Saiu hoje no Diário de Notícias um artigo sobre a Associação Musical Lisboa Cantat. Continuamos a aguardar que a CML, nomeadamente os Vereadores Manuel Salgado, Marcos Perestrelo e Rosália Vargas, que têm neste momento o processo em mãos, saibam servir da melhor forma a população lisboeta. Recorde-se que várias associações e instituições do Lumiar subscreveram uma carta aberta apelando à instalação do Lisboa Cantat no pavilhão de madeira da Quinta dos Lilazes, há anos desocupado, e prometido à AMLC no tempo de Carmona Rodrigues.
Coral Lisboa Cantat em uníssono por uma sede
LUÍSA BOTINAS
Câmara assumiu compromisso com várias entidades
Noventa pessoas ensaiam, três vezes por semana, canto coral num armazém velho e frio, a cheirar a mofo, povoado por fungos que crescem nas paredes e no pavimento. O Coral Lisboa Cantat espera desesperadamente por uma sede definitiva. Desde 1978 que anda em bolandas. Carmona Rodrigues prometeu-lhe o espapaço que actualmente ocupa, mas que já estava prometido a outros. Depois arranjou uma alternativa na Quinta dos Lilases que, entretanto, este executivo terá prometido ao Ministério da Cultura.
Laringites e faringites são as doenças mais comuns que têm afectado neste Inverno as vozes do Lisboa Cantat. Desde Janeiro de 2006, a associação com o mesmo nome ocupa um armazém cedido pela Câmara de Lisboa na Praça David Leandro da Silva, ao Poço do Bispo."Quando recebemos maestros de renome internacional nas nossas instalações, reparamos na expressão de espanto que fazem quando aqui entram", conta ao DN o maestro Jorge Alves.
O armazém, que já albergou uma empresa de materiais de construção civil, está muito degradado. Ao fim de meia hora lá dentro, a humidade sente-se na roupa. "Nem tinha instalações sanitárias em condições. Fizemos umas pequenas obras para podermos ter casas de banho e colocámos em parte do chão um reves- timento de plástico", informa o maestro. "Isto só aquece verdadeiramente com o calor humano das 90 pessoas a cantar. Calcule-se o vapor de água que resulta ao fim de horas de ensaios...", ironiza.
"Ficam incrédulos", sublinha Jorge Alves ao descrever as reacções de quem os visita. Com actuações nos mais prestigiados festivais no currículo, é difícil imaginar o coral que interpreta em Março, no Centro Cultural de Belém, uma sinfonia de Mahler a ensaiar num cenário com cogumelos a crescer nas paredes... O Lisboa Cantat, com 30 anos de existência, confiava que o problema das instalações se resolvesse no Poço do Bispo. "Até tínhamos um projecto de remodelação para o espaço", acrescenta. "Quando soubemos que havia um compromisso assumido pelo presidente João Soares com o Clube Ori-ental de Lisboa (COL) para que a colectividade se expandisse, concluímos que seria inviável", afirma o ma- estro. Carmona Rodrigues apresentou uma alternativa: parte das antigas instalações da EPUL na Quinta dos Lilases, no Lumiar. "Só que a câmara caiu e viemos a saber que este novo executivo terá cedido aquelas instalações ao Ministério da Cultura."
Para José Fernando Nabais, presidente do COL, esta história soa a déjà-vu. "Aconteceu ao coro o que nos aconteceu, quando eles vieram para aqui", disse ao DN, lembrando que o COL há muito que espera fazer obras no local onde agora está o Lisboa Cantat. O vereador Manuel Salgado garante ao DN que ainda não há uma decisão sobre o assunto. "Terá de ser tomada, em breve, pelo executivo, pois envolve ainda os pelouros do Património e da Cultura."
Segundo aquele responsável, "já está a ser preparado um levantamento dos compromissos (verbais) assumidos pelos pelouros da autarquia ao longo dos anos. Assim, poderemos gerir melhor situações desta natureza. É mais uma das tarefas do arrumar da casa que temos para cumprir", sublinha. Aparentemente, a Quinta dos Lilases tem muitos pretendentes, pois, além do Ministério da Cultura, cujo pedido o vereador confirma, a Junta de Freguesia do Lumiar pretende ver ali instalado um equipamento cultural e até a Academia de História confia transferir-se para lá.
Coral Lisboa Cantat em uníssono por uma sede
LUÍSA BOTINAS
Câmara assumiu compromisso com várias entidades
Noventa pessoas ensaiam, três vezes por semana, canto coral num armazém velho e frio, a cheirar a mofo, povoado por fungos que crescem nas paredes e no pavimento. O Coral Lisboa Cantat espera desesperadamente por uma sede definitiva. Desde 1978 que anda em bolandas. Carmona Rodrigues prometeu-lhe o espapaço que actualmente ocupa, mas que já estava prometido a outros. Depois arranjou uma alternativa na Quinta dos Lilases que, entretanto, este executivo terá prometido ao Ministério da Cultura.
Laringites e faringites são as doenças mais comuns que têm afectado neste Inverno as vozes do Lisboa Cantat. Desde Janeiro de 2006, a associação com o mesmo nome ocupa um armazém cedido pela Câmara de Lisboa na Praça David Leandro da Silva, ao Poço do Bispo."Quando recebemos maestros de renome internacional nas nossas instalações, reparamos na expressão de espanto que fazem quando aqui entram", conta ao DN o maestro Jorge Alves.
O armazém, que já albergou uma empresa de materiais de construção civil, está muito degradado. Ao fim de meia hora lá dentro, a humidade sente-se na roupa. "Nem tinha instalações sanitárias em condições. Fizemos umas pequenas obras para podermos ter casas de banho e colocámos em parte do chão um reves- timento de plástico", informa o maestro. "Isto só aquece verdadeiramente com o calor humano das 90 pessoas a cantar. Calcule-se o vapor de água que resulta ao fim de horas de ensaios...", ironiza.
"Ficam incrédulos", sublinha Jorge Alves ao descrever as reacções de quem os visita. Com actuações nos mais prestigiados festivais no currículo, é difícil imaginar o coral que interpreta em Março, no Centro Cultural de Belém, uma sinfonia de Mahler a ensaiar num cenário com cogumelos a crescer nas paredes... O Lisboa Cantat, com 30 anos de existência, confiava que o problema das instalações se resolvesse no Poço do Bispo. "Até tínhamos um projecto de remodelação para o espaço", acrescenta. "Quando soubemos que havia um compromisso assumido pelo presidente João Soares com o Clube Ori-ental de Lisboa (COL) para que a colectividade se expandisse, concluímos que seria inviável", afirma o ma- estro. Carmona Rodrigues apresentou uma alternativa: parte das antigas instalações da EPUL na Quinta dos Lilases, no Lumiar. "Só que a câmara caiu e viemos a saber que este novo executivo terá cedido aquelas instalações ao Ministério da Cultura."
Para José Fernando Nabais, presidente do COL, esta história soa a déjà-vu. "Aconteceu ao coro o que nos aconteceu, quando eles vieram para aqui", disse ao DN, lembrando que o COL há muito que espera fazer obras no local onde agora está o Lisboa Cantat. O vereador Manuel Salgado garante ao DN que ainda não há uma decisão sobre o assunto. "Terá de ser tomada, em breve, pelo executivo, pois envolve ainda os pelouros do Património e da Cultura."
Segundo aquele responsável, "já está a ser preparado um levantamento dos compromissos (verbais) assumidos pelos pelouros da autarquia ao longo dos anos. Assim, poderemos gerir melhor situações desta natureza. É mais uma das tarefas do arrumar da casa que temos para cumprir", sublinha. Aparentemente, a Quinta dos Lilases tem muitos pretendentes, pois, além do Ministério da Cultura, cujo pedido o vereador confirma, a Junta de Freguesia do Lumiar pretende ver ali instalado um equipamento cultural e até a Academia de História confia transferir-se para lá.
13 comentários:
tiago e o centro cultural
planeado para a alta?
ja temos quem construa, ja temos um projecto, porque e que nao juntamos o util ao agradavel?
implica esperar mais tempo, bem sei.
mas...
O Centro Cultural será outro assunto sobre o qual este blog se irá debruçar em breve. Há coisas a dizer.
O Lisboa Cantat tem programas de grande responsabilidade já assumidos, com concertos para este ano no CCB, no Teatro São Carlos e na Casa da Música no Porto. E programas para ensaiar que não podem, obviamente, esperar que o Centro Cultural da Alta de Lisboa se construa.
Agora o objectivo é o pavilhão dos Lilazes, com todos os projectos que daí podem surgir e que beneficiarão a população do Lumiar: coro infantil, coro juvenil, orquestra de câmara, escola de música, protocolos de ATL com as escolas da zona.
Enfim, muitas vantagens, óbvias.
A decisão que se espera da CML será um bom indicador para percebermos se a principal preocupação dos governantes é servir as populações.
Parece-me uma optima ideia para a Alta de Lisboa. Se queremos fazer deste bairro um sucesso temos de lutar pela vinda deste coro para cá.
Plenamente de acordo. O Lisboa Cantat já para o Pavilhão dos Lilázes.Era fantástico concretizar-se.
Em breve irá cantar
O Coral no Pavilhão
No Alto do Lumiar
Temos sempre solução
JB
O Centro Cultural seria o local por excelência para a instalação da Associação Musical Lisboa Cantat, e é um espaço como esse que o coro merece.
No entanto não podemos ficar à espera por mais 10 anos naquele armazém "frigorifico de virus e bactérias".
Os projectos que se afiguram são de extrema importância não só para o currículo da Associação mas inclusivamente para o enriquecimento cultural da população.
O Pavilhão é neste momento o espaço de que necessitamos para continuarmos a desenvolver o nosso trabalho cada vez com mais qualidade, e que dignifique minimamente a Associação.
Obrigada por todo o apoio.
bem, sou membro desta maravilhosa instituicao desde outubro de 2006. quando la cheguei, vinha de uma escola de musica ( academia de musica de santa cecilia) e pensava que sabia cantar .. :) no entanto, com o apoio dos Maestros e dos colegas tenho melhorado (aos poucos). Esta instituição tem um valor incalculavel, nao so no panorama cultural lisboeta, mas também a nivel nacional. acho que merecem uma melhor atençao por parte da Camara e de outros orgaos de poder politico, uma vez que o aspecto cultural de um pais é fulcral para colocar esse pais no mapa e nao so estadios de futebol e tratados da europa......
enfim, espero permanecer muitos anos a apoiar esta instituicao, mas espero que noutro espaço, pois a minha rinite alergica e a sinusite cronica nao perdoam :)
BEM HAJA, LISBOA CANTAT
Informo todos os interessados de que decidi colocar a AMLC no mapa, no prometido Pavilhão de madeira na Quinta dos Lilázes. Tratando-se de uma localização que necessita de confirmação aqui fica o convite para visitarem a futura sede da AMLC, e lá fazerem os comentários que acharem convenientes.
Ver: wikimapia.org
Não é bem nesse pavilhão que a AMLC está interessada. É num ao lado, de madeira.
Ok, tudo bem, pode não ser o Pavilhão que assinalei na wiki aquele que foi prometido à AMLC, mas por uma foto que aqui foi colocada dá a impressão de ser aquele que assinalei. No entanto, e de acordo com o projecto que a AMLC pretende desenvolver parece-me manifestamente insuficiente um só Pavilhão.
Assim, considero positiva a iniciativa de ter colocado a AMLC na wiki, mesmo que tenha sido no Pavilhão ao lado, porque considero que os dois não serão demais, além disso pode "animar" o diálogo.
Sim, muito positiva. Muito obrigado pelo apoio. Qualquer apoio, institucional ou individual é importante. Aquele pavilhão servirá para os projectos que a AMLC se propõe porque irão decorrer a horas diferentes do dia. A ideia dar uma ocupação exaustiva ao pavilhão.
Esperemos que esta causa se resolva para bem de todos!
belo olho, Susana!!!
beijos
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