segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

2008 vai ser decisivo para a Alta de Lisboa

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Segundo a SGAL:

"2008 - Um ano decisivo para a "ALTA DE LISBOA"

2008 constituirá um ano decisivo para a Alta de Lisboa, e marcará a abertura de um novo ciclo de todo o projecto, no qual a SGAL reafirmará a sua forte convicção na singularidade e valia do projecto, reiterando o seu empenho na sua concretização.

Estamos cientes que há muito mais e melhor a fazer. Há, desde logo, um enorme desafio de recriação da notoriedade do projecto, de reposicionamento pela positiva dos seus activos e pontos fortes, para que a imagem da Alta de Lisboa seja aquela que queremos. É também nossa firme intenção enriquecer e diversificar a opção de cidade que estamos a desenvolver, impulsionando qualitativamente a vinda para o território de novos agentes com vocação comercial, social, educativa e outras.

Pretendemos igualmente conferir a SGAL maior eficácia e eficiência de actuação, sobretudo no que ao produto final e a qualidade do serviço prestado diz respeito, desenvolvendo todos os esforços para ultrapassar constrangimentos e aspectos menos positivos que se verifiquem. Será naturalmente indispensável para a concretização deste desígnio a colaboração permanente e expedita da Câmara Municipal de Lisboa (CML), parceiro essencial do projecto, para que a capacidade de execução que a SGAL pretende reincutir ao projecto possa ser precedida e acompanhada, em sintonia, pela capacidade de decisão e actuação da Câmara. Só com a articulação destes contributos será possível construir Cidade, como todos pretendemos.

2008 será o ano da finalização da construção do empreendimento Lx Condomínio, bem como do lançamento comercial do empreendimento "Casas do Parque", situado na malha 6 do PUAL em frente ao Parque Oeste, que terá 494 fogos, e do lançamento comercial de mais um empreendimento de habitação na malha 5. Igualmente, os escritórios e a área comercial da malha 5, a área afecta as malhas 32 e 33 e os escritórios e hotel da malha 22.1 terão um desenvolvimento importante através do estabelecimento de parcerias estratégicas.

Quatro novos projectos de loteamento
Acompanharemos junto da Câmara Municipal de Lisboa, os seguintes projectos de loteamento cuja construção se prevê tenha início em 2009/2010:
• Dos Arquitectos João de Almeida e Pedro Ferreira Pinto para a malha 16 do PUAL.
• Do Arquitecto Carrilho da Graça para a malha 17.
• Do Arquitecto Silva Dias para a malha 23.2.
• Do Arquitecto Álvaro Siza Vieira para a malha 18.
Acessibilidades
Após a inauguração do Eixo Norte-Sul, que melhorou substancialmente a acessibilidade a Alta de Lisboa, terão em 2008 um esforço acrescido da nossa parte para a sua concretização, as seguintes grandes vias:
• Finalização da Nova Av. Eng.º Santos e Castro (que se encontra praticamente concluída, estando apenas dependente da disponibilização de terrenos pela CML, que se julga poder ocorrer a curto prazo).
• Desenvolvimento do Eixo Central ou Passeio de Lisboa, que será a via urbana estruturante mais importante do Projecto e que igualmente tem troços dependentes da disponibilização de terrenos pela CML.
• Inicio da construção da Porta Sul ou Nó de Calvanas, junto a 2.a Circular, que apenas aguarda decisão da CML e que é uma das obras mais importantes do Projecto Alta de Lisboa. De grandes dimensões, foi projectada para servir de alavanca a uma requalificação urbana da zona entre a 2.a Circular e o Campo Grande, bem como de ligação entre a Alta e a Baixa, possibilitando que se percorra a cidade da Baixa a Alta em poucos minutos.
Equipamentos
Uma percentagem bastante elevada da área de intervenção do Projecto Alta de Lisboa - 500.000 m2 - é destinada a implantação de equipamentos com o objectivo de garantir níveis elevados de qualidade urbana, ajustados as necessidades actuais da cidade.
Completando a oferta de cidade que queremos desenvolver, destacamos, entre outros, para 2008, o início da construção, desde que asseguradas pela CML as condições para que tal se concretize:
• Das novas Instalações do Centro Social da Musgueira, junto ao Condomínio da Torre e ao Bairro da Cruz Vermelha.
• Do Quartel de Bombeiros junto a Escola Almada Negreiros.
• Do Pavilhão e do Complexo de Piscinas no Complexo Desportivo.
• Dos campos de rugby no Parque Sul.
Grandes espaços verdes e do espaço público
São uma marca diferenciadora da Alta de Lisboa, correspondendo a cerca de 1/ 3 da sua área.
Em 2008, encontrando-se reunidas todas as condições para o efeito, será:
• Concluído o Parque Oeste.
• Dado início a construção do Parque Sul.
• Finalizado o Eixo Pedonal.
• Intensificada junto da CML a nossa acção para a implementação rápida de ciclovias e da sinalética concebida pelo Prof. Daciano Costa.

Em 2008 continuaremos a assumir o nosso compromisso em gerar benefícios duradouros para as pessoas e instituições da Alta de Lisboa, respeitando as tradiçoes, a cultura e os valores sociais.

Neste sentido iremos desenvolver acções que visem estreitar e aprofundar o relacionamento com os nossos Clientes e com todos os moradores da Alta de Lisboa, melhorando a comunicação e tornando mais célere e eficaz o nosso atendimento, contribuindo activamente para a satisfação dos nossos Clientes.

Temos assumido e pretendemos reforçar o compromisso de concretizar um Projecto que contribua para a protecção do ambiente em geral e do clima em particular, cooperando continuamente com Parceiros e Clientes informando-os dos nosso projectos, práticas e resultados na área ambiental, visando atingir graus elevados de certificação ambiental.

Com todos os moradores e instituições da Alta de Lisboa queremos aprofundar em conjunto, num futuro próximo, questões relacionadas com o Projecto, pelo que promoveremos iniciativas de comunicação e debate para o efeito.

Queremos uma Alta de Lisboa dinâmica, participada, envolvente, visível. Uma cidade consciente, com respeito pelo ambiente, sustentável e diferenciada, criando condições para que a Alta de Lisboa tenha a notoriedade e visibilidade que merece. Reiteramos o nosso empenho em tudo fazer para em 2008 reforçar a Alta de Lisboa como um projecto urbanístico diferente e único, pela sua própria singularidade e diversidade inigualável de opção de cidade, que pode proporcionar que se viva na Capital com qualidade, reforçando assim a credibilidade de um projecto com futuro."


Oxalá tudo corra pelo melhor.

Excelente ano de 2008 para todos!

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domingo, 30 de dezembro de 2007

Outra boa ideia para 2008

Arranjo paisagístico da Colina de S. Gonçalo.

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Esta colina ficou esquecida no mapa da Alta de Lisboa. É uma vergonha!

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sábado, 29 de dezembro de 2007

Uma boa ideia para 2008

Que tal cuidar mais das árvores?
A triste situação das palmeiras do Parque Oeste:

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Parque Oeste, 16 de Dezembro de 2007

Que deveriam estar tão bem cuidadas como estas palmeiras existentes no Parque do Tejo na zona da Expo, em Lisboa:

Parque do Tejo, Lisboa
Parque do Tejo, 26 de Dezembro de 2007

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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Leituras de fim de semana - Cidades do Futuro

A edição de hoje do Courrier Internacional é totalmente dedicada às "cidades que mais se esforçam, com projectos em diferentes áreas, por tornar a vida mais agradável". Percorrendo Madrid, Amesterdão, Estocolmo, Hamburgo, Kaliningrado, Londres, Milão, Atenas, Bratislava, Dubai, Nova Iorque, Los Angeles, Brasil (falando de inúmeros casos), Takayama, Louisville e Paris, são dados exemplos de enormes áreas industriais reconvertidas em prósperos bairros habitacionais, zonas virgens onde nascem em poucos anos cidades bem estruturadas, cidades onde se cria redes de transportes colectivos eficazes que se tornam rapidamente a opção principal da população. Na maioria destes casos é comum a integração no mesmo espaço de zonas com funções distintas (habitação, terciário, polos culturais e espaços verdes) e uma implantação a curto prazo, só possível numa comunhão de parceiros, todos com objectivos, visões e inteligências comuns. Em antítese denuncia-se um projecto megalómano para Londres, com dezenas de arranha-céus, idealizado e aprovado sem consulta popular, contrariando a opinião geral de arquitectos e urbanistas.

Uma leitura importante para todos os que gostam também de reflectir sobre a Alta de Lisboa. Tantos pontos em comum, tantos outros em oposição.

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quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Mas alguém ouve?

Nas cidades que cresceram descontroladamente, mantendo no centro grande parte dos empregos e na periferia gigantescos bairros-dormitório, existem quase sempre problemas graves de mobilidade. Dois fluxos principais de trânsito, um a entrar de manhã e outro a sair ao anoitecer, que roubam à população tempo, dinheiro, saúde e disponibilidade para tanta coisa.

O que se pode fazer? Apostar no zonamento heterógeneo do território, aproximando habitação, serviços e empregos, de forma a médio/longo prazo seja possível a população residente trabalhar no próprio bairro, permitindo deslocações curtas e rápidas. E é também necessário dotar os transportes colectivos de mobilidade eficaz, criando carreiras em número suficiente, corredores BUS exclusivos, compensando nos tempos de percurso e custos de deslocação a perda de conforto dos utentes em relação ao automóvel particular.

Jaime Lerner é uma das muitas pessoas que fala destes assuntos, com a imensa propriedade de ter conseguido em Curitiba, cidade onde foi Prefeito, implementar soluções eficazes na rede de transportes colectivos. Mas alguém com poder de decisão o ouve? O CanaLta 17b faz hoje a sua última emissão de 2007, homenageando-o.



Quem quiser ouvir Jaime Lerner sem stress, clique aqui.

Quem quiser ouvir a maravilhosa ária de baixo Ich Habe Genug, da Cantata com o mesmo nome, nº de catálogo BWV 82, clique aí no leitor em baixo. O compositor é J.S. Bach, claro.

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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Greeting season

Os nossos sinceros votos de felicidades para todos os leitores do blog. Enviámos o nosso postalinho também por email, mas a lista de contactos que tínhamos perdeu-se há semanas numa enxurrada. Refizemos grande parte, mas faltam bastantes. Alguns certamente óbvios. Todos os que não receberam por email não nos levem a mal, por favor.

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Iluminação no eixo pedonal

O eixo pedonal está cada vez mais perto da conclusão. Hoje à noite foi já possível vê-lo iluminado. Foram colocados candeeiros novos, incluídos no projecto, e os candeeiros que já lá estavam, sete ao todo, estão agora desligados. Imagino que irão ser retirados e colocados noutro local. Nalgum caminho do Parque Oeste, talvez?

Falta agora a intersecção do eixo pedonal com a Av. Nuno Krus Abecassis. O projecto do eixo defende a prioridade do peão sobre o automóvel, e a sobreelevação da via foi a solução encontrada. O Viver aplaude até lhe faltarem as forças esta política de defesa do peão em relação ao automóvel. Uma cidade saudável não é uma cidade cheia de regras bem pensadas que se percebem melhor no papel do que no terreno. Uma cidade saudável é uma cidade que encontra soluções passivas que condicionam os usos subversivos dos espaços, que promove a harmonia entre os diversos actores.

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domingo, 23 de dezembro de 2007

Caminho pedonal

O primeiro troço está quase terminado como se pode ver nas imagens obtidas hoje:

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Caminho pedonal (Dezembro 2007)


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sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Novas estações do Metro

Como já todos sabemos, o Metro abriu, finalmente, as duas novas estações da linha azul. Já fui experimentar uma vez que, por enquanto, trabalho para aquelas bandas. O Terreiro do Paço só vi de passagem, mas Sta. Apolónia é ampla e muito luminosa. Só tenho pena que não tenham painéis de azulejos.


Tal como o Metro diz "este novo troço representa o esforço contínuo de tentar dotar a cidade de equipamentos que tornem o conceito de intermodalidade uma realidade. As novas estações Terreiro do Paço e Santa Apolónia foram projectadas de forma a permitirem a ligação do metro com os outros operadores de transporte, nomeadamente Carris, Soflusa, Transtejo, CP e táxis". Eram, claramente, duas estações importantes, não só para Lisboa, como para a rápida ligação com o resto do país. Aliás, gosto muito da campanha de promoção destas estações, aquela do "A um metro do Sul" para o Terreiro do Paço, e "A um metro do Norte", para Sta. Apolónia.

Acontece que, havendo estação de Metro em Sta. Apolónia, a Carris resolve acabar com várias das carreiras que servem aquela zona de Lisboa. Acaba-se de vez o 90, e acaba-se com o troço Praça do Comércio - Sta. Apolónia do 9 e do 746. São 3 autocarros a menos. A população de Alfama, que é quem mais se devia animar com a proximidade do Metro, não está contente. Correm abaixo-assinados e organizam-se manifestações. Não contra o Metro, note-se (antes que sejam rotulados de anti-progresso), mas contra a Carris.

E têm toda a razão. Entre a Praça do Comércio e Sta. Apolónia existem 5 paragens de autocarro. Cinco. É ainda um grande esticão. Ou temos o nosso destino nas extremidades, onde está o Metro, ou temos que calcorrear a pé ainda um grande pedaço. E se eu me importo pouco, que ainda vou sendo nova; ou os turistas, que gostam de andar a pé; a população de Alfama é uma população envelhecida a quem custa o esforço de mobilidade agora acrescido. Mas com isso a Carris pouco se importa.

O que eu quero dizer com isto é que se, por um lado, o Metro parece esforçar-se pela integração dos transportes em Lisboa, a Carris parece esforçar-se pelo oposto. Uma melhoria dos transportes públicos não significa a substituição do que já há pelo Metro. Significa adicionar o Metro ao que já há. Criar redundâncias. Oferecer alternativas aos utentes. Só assim se promove verdadeiramente a mobilidade.

Não tenho dúvidas que as vozes de protesto contra a Carris serão recebidas por ouvidos moucos. Andaremos mais enlatados no Metro pela falta de alternativa. Alguns de nós andaremos muito mais a pé aumentando o tempo total de trajecto, ao invés de o encurtar com a rapidez do Metro. Mas a Carris não terá prejuizos. E isso é que é importante!

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quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Era bom haver um coro sinfónico na Alta de Lisboa, não era?

A história do Coral Lisboa Cantat, hoje Associação Musical Lisboa Cantat(AMLC), que conta actualmente com dois agrupamentos distintos (o Coro de Câmara Lisboa Cantat (CCLC) e o Coro Sinfónico Lisboa Cantat (CSLC)), pode resumir-se em poucas palavras: 30 anos de muita dedicação à música para conseguir fazer música coral com dignidade. O objectivo de constituir um coro per si foi largamente ultrapassado. O Coro Sinfónico Lisboa Cantat é hoje o único coro sinfónico amador existente em Portugal. A actividade dos últimos anos supera largamente os objectivos iniciais para o qual foi criado. As apresentações públicas no CCB, na Casa da Música, na Aula Magna, no Teatro Nacional de São Carlos, no Convento de Mafra e em tantas e tantas igrejas e outras salas por Lisboa e por Portugal inteiro, com uma programação variada que vai desde música coral a capella até grandes obras corais sinfónicas como os Requiem de Verdi, Mozart, Fauré, Brahms, Duruflé e Carrapatoso, a Carmina Burana de Carl Orff, a 9ª sinfonia de Beethoven, Maessias de Händel, a Criação de Haydn ou a Cantata de Outubro de Prokofiev, entre tantas outras, em colaborações com muitas orquestras, das quais se destacam a Orquestra Filarmonia de Espanha, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Nacional do Porto e a Orquestra Sinfónica Portuguesa, trazem uma dimensão profissional a uma associação sem fins lucrativos que aposta em servir pessoas como nós. Pelo Lisboa Cantat passaram nestes 30 anos de existência milhares de pessoas. Muitas delas tiveram nesse feliz encontro a sorte, oportunidade e muito mérito de conseguir desenvolver o potencial inato e tornarem-se músicos profissionais de relevo.

Era de grande interesse para a população da Alta de Lisboa, do Lumiar, de Telheiras e bairros vizinhos que um coro com esta actividade tivesse sede por cá, dando oportunidade à população interessada de cantar, de ouvir, de se inscrever a si ou a um filho na escola de música, também. O Coral Lisboa Cantat mostrou interesse em vir para o Lumiar e houve reuniões muito avançadas com o Dr. Rui Lima, assessor do Presidente da CML na anterior vereação. A ideia era ceder o pavilhão existente na Quinta dos Lilazes, anteriormente pertencente à EPUL, mas agora sob alçada da CML. Houve até duas visitas oficiais com representantes da CML e da Associação Musical Lisboa Cantat (AMLC) ao local para averiguação de condições dos espaços disponiveis. O espaço do Pavilhão de madeira interessava à AMLC. Mas entretanto o executivo de Carmona Rodrigues caiu e todas as palavras se tornaram vãs.

Foi com surpresa que li anteontem, no blog do PS Lumiar, que o Vereador Manuel Salgado cedeu o espaço a serviços administrativos do Ministério da Cultura. O PS Lumiar insurge-se, e bem.

Vai assim este país, onde não se sabe distinguir os meios dos fins, onde fazer cultura é muito mais um burocrático trabalho de secretaria do que o contacto directo com a arte, por mais provas dadas que tenham as instituições.

A AMLC tem hoje sede alugada à CML em Marvila, numa sala húmida e bolorenta, onde todas as semanas nascem cogumelos das paredes, não podendo por isso avançar com os projectos Escola de Música, Coro Juvenil e do Coro Infantil, que aguardam há mais de dois anos por uma decisão da CML. Para além disto é neste espaço que Maestros de craveira internacional como Marc Tardue, Martin André, Olivier Cuendet têm vindo trabalhar e naturalmente mostrado o seu desagrado e incredulidade pelo espaço que estes agrupamentos têm de suportar todos os dias de ensaio. Outros se lhes seguirão já neste ano de 2008 e a vergonha vai continuar?

Esta é uma causa que devia unir todos os partidos e associações que dizem pugnar pelas populações de Lumiar, Alto Lumiar e Telheiras.


À Memória de Anarda, de Pedro Faria Gomes, pelo Lisboa Cantat

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Esvaziamento dos lagos do Parque Oeste

Começaram na 2ª feira passada os trabalhos nos lagos do Parque Oeste para a colocação da rede submersa e enrocamento das margens. Os lagos irão, um a um, ser esvaziados e limpos.

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Fotografias da Alta de Lisboa

A exposição de fotografia das Memórias já tem vencedores. As fotografias estão agora expostas na R. Luís Piçarra, nº12 até ao dia 12 de Janeiro de 2008. Depois disso, a partir de 14 de Janeiro, poderão ser vistas na sala de exposição da Quinta das Conchas.

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terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Censura e exposição

Confessamo-nos numa encruzilhada. Não temos - nem por feitio nem por formação - o hábito de promover a censura neste blog. Achamos que os comentários - sejam eles quais forem - são demonstrativos de quem os escreve.

Anónimos, pseudónimos, heterónimos ou escribas com o seu nome real.

Divertimo-nos com os disparates de uns, irritamo-nos (sim, irritamos até à desproporção da resposta) com as alegações de outros, ignoramos as atoardas de alguns.

Mas estamos numa encruzilhada.

Contestar certas personae é dar-lhes corda, publicitá-los, fazer-lhes o frete da propaganda. Ignorá-los torna-se difícil. Levá-los a paroxismos de idiotice é possível, mas será a estratégia compreendida pelos restantes? Teremos todos paciência para assistir ao auto-esboroamento da pústula?

Resta-nos a censura. O apagar sistemático do lixo. Mas ao entrar-se nesse caminho quem fica para cuidar das balizas? Quem determina o grau do lixo a partir do qual se deverá proceder à limpeza?

Queríamos saber a vossa opinião.

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Trabalhadores alpinistas

É com perícia de alpinista que a SGAL em conjunto com a EDIFER vai resolvendo, a pouco e pouco, o problema das fachadas do empreendimento “Colina de S. Gonçalo”!

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15 de Dezembro de 2007

Aqui fica a minha homenagem a estes trabalhadores alpinistas que conseguem reparar fachadas com as pernas suspensas! De facto não deve ser nada fácil assentar azulejos numa parede vertical sem ter o apoio dos pés em chão firme.
Assim se poupam uns euros na montagem de andaimes. Todavia, ficam algumas dúvidas quanto à eficácia desta reparação, depois de duas tentativas falhadas com andaimes. Vamos ver se com a chuva não caiem mais alguns bocados.

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Fuga de Dias Lourenço do Forte de Peniche foi há 53 anos

Faz hoje 53 anos que Dias Lourenço fugiu do Forte de Peniche, durante a noite. Às duas da madrugada, depois de estudar as rondas dos guardas e desfiar um cobertor para o transformar em corda, Dias Lourenço acabou de desfazer a porta da "solitária" onde foi encarcerado por medida disciplinar depois de provocar propositadamente um guarda prisional, e mergulhou despido num mar frio e revolto, com uma trouxa de roupa no braço esquerdo.

As ondas e a maré vazante demoraram-no uma hora e meia a percorrer os 400 metros que distavam a costa. Aí chegado, teve a sorte de contar com a solidariedade de populares que o ajudaram a fugir numa camioneta de peixe.

Dias Lourenço esteve privado da liberdade no Forte de Peniche nos períodos entre 1949 e 1954 e 1962 a 1974, num total de 17 anos, por pertencer ao PCP. Tem hoje 93 anos.

Há dois anos, Dias Lourenço revisitou o Forte com a RTP e descreveu a fuga.

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Parque Oeste - Novidades


De acordo com informação prestada pelo Gabinete do Vereador do Espaços Verdes, a empreitada de implantação da rede de segurança no fundo do lago do Parque Oeste será iniciada na próxima segunda-feira, 17.

Uma vez que ficará à vista algum do equipamento hidráulico, será reforçado o policiamento do local pela Polícia Municipal.

Existe o compromisso dos trabalhos ficarem concluídos até ao final do ano.

A par da colocação de sinalética avisadora dos perigos em que incorrem eventuais banhistas - já implementada -, esta é uma medida de prevenção que procura diminuir o risco de repetição de acidentes como o ocorrido em Novembro. Medidas de fundo que visem a reabilitação do espaço em termos de uso ficarão para o próximo ano, dependentes que estão de verbas mais substanciais (e, arriscamos nós, de entendimento com a SGAL) e, como tal, dependentes do próximo orçamento.

Não temos notícias da reunião que estava em preparação Câmara-SGAL. Não sabemos se já ocorreu e, se ocorreu, quais os resultados. Sabemos que a SGAL, em uníssono com a projectista, defende que as respostas a todas as questões que foram levantadas ao longo destes meses a respeito do parque estão contidas no projecto - desde que o mesmo se leia na íntegra e não à luz do inaugurado e que constitui apenas a primeira de três fases de construção. Sabemos que a posição do Vereador se aproxima da defendida nestas páginas desde há muito: a de que - no presente - são necessários equipamentos que ajudem à fixação de utentes e que é necessário um reforço de vigilância.

Ainda que, no ano horizonte de projecto (ou seja, quando o projecto do parque estiver concluído na totalidade e quando todos os edifícios e equipamentos da Alta estiverem construídos) se conclua pela sua correcção, não será possível um acordo para a tomada de medidas, eventualmente provisórias, atendendo a que o referido ano horizonte se distancia cada vez mais?

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007



Se há qualidade que salta à vista na sociedade americana, é a sua capacidade de realização. Sempre tendo em conta a lei (a qual, se não é cumprida a bem é sancionada a mal), é impressionante a rapidez com que projectos são pensados, lançados e concluídos. As cidades mudam centralidades; novos bairros são acrescidos; zonas degradadas são recuperadas e ganham nova vida, novas funções ou novos habitantes. Com esta rapidez, vem igualmente o outro lado da moeda: aos fracos, desprotegidos, abandonados da vida ou da sorte, pouca protecção resta para além das garantias básicas. Por detrás das luzes brilhantes do sucesso continuam a existir bolsas de pobreza, mais ou menos envergonhadas, mais ou menos violentas, mais ou menos terminais.

Mas a cidade avança, muda, agita-se, vive.

Vem isto a propósito da inauguração do novo espaço do New Museum of Contemporary Art em Nova Iorque. Numa zona degradada, no meio de uma arquitectura descaracterizada, o museu - e os autores do projecto - apostam num modelo simultaneamente despojado e polémico. Onde teria sido mais fácil uma solução "mainstream" ou, no máximo, polemicamente correcta, recorrem a um agrupamento aparentemente aleatório de sólidos, numa alusão directa ao carácter "desconstruído" da vizinhança, numa provocação assumida, numa desafiadora vontade de motivar perguntas.


A comparação com Portugal resulta, porque por demais repetida, desnecessária.

E, no entanto, não posso deixar de pensar na Alta. Aqui também se previu no plano um centro de artes. Um pouco mais ortodoxamente, o projecto foi encomendado à estrela nacional de arquitectura. Mas... onde está o Centro? Onde vai estar o Centro? São as ortodoxias...

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Ita diis placuit


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Concurso de fotografia

O concurso de fotografia organizado pelo K'Cidade já não aceita mais concorrentes. As fotografias entregues estão agora expostas no site das Memórias com Vida e o anúncio dos vencedores será feito no dia 19 de Dezembro.

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Just to spice things up


Luís Azevedo Rodrigues, afinal é que detinha o segredo. No seu blog "Ciência ao Natural" acaba de revelar a imagem do preciso instante em que o urbanista chefe da SGAL deu por concluída a criação da Alta de Lisboa.
[Obviamente este post visa apenas criar condições para uma discussão profunda e ética sobre a oposição criacionismo/evolucionismo]

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Controlo pelo desconforto

A propósito de ciência, cidades e planeamento, e vários assuntos que aqui vêm a ser discutidos, gostava de deixar aqui as palavras do matemático Dinis Pestana no progama A Ciência e a Cidade, da TSF.

Será a auto-gestão do controlo pelo desconforto a maneira certa de conquistar qualidade de vida? O planeamento evita o viver no limite das possibilidades. Ou será que só veremos isso quando demorarmos, em média, 4 horas de caminho para o trabalho, como na Cidade do México?


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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Começa hoje

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A Feira Internacional de Minerais Gemas e Fósseis de Lisboa cumpre este ano a sua 21.ª edição, e constitui, anualmente, um ponto alto da divulgação científica em Lisboa. Este ano o tema central são os carbonatos, minerais de grande importância em numerosos processos geológicos e que com frequência produzem exemplares mineralógicos de grande beleza, como alguns que são exibidos na edição deste ano da feira.
Este certame, que também integra as componentes cultural, científica e pedagógica, reúne coleccionadores e comerciantes de minerais, gemas e fósseis, oriundos de diversos países da Europa, bem como um vasto público que tem aqui oportunidade de comprar, vender ou trocar exemplares do seu interesse. No âmbito desta Feira, terão lugar, como vem sendo hábito, um conjunto de actividades complementares de carácter pedagógico e de divulgação científica destinadas a jovens e adultos.

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Esta edição da feira tem lugar como é habitual no Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, na rua da Escola Politécnica, 60 1250-102 Lisboa, no edifício do antigo Picadeiro. A entrada é livre.

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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Para nosso bem

Lembro-me sempre dum livro do George Orwell, Down and Out in Paris and London, traduzido em Português como Na Penúria em Paris e em Londres, quando vejo as brigadas da ASAE na sua fúria legalista. O livro foi escrito num período complicado da vida de Orwell, no início dos anos 1930, quando, vivendo em Paris a dar explicações de inglês, se vê cruzado por uma série de azares que o deixaram sem dinheiro, com fome e sem tecto. Tinha uma promessa de emprego para uns meses adiante, mas até lá experimentou a vida de albergues e o trabalho precário em restaurantes.

É um relato muito inteligente do sub-mundo das cidades, do sistema de castas sociais tão próxima de nós, do preconceito, dos medos, da dificuldade de superar adversidades, e também da salubridade dos restaurantes.

Já li o livro há muitos anos, mas lembro-me de Orwell no final, já refeito da experiência, dizer que jamais voltaria a recusar um panfleto entregue na rua, daqueles que normalmente deitamos no primeiro caixote de lixo que vemos, e nunca mais voltaria a comer num restaurante pretensioso. Passara a conhecer a qualidade das cozinhas de muitos restaurantes e os que lhe inspiravam mais confiança eram os de aparência mais modesta.

A ASAE anda num vendaval de inspecções, proibições e multas com todo o restaurante que não cumpra as saudáveis regras sanitárias impostas pelas directivas comunitárias. Acho muito bem que se fechem cozinhas onde os bifes, o whisky e o detergente da loiça tenham sabores parecidos, mas a ASAE não parece apenas interessada em cuidar das nossas saúdes. Eu gostava, já que me permitem ir a um McDonald's comer alarvidades de carne e batatas fritas com um litro de Coca-Cola, de poder comer continuar também a comer queijo da Serra feito como antigamente, de poder comer sardinhas assadas em Alfama, gostava de poder beber a ginginha no Rossio, gostava de poder comer chanfana, rojões e cabidela quando passo pelo Minho.

Mas como o António Barreto diz isto muito melhor que eu, aqui fica o texto dele, saído no PÚBLICO de 25 de Novembro de 2007


(clicar na imagem, roubada à Cidadania LX, para a ver maior)

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A base da nossa economia

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A disponibilidade de recursos energéticos é a base da nossa economia. Se lermos com atenção esta notícia do jornal Público ficamos a saber que o preço da energia condiciona toda a vida económica (o negrito num dos parágrafos do texto é da minha autoria):


“Empréstimos estão mais caros, mesmo sem o BCE subir taxas
Custos de financiamento na Europa ao nível mais alto dos últimos seis anos e meio

04.12.2007 - 09h06
Por Sérgio Aníbal

O cenário de agravamento da crise nos mercados de crédito mundiais acentuou-se ontem, com as taxas Euribor a um e três meses a atingirem o seu valor mais alto dos últimos seis anos e meio.

Como consequência, famílias e empresas em toda a zona euro verão também o seu acesso ao crédito mais dificultado e mais dispendioso.

Mantendo a tendência que já se tinha verificado durante a semana passada, as condições de acesso ao financiamento nos mercados internacionais por parte das instituições financeiras continuaram a deteriorar-se. Assiste-se a uma situação em que, com os bancos à procura de liquidez para enfrentarem com mais tranquilidade a época do Natal e o fim de ano, o dinheiro disponível é mais difícil de encontrar e, por isso, se torna bastante mais caro.

Além disso, como ainda se está à espera da revelação por parte dos bancos de mais perdas relacionadas com o mercado imobiliário norte-americano, a desconfiança em relação a quem procura financiamento no mercado continua a ser tão forte como quando deflagrou a instabilidade nos mercados. "As pessoas estão com grandes suspeitas em relação às instituições que pedem dinheiro emprestado e querem saber porque é que precisam de financiamento e se têm algum tipo de problemas", explicava ontem um analista do mercado de crédito à agência Reuters.

É isso que explica que a Euribor a três meses tenha ultrapassado ontem os 4,8 por cento, ficando ainda mais distanciada dos quatro por cento a que o BCE coloca o dinheiro no mercado.

Para as famílias e empresas portuguesas, esta subida representa mais uma dificuldade para os seus orçamentos. Quem quiser agora pedir um empréstimo, terá de aceitar uma taxa de juro mais elevada, uma vez que os bancos vão fazer repercutir nos seus clientes o aumento do custo do seu próprio financiamento. E o efeito será também quase imediato para quem, por exemplo num crédito à habitação, tiver a sua taxa indexada à Euribor (como é o caso da maioria dos portugueses endividados).


BCE de mãos atadas?

A pressão sobre o mercado monetário, em que os bancos emprestam dinheiro uns aos outros, é também acentuada pelo facto de estar agora muito complicado o acesso a outras fontes habituais de financiamento. Antes da crise, os bancos dispunham de muitas outras hipóteses, como a emissão de papel comercial ou de obrigações, mas agora, face ao clima de desconfiança que se vive, esses recursos ficaram ainda mais limitados.

Perante este cenário, o BCE dá mostras de pouco poder fazer para amenizar a situação. Na sexta-feira passada, decidiu duplicar o tempo de duração da sua habitual operação de refinanciamento dos bancos marcada para 19 de Dezembro. A medida, como se tem visto, não chegou para gerar muito mais tranquilidade nos mercados.

Uma descida das taxas de juro de referência, como a Reserva federal norte-americana tem estado a pôr em prática, ajudaria certamente a melhorar as condições de crédito na zona euro. O problema é que o BCE tem como principal objectivo a manutenção da estabilidade de preços no médio prazo.

Com o preço do petróleo perto dos 100 dólares por barril e a taxa de inflação homóloga a chegar aos três por cento no mês de Novembro, Jean-Claude Trichet e os seus pares ficam com pouco espaço de manobra para aplicarem uma política monetária menos restritiva.

De acordo com os analistas, da reunião do conselho de governadores do BCE marcada para a próxima quinta-feira não sairá qualquer alteração no nível das taxas de juro. E, segundo um inquérito realizado pela agência Reuters junto de especialistas, cerca de 40 por cento ainda acredita que as taxas de juro aplicadas pelo BCE não chegaram ao seu ponto mais alto neste ciclo económico.

Depois de dois anos de forte crescimento, a zona euro enfrenta em 2008 mais um teste difícil e cujo resultado será também decisivo para Portugal.”


Há quem diga que crescimento económico é igual a crescimento energético. Ora, se a fonte principal de energia nos alimenta é constituída pelo petróleo e seus derivados e sendo este recurso limitado, é natural que o modelo actual de crescimento económico esteja condenado, uma vez que não é possível continuar por muitos mais anos a consumir cada vez mais este recurso não renovável e cada vez menos abundante, sem que os preços disparem para valores incalculáveis (leia-se subida vertiginosa da inflação). Estamos, pois, metidos num ciclo vicioso.

Haverá alguma alternativa a este modelo económico?

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

O Bacano

Snack-Bar O Bacano. Comida caseira saborosa, atendimento rápido e muito simpático e uma esplanada deliciosa para almoçar ou beber um café. O toldo e os chapéus de sol protegem a cabeça dos clientes das beatas e garrafas de plástico que alguns moradores do Condomínio da Torre deixam às vezes cair. Sem querer, por certo.

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domingo, 2 de dezembro de 2007

O pico das nossas vidas

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A vida nas nossas cidades está prestes a mudar radicalmente. Com a chegada do pico de produção petrolífera, fenómeno que deverá ocorrer à escala mundial até 2015, tudo ficará diferente no nosso dia-a-dia. Por exemplo, as grandes viagens de avião ou de automóvel deixarão de ser viáveis devido aos elevados custos dos combustíveis, a produção de alimentos e a sua distribuição em grande escala deixará de ser rentável, a importação de bens de consumo vindos de longe deixará igualmente de ser economicamente viável. Enfim, toda a nossa economia irá sofrer profundas transformações.
Estaremos nós preparados para isso?

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A discussão das ideias à volta do fenómeno do pico de produção petrolífera ou “peak oil”, nome pelo qual é conhecido internacionalmente, já há muito tempo que ocupa milhares de páginas na internet. Uma das organizações mais activas no estudo e divulgação deste fenómeno é a ODAC – Oil Depletion Analysis Centre, disponível em http://www.odac-info.org/. Nos milhares de documentos disponibilizados por esta organização é possível ter uma ideia do que se está a passar com este recurso energético.
Muitos são os especialistas que têm escrito sobre as consequências deste fenómeno no desenvolvimento das nossas sociedades. Uma das grandes linhas de recomendação afirma que a construção de grandes aeroportos ou de outras estruturas rodoviárias a grandes escalas é um investimento inútil. Será que os políticos portugueses têm lido estas páginas? Temo que não, pelo menos a julgar pela célebre discussão acerca do novo aeroporto de Lisboa.

Para quem conseguir ler em inglês, aqui fica um parágrafo extraído de “Preparing for Peak Oil”, disponível em http://www.odac-info.org/:

"Global oil production is approaching a peak, an event which many analysts expect to happen between now and 2015, and which will be followed by a sustained decline. This problem will be exacerbated by a severe shortage of oil and gas workers for at least the next ten years. It will radically change the way our societies are run - our transport systems, how we produce food, where we live, how we shop, our social and educational lives."

oil peak_400


Há coisas preocupantes, não há?

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