A mercearia do Sr. Francisco desde cedo mostrou sinais preocupantes de sustentabilidade. Gestão de stock irracional, encomendas de mercadorias excessivas face à procura, marketing pouco adequado à clientela do bairro, administradores contratados na família sem CV adequado às funções. Na semana passada duas mil unidades de tomate enlatado passaram de prazo e rebentaram em pleno armazém. O golpe foi demasiado duro para a mercearia do Sr. Francisco que se viu obrigada a declarar falência. Não há azar, o Estado nacionalizou a mercearia do Sr. Francisco e vai continuar a haver couves e batatas para todos os vizinhos.
Também o Banco Português de Negócios (BPN) não resistiu à crise financeira e apresenta agora um buraco líquido estimado em 300 milhões de euros. O Banco de Portugal tentou que outro banco privado tomasse conta do prejuízo, mas fontes próximas da administração de um dos principais candidatos confessou ao Viver: "A malta não anda aqui a brincar, não é?", e assim o BPN vai ser nacionalizado pelo Estado Português.
Também o Banco Português de Negócios (BPN) não resistiu à crise financeira e apresenta agora um buraco líquido estimado em 300 milhões de euros. O Banco de Portugal tentou que outro banco privado tomasse conta do prejuízo, mas fontes próximas da administração de um dos principais candidatos confessou ao Viver: "A malta não anda aqui a brincar, não é?", e assim o BPN vai ser nacionalizado pelo Estado Português.
6 comentários:
Tiago,
O buraco é de 300 milhões ou de 700 milhões? Eu ouvi hoje que era de 700 milhões!
Pedro, o buraco não é de 2300 nem de 700 milhões - é de 10 milhões de cidadãos que aceitam passivamente a promiscuidade entre os actores do sistema político e os gestores privados que intermutam os respectivos lugares conforme o partido vencedor das eleições, o que vem a resultar em casos longos de compadrio e ocultação de asneiras, vigarices, corrupção, abuso de poder, etc. etc. etc. como, a crer nas notícias vindas a público e nunca desmentidas, parece ser este triste caso do BPN. O ex-presidente da instituição foi secretário de Estado de um dos governos de Cavaco Silva. Muitos ex e actuais aparatchics terão por lá passado. Onde esteve a fiscalização das entidades financeiras? Onde esteve a intervenção atempada do Estado e da Procuradoria?
A crise financeira recente pôs a nú o buraco existente no banco mas terá sido ela a responsável pelo seu afundamento? As declarações do indigitado presidente, Miguel Cadilhe, parecem indicar que não.
Para quando uma atitude forte (dos cidadãos, já que o actual sistema político não poderá ser bom juiz em causa própria) tendente a acabar com o actual status quo? Pina Moura, Jorge Coelho, Dias Loureiro, são algumas das faces mais conhecidas e mais mediáticas de carreiras bem construídas à sombra dos seus gabinetes de Estado e bem desenvolvidas após (e só após, não se reconhecendo, antes da sua passagem pela vida política, grandes feitos profissionais que justifiquem a sua chamada a importantes cargos administrativos) a sua saída dos mesmos. Muitos mais haverão, mais sábios na discrição mas não menos eficazes no "lobbyismo". Quantos negócios se combinam à sombra das ligações políticas adquiridas e quantos desses negócios são lesivos para as empresas concorrentes ou para o erário público?
A unica soluçao viavel seria enforcar o sr Francisco num dos candeeiros da Av da Liberdade.
http://blasfemias.net/2008/11/03/regulacao-publica-na-pratica/
O Sr. Francisco colocou o lugar à disposição.
http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1348659&idCanal=57
o que quer dizer que os impostos vão aumentar, tl como os juros dos emprestimos da CGD, para uns tantos amigos não irem presos.
dizem que somos - os portugueses - piores que a mafia ou os da republica das bananas: esses seguem uma lógica. nós somos...«imprevisíveis». e estupidamente passivos, como diz o pedro. Infelizmente convenço-me que somos tão indiferentes porque a maioria dos portugueses faria o mesmo - roubar - se tivesse poder!
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