quinta-feira, 5 de junho de 2008

Eu assobio pro lado? Eu???

UMA
Considerando que o perfil longitudinal das Avenidas Nuno Kruz Abecassis e Helena Vaz da Silva se apresenta em linha recta e o seu perfil transversal, com duas faixas em cada sentido e separador central, não causam entraves a quem quiser assumir uma condução a velocidades bem acima do permitido pela lei e, dir-se-ia, pelo bom-senso (especialmente à noite, são referidas situações recorrentes de corridas ilegais, comummente apelidadas de “street racing”);
(...)
Proponho
1.A introdução de redutores de velocidade sob a forma de sobreelevações da via na zona das passadeiras, devidamente sinalizados tanto vertical como horizontalmente, com a introdução, na camada de desgaste, de material antiderrapante e complementados com rampas de concordância em relação ao seu perfil longitudinal de modo a evitar a deteriorização dos automóveis aquando da sua passagem;

Debatida e votada: 11ª Reunião, 21 de Novembro Resultado da votação: Aprovada por unanimidade, sem votos dos vereadores do PSD que abandonaram a sala por considerar que esta proposta não tinha dignidade para ser apresentada

DUAS

Considerando que os problemas identificados nas infra-estruturas rodoviárias da cidade atentam não apenas contra o direito à segurança e a integridade física das crianças e jovens, mas também de todas as pessoas com mobilidade reduzida - verificando-se aliás através da leitura das estatísticas relativas a atropelamentos em Lisboa que é a população idosa aquela que é mais sacrificada, (...)

Considerando o estado calamitoso dos espaços públicos rodoviários em amplas zonas da cidade, no que respeita à segurança, conforto e coerência das passagens de peões, à visibilidade das marcas horizontais nas infra-estruturas rodoviárias, à prática de velocidade automóvel excessiva – frequentemente induzida pelo próprio sistema de semaforização, (...)
Proponho que esta Câmara: (...)

4. Que sejam instaladas medidas correctivas (como a instalação de guarda-corpos para disciplinar percursos pedonais e canalizar os peões para zonas específicas de atravessamento) mas que sejam também instaladas medidas adaptativas, respeitando assim o património cultural dos fluxos pedonais dos utentes dos espaços públicos dos lisboetas.
5. Proceda à concretização urgente do plano, iniciado no mandato anterior, de criação das chamadas Zonas 30, na proximidade de estabelecimentos de ensino, em bairros residenciais e de zonas de serviços com elevada frequência de peões.

Debatida e votada: 11ª Reunião, 21 de Novembro
Resultado da votação: Pontos 1, 3, 4 e 5 – Retirados
Vereadores do PSD não estavam na sala para a votação desta proposta.
TRÊS

1. Considerando que
1.1.A Recomendação Nº 5 – Aprovada por Maioria na Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Lisboa, realizada em 25 de Setembro de 2007:“Por uma Política Séria de Mobilidade Sustentável para Lisboa” previa “a apresentação de um plano de medidas preventivas de acalmia de tráfego na cidade de Lisboa, dotando-as das condições satisfatórias para a prática de velocidades compatíveis com os peões e com a circulação de modos suaves, começando, desde já, pelas áreas consideradas mais críticas;”

1.2.Que na sequência da Acção de Identificação e Divulgação dos Pontos Negros da Cidade, apresentada em Setembro de 2007 pelo Senhor Vereador Marcos Perestrello, seriam instaladas placas identificadoras de situações perigosas em 20 pontos previamente identificados pelos serviços da CML , assim como a realização de obras com o objectivo de reduzir potenciais acidentes;

1.3.Considerando que, de acordo com informações divulgadas pela comunicação social, “as intervenções estarão concluídas entre Abril e Maio de 2008” (notícia do Jornal SOL) (...)

Proponho que a Câmara Municipal de Lisboa delibere, no âmbito das competências conferidas pela alínea f) do nº 2 do artigo 64º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, na redacção em vigor conferida pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, que:
1.Com o objectivo de aumentar a segurança dos peões no atravessamento:
1.Seja elaborado um plano de acalmia de tráfego com prioridade para as vias com elevado número de atropelamentos, assim como junto às escolas, e que inclua medidas como:
1.1. a elevação de cruzamentos e passadeiras à cota do passeio em ruas locais.
1.2. a colocação das chamadas “almofadas de Berlim” dez metros antes das passagens de peões, nos casos das vias que façam parte de percursos de emergência, ou sejam usadas por Transportes Públicos.

Apresentada: 7 de Maio de 2008
Agendada: 42ª Reunião, 14 de Maio
Destino: adiada

Propostas aprovadas e incumpridas.
Propostas retiradas por pressão da maioria.
A Câmara vai desculpar-se com quê, desta vez?

17 comentários:

Mr. Steed disse...

essa da madama vereadora se ter retirado com os seus apaniguados parece-me excelente. não há registo video desse momento de demonstração prática da vida em democracia?

e a justificação? não tem dignidade?

porquê? a proposta foi apresentada num guardanapo com manchas de sande mista?

Tinha desenhos porcos nas margens?

Estava cheia de erros ortográficos?

ai o onanismo, o onanismo.

Anónimo disse...

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1331366

Anónimo disse...

Eu acho que a solução para aquele local, passa por colocar rede, como fizeram nos túneis do Campo Grande.

Anónimo disse...

eh pá,,, vocês desculpem lá mas foi um acidente!!!

assim como foi um acidente o miúdo que caiu ao lago (!!!???)

vamos lá ver uma coisa:
a) as estradas são para os carros, os passeios para as pessoas;
b) pergunto: o que andava a miúda com outras colegas àquela hora fora da escola?
c) se andava fora da escola porque não tinha aulas, podia deslocar-se pelos passeios que ai existem...
d) pelo que soube as miúdas e miúdas andavam a brincar... como se vê todos os dias à saída das aulas, inclusive, apropriando-se da estrada para desafiarem automobilistas, atirando bolas e pedras + mochilas, por cima dos carros que ai circulam - passo lá todos os dias e já apanhei grandes sustos...
e) querem crucificar o inventor da roda que o cricifiquem, mas lembrem-se que de facto, as estradas são para os carros, a via é nova e está bem melhor que estava... há sinalização e passagem de peões (custa á passar nela - como seria bom haver "zebras" em vez de algatrão... de dois em dois metros, melhor, de um em um metro - a malta é nova e não quer perder tempo a atravessar nas passadeiras...
f) coitado do motorista da carris que por pouco não foi linchado ali... alguém se lembrou que ela estava a desempenhar a sua função? motorista = autocarro = estrada...

enfim, a culpa morre solteira...
tinha doze anos, podia ter 90, 39, ou 77... acontece!!!

sentimentos a todos os envolvidos directa e indirectamente!

Anónimo disse...

Nos idos anos 80 (se não estou em erro) houve uma série de atropelamentos em crianças que frequentavam a Escola Secundária de Telheiras.
Era um facto que as crianças foram atropeladas nas faixas de rodagem.
Constatou-se que era possível melhorar as condições de segurança e resolveu-se a questão.
Fingir que está tudo bem e que as crianças é que correm para debaixo dos carros é uma hipocrisia terceiro-mundista. Gostava que nunca mais ninguém passasse pelo que estes pais estão a passar, mesmo os hipócritas que assobiam para o lado...

Anónimo disse...

Só espero que esta tragédia nunca acontece a nenhum filho, daqueles que estão aqui a defender que as estradas é para os carros!

A dor de uma mãe chegar ao local e ainda ver a filha deitada no chão sem vida é uma imagem que nunca me vai sair da cabeça.

Continuem fechados no casulo e a pensar que só acontece aos outros!

Anónimo disse...

Em primeiro lugar, quero expressar o meu pesar à familia desta criança.

Em segundo lugar quero pedir a todos os pais que eduquem os seus filhos tendo em conta a sociedade em que vivemos, segundo as regras dessa mesma sociedade.

Uma das regras básicas de segurança ( e já a ouço desde há quase 30 anos ) é:

Antes de atravessar, olhar para a direita e para a esquerda, para ver se vêm carros. Se possivel, atravessar nas passadeiras. Nunca atravessar a estrada a correr.

Se estas regras estivessem bem entendidas e ensinadas, esta tragédia não teria acontecido.

Neste momento, um homem que cumpria o seu dever, tem a sua consciência marcada para toda a vida.
Neste momento, uma familia está destroçada para todo o sempre.
Uma criança, uma jovem, perdeu a vida num acto repentista e irreflectido.

Se todos educar-mos, prevenimos as tragédias...

Anónimo disse...

Nós estamos a falar de crianças, que por muito que nós lhes ensinemos como devem atravessar uma estrada, nunca vão tomar isso em conta.

Em relação à educação que tanto o senhor ou senhora apregoa, secalhar aquela família, a mãe sai às 6 da manhã e chega às 21 noite, para ir trabalhar, não tem motorista nem tem possibilidades de ter os filhos em colégios particular.

As pessoas só pedem igualdade de tratamento pelas entidades oficiais e dou-lhe um exemplo, veja, a quantidade de sinais que existe nos 100 metros de estrada que atravessam o Colégio S. Tomás e compare com a AVENIDA, volto a repetir, AVENIDA que atravessa a Escola D. José I e a Escola Básica n.º 34.

Mr. Steed disse...

não se zanguem que não vale a pena.

há uma coisa que é verdade: nós podemos ensinar os putos a fazer as coisas mas eles são isso mesmo. Putos. Xarilas e essas coisas todas. Esquecem com grande facilidade, são uns malandros e tal. Por isso é que existem os adultos (a gente!) para tomar conta deles e impedi-los de fazer disparates, de modo a que uma grande maioria sobreviva à infância e à adolescência.

Uma das maneiras que nós temos de tomar conta deles é criar barreiras a esses disparates. Como sejam os tais guarda-corpos as passadeiras desniveladas e assim.

E é verdadinha que em frente ao colégio dos meninos copo-de-leite (buuuuu!!! betinhos!!!) está tudo arranjadinho e pintadinho. Ao pé do colégio dos meninos pobres é a grande balda.

Anónimo disse...

aliás, vê-se o que este putos xarilas andam a fazer sempre que saem da mediateca no centro social e paroquial da musgueira... sito, alameda da música... é vê-los aos pontapés ao vidrão e às pedras aos carros... ainda me falam em ensinar Às criancinhas o que devem fazer??? por amor de deus... não há paciência...

e mais, foi um triste acidente por incuria da miúda que andavam na palhaçada com as colegas e não viu o autocarro que, ainda por cima subia a rua (não ia a mais de 30km por hora)

azares acontecem e por isso se chama isto de acidente e não de desastre!

Fala-se no colégio são tomás... concordo... mas mesmo sem sinais o pessoal andaria lá devagar e com atenção pois encontra-se lá uma esquadra mesmo em frente... quem quiser ver mesmo perigo e com um historial de 14 atropelamentos nos últimos 10 anos, dois deles mortais, dirija-se À estrada da torre, e verá o perigo à entrada do CSJB. BELISSIMO!

Anónimo disse...

"Nós estamos a falar de crianças, que por muito que nós lhes ensinemos como devem atravessar uma estrada, nunca vão tomar isso em conta."

Por esse ponto de vista, o que andarão eles a fazer na escola tants anos??? eles nao aprendem nada... nunca vão tomar isso em conta.

o melhor é porem-nos logo a trabalhar... ahh não... depois é considerado exploração de trabalho infantil!

As crianças devem ser educadas. Devem saber comportar-e em sociedade! Devem aprender a respeitar as regras para seu próprio proveito futuro. Esse trabalho cabe-nos a todos nós pais, amigos, educadores, vizinhos, etc... São novos e são irreverentes é certo, mas terão de ser orientados para uma vida sã, pois se assim não for, apenas serão mais uns animais nesta imensa selva!

Miguel

Anónimo disse...

Cada vez mais quem projecta estas estradas, prédios, etc. tem que ter em conta quem as vai utilizar, não se pode colocar a estética acima da vida humana.

Muitas destas crianças, viveram muitas anos inseridas em comunidades onde não havia estradas nem passava carros, tinham todo o espaço do mundo para brincar.

Agora e bem, melhoraram as condições de habitabilidade, mas os habitus de anos não se perdem de um dia para o outro.

Não vale a pena andar à procura de quem foi o culpado, interessa é aprender com erros e se é possível com algumas obras melhorar a segurança das nossas crianças, optimo.

Anónimo disse...

Por falar em questões de segurança, esta a propósito da maldade que o M.A.I. fez à SGAL e a todos nós (um crime que num país civilizado não ficaria sem punição):
- Sabiam que na passada sexta-feira , ao pé da farmácia alta de lisboa, a 100m da esquadra, uma senhora abrandou o carro, entraram 3 bandidos armados, fizeram com a srª, tranquilamente, uma ronda pelos multibancos da zona, deixaram-na junto à pista do aeroporto, a 50m da esquadra, e foram-se embora com o carro? 2 POLÍCIAS PARA 30.000 HABITANTES, SR. MINISTRO? DE TRÂNSITO?

OS MEUS SENTIMENTOS À FAMÍLIA E AOS AMIGOS DA JOANA.

Anónimo disse...

Onde é q está o post que eu li ontem?

Anónimo disse...

Reabilitação urbana \u2013 o seu a seu dono
09.06.2008, Mafalda Magalhães Barros

Tendo lido recentes artigos publicados no PÚBLICO que fazem eco de afirmações do vereador Manuel Salgado, e uma vez que fui um dos intervenientes no processo referido, cumpre-me prestar alguns esclarecimentos.
Diz o senhor vereador que \u201Cas obras que até há uns meses foram feitas nos edifícios municipais e as intervenções coercivas em São Bento, Mouraria e no Bairro Alto foram um desastre e estão todas paradas por incompetência de quem organizou\u201D, considerando \u201Cabsurda a política dos anteriores executivos camarários\u201D.


Há que esclarecer que as obras levadas a efeito na R. de S. Bento não foram coercivas, pois tratou-se, maioritariamente, da reabilitação de edifícios camarários, numa artéria central da cidade, habitada maioritariamente por uma população de fracos recursos económicos. Dos 18 edifícios intervencionados (entre 2002-2005) 15 eram municipais, possibilitando que os fogos recuperados no âmbito desta acção fossem ocupados pelos anteriores locatários que agora vivem em habitações condignas, disponibilizando ainda um considerável número de fogos para outros realojamentos. Com cerca de 5 milhões de euros investidos só na reabilitação do edificado, para além do apoio à renovação do Clube Nacional de Natação e da construção de um silo automóvel, só por má informação se compreendem tais afirmações.
Quanto ao Bairro Alto, foram recuperados diversos prédios de habitação, 17 ao todo, sendo 12 municipais, muitos dos quais com fogos devolutos, o que permite criar agora uma bolsa para arrendamento a custos controlados. Na realidade, o desinvestimento actual, e num passado próximo, esse sim, tem sido a causa da degradação do edificado e do espaço público, transformando uma área que estava em franco processo de reabilitação num espaço que actualmente só é notícia pelas piores razões.
Na Rua da Madalena foi feita uma intervenção maioritariamente coerciva, pois incidiu sobre prédios degradados de propriedade particular. Foi uma tentativa de iniciar a recuperação da Baixa pombalina, sendo certo que esta intervenção não esgotava o universo de intervenções necessárias para a recuperação daquele conjunto, há muito entregue à mera especulação imobiliária. Aí também o investimento rondou os 5 milhões de euros. Para além do apoio à recuperação das igrejas da Baixa (S. Nicolau, N.ª Sr.ª da Oliveira, da Madalena e da Conceição Velha) e das do Chiado. É que contrariamente às obras do Rossio que foram apenas de espaço público e de fachadas, estas tinham como objectivo recuperar e permitir novas utilizações das habitações, bem como a requalificação do património histórico dessas áreas centrais.
É que se a herança fosse tão má assim como poderia o senhor vereador anunciar que vai promover o arrendamento de fogos municipais a custos controlados, se não fossem aqueles mesmos que foram alvo de intervenção pelas tais \u201Cpolíticas absurdas\u201D de reabilitação? Muitas mais habitações, de facto, poderiam ter sido recuperadas com base em empreitadas que não foram finalizadas, como consequência de uma gestão financeira errática que se prolongou pelos anos de 2006/2007, e que agora importa levar a bom termo, tal como estava programado. Esta é a única forma de minimizar as graves consequências provocadas pelos realojamentos maciços efectuados nos bairros de Alfama e da Mouraria, decorrentes do estado de quase ruína do edificado destas áreas históricas.
Aproveito também para referir que algumas medidas recentemente anunciadas nada têm de novo, como por exemplo a da expansão do Museu do Chiado, de que há cerca de 15 anos se fala. Nova, sim, é a ideia de suspender as normas do actual PDM para que na zona da Baixa pombalina se possa proceder a construção nova. Diz o senhor vereador que as obras promovidas de \u201Creabilitação não têm nada: é apenas construção nova em edifícios velhos\u201D. Afinal de contas em que é que ficamos? Qual é o modelo de reabilitação que se preconiza para aquela e outras áreas consolidadas da cidade? O da obra nova? Dentro da fachada antiga? Ou um outro? Esperávamos que significasse uma intervenção ponderada de modernização, sem a descaracterização total de interiores e de fachadas. A clarificação de um modelo para a reabilitação é algo que urge.
A falta de regulamentos para a intervenção nas áreas históricas habitacionais e a permissividade do Ippar, paralisado por uma \u201Creestruturação\u201D absurda, que multiplicou serviços e sobrepôs competências, tornando-o incapaz de agir perante os inúmeros casos de lesa-património, levam-nos a temer o pior.
Inúmeras são as notícias que nos dão conta da delapidação patrimonial que vai decorrendo um pouco pela cidade, que vão dos roubos de azulejos às demolições integrais dos interiores, onde se concentrou muitas vezes o que de mais original os nossos artistas e artesãos foram capazes de criar, dos estuques às pinturas murais, das ferragens às carpintarias e aos conjuntos azulejares.
O tal modelo que se anuncia de recuperação da frente ribeirinha não significará, mais uma vez, que se vai virar as costas à cidade histórica, para construir mais uma barreira entre esta e o rio, consumindo as sempre escassas verbas disponíveis, canalizando para a \u201Cobra nova\u201D o que poderia ser investido em obras de requalificação da cidade existente, do seu parque habitacional e do seu espaço público?
E quanto às obras coercivas que a câmara muitas vezes efectuou, e que agora tanto condena, foram uma forma de assegurar a reabilitação do edificado, sempre que por questões sociais, de segurança pública, ou por razões patrimoniais tal se justificava. Não sendo o modelo de obra coerciva só por si solução, é um instrumento que a autarquia pode usar em casos pontuais, sendo ainda uma forma de pressão para que proprietários façam as obras e procurem os programas Recria para o seu financiamento. Neste domínio muito há a fazer para apoiar o pequeno proprietário urbano, asfixiado por todo o tipo de taxas e que dificilmente consegue chegar às verbas que o Instituto Nacional de Habitação disponibiliza, pois os processos têm que passar pelas autarquias, que nem sempre dispõem de verbas para a contrapartida que por lei é de sua responsabilidade.
Como me parece que não só de grandes promotores e de megaempreendimentos vive uma cidade, há que pensar nesta camada da população, no pequeno e médio proprietário urbano, e encontrar formas de o apoiar na reabilitação do seu património que afinal é usufruído por todos.
A tarefa é gigantesca e dificilmente, em pouco tempo, se podem resolver todos os problemas. Mas isso não significa que os que o antecederam não possam ter dado também um contributo positivo. E estas palavras são movidas não só pelo desejo de verdade, como pelo reconhecimento de que o senhor vereador é credor de qualidades que fazem acreditar que pode fazer muito e bem. Mas isso não o deve levar a menosprezar todos aqueles que deram o seu melhor pela reabilitação da cidade de Lisboa, movidos pela força e energia que as boas causas congregam, muitos dos quais continuam a trabalhar na câmara municipal. É que na voragem de tudo condenar não vá por distracção deitar fora o bebé com a água do banho\u2026.
Ex-directora municipal da Conservação e Reabilitação Urbana (2002-2005)

Anónimo disse...

é só treta!!!

Mr. Steed disse...

Para desenjoar um bocado:


Ilusão óptica para fazer abrandar os condutores:

http://conversasdobruno.blogs.sapo.pt/430042.html