domingo, 19 de outubro de 2008

Último aviso

Já estamos tão habituados que mal nos ressentimos. Todos os Outonos - todos sem excepção - Lisboa inunda-se com as primeiras chuvadas, mercê da absoluta ausência de um atempado  desentupimento de sumidouros e sarjetas agravado, nos anos mais recentes, pelo aparecimento de chuvadas torrenciais muito acima - em termos de intensidade e duração - dos valores teóricos empregues no dimensionamento das redes de drenagem.

Se a esta falta de vontade da CML em contribuir para o bem-estar da população que é suposto servir, acrescentarmos o crescente envelhecimento da rede da cidade, a progressiva impermeabilização dos solos e o demorado processo de reformulação dos sistemas de escoamento de águs pluviais, temos todos os ingredientes básicos para as futuras "tragédias" (o termo não é meu: será o empregue por todos os media e pelos políticos da oposição, da próxima vez que ocorrerem) que nos visitarão ainda esta temporada.


Acabo com um sinal de alerta: estejam atentos às previsões metereológicas de véspera e planeiem uma saída antecipada para o trabalho nos dias para os quais se antecipem grandes chuvadas - enquanto não fôr construída a sub-rede de drenagem a Norte do Colégio S. João de Brito (e a mesma só pode ser feita após a retirada do estaleiro do AJ Neves) são inevitáveis inundações como a que nos fustigou no Inverno passado (lembram-se? - aquela que levou os mais afoitos a experimentar a resistência dos passeios do Parque Oeste e os mais infelizes a uma noite de luta contra a subida das águas no seu prédio), ou , se quisermos ser mais precisos, como as que, ciclicamente, afectam a Alta e o Lumiar desde a sua construção. Mais uma vez, não sou eu a exagerar - foi o próprio director da UPAL que o confirmou na nossa última conversa.


Sem comentários: