sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Passo a Passo IV


Ainda não temos respostas às perguntas feitas no documento Alta de Lisboa - Que futuro?. Apenas ainda algumas trocas de emails interessantes e promessas de abordagem ao assunto quando as águas da CML estiverem mais calmas.

Compreendemos. E continuaremos a esperar. Só um inabalável optimismo nos mantém a acreditar que o objectivo máximo de uma pessoa que chega a Vereador na CML, Presidente da Junta ou AML é servir a Cidade, a sua população, e estar disponível para a reflexão e debate com os seus munícipes. E como o Alto do Lumiar pertence geográfica e administrativamente a Lisboa, queremos continuar a acreditar que as respostas chegarão num futuro muito próximo. Porque as dezenas de milhar de actuais Lisboetas que vieram viver nesta parte nova de Lisboa, por acreditarem num projecto bem pensado, por confiarem na sua viabilidade, por saberem ser um projecto lançado pela CML e acreditarem que a Honra e Palavra do Estado jamais será traída, merecem ver tornado público este debate. A bem da Democracia, a bem da Dignidade da CML e de todos os que nobremente aceitaram servi-la.

Entretanto, mais uns milhares de pessoas vão passar os olhos no assunto, hoje de manhã, nalguns transportes públicos. O diário Meia Hora também publicou a notícia, na página 8.



Moradores defraudados com desinteresse da CML
Atrasos na construção de nova via rápida e insuficientes áreas para equipamentos culturais são principais queixas

POR: CRISTINA ESPADA
cespada@meiahora.pt

Defraudados. É desta forma que se sentem os moradores da Alta de Lisboa, de acordo com o movimento cívico que os representa, pelo “aparente desinteresse” da Câmara Municipal de Lisboa (CML) nos projectos que estavam planeados para aquela zona. Uma das principais reclamações é o atraso na construção da ligação da Avenida Santos e Castro à 2ª Circular, razão que levou o movimento Viver na Alta de Lisboa(VAL) a elaborar diversas questões sobre o futuro daquela zona, que foram enviadas à CML, juntas de freguesia do Lumiar, Ameixoeira e Charneca, e aos vereadores com assento no executivo municipal.

Actualmente, 6%da população lisboeta reside nesta zona da cidade

“O projecto está pronto há três anos, mas ainda falta adquirir alguns terrenos para poder avançar, pelo que está tudo parado”, explica Pedro Cruz Gomes, um dos promotores da iniciativa, ao Meia Hora. O facto da Câmara ter anunciado recentemente que está a repensar o projecto preocupa os moradores, que receiam que se repita a situação do Eixo Norte-Sul, que demorou 20 anos a ser concluído. “A CML temvindo a adiar e inviabilizar o projecto, condenando-o ao insucesso, o que é grave, uma vez que foi a Câmara a projectá-lo”, afirmou Tiago Figueiredo, também membro do movimento cívico, citado pela agência Lusa.

Tomar uma posição. Considerando que a Alta de Lisboa deve ser uma prioridade para a CML, pelo seu potencial em tornar-se uma “nova centralidade da cidade de Lisboa”, Pedro Cruz Gomes salienta a necessidade da autarquia “tomar uma posição”. Além da nova via rápida, de acordo com o VAL, “as directrizes existentes para os equipamentos culturais não correspondem às necessidades da zona, já que as áreas previstas são insuficientes”. Projectado nos anos 80 e iniciado nos 90, o Plano de Urbanização do Alto do Lumiar nasceu com o objectivo de reabilitar os bairros degradados naquela zona, ocupando uma área de cerca de 300 hectares. Hoje, residem na zona cerca de 32.500 cidadãos (6% da população lisboeta) e estima-se que o número ascenda para 65mil, uma vez o plano esteja concluído.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tiago,

Como morador na Alta de Lisboa (ou Alto do Lumiar...), agradeco-lhe o seu empenhamento (e de todos os que colaboram no Viver) em contribuir para o desenvolvimento deste projecto.
Melhor...em contribuir para exigir um minimo de moralidade dos principais actores.

Continuo a considerar que só quando todos os moradores votarem no Lumiar e exigirem os seus direitos, algo acontecerá.
Em 2009 teremos eleições e, até lá, os moradores deviam exigir em torno deste movimento.

Obrigado por terem a disponibilidade, coragem e perseverança para defenderem este projecto.

Já não era sem tempo que surgisse alguem nesta zona, com capacidade de liderar iniciativas destas.

miguel

Anónimo disse...

Adoro a fotografia no jornal. Mostra os Jardins de S. Bartolomeu, o caminho pedonal e familias jovens com os seus bebes.
melhor nao podia ser.