A vida nas nossas cidades está prestes a mudar radicalmente. Com a chegada do pico de produção petrolífera, fenómeno que deverá ocorrer à escala mundial até 2015, tudo ficará diferente no nosso dia-a-dia. Por exemplo, as grandes viagens de avião ou de automóvel deixarão de ser viáveis devido aos elevados custos dos combustíveis, a produção de alimentos e a sua distribuição em grande escala deixará de ser rentável, a importação de bens de consumo vindos de longe deixará igualmente de ser economicamente viável. Enfim, toda a nossa economia irá sofrer profundas transformações.
Estaremos nós preparados para isso?
A discussão das ideias à volta do fenómeno do pico de produção petrolífera ou “peak oil”, nome pelo qual é conhecido internacionalmente, já há muito tempo que ocupa milhares de páginas na internet. Uma das organizações mais activas no estudo e divulgação deste fenómeno é a ODAC – Oil Depletion Analysis Centre, disponível em http://www.odac-info.org/. Nos milhares de documentos disponibilizados por esta organização é possível ter uma ideia do que se está a passar com este recurso energético.
Muitos são os especialistas que têm escrito sobre as consequências deste fenómeno no desenvolvimento das nossas sociedades. Uma das grandes linhas de recomendação afirma que a construção de grandes aeroportos ou de outras estruturas rodoviárias a grandes escalas é um investimento inútil. Será que os políticos portugueses têm lido estas páginas? Temo que não, pelo menos a julgar pela célebre discussão acerca do novo aeroporto de Lisboa.
Para quem conseguir ler em inglês, aqui fica um parágrafo extraído de “Preparing for Peak Oil”, disponível em http://www.odac-info.org/:
"Global oil production is approaching a peak, an event which many analysts expect to happen between now and 2015, and which will be followed by a sustained decline. This problem will be exacerbated by a severe shortage of oil and gas workers for at least the next ten years. It will radically change the way our societies are run - our transport systems, how we produce food, where we live, how we shop, our social and educational lives."
Há coisas preocupantes, não há?
Há 2 meses
32 comentários:
que arigo mais falseado.
qd o petroleo acabar, ja existem carros a biodiesel, electricidade, etc... transporte indidual vai p existir e por isso as auto-estradas fasem td o sentido.
Para quem desejar aprofundar este tema e visite o site resistir.info
Caro primeiro anónimo,
Nada disto é falso. Se explorar os documentos publicados no site da ODAC verá o que se passa a nível mundial no que respeita à crise energética que aí vem. Os nossos governos é que estão a ter um comportamento de "cabeça de avestruz". O fenómeno do "peak oil" é tanto mais grave quanto mais ignorantes formos a seu respeito. Trata-se de um fenómeno conhecido desde a década de 1950 e tem sido muito debatido desde essa data pelos maiores especialistas do mundo, desde economistas a ambientalistas. Informe-se e verá que isto nada tem de "falseado".
Ainda não tinha visto tão grande colecção de disparates ao mesmo tempo. Portugal tem capacidade para produzir biocombustíveis em quantidade e qualidade para se abastecer, reduzindo as importações de petróleos e derivados que se fazem actualmente. Este post é o pico de uma anedota mal contada.
Para Portugal conseguir produzir a quantidade de biocombustíveis necessária à sua auto-suficiência teria que ter uma área de terra arável muito superior à actual e teria que ser um país com clima tropical. Em troca, ficaria sem poder produzir um grama de qualquer produto agrícola necessário à alimentação da população.
Um dos fenómenos que está a acontecer a nível mundial é o aumento dos preços dos produtos agrícolas que são a base da nossa alimentação devido, justamente, ao uso das plantações agrícolas para produzir combustíveis. Aliado a isto temos que contar com a diminuição da terra arável devido a problemas de erosão dos solos e também devido ao aumento das áreas urbanas.
Os biocombustíveis só irão saciar uma pequena parte da sede mundial de petróleo e nunca serão uma alternativa viável ao actual elevado consumo de hidrocarbonetos líquidos. As soluções que permitem minorar o problema do "peak oil" são muitas e exigem medidas que passam pelo uso mais racional dos meios de transportes actuais, promovendo o desenvolvimento de redes eficazes de transportes públicos não poluentes que permitam cobrir as necessidades fundamentais das pessoas na sua vida diária. O planeamento das cidades de forma equilibrada em que as deslocações casa-trabalho não tenham que ser feitas por automóveis só com uma pessoa em permanente pára-arranca é uma das formas correctas que ajudam a combater o desperdício de combustível.
Se estudar com atenção os documentos disponíveis na ODAC ou noutros sites idênticos verá que este fenómeno é preocupante e exige muita atenção da nossa parte como consumidores. O "peak oil" não é um disparate. É uma realidade.
Um acrescento ao comentário anterior:
para quem quiser saber mais sobre o "peak oil" em português pode sempre consultar o sítio: http://www.aspo-portugal.net/hubbertpeak.asp
Caro Pedro Veiga,
Gostei que o assunto chegasse ao Viver, mas não me espanta os comentários anteriores. Há meia dúzia de anos comecei a falar sobre ese assunto e encontrei a maior barreira que alguma vez encontrára. Não são paredes, para que falamos, são muros, arranha-céus de betão. Admitir que qualquer conceito e modo de vida tão generalizado quanto o que depende do petróleo, possa estar a chegar ao fim, (sem que os governos pareçam interessados)é admitir que quem nos governa é totalmente inconsciente. E isso cria uma insegurança insuportável na maioria da população. Donde, o síndroma de avestruz dos governos, que apenas espelha um desejo do povo.
Na CML foi apresentada uma proposta - que foi aprovada - para que a própria CML intercedesse para que fosse contemplada a hipótese Portela+1. Nos considerandos, mencionava-se precisamente esta dúvida séria: será altura, com a aproximação do "peak oil", de investir em novos aeroportos? Curiosamente, foi este considerando que mais sorrisos gerou, apesar da proposta passar. (E de nada ter sido feito, adiante-se, para a fazer cumprir). provavelmente porque, tal como aqui, terá parecido uma ideia de tontos...
L.J
Preocupante é a ignorância misturada com a politiquice. Na realidade essa preocupação tem o seu pico quando se fala do que não se conhece. Como sabemos Portugal tem todas as condições para produzir biocombustíveis, reduzindo assim as importações de petróleo. Acresce referir que associada a essa produção, seriam criados milhares de postos de trabalho, que Portugal bem necessita. O problema é que aqui o dialogo pauta-se não por critérios de racionalidade, mas pela politiquice do costume.
Caro L.J.,
Muito obrigado pelo seu comentário. De facto este tema é melindroso. Se lermos com atenção os documentos disponíveis na internet ficamos assustados com o que nos pode acontecer nos próximos anos. Por mais dura que seja a realidade nós, enquanto cidadãos, não devemos ignorar os avisos dos especialistas nesta matéria. Os documentos publicados estão bem feitos, contudo, a natureza geológica do nosso planeta e a forma como são divulgadas as reservas petrolíferas por parte das grandes companhias são sempre factores de incerteza. Todavia, os dados estatísticos não mentem e sabendo que os maiores e mais produtivos lençóis de petróleo foram descobertos há cerca de 40 anos é fácil de perceber que vêm aí tempos difíceis no que toca à satisfação da nossa sede de ouro negro. Esta é a realidade e não podemos fugir dela. Ainda há que ter em atenção que o petróleo não é só útil para pôr os motores dos nossos carros, navios ou aviões em funcionamento. Ele é um produto natural que tem um vasto leque de aplicações que vão desde a indústria petroquímica, alimentar, farmacêutica, agro-pecuária, entre outras. É, no fundo, a base da nossa civilização! É por isso que o tempo urge e não devemos estar calados seja fechados nos nossos conhecimentos ou cobertos pela nossa ignorância.
Caro Pedro Veiga,
Deixo uns links que talvez ajudem quem quiser saber mais e decidir se o seu artigo é falseado.
www.powerswitch.org.uk
www.theoildrum.com
www.peakoil.net
www.lifeaftertheoilcrash.net
www.2020energy.net/fuelcontinuumjune10_files/frame.htm
E em português:
www.peakoilportuguese.blogspot.com/LJ
Meu caro anónimo,
Os "sites" que indicou apontam exactamente para aquilo que eu digo de uma forma resumida no meu texto. Não compreendo aonde está o "falseado".
Dizer que para Portugal poder produzir biocombustíveis teria que ter clima tropical, só pode ser dito por quem está completamente a leste do assunto. Dizer que Portugal ficaria sem poder produzir um grama de qualquer produto agrícola necessário à alimentação da população é um disparate de todo o tamanho. O mais preocupante disto tudo é assistir a uma passerele de disparates uns a seguir aos outros.
Acho que o anónimo que deixou os links estava a tentar dar razão ao pedro veiga e mostrar ao anónimo que não acredita no peak oil que este post não é falseado..
O anónimo que diz que este artigo é falseado e fala em ignorância por parte dos seus autores por acaso já estudou o assunto? Por acaso sabe quantos litros de petróleo gasta por dia contando com as suas deslocações, o transporte das mercadorias que compra no supermercado e a produção da energia que gasta? Sabe quantos metros quadrados de terreno ARÁVEL são necessários para produzir esses litros de biocombustivel? Sabe quantos portugueses existem em Portugal? Eu não lhe respondo. Faça a pesquisa e as contas para não me acusar de falsear coisas... Já dizia o outro: "É fazer as contas!"
Disparates é dizer coisas sem as basear em factores quantitativos e reais.. Alguns desses links fazem a análise quantitativa da coisa. Quem diz que o peak oil é uma farsa e é irreal que faça a sua análise ou mostre análises quantitativas que contrariem o problema do peak oil.
Eu acredito nos biocombustiveis e acredito que vão ser uma excelente ajuda, mas não são suficientes para abastecer a população mundial a não ser que a população mundial mude de atitudes em relação aos seus gastos energéticos e mesmo assim será difícil.
O peak oil não vai ser o fim do mundo, mas é um problema real que irá acontecer e que vai provocar muitas mudanças na economia e por consequência em tudo o resto.
"Sabe quantos metros quadrados de terreno ARÁVEL são necessários para produzir esses litros de biocombustível?" Aqui está uma pergunta hilariante, mas de qualquer modo vou responder ao "paulo" sem necessidade de grandes pesquisas.
A obtenção de biodiesel é um processo de natureza industrial, para produzir esses litros de biocombustível, o que necessito são de alguns metros quadrados de solo INDUSTRIAL.
E faz biodiesel a partir do AR?
Ou pensa que consegue suficientes litros de óleo usado para produzir suficientes litros de biodiesel?
Vá fazer as contas...
E conhece alguma plantação de café em Portugal?
E conhece alguma marca de café que é um caso de sucesso em Portugal?
Caro Paulo, Pedro Veiga e outros, é assim com posts destes que o blog perde credibilidade.
Seja em Portugal, Angola, México ou Cuba...
Faça as contas dos gastos de energia por cada habitante mundial ou apenas de um país e faça as contas de quantos metros quadrados de terreno ARÁVEL são necessários? Ou vai dizer outra vez que só são necessários alguns metros de terreno industrial? Ou vai acabar com as plantações de arroz e batata e arrasar florestas para produzir biocombustíveis?
Quando uma pessoa diz que não tem necessidade de fazer grandes pesquisas sobre um assunto algo está mal..
Como já disse antes, os biocombustíveis são uma ajuda mas não a solução.
Não vou responder mais a não ser quando alguém basear as suas convicções em factos quantitativos.
Na realidade não é preciso ser um expert no assunto, nem fazer grandes pesquisas, para constatar, a série de disparates, aqui referidos por si "paulo", Pedro Veiga. São tão evidentes que nem sequer necessitam de comentários adicionais. Preocupante não é?
Caros dinamizadores deste blog,
não percam tempo com este anónimo. Parece aquele intelectual do costume que aqui aparece para mandar abaixo sem acrescentar nada de positivo à conversa. Se descem ao nível dele perdem em experiência. Há pessoas assim, que vivem baixinho.
Caro anónimo,
Com todo o respeito, devo-lhe dizer que esta discussão perde o interesse na forma como está a ser conduzida por si. Aconselho-o a que se informe bem acerca deste fenómeno. Como dizia o Paulo, o "peak oil" não é um disparate e nem significa o fim do mundo. É, sim, um sinal da natureza geológica do planeta Terra. Infelizmente, o nosso desenvolvimento está assente na exploração, à grande escala, de enormes quantidades de recursos energéticos (onde se inclui o petróleo) e, também, de recursos materiais (como é o caso dos metais base da nossa indústria como o ferro, o alumínio, o cobre, o chumbo, etc.). Estes recursos são finitos e ao longo do tempo a sua exploração vai sendo cada vez mais difícil, implicando, consequentemente, maior investimento.
Na qualidade de geólogo e investigador sou particularmente sensível a este problema dos recursos geológicos do planeta, desde os mais abundantes, como são os inertes para a construção civil, até aos mais escassos como é o caso dos minérios ou dos hidrocarbonetos líquidos e gasosos. Tenho vários colegas geólogos que trabalham nestas áreas sensíveis. Eles sabem bem o investimento que as companhias fazem no sentido de irem cada vez mais longe e mais fundo para encontrar os materiais e a energia, base do nosso desenvolvimento social e económico.
O grande problema da nossa sociedade é a baixa taxa de reciclagem dos materiais e o grande desperdício de energia. Sem inverter esta tendência o modelo económico de desenvolvimento está condenado no futuro. Nesta perspectiva, o fenómeno do “peak oil”, é um desafio para a nossa sociedade e deve ser encarado nesse sentido. O esforço tem de ser feito por todos nós e se formos inteligentes podemos começar a poupar mudando, na medida do possível, as nossas rotinas mais gastadoras de recursos. Os esforços locais podem fazer as diferenças globais! Já existem várias cidades mundiais que estão a tomar medidas para uma vida mais saudável e sustentável. Em muitos aglomerados urbanos, a grande maioria das deslocações entre casa e o trabalho ou entre casa e a escola, não excede a média diária de 6 km. Ora, tal distância, pode e deve ser feita sem recorrer sistematicamente ao uso do automóvel particular, desde que a cidade esteja dotada com boas redes transporte público e bons caminhos pedonais e cicláveis. Lisboa, tem, nesta matéria, um longo caminho a percorrer bastando para isso imitar o que de bom já se faz em muitas cidades europeias.
Independentemente do grau de influência do “peak oil” na nossa sociedade penso que devemos mudar muito dos nossos comportamentos diários fazendo um esforço por reciclar mais os materiais e racionalizando o uso da energia. O ambiente agradece e os nossos corações e pulmões também!
Caro Pedro Veiga,
O Paulo tem razão. O anónimo dos links, não era anónimo, (era o LJ da conversa anterior, mas as iniciais sairam coladas ao link), e estava, sim, a reforçar o que o Pedro apresentou. Vai havendo, apesar de toda a "desconversa" sobre o assunto, uns quantos Velhos do Restelo
L.J
Estão a esquecer o tão estudado e tão escondido hidrogénio. Esse nunca acaba…
Quando o petróleo for inacessível, daqui a 10 - 20 - ou 30 anos (ainda não é possível prever com certeza - lembrem-se das novas descobertas – ex. Brasil - largo de Sines piada…-), o hidrogénio em famosas pilhas já está pronto para entrar em funcionamento...
Por isso calma que ainda vamos fazer muito uso do nosso novíssimo lanço de Eixo Norte Sul...
Aos administradores do Blog: se querem que este mantenha a credibilidade desactivem o acesso a anónimos. É só um conselho.
Quanto ao tema: é demasiado sério para ser ignorado ou gozado.
O hidrogénio não é uma fonte de energia, mas sim um vector energético. Para produzir hidrogénio são necessárias fontes de energia como por exemplo o petróleo, carvão, energia solar ou eólica, energia nuclear de fissão ou de fusão (talvez esta ultima num futuro próximo).
As famosas pilhas de hidrogénio são uma boa alternativa à gasolina ou diesel nos carros, mas tem que se ir buscar energia a algum lado para produzir hidrogénio.
Como o nome indica "pilha de hidrogénio" é apenas uma pilha que como uma pilha qualquer é necessária ser "recarregada".
por isso temos todos bicicletas, cá em casa...
Eu sou a anónima de "Segunda-feira, 3 de Dezembro de 2007 15H31m"
Faz alguma diferença?
Gosto de abordar os temas com alguma disposição.
Pedro Sky, gostaria de referir que no post não tinha qualquer intenção de gozar com o assunto que obviamente é sério.
Acredito piamente que há solução para além do petróleo, acredito também que a existência de petróleo não deixa com que outras formas prevaleçam.
Já há muitos dados que apontam o hidrógenio como viavel num futuro próximo. Haverá razão para tanta preocupação com o petróleo? os que o vendem acham que sim... eu tenho dúvidas e prefiro achar que não.
deixo uns exemplos ( da net)
Cronograma para o uso do hidrogênio como fonte de energia e combustível:
2002 a 2020
Prazo Cenário previsto
5 anos Indústria automobilística lança em escala pré-comercial protótipos de veículos movidos a hidrogênio; cresce o número de aparelhoseletrônicos que utilizam a energia gerada a partir de hidrogênio.
10 anos Geradores de energia à base de hidrogênio são instalados em unidades residenciais e empresas; começa a produção comercial de veículos que utilizam esse tipo de combustível.
20 anos A utilização do hidrogênio é disseminada por toda a sociedade, tanto como combustível quanto na geração de energia. O uso massificado do elemento reduz os custos de implantação dos sistemas.
Fonte: professor Paulo Emílio Miranda - Laboratório de Hidrogênio da Coppe/UFRJ
e ainda,
A fabricante automobilística norte-americana GM (General Motors) dará início ainda este ano a uma fase de testes na qual estudará a aplicação de tecnologias que utilizam hidrogênio como combustível em veículos.
O diretor da filial européia da GM, Carl-Peter Foster, informou nesta segunda-feira que os veículos que incluírem esta tecnologia serão comparáveis, com relação às prestações e aos custos, aos automóveis que ainda utilizarem combustíveis fósseis até 2010.
Entre outras breves noticias que surgem por aí... Sem grandes polémicas para não se afogarem no Lobby Petróleo.
E melhor... estudam-se alternativas para a criação da tal pilha, utilizando apenas água e Monóxido de carbono...!!!
A VIDA PELO LADO POSITIVO ...
Eu também acredito que o hidrogénio vai ser um bom combustível a utilizar nos veículos. O problema está que o hidrogénio não é bem um combustível, é um vector energético.
A solução passa por criar carros a hidrogénio mas principalmente usar fontes de energia que não o petróleo a partir das quais se produza o hidrogénio. Se o hidrogénio for produzido com a energia proveniente das centrais eléctricas a petróleo não serve de nada andar num carro a hidrogénio porque é como se o carro fosse a gasolina ou gasoleo.
Também acredito que possam ser criadas centrais eléctricas por outras fontes que não o petróleo suficientes para produzir energia suficiente. Apenas não acredito que isso seja feito em 1 ou 2 anos. E que isso vai se sentir na economia, ái isso vai.. já estamos a sentir...
Isto está lindo, até um anónimo pede para que os administradores do blog desactivem o acesso a anónimos, a propósito da credibilidade. Um pouco de compustura ao pedro sky não lhe ficava nada mal.
Eu queria dizer que um pouco de compostura ao pedro sky não lhe ficava nada mal, por causa da tal credibilidade.
Caros leitores e comentadores,
Pelo número de comentários que este texto sofreu deduzo que toquei num assunto muito sensível. Ainda bem!
Os meus propósitos ao escrever este simples texto era alertar os leitores deste blog para as mudanças que estão a bater-nos à porta.
O comportamento dos sistemas naturais é muito complexo. Hoje, graças às tecnologias aplicadas e aos modelos matemáticos utilizados, é possível saber com muita exactidão a quantidade de um recurso existente num determinado volume de rocha da crosta terrestre. Contudo, os processos geológicos são complexos e muitas vezes os métodos analíticos utilizados não conseguem reproduzir fielmente o comportamento da natureza.
Para além disto há que contar com os factores políticos e económicos que afectam o valor de qualquer recurso seja ele energético ou material.
Penso que no momento presente o preço que estamos a pagar pela energia fóssil ainda deve estar sobretudo assente na especulação. Todavia, a natureza geológica da Terra tem limites. Se não começarmos hoje a evitar o desperdício é muito provável que o nosso futuro daqui a 30 ou 50 anos não seja nada risonho.
Cidades mais organizadas, onde seja fácil a mobilidade das pessoas, onde seja possível respirar bem poderão contribuir muito para a poupança da energia fóssil que tanta falta nos faz para outras utilizações mais nobres (nessas ela é mesmo insubstituível!).
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