domingo, 13 de janeiro de 2008

Poejo

Desde que conheci esta planta, num restaurante extremamente recomendável na Vila de Melides, sempre a procurei com frustração em Lisboa. Em hiperes, esqueçam.

Hoje tive a sorte de dar com ela na Feira das Galinheiras (que continua no mesmo lugar de sempre, aproveitando para responder aos comentários de outros posts).

O Chá de Poejo é indicado para quem sofre de falta de ar, mas serve para todos os que gostam de infusões em Domingos de chuva. Depois de partido em pedacinhos o ramo, junta-se três colheres de sopa deste preparo a meio litro de água a ferver. Deixa-se repousar uns minutos, a gosto, e coa-se.

26 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada Tiago, fico muito contente de saber.
Mas diz-me, no projecto da Alta aquele espaco vai ficar ocupado nao e?
e nao fica em cima de um no gigante do eixo norte sul?
ana

Anónimo disse...

Resmas de grãos de areia, chá quente, bailarinas,...,e o deserto aqui tão perto.
Ana, sabes dançar(belydance)?
Paulinho das F's

Anónimo disse...

Na próxima semana, Tiago, põe aí uma receita de um chazinho para os maus fígados deste Paulinho...

espertinha disse...

O chá de poejo é quase milagroso para digestões difíceis. Aqui fica mais esta ;)

Anónimo disse...

E tb é mt bom para constipações e tosse. É expectorante. O poejo é mt utilizado no Alentejo. Em doses mt elevadas pode ser tóxico, tal como o alecrim.

Anónimo disse...

Apesar de adorar poejo e utilizar para chás quentinhos em dias de chuva e não só,deixem-me questionar:será mais importante um post sobre poejo do que sobre uma loja de fruta e legumes maravilhosa que havia no Condomínio do Parque?É que foi por várias vezes pedido neste blog um post sobre a dita loja (em que o meu único interesse era o óptimo pão e a proximidade de casa)e ele nunca apareceu.Sei que não deve este blog servir de espaço de publicidade mas já aqui li publicidade ao Bacano,por exemplo, e não me pareceu mal.As lojas na Alta ainda têm pouca visibilidade e esta em especial era muito escondida pelo que teria ajudado um post que a desse a conhecer, pois haverá quem nunca a tenha visto e more mesmo ao pé.Fechou por falta de clientes e lá tenho de me sentar no carro para ir comprar pão e fruta.

Tiago disse...

Que posso dizer? Que lamento o fecho da loja, sim. Que lamento o fecho por falta de clientes ser, em primeiro lugar, provavelmente em único dada a anunciada qualidade dos seus produtos, consequência de um modo de viva da população da Alta de Lisboa demasiado dependente do automóvel e de grandes superfícies comerciais. Que lamento eu próprio nunca a ter chegado a conhecer, talvez por ser demasiado fiel às outras lojas e feiras de proximidade onde me abasteço.

E lamento também ser este blog, um exercício de voluntariado onde os seus colaboradores se dedicam tantas horas por dia sem daí tirarem qualquer proveito financeiro, mais uma vez, mesmo que subtilmente, responsabilizado por uma infelicidade que se deve em primeiro lugar a muitos outros factores.

E sim, houve alertas e pedidos de posts aqui nos comentários. Sempre anónimos. Mas se dá trabalho fazer um blog, ou um post, reservo-me no direito de achar que seria delicado terem-mo pedido de outra forma. Porque deste lado há pessoas, com nome. E calculo que desse também haja. Por isso, se o interesse era mútuo, não teria custado nada enviar um mail, assinado, propondo visita ao local, mostrando a qualidade dos produtos, as vantagens para o bairro, e a pertinência do post. Que não salvaria a loja, mas talvez ajudasse a erguer-se.

E tem razão, este blog não é (pelo menos ainda) um espaço com publicidade. Os posts do Bacano serviram para elogiar a esplanada e tinham outro objectivos sociológicos inerentes, dada a reacção previsível. Mas não tinham como intuito a publicidade.

Que fazer? Transformar o blog, feito apenas com esforço e dedicação de uns poucos moradores, sem fins lucrativos, num espaço de divulgação de lojas e negócios que servem a população, e ainda bem, mas que visam, natural e legitimamente o lucro? Mas como o fazer tornando justa a relação? Propõe-nos alguma coisa? Ou isto será sempre assim, uns em prol do todo e outros em prol de si mesmos?

E que solução para ajudar o comércio que resta na Alta a não ter o mesmo triste fado da loja referida? Sentar no carro para ir comprar pão e fruta noutro lado?

Anónimo disse...

Tiago
ontem fui buscar os meus filhos a escola.
primeiro a bebe no carrinho depois o rapaz a escola. Era preciso pao, leite, fruta e dinheiro. Fomos ao banco, depois a padaria, depois compramos fruta a um vendedor ambulante e por fim fomos a um mini-mercado comprar o leite.
Todos os produtos sao produzidos a menos de 50 milhas de onde vivemos. empurramos o carrinho a vez e conversamos sobre o dia. demorei 45 minutos desde que sai da minha escola,
Durante todo este tempo pensei:
quero fazer exactamente isto na alta, como?

Suponho que este blog e um espaco maravilhoso em que se discutem imensas coisas.
Suponho que um dos grandes objectivos era melhorar a qualidade de vida dos habitantes da alta.
nao vejo nada de errado em fazer um post sobre uma mercearia.

E devo confessar que quando assino os meus comentarios, sabes bem que sou vitima de muitos pirotos, muitas vezes bastantes desagradaveis. Empatiso facilmente, portanto, com outros autores que nao assinam comentarios benignos.
ana

Anónimo disse...

creio que existe um mini-mercado nos jsbartolomeu. parece que os donos sao bastante simpaticos.
talvez possamos fazer um post sobre esta loja.
ha tambem uma lojinha num per entre os jsbartolomeu e o csgoncalo
ana

Anónimo disse...

creio que existe um mini-mercado nos jsbartolomeu. parece que os donos sao bastante simpaticos.
talvez possamos fazer um post sobre esta loja.
ha tambem uma lojinha num per entre os jsbartolomeu e o csgoncalo
ana

Tiago disse...

Existem, sim, essas lojas. Vou lá muito e não preciso ir de carro. E, miraculosamente, sem qualquer publicidade do Viver, têm subsistido ao longo de meses. O alerta dos Frutos Velhos ir fechar foi feito nos últimos dias de funcionamento da loja, e acompanhado com o pedido do post, que por múltiplas razões, algumas já apresentadas, acabou por não aparecer. Acho graça é que agora venham aqui atribuir uma quota-parte de responsabilidade ao blog por esse fecho, questionando as nossas suas opções editoriais. Fazer posts sobre Poejo suscitam isso mas sobre a Santos e Castro não? Curioso... Não irei explicar de novo a mecânica subjacente à economia e tempos livres. Acho que todos a sabem.

Quanto aos piropos, insultos e outros ataques pessoais (dos quais excluo o comentário que suscitou a minha resposta anterior), como já te disse, Ana, discutir assuntos e defender opiniões num espaço que prevê comentários anónimos (que continuam abertos neste blog porque o balanço entre comentários anónimos válidos é muito superior aos dos imbecis) acarreta sempre esse risco. É preciso aprender a lidar com eles, para depois lhes perceber as motivações e substituir o desconforto inicialmente provocado pela compaixão por quem não se sente capaz de fazer melhor que isso.

Unknown disse...

Ana,

Eu vou buscar o meu filho mais velho a pé, à escola, levando também o bebe. Depois, por vezes, vamos à mercearia, ao talho, peixaria, buscar algum fato que ficou a limpar, comprar frango, cortar o cabelo, ou só tomar um café. E quando é preciso tenho agora 4 bancos onde posso levantar dinheiro, todos no quarteirão a seguir à minha casa.

Claro que não fazemos todas as coisas todos os dias.

É uma questão de tempo, o comércio vai surgindo e mantendo-se. Mas para darmos por ele é preciso sair a pé mais vezes. E quando se começa logo por levar e buscar os filhos de carro porque não os queremos numa escola da Alta, é natural que as lojas passem despercebidas.

Ainda assim, sem ser publicidade, não acho má ideia ir dando a conhecer lojas. É promover a vivência do bairro. Comprometo-me, desde já, a postar sobre as lojas que frequento. Sobre a minha perspectiva em relação às lojas que frequento. Haverá outras ao virar da esquina que servem outras pessoas tão bem, ou melhor. Mas nesses casos, ou façam os leitores um post (já se têm publicado vários) ou contactem por mail, como sugere o Tiago.

Anónimo disse...

Obrigada Tiago e Joana

tenciono ter os meus filhos nas escolas da alta, vou trabalhar na alta e nao quero comprar carro.
continuem o bom trabalho. Acreditem que me tem ajudado muitissimo e a alta tambem.

ana

Anónimo disse...

e o mini-mercado que existe no condominio da torre????????

ah... é frequentado pelos habitantes do PER e arredores...

afinal houve aqui alguém, que, embora não se identificasse deixou alguma gentinha incomodada (refiro-me ao apoiante do PNR)... Não me digam que ainda não descobriram o minimercado que existe no condominio da torre no bloco 15.2 (Rua Helena Vaz da Silva)!!!!!?????

Anónimo disse...

Longe de mim querer inculpar este blog de qualquer responsabilidade no fecho dos Frutos Velhos.Penso é que podemos divulgar o comércio local existente como forma de melhorar a qualidade de vida dos habitantes da Alta.Obrigada pela dica do minimercado nos JSB, afinal já não preciso do carro para ir comprar pão.

Anónimo disse...

Esse negócio da publicidade ainda vai descambar!!!

O que se poderia esperar neste caso era ver o chá em destaque, na circunstância de poejo.

Mas afinal há ou não há chá dançante???

Falam, falam, falam, mas não os vejo...

Anónimo disse...

Concordo com a divulgação de organizações sem fins lucrativos, associações, clubes, ONG's, etc.,...

Não concordo com publicidade de natureza comercial.

É apenas uma opinião de quem gosta de chá, por causa do fígado.

Paulinho das F's

Anónimo disse...

POEJO
Indicações terapêuticas: Carminativa, digestiva, vermífuga, expectorante, anti-séptica, anti-espasmódica.

Nome científico: Mentha pulegium

Parte usada: Toda a planta

Propriedades terapêuticas comuns: Hidropsia, estimulador de funções gástricas.

Preparo e dosagem
Infusão: 20 g de planta fresca em 1 litro de água, ou 4 a 5 g por xícaras de chá, ou ainda 1 a 2 g da planta seca por xícara de chá, tomar 1 a 2 xícaras por dia. A infusão deve ser tomada 10 minutos antes das refeições, juntamente com o suco de 1/2 limão, estimula as funções gástricas.

Outros usos: serve para afugentar pulgas e mosquitos.

Toxicologia

O poejo é citado por possuir efeito tóxico em altas doses.
Devido à presença do borneol, não se recomenda o uso da planta por grávidas, especialmente nos 3 primeiros meses.

Anónimo disse...

O Poejo está indicado para resolver problemas relacionados com:

Arroto
Estômago
Diabetes
Insónia
Náusea
Resfriado
Tosse
E ainda com o PULMÃO (Problemas Respiratórios).

Plantem-se poejos na Alta/Portela.

Em caso de persistência dos sintomas não hesite em consultar o seu médico ou farmacêutico.

Zé da Horta

Anónimo disse...

Em virtude do adiantado da hora, recomenda-se um licor de poejo, que se pode tomar fresco como aperitivo, ou após a refeição como digestivo. Pode misturar com a bica, que fica com um gosto especial.
Se associar o Poejo com o Funcho e a hortelã da ribeira, obtém-se o Fedrisco, bebida caseira típica de Évora, de paladar semelhante ao anis.

Anónimo disse...

Bom Dia Portugal, portugueses e portuguesas, Alentejo e arredores.
A minha saudação especial para os Poejos e para quem os criou.
Feitas as cortesias segue-se a tradicional
AÇORDA DE POEJOS

2 Postas de bacalhau
4 Ovos do campo
Pão Alentejano
1 Molho de Poejos frescos(se não houver pode ser coentros)
3 Dentes de Alho
Sal
Azeite Alentejano(pode ser de Moura)

Depois é preciso agarrar nestes ingredientes e cozinhar a preceito, não esquecendo que é preciso um almofariz, panelas, pratos e colheres.
Estava-me a esquecer dos copos, e da pinga que pode ser Tinto de Reguengos ou Branco da Vidigueira.

Obs.: Fico a aguardar por uma acção de formação sobre a Açorda de Poejos.

Anónimo disse...

Para conhecer melhor o Poejo aqui fica uma sugestão de leitura.
Título:"Os Poejos na boa cozinha Portuguesa"

Editor: ISApress
Autores: Ana Monteiro; Orlanda Póvoa; Sérgio Marinho; Leandra Rodrigues; Patrícia Monteiro.

Anónimo disse...

Viva o Poejo como necessidade emergente da população da Alta de Lisboa.
Nada de mais é importante,o Poejo como figura agregadora de populações já, Viva
Deixei tudo pelo poejo, deixei,deixei
Deixei tudo pelo poejo, deixei, deixei

Anónimo disse...

... e que tal uma sandes de arame farpado para arranhar a fome...???
... com aroma a poejo!!!

Anónimo disse...

cha de poejo é o que precisa a administração do 15.5 do condominio da torre!!!

e de algumas pastilhas de algo que alguém deixou por engano na garagem (piso-2) à saída do "gabinete da administração"

é só rir!!!
só com pastilhas mesmo!!

Anónimo disse...

Chá de poejo

Os Nirvana debruçaram-se sobre o chá de poejo na sua música "Pennyroyal tea":

Sit and drink pennyroyal tea,
Distill the life that's inside of me.
Sit and drink pennyroyal tea,
I'm anemic royalty.

Quando descodifcado, o segundo verso torna-se algo sinistro...

E, numa comédia de Aristofanes, Hermes aconselha o herói a adicionar uma dose de poejo para manter a sua amante fora de apuros...

Atenção grávidas, o poejo é um abortivo potente...