurada em Maio, segundo o vereador dos Espaços Verdes, Sá Fernandes.

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António Costa visitou Alta de Lisboa


Foi ontem, à tarde. Muitas instituições locais foram convidadas, entre as quais aqui o Viver que teve a honra de receber email e contacto telefónico.

Um autocarro partiu dos Paços do Concelho, com a comitiva autárquica, para começar a visita à Alta de Lisboa no stand de vendas da SGAL onde o urbanista Eduardo Leira, autor do PUAL, falou um pouco sobre o projecto da Alta de Lisboa. Também o Vereador Arq. Manuel Salgado, autor do Eixo Central, falou comovido das virtudes do projecto. O Eng. Amílcar Martins, Presidente da SGAL, explicou que a Av. Santos e Castro e o Eixo Central são as prioridades da SGAL para a Alta de Lisboa, bem como a conclusão do Parque Oeste. Foi a vez de José Sá Fernandes acenar gravemente a cabeça.

António Costa perguntou então candidamente o que faltava para essas obras serem concluídas, e o Vereador José Cardoso e Silva respondeu que se não estivesse ali presente estaria a tratar da papelada necessária para resolver o problema do pilar de Loures, por exemplo.

Todos os dias deviam ser assim, com os autarcas preocupados, diligentes, atenciosos, a resolver em segundos os problemas que ignoraram durante anos. As promessas foram feitas: A Alta de Lisboa vale a pena, não pode morrer, é para andar para a frente e é já!

Eixo Central, Santos e Castro, Parque Oeste, Centro Social da Musgueira, e demais malhas urbanas que precisam de transmissão da CML para a SGAL.

Mas, e se amanhã acordarmos deste sonho e voltar tudo à mesma? É que já ouvimos este discurso várias vezes.

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Arq. Helena Roseta e as carências da cidade

A Arq. Helena Roseta referiu-se hoje às carência da cidade de Lisboa em termos de estruturas sociais e urbanísticas.

Entre as falhas a este nível foram mencionadas as ausências de centros de saúde e estabelecimentos de ensino suficientes para as populações de zonas como o Parque das Nações e a Alta da Lisboa, dois projectos urbanísticos recentes mas que sofrem de problemas comuns a bairros mais antigos.

Aqui fica a ligação para o artigo.

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Integrado na sociedade.

Lembram-se de não ter conseguido ter consulta no Centro de Saúde?

Pois é. Como não consegui e estava demasiado debilitado para ir ao hospital, liguei a um médico amigo meu. Descrevi-lhe os sintomas. Isso é uma virose que anda pr'aí. Vais tomar um comprimido disto e dois daquilo até te passar, disse-me.

Passou, três dias depois. Foi forte, perdi uns 4 kilos. Faltei dois dias às aulas, 2ª e 3ª feira.

No regresso, uma quarta-feira, passei pelo Centro de Saúde perto da minha antiga casa, onde ainda tenho ficha e médico de família. A Dra. não está e só volta na 2ª feira que vem. Olha que chatice... E não posso falar com outro médico? É que estive doente e tive de faltar ao trabalho. Não, se a Dra. é a sua médica de família é com ela que tem de falar. Só na 2ª feira.

Não quis deixar passar tanto tempo e pedi ao meu médico amigo, que me foi acompanhando nestes dias, um atestado médico. Não serve para apresentar na escola, porque só o aceitam se for passado no Centro de Saúde, mas serve para a Dra. não ter de ter de confiar em mim mas num colega de profissão.

Anteontem, 3ª feira, depois das aulas da manhã, no dia em que acabava o prazo de apresentação do atestado, fui novamente ao Centro de Saúde para falar com a minha médica de família.

Tirei uma senha. Nº 6. No visor marcava o 4. Eram 12h45. Sentei-me à espera. O Jornal da Tarde começou. O nº4 não saía do visor, apesar de ver algumas pessoas a serem atendidas. Três funcionários a competir pelo prémio do mais lento do mês. Levantei-me e perguntei se o sistema das senhas estava a funcionar, que tinha o nº 6 mas que já estava há 20 minutos sem ver aquilo avançar.

Diga lá. Digo? Mas o meu nº é o seis, ainda falta o cinco antes. Diga lá o que quer. Expliquei: era só para a Dra. passar o atestado para um papel do Centro de Saúde porque não me aceitavam aquele de um médico particular no emprego. Ah, a Dra. já não vai atender ninguém hoje. Mas é só um papel. Não. Volte amanhã. Mas o prazo acaba hoje. E porque não veio na semana passada? Eu vim, mas a Dra. estava fora. Ah, pois, a Dra. foi a um congresso. Mas porque não veio ontem? Porque trabalhei o dia todo e não pude. E porque não veio hoje mais cedo, de manhã? Porque dei aulas de manhã, disse já um pouco irritado. Eu não sou aposentado, trabalho e só costumo faltar quando estou doente. É por isso que estou aqui agora, na hora de almoço. Olhe, se quiser espere aí e quando a porta abrir fale com a Dra..

Sentei-me à frente da porta e esperei. Não percebia aquela desorganização, aquela aleatoriedade. A Dra. não recebia mais ninguém mas afinal eu podia entrar pelo consultório dentro a pedir o papelinho. Confuso. O tempo foi passando. Assisti a um rodopio de entra e sai das funcionárias no consultório. A última vez perguntei com os olhos. Hoje não. Eu já lhe tinha dito. Só amanhã. Porque não veio ontem? Ou hoje mais cedo?

O diálogo que se seguiu não vou reproduzir. Eram 14h, uma hora e um quarto depois de ter tirado a senha nº6. O funcionário cedeu e disse-me então: Olhe, dê-me o atestado que eu peço à Dra. Fernanda que entra às 15h. Pode voltar a essa hora? Posso, mas dou aulas às 16h na outra ponta da cidade. Esteja descansado. O nº4 continuava visível no visor.

Fui almoçar e voltei às 15h. Um quarto de hora depois chegou a Dra. Fernanda. Dra., está ali aquele rapaz por causa de uma baixa, está aqui o papelinho. A Dra. Fernanda olhou-me de alto a baixo e disse Já o atendo, com cara de poucos amigos.

Esperei. Depois achei melhor ir para a porta do consultório dela. A sala de espera tinha umas dez pessoas, todas com marcação. Às 15h35 a porta abriu-se. Saíu de dentro um Delegado de Informação Médica. Foi o primeiro a ser atendido. Eu não seria o segundo: Tenho esta gente toda à sua frente, apontou. Isto é rápido, e eu vou dar aulas às 16h, não pode por favor preencher-me o papel agora?

A cara de poucos amigos desapareceu e deu-me passagem. Sentei-me. Olhou para mim, e disse: Mas neste caso porque traz um atestado de outro médico? Eu sei que não é aceite no meu emprego, mas por uma razão deontológica achei que vocês preferiam confiar na palavra de um colega do que na do paciente. Mas o senhor é professor, está devidamente integrado na sociedade, não temos quaisquer razões para desconfiar de si. Pois... Obrigado.

Três minutos depois estava na rua, com o necessário papelinho. Fui à secretaria da escola e entreguei-o. Professor, ainda tem mais uns papéis para assinar, para anunciar o seu regresso ao serviço. Trato disso amanhã, está bem? Tenho aulas para dar daqui a 15 minutos na outra ponta da cidade.

Claro que não cheguei a tempo. Tive de faltar e desta vez para descontar no vencimento. Tratei hoje dos papéis.

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

CML não esclarece munícipes

O leitor e vizinho Pedro Pinto reparou que o prédio que está a ser construído na Rua Manuel Marques, mesmo em frente à SGAL, ali já na zona da Quinta do Lambert, não tem nem o perfil nem a altura dos seus prédios contíguos.

Procurou obter esclarecimentos mas o email enviado para a CML a 6 de Janeiro não mereceu até hoje qualquer resposta.

O Viver não estranha o silêncio. Os contactos com a CML, salvo rara e honrosas excepções, costumam ser frustantes. Com sorte, dependendo de quem se apanha ao telefone, consegue-se conversas hilariantes como aquela do "Arq. Manuel Salgado? Não conheço... É mesmo para este departamento que deseja ligar?"

Segue então o mail enviado por Pedro Pinto para a UPAL:


De: Pedro Pinto
Enviada: terça-feira, 6 de Janeiro de 2009 17:55
Para: 'DMGU - UPAL'
Assunto: Edifício em construção na Rua Manuel Marques



Exmos. Senhores,

Após ter já estabelecido contacto com a arquitecta Sara Godinho, venho por este meio apresentar por escrito algumas questões relativas à construção do futuro edifício número 17 da Rua Manuel Marques. Apesar de ter acompanhado desde Março de 2008 as movimentações no terreno, não me foi possível encetar um contacto com o departamento da UPAL antes do mês de Dezembro, já que não tinha conhecimento do projecto do imóvel.

1. No passado dia 28 de Dezembro, fui averiguar com mais algum detalhe o edital do edifício, havendo constatado que se encontrava incompleto. Em primeiro lugar, é referido que o imóvel possuirá 12 pisos, embora não se indique se esse número se refere aos pisos acima da cota soleira ou ao total, encontrando-se apenas entre parêntesis letras que deverão remeter para uma legenda que não acompanha o edital. Seguidamente, não só o espaço relativo à cércea não foi preenchido como também o prazo da obra se refere a 2009, e não a um dado número de meses, conforme é usual.

2. Tenho a lamentar que o edital dite que o alinhamento da cércea do edifício seja feito com base no lote de gaveto, com o número 23, onde se encontra instalado o Millennium BCP. Dever-se-ia ter em conta que a Rua Manuel Marques apresenta uma continuidade para sul, caracterizando-se os imóveis numerados de 1 a 15 por apresentarem apenas 7 pisos acima da cota soleira, razão pela qual o edifício em construção deveria seguir o alinhamento do lote contíguo, com 9 pisos acima da cota soleira, fazendo-se assim uma ponte mais harmoniosa entre um e outro lado da rua.

3. De acordo com o projecto do edifício publicado numa brochura publicitária da imobiliária que o deverá comercializar, o imóvel em construção adquire uma estética totalmente diferente tanto do lote contíguo como do edifício que serve de base ao seu alinhamento. Por exemplo, note-se que a partir do piso 7 a fachada do novo edifício apresenta uma saliência bastante pronunciada, algo que apenas ocorre no piso 9 no lote que acolhe o Millennium BCP. Além disso, a arquitectura do imóvel em construção é totalmente diferente nos pisos 7 a 10 face aos inferiores, não se revelando uma solução minimamente harmoniosa.

4. O número de pisos previstos acima da cota soleira prevê a edificação de 10 pisos de habitação, bem como de outro para a acesso ao edifício, totalizando 11 pisos na fachada principal. No entanto, de acordo com as indicações recolhidas junto da arquitecta Sara Godinho, o número de pisos acima da cota soleira deverá ser de 12, não se respeitando uma vez mais os 9 pisos que o lote contíguo apresenta acima da cota soleira.

5. Com a estética adoptada, pode verificar-se que o edifício em construção irá avançar mais alguns metros ao passeio público do que o lote contíguo, apesar de não utilizar o comprimento total do terreno que se encontrava vedado há já alguns anos. No entanto, com a largura em excesso, desde logo se pode deduzir que a implantação do imóvel não é agradável em vários ângulos, especialmente visto da zona do Millennium BCP e do Pingo Doce, uma vez que não tem em conta de que a rua apresenta uma continuidade para sul.

6. Foi ainda edificado a poente do edifício um pequeno escritório há cerca de 15 anos, com apenas 4 pisos acima da cota soleira. Com a construção desde novo imóvel, que apresenta mais 7 ou 8 pisos do que o escritório e mais 2 do que o lote contíguo, não só não parece ser cumprida a regra dos 45 graus como também a distância entre o edifício em construção e o escritório é francamente diminuta, devendo rondar os 6 metros. Caso se prolongue a cércea do lote contíguo ao terreno onde se encontra em construção o novo edifício, obter-se-ia, sem quaisquer avanços, uma distância de mais de 10 metros, de acordo com as medidas efectuadas através do site Lisboa Interactiva.

Pede deferimento.



Agradecendo desde já a vossa atenção, subscrevo-me com os melhores cumprimentos,

Pedro Pinto

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Malha 6 a avançar

Cada dia que passa cresce mais um bocadinho. Esperemos que este empreendimento traga mais gente para a Alta de Lisboa, traga mais vida às ruas, traga mais massa crítica para fazer ver aos governantes da CML que este projecto é não só uma obrigação moral da edilidade lisboeta, mas também uma mais-valia urbana para a cidade.

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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Rotunda - o cartaz!

Tão depressa como a rotunda pirata, desapareceu o cartaz que esteve afixado no cruzamento perigoso das 18 faixas, ou das 5 vias. Vários leitores juraram a pés juntos tê-lo visto, o próprio Mr. Steed lamentou não ter levado nesse dia a máquina fotográfica.

Mas a Junta de Freguesia do Lumiar chegou a tirar uma fotografia que aqui publicamos.

Desconhece-se as razões da retirada do cartaz. A população gosta de conhecer o estado do bairro, saber o que está a ser feito, o que está parado e porque está parado. Estes cartazes são importantes, não sejam tímidos. Ver as coisas a mexer, a serem feitas, dá-nos uma sensação mais confortável do que os constantes bloqueios da CML às obras e aos deprimentes lotes baldios.

P.S. SGAL, dá para tirar o placard e colocá-lo no terreno da malha 5, na esquina do cruzamento? É que aqui fica de facto muito mal.

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sábado, 7 de fevereiro de 2009

PS / António Costa esconde informação que devia ser aberta e transparente sobre a Alta de Lisboa

PS / António Costa esconde informação que devia ser aberta e transparente sobre a Alta de Lisboa.

E a população a deixar passar o tempo, alheia a tudo. A Alta de Lisboa está atrasada, e tem na CML o seu maior inimigo.

António Costa, Manuel Salgado e uma mão cheia de assessores medíocres agem aparentemente por incompetência adiando decisões, criando entraves e complicando um projecto que deviam defender.

Quem paga a factura são os 32.000 moradores de uma zona que tem tudo para ser feliz, menos os autarcas que a sufocam.

A Porta Sul, essencial para ligar a Alta de Lisboa ao centro da cidade, viu um projecto que levou 8 anos a pensar e aprovar ser descartado por Manuel Salgado sem justificação razoável. Mais 8 anos de espera favorecem quem?

O LX Condomínio tem a obra embargada há um ano e meio depois de ter tido autorização da própria CML para ser iniciada. Razões? Um incumprimento no PUAL, que também tinha sido acordado com a CML.

O Centro Social da Musgueira, instituição que faz há décadas um trabalho essencial a centenas de famílias do bairro, com utentes desde os 3 aos 99 anos, ponto de romaria de tudo o que é político em ano de eleições, está há 8 anos à espera de novas instalações, perante a passividade da CML que nada fez para resolver o boicote que uns poucos de moradores resolveram fazer. Da Associação de Moradores do Bairro da Cruz Vermelha não se conhece uma só recomendação, carta ou email sequer a exigir solução rápida para as precárias instalações onde o CSM se encontra ainda. Lamentável.


E é esta Alta de Lisboa, muito boa no papel, muito agradável nos espaços já criados, que pode ver a sua componente humana falhar, por falhar também a componente urbanística. Não por estar errada no plano, mas pela (in)acção dos governantes da CML. Se fosse sabotagem não fariam melhor.

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Triste CML, pobre Lisboa


CML só conseguiu fundos do QREN para uma escola depois de falhar primeira candidatura
PÚBLICO 05.02.2009, Ana Henriques

Lisboa ficou atrás de municípios como Almada, que obteve financiamento para os quatro estabelecimentos de ensino com que concorreu

No actual mandato, a Câmara de Lisboa só conseguiu ver aprovado para financiamento comunitário um único projecto de reabilitação do parque escolar, apesar de esta ser uma das prioridades da actual gestão camarária.

Depois de, no Verão passado, ter falhado as primeiras três candidaturas, alegadamente devido a um engano relacionado com a sua formalização on-line, a vereadora da Educação, Rosalia Vargas, só conseguiu ver aprovado no último concurso um dos três projectos que apresentou, o do centro escolar do Bairro do Armador, na zona M de Chelas. Cada autarquia podia apresentar um máximo de quatro candidaturas, mas Lisboa ficou-se pelas três.

A nova escola do Bairro do Armador receberá uma comparticipação de 800 mil euros no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). O projecto ficou classificado em quinto lugar numa lista de 22 candidaturas. Almada, que ficou em primeiro lugar, ex aequo com Odivelas e Vila Franca de Xira, conseguiu financiamentos para todas as quatro escolas com que concorreu - Caparica, Vale Figueira, Trafaria e Almada.

O concurso em causa destina-se quer à construção de novos edifícios escolares do ensino básico e pré-escolar quer à ampliação e requalificação dos existentes. A primeira pedra da escola do Bairro do Armador, orçamentada em três milhões de euros, já foi lançada em Junho, estando previsto que a obra fique pronta daqui a seis meses. O novo estabelecimento de ensino terá capacidade para 440 crianças do jardim-de-infância e do primeiro ciclo.

A publicação mensal Jornal de Lisboa, que noticia o assunto na sua última edição, recorda os ambiciosos planos anunciados pela autarquia da capital. Foram anunciadas sete novas escolas até 2011 e obras em mais 80.

Se a equipa socialista que governa a autarquia cumprir as promessas que fez, quando terminar o mandato em Outubro deverá ter prontos ou em vias disso quatro novos estabelecimentos de ensino além do Armador: a Escola Básica Padre Álvaro Proença, em Benfica, com jardim-de-infância, mais dois estabelecimentos pré-escolares no Lumiar e nos Olivais e ainda uma escola básica em Alvalade, igualmente apetrechada com jardim infantil.

Já as novas escolas das Galinheiras e do Parque das Nações foram remetidas para 2011. Na sequência da falha da primeira candidatura, o PSD chegou a pedir que Rosalia Vargas deixasse de ter o pelouro das escolas. O PÚBLICO tentou contactar ontem a vereadora, mas sem sucesso.

A vereadora Rosalia Vargas anunciou em Setembro a abertura de um inquérito para averiguar as razões da falha das primeiras candidaturas ao QREN. Até agora não apresentou quaisquer resultados. Sempre que é questionada pelos jornalistas, a autarca remete os esclarecimentos para mais tarde.
Escrever o resto do post aqui.

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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Estão a construir a rotunda!!!


Lembram-se da rotunda pirata que fez mais por este cruzamento de 18 faixas em dia e meio do que os serviços da CML em três anos?

Pois parece que a ideia teve sucesso e as obras para uma rotunda definitiva já começaram esta semana. A obra está a cargo da Luis&Frazão, paga pela SGAL, mais uma vez ao abrigo do contrato que esta tem com a CML para a Alta de Lisboa, e estará pronta em meados de Abril.


Uma proposta aqui do Viver para os malucos que nos lêem e simpatizam com a pro-actividade: que tal irmos assim pelas 4 da manhã de um dia qualquer levantar um pilar e acabar o viaduto da Av. Santos e Castro?

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Centro de Saúde não chega a toda a população

E se uma pessoa estiver doente e quiser ir ao Centro de Saúde que existe na Av. David Mourão Ferreira?

Bem, se não acordar às 7h para se antecipar às dezenas de pessoas que entretanto chegam, não terá sorte. "Hoje já não é possivel, só amanhã.", lamentou o senhor que estava à entrada e me explicou que há horas melhores que outras para se estar doente.

Dos poucos relatos que conheço de pessoas que precisaram de se deslocar ao Centro de Saúde, as versões não diferem na essência. Instalações sobrelotadas, tempos de espera de várias horas, grande probabilidade de nem sequer haver consulta para o próprio dia.

Não está em causa o profissionalismo dos médicos e funcionários, de quem também ouvi dizer bem. Mas um bairro de Lisboa onde vivem 32.500 pessoas não pode ter apenas um Centro de Saúde assim.

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Aves da minha rua

Não tinha reparado ainda que estes pássaros voavam aqui pela Alta de Lisboa. São Periquitos-rabijunco, que em Romano se diz Psittacula krameri, e consta que se tornaram aves desta cidade depois de alguém lhes ter devolvido a liberdade depois de os comprar numa loja.

Podem ver esta e outras aves, aqui.

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domingo, 1 de fevereiro de 2009

Entrevista ao Dr. Nuno Caleia (na íntegra) - IX


Viver na Alta de Lisboa: E quanto ao Metro? Está prevista uma estação do Metro?

Nuno Caleia: no Eixo Central.

Viver na Alta de Lisboa: Tem novidades?

Nuno Caleia: O projecto do Eixo Central que tem vindo a avançar (houve uma deliberação em Agosto do Sr. Presidente da Câmara em relação ao projecto de execução) continua a manter a estação do Metropolitano e da parte do Metropolitano não houve nenhum recuo em relação a essa hipótese, associada à linha que estava associada. A ligação da linha vermelha à linha amarela. Portanto, não há alteração de input por parte do Metropolitano.



Viver na Alta de Lisboa: Outra questão dos moradores prende-se com o IMI, que não reflecte o facto de estarmos a viver num terreno de contingência… Os moradores só não se queixam mais devido ao facto de ainda estarem a viver o período de isenção.

Nuno Caleia: É algo que nós podemos vir a formatar como proposta. Porque aqui prende-se com uma ideia que é: quando se faz a valorização matricial de uma cidade na íntegra considera-se que esta parcela vale mais, aquela parcela vale menos… e portanto há essa estabilização. Eu ainda não coloquei a ninguém essa questão.

Viver na Alta de Lisboa: Sobre a ocupação das lojas ali no Condomínio da Torre, por exemplo, a pergunta é: Há lojas que estão à espera dos serviços da CML? As que não estão à espera de serviços da CML, têm rendas altas demais e portanto não atraem os potenciais investidores?

Nuno Caleia: Há lojas que estão à espera de uma transmissão da parte da SGAL à CML para a CML proceder à sua ocupação.

Viver na Alta de Lisboa: ainda não foram entregues, é isso?

Nuno Caleia: Não. Foi feito um entendimento de um registo de escritura da SGAL à CML para potenciar a ocupação das lojas na Malha 15 e esse registo de escritura ainda não foi feito. Eu estive no Gabinete de Notariado da CML em Julho Há uns elementos que a SGAL precisa de nos entregar, para potenciar então a ocupação das lojas da malha 15.

Viver na Alta de Lisboa: CTT: está prevista alguma estação de Correios na Alta de Lisboa?

Nuno Caleia: Como equipamento, não está.

Viver na Alta de Lisboa: E a CML tem alguma capacidade de intervenção nesse aspecto?

Nuno Caleia: Pode ter. Se nós a considerarmos como uma estrutura de equipamento, na lógica de programação dos equipamentos, poderá ser agregada. Regra geral, não é uma estrutura de equipamento; é um serviço público que é prestado à população e entra no perfil comercial. E aí é uma questão de equacionarmos uma loja e equacionarmos um contrato de arrendamento, falar com os CTT sobre essa localização, ou seja: onde é que eu acho que a UPAL pode ter um papel? É na sensibilização dessas estruturas para uma maior celeridade de mobilização. Eu não duvido que com uma plena ocupação deste território os CTT sintam a necessidade de ter aqui um posto. Nós temos que tentar catalizar.

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