sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Centro de Artes de Sines

O edifício surge assim de repente, no fim da malha antiga de Sines, ali ao fundo, como um portal para a parte nova. Ou como um portal para a parte velha, conforme cheguem de um lado ou de outro.

O Centro de Artes de Sines foi desenhado no Atelier Aires Mateus, que viu recentemente um projecto, já aprovado por despacho, ser chumbado pelos vereadores eleitos da CML.



Estão abertas ao público duas exposições que valem a visita. Uma de fotografia de Luís Campos, chamada "Transurbana", com retratos nos subúrbios de Lisboa.

Imagens desoladas, num trabalho de 1994.

E outra, "A Multiplicidade do Vértice", uma mostra de gravuras e ilustrações de Pablo Picasso.




Esta chama-se "Degas sonhando".

Isto podia estar a acontecer na Alta de Lisboa. Existe um projecto de um Centro Cultural (com dois auditórios, desconheço se tem sala de exposições), com selo do Atelier do Siza Vieira, mas que ficou na gaveta porque o PUAL não prevê uma área de equipamentos culturais tão grande. No espaço proposto por Siza Vieira está prevista no PUAL uma central telefónica. Acontece que o PUAL já tem alguma idade e a tecnologia evoluiu desde aí. As centrais telefónicas da altura eram edifícios com área considerável que agora ocupam um chip que cabe na palma de uma mão. Mas na realidade não vamos ter nem uma coisa nem outra. A Central Telefónica porque é obsoleta e já ninguém as constroi assim, e o Centro Cultural porque o PUAL prevê uma Central Telefónica.

Era bom saber que opinião sobre este assunto têm os Vereadores da CML, tal como as forças políticas aqui do Lumiar, não era?

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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Passagem Pedonal de Alcantara Desmantelada

Eu ainda me lembro de como esta passagem pedonal foi apresentada como uma maravilha da técnica e a melhor coisa que apareceu em Lisboa desde os pastéis de Belém. Agora é feia e já não gostamos dela.

Quem é que aprovou e mandou construir isto? Recordam-se?

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domingo, 24 de agosto de 2008

Calvanas

A parte oriental deste bairro já está praticamente demolida:

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Restam apenas algumas casas na parte ocidental:

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Estes "spotters" mereciam um lugar adequado para a observação dos aviões. O plano de urbanização da Alta de Lisboa deveria incluir um local adequado a esta actividade...

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Inquérito ao atropelamento


O inquérito arrasa tudo e todos. Mas estarão prevenidos riscos futuros idênticos? A pintura de uma passadeira e a colocação de um semáforo tornará mais seguro o atravessamento pedonal na Azinhaga da Musgueira, em frente à D. José I, mas será suficiente para corrigir uma diagnosticada incapacidade de coordenar, fiscalizar, gerir e até de escrever relatórios de forma inteligível?



Inquérito aponta para descoordenação na CML no caso de atropelamento mortal
24.08.2008, Sofia Rodrigues

Investigação interna não poupa críticas ao desempenho dos serviços municipais e da Sociedade Gestora da Alta de Lisboa na sequência de um acidente em frente a uma escola


Houve falta de coordenação e de comunicação entre serviços da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a sociedade privada gestora da Alta de Lisboa na intervenção ao nível da segurança rodoviária junto a uma escola onde se verificou o atropelamento mortal de uma aluna, no passado mês de Junho. Esta é a principal conclusão de um inquérito interno da CML, ao qual o PÚBLICO teve acesso, e que foi aberto para apurar eventuais falhas do município no acidente junto à Escola EB 2-3 D. José I, no Alto do Lumiar.

O relatório conclui que "não existem indícios de infracção disciplinar na actuação dos serviços e funcionários", mas não poupa críticas ao desempenho dos serviços da CML e da Sociedade Gestora da Alta de Lisboa (SGAL), promotora imobiliária privada que é a entidade responsável pelo empreendimento e infra-estruturas daquela zona da capital, à luz de um contrato celebrado com a autarquia.

Num extenso dossier de mais de 100 páginas, o instrutor conclui que houve "faltas de coordenação e de comunicação entre os serviços municipais e entre os serviços e a SGAL".
Segundo o mesmo relatório, os departamentos em causa funcionaram como se fossem ilhas: "Cada serviço agia, apenas, de acordo com a sua óptica do problema, considerando que os aspectos que diziam respeito ao serviço do lado lhes era alheio", lê-se no documento que indica também algum desconhecimento da realidade.

O Departamento de Segurança Rodoviária e Tráfego da CML, por exemplo, "não conhecia o projecto pormenorizado das vias para a área envolvente da Escola D. José I". E a Unidade de Projecto do Alto do Lumiar (UPAL) - serviço da CML com objectivo de assegurar a gestão e a reconversão urbanística da zona - "não conhecia a calendarização da abertura do lado sul da avenida" onde se situa a escola (em obras antes do acidente) e que alterou as condições de circulação no local.

Foi também apurado que "a generalidade das infra-estruturas do Alto do Lumiar não estão a ser recebidas pela câmara municipal, apesar de estarem em funcionamento", o que leva a uma "indefinição jurídica" sobre quem é responsável pela sua manutenção.

Os resultados do inquérito denotam também "falta de funcionários em quantidade ou qualificação suficientes para assegurarem algumas funções importantes." No Departamento de Segurança Rodoviária e Tráfego, por exemplo, o técnico responsável pelo Lumiar e outras zonas próximas declarou ser um aprendiz e "nunca ter exercido" as funções.

A comunicação por parte dos serviços também é criticada: "Na generalidade, é pouco clara e, frequentemente, não indicativa do que se pretende".

Por último, o relatório conclui que a intervenção da UPAL é "essencialmente gestionária". O director desta unidade reconhece no inquérito que o acompanhamento à urbanização do Alto do Lumiar é feito numa "perspectiva de gestão e não de fiscalização, que seria impossível".

Perante este relatório, o presidente da CML, António Costa, determinou que fossem executadas as obras propostas pelo autor do inquérito para melhorar a segurança rodoviária na zona envolvente da escola. Em despacho, de 22 de Julho, Costa determina que as intervenções devem estar concluídas até ao início deste ano lectivo, e avisa que "não devem ser adiadas por dúvidas quanto ao âmbito da responsabilidade entre município, SGAL e Estado". As obras recomendadas estão em andamento, segundo a assessoria de imprensa da CML. A SGAL, contactada pelo PÚBLICO, não se quis pronunciar sobre o relatório.


Escola pediu "encarecidamente" uma passadeira
24.08.2008

Em meados de Abril, cerca de dois meses antes do acidente mortal de uma aluna de 15 anos, o director da escola EB 2-3 D. José I enviou uma carta aos serviços da Câmara Municipal de Lisboa a "pedir encarecidamente" a colocação de uma passadeira em frente ao estabelecimento.

O alerta consta do relatório do inquérito interno da CML que apurou ter havido outras chamadas de atenção para os riscos que os peões corriam no troço junto à escola, nos seis meses que antecederam o atropelamento. Aliás, segundo o relatório, o troço da avenida Carlos Paredes, onde se situa a escola, "é perigosíssima".

Na carta dirigida ao director municipal de Segurança Rodoviária e Tráfego, o responsável da escola indigna-se com a falta de acessos para os alunos e queixa-se do problema se arrastar "há quatro anos sem resolução".

Foram trocados dezenas de ofícios entre os vários serviços da CML sobre a melhoria da sinalização e das condições de acesso dos alunos à escola, mas nenhuma das diligências resultou em acções concretas no terreno. Até chegou a ser marcada uma reunião entre a UPAL e o Departamento de Segurança Rodoviária da CML para tentar resolver este problema, mas o encontro já se veio a realizar após o acidente.

Existe uma passadeira a 25-30 metros da escola, mas é pouco utilizada pelos alunos, que preferem atravessar em linha recta. Uma das hipóteses mais discutidas entre os serviços foi a colocação de outra passadeira mesmo em frente à escola, mas concluiu-se que era inviável, por ser impossível instalar um gradeamento, já que o portão do estabelecimento de ensino é utilizado por peões e por automóveis. Agora, é parte da solução que vai ser adoptada por ordem do presidente da CML, António Costa.

O presidente determinou ainda que seja estudada a colocação de uma passadeira onde haja melhor visibilidade e protegida por semáforos, tal como recomendava o relatório.

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domingo, 17 de agosto de 2008

Pedro Ornelas (1960 - 2008)


Que merda de notícia, amigo. Tantas saudades nos deixas, tanta tristeza por todas as coisas que ficaram por dizer e por fazer. Desculpa não saber escolher agora as melhores palavras, mas estas coisas custam. Um grande, grande abraço. Até sempre.

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sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A thin yellow line

Isto com férias e outras coisas, uma pessoa vai-se esquecendo de dar algumas boas novas. Lembram-se da Av. Helena Vieira da Silva, ali já perto da Quinta do Lambert, que mesmo em frente ao Pingo Doce passava de três faixas para uma por estacionamento abusivo? Parece que já não, com a linha amarela pintada junto ao separador central e alguma vigilância persuaviva dos agentes de trânsito alocados na Superesquadra.

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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Oferta e procura?

(Periferia de Burgos - Julho de 2007)

(Periferia de Burgos - Agosto de 2008)

Apesar dos 13 meses de distância, as fotografias parecem ter sido tiradas no mesmo dia.

De um ano para o outro o cenário pouco mudou: algumas janelas mostram vida no apartamento, mas a maior parte continua por estrear. Apesar desta evidente estagnação do mercado imobiliário, Espanha - como Portugal - continua esquecer-se dos mais elementares princípios de sustentabilidade económica e da relação entre oferta e procura, continuando a construir com alegria edifícios de habitação na periferia das cidades.

Para quem? Quanto vale um produto que não tem procura? Quanto valem agora as casas que outrora obrigaram os compradores a um endividamento de décadas?

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terça-feira, 12 de agosto de 2008

A propósito da ocupação do espaço público

Há uns tempos levantaram-se vozes contra a ocupação de espaços públicos por empresas.

Agora, esta notícia do Expresso, dá conta das normas de segurança impostas pela presença da embaixada de Israel que transformaram uma rua do centro de Lisboa num check-point.

Pergunta óbvia: e mudarem a embaixada para um bunk...er...vivenda, longe de zonas residenciais?

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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Silly Season

O DN escreve isto aqui:

"A 17ª esquadra da PSP, situada na Avenida João Crisóstomo, na zona do Campo Pequeno, em Lisboa, terminou ontem as suas funções naquele local. (...) O efectivo de 42 elementos que ali exerce funções vai ser dividido e passa a trabalhar na 21ª esquadra de Campolide e na 31ª esquadra do Rego, soube o DN junto de fonte policial.
Posteriormente, quando estiverem concluídas as novas instalações na Alta de Lisboa - junto à Divisão de Trânsito, que foi inaugurada pelo ministro da Administração Interna, no dia 22 de Julho -, a maioria do efectivo passará para lá, referiu a mesma fonte, afirmando desconhecer a data em que isso irá suceder."


Quando estiverem prontas? Então elas não estiveram prontas uma série de meses à espera que a PSP decidisse o que fazer com elas?

Ou será que eram apenas as instalações arquitectónicas (espaços, áreas, infraestruturas) que estavam prontas e o que falta é o mobiliário, as cadeiras, os armários, os cadeados da armaria? Mas, segundo o jornal, já há uns meses que a PSP tinha sido avisada da cessação do contrato de aluguer... já sabia que ia "sobrar" uma esquadra... não houve tempo para tratar do assunto, tanto que foi já há uns anos que foram igualmente informados - e consultados - que novas instalações iriam ser construídas na Alta? Não se trocaram cartas em Janeiro entre o Director-Geral e o Presidente da Câmara?

Entretanto lá continua a velhinha esquadra da Musgueira a tentar apagar todos os fogos com o seu carrito diariamente levado à oficina e as motitas defuntas por falta de peças paradas à porta.

É mesmo aquela altura do ano.

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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Qualidade de vida

Estão aí os dias longos e os finais de tarde quentes convidativos a sair de casa.

Se durante o fim-de-semana a praia é o destino mais evidente, durante a semana em que a hora de saída do escritório não o permite, porque não sair de casa e ir usufruir dos espaços verdes aqui tão perto.

Fica o desafio para pegar na bicicleta e ir dar aquele passeio faz muito adiado, seja pelo Jardim das Conchas, pelo Jardim dos Lilazes, ou pelo Parque Oeste aproveitando para percorrer o passeio pedonal (na foto).

Seja de bicicleta ou a pé, com as crianças, amigos ou vizinhos seguramente será um fim de tarde muito bem passado.

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terça-feira, 5 de agosto de 2008

Fazer o caminho ... caminhando


Escrevo apenas para partilhar estas duas fotos que ilustram bem a dinâmica da Alta de Lisboa.


A dinâmica de uma cidade a crescer a ganhar forma.

As fotos foram tiradas perto acesso ao Eixo Norte Sul.
Num futuro próximo espera-se que venha a existir uma passagem superior a ligar os dois lados do jardim.




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Onde as rosas, senhora?

dois meses, num acidente que tanto teve de estúpido como de evitável preventivamente, perdeu a vida uma criança frente à escola D. José I.
Então? Já há conclusões, está-se à espera da abertura do novo ano lectivo ou chegam as passadeiras pintadas e as micro-lombas longe da escola?

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domingo, 3 de agosto de 2008

Favela Hi-Tech

Faz parte de um dossier do Estadão sobre as Megacidades, na altura em que imagens de satélite comprovam que as áreas urbanas de São Paulo e Campinas se uniram formando a maior mancha urbana do hemisfério sul.

Um dos artigos, sobre o Rio de Janeiro, aborda a influência das novas tecnologias de informação na cultura e modo de vida das favelas.

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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Salas mortuárias abrem guerra entre Sá Fernandes e padre da Charneca do Lumiar

A pedido do Tiago, ausente de férias numa ilha do pacífico, aqui fica a chamada de atenção para a diferença de opiniões entre o pároco da Charneca do Lumiar e o vereador Sá Fernandes da CML.

O conflito tem a ver com a construção de duas salas mortuárias em terrenos municipais. A Igreja Católica pretende que existam símbolos católicos nas salas e o vereador diz que os espaços terão de estar abertos a qualquer culto e por isso despidos de simbologia, seja ela qual for.


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