Das várias reacções ao artigo sobre a mutilação na Mata das Conchas algumas revelam uma pontinha de sensação de injustiça pela não referência aos seus blogs por já terem falado no assunto há meses. É o caso da Cininha e do Sobreda, dinamizadores do Isto é uma espécie de blog e da CDU Lumiar, respectivamente. O Viver anda com os recurso financeiros em baixo, não tem sequer uma ligação à net em casa, e muito menos liquidez para pagar a assessores que façam a revista de imprensa. Passaram ao lado assim essas referências importantes ao caso que devia ter sido tratado há muito mais tempo. Proponho que criemos uma rede de emails para nos informarmos rapidamente sempre que uma situação urgente surgir e necessitar da intervenção conjunta.
Continuando nos comentários, o blog do PS Lumiar transcreveu integralmente o artigo publicado aqui sobre a mutilação da Mata das Conchas. Sem link, as usual. No primeiro comentário feito, por um colaborador do mesmo blog do PS Lumiar, é dito:
De EBranquinho a 11 de Setembro de 2007 às 09:30
Ora aqui está um bom exemplo do que é a diferença entre a acção e a reacção.
É que o agir pode permitir evitar-se o facto consumado e muitas das vezes quando reagimos é já perante o facto consumado. É tarde demais.
Quer dizer, decorreu a execução da obra durante mais de um ano e só agora, perto da inauguração da mesma, é que alguém verificou que ela entrou mais de 10 metros dentro da mata?
O menos que se pode exigir é que o muro de separação seja construído junto do edifício do colégio, mas aos 10 metros de arvoredo digam-lhe adeus.
Assim se gere a coisa publica em beneficio dos interesses privados. E viva o velho, como dizem os “provincianos”.
Esclarece-se o activista rosa que escrever sobre um corte de uma faixa de terreno na Mata das Conchas para a construção de uma escola, levantando algumas hipóteses e procurando respostas, não é o mesmo que concretizar uma acusação ou exigir que a situação anterior fosse reposta. Não foi ameaçada qualquer acção em tribunal ou providência cautelar. A curiosidade principal foi saber o que realmente se tinha passado, e curiosidade não menor, apesar de colateral, foi perceber quão hermético é o Estado, neste caso a CML, para responder a um munícipe. Partilhando a opinião acerca do mérito da acção em prol da reacção, propõe-se no entanto uma suavização do ângulo da leitura em diagonal dos artigos dos outros para que as conclusões chegadas não sobrem de premissas dispersas e inconclusivas. Mas ficarei sempre com a incómoda dúvida se não será o referido comentário “um bom exemplo do que é a diferença entre” a vitória ou derrota nas eleições autárquicas de 15 de Julho. Tivesse sido escrita a notícia durante o mandato de Carmona Rodrigues ou Santana Lopes e porventura a indignação seria incondicional.
E acabando no hermetismo do Estado, refiro que fui ontem buscar à UPAL as plantas da Mata das Conchas, que utilizarei em breve, e também as do Parque Oeste, desejo manifestado pelo Arq. Gonçalo Ribeiro Telles aquando a aceitação do convite feito pelo Viver para passear no Parque Oeste, parte integrante do Parque Periférico.
Continua a faltar só uma prova documental do que realmente se passou na Mata das Conchas. Erro nas plantas iniciais da Mata? Compra ou permuta de terrenos? Um acordo que seja entre Colégio de S. Tomás e CML? É importante que seja esclarecido isso para que a confiança dos munícipes nos organismos que os defendem não saia abalada.
Continuando nos comentários, o blog do PS Lumiar transcreveu integralmente o artigo publicado aqui sobre a mutilação da Mata das Conchas. Sem link, as usual. No primeiro comentário feito, por um colaborador do mesmo blog do PS Lumiar, é dito:
De EBranquinho a 11 de Setembro de 2007 às 09:30
Ora aqui está um bom exemplo do que é a diferença entre a acção e a reacção.
É que o agir pode permitir evitar-se o facto consumado e muitas das vezes quando reagimos é já perante o facto consumado. É tarde demais.
Quer dizer, decorreu a execução da obra durante mais de um ano e só agora, perto da inauguração da mesma, é que alguém verificou que ela entrou mais de 10 metros dentro da mata?
O menos que se pode exigir é que o muro de separação seja construído junto do edifício do colégio, mas aos 10 metros de arvoredo digam-lhe adeus.
Assim se gere a coisa publica em beneficio dos interesses privados. E viva o velho, como dizem os “provincianos”.
Esclarece-se o activista rosa que escrever sobre um corte de uma faixa de terreno na Mata das Conchas para a construção de uma escola, levantando algumas hipóteses e procurando respostas, não é o mesmo que concretizar uma acusação ou exigir que a situação anterior fosse reposta. Não foi ameaçada qualquer acção em tribunal ou providência cautelar. A curiosidade principal foi saber o que realmente se tinha passado, e curiosidade não menor, apesar de colateral, foi perceber quão hermético é o Estado, neste caso a CML, para responder a um munícipe. Partilhando a opinião acerca do mérito da acção em prol da reacção, propõe-se no entanto uma suavização do ângulo da leitura em diagonal dos artigos dos outros para que as conclusões chegadas não sobrem de premissas dispersas e inconclusivas. Mas ficarei sempre com a incómoda dúvida se não será o referido comentário “um bom exemplo do que é a diferença entre” a vitória ou derrota nas eleições autárquicas de 15 de Julho. Tivesse sido escrita a notícia durante o mandato de Carmona Rodrigues ou Santana Lopes e porventura a indignação seria incondicional.
E acabando no hermetismo do Estado, refiro que fui ontem buscar à UPAL as plantas da Mata das Conchas, que utilizarei em breve, e também as do Parque Oeste, desejo manifestado pelo Arq. Gonçalo Ribeiro Telles aquando a aceitação do convite feito pelo Viver para passear no Parque Oeste, parte integrante do Parque Periférico.
Continua a faltar só uma prova documental do que realmente se passou na Mata das Conchas. Erro nas plantas iniciais da Mata? Compra ou permuta de terrenos? Um acordo que seja entre Colégio de S. Tomás e CML? É importante que seja esclarecido isso para que a confiança dos munícipes nos organismos que os defendem não saia abalada.
6 comentários:
Caro Tiago,
postei a reprodução da Proposta da CML aprovada, que explica a troca dos terrenos da Fábrica do Poço do Bispo com os da Alta, para a mesma associação, em comentário ao 1º post (contém área e motivos). Ver também o blog da cininha e da cdu com elementos informativos.
O imão da Ana falará verdade?
Não seria interssante aprofundar isso ?
É uma sujestão que eu deixo ao caro Teago que suponho ter levantado a questão da ocupação dos dez metros de mata
Finalmente o Tiago vestiu, publicamente, a camisola.
Tem todo o direito de manifestar, em público, as suas simpatias partidárias.
Quem perde é o VIVER o que se lamenta.
Pessoalmente passo a ficar desconfiado com as escritas do Tiago.
Como é referido num outro comentário, atendendo a que o Tiago não é apreciador de ANÓNIMO, vou assinar como INCOLOR.
De facto o Tiago veste publicamente a camisola, sempre que não veste a camisa ou a blusa... Mal seria se andasse de tronco nú - lá o acusavam de despir publicamente a camisola o que, nestes tempos desconfiados de provocações sexuais, isso sim seria muito mau para o VIVER... na Alta de Lisboa.
Quanto ao que está implícito no seu comentário que é o facto de todos os temas que o Tiago tem levantado e discutido ao longo do tempo serem motivados por uma agenda política e não pelo genuíno interesse de os discutir e resolver, não entendo a sua decepção. Ou os temas eram pertinentes e, independentemente de motivações partidárias, valiam a pena ser discutidos, ou o amigo anónimo anda distraído a discutir assuntos que não têm importância nenhuma nem para si, nem para o seu bairro, nem para ninguém, para além de meia-dúzia de comunistas fora-de-prazo - assim uma forma de cusquice, a meter o nariz nos assuntos dos outros...
E perguntar-me-à não vai confirmar as simpatias partidárias do seu colega de blog? O Tiago já é crescido o suficiente para saber lidar com processos de intenções do tipo que o amigo lhe quer levantar... Pelo menos lá no kuomité central, ninguém lhe leva a palma em vitórias...
Caro Tiago, sou leitora assídua deste blogue pelo que gostaria apenas de esclarecer o seguinte:
. O blogue que vou alimentando nos últimos meses foi aqui mencionado, e passo a citar, devido a uma suposta 'pontinha de sensação de injustiça pela não referência aos seus blogs por já terem falado no assunto há meses'.
Pergunto: tratava-se de algum concurso, tipo deixa-me ser o 1º a alertar sobre a injustiça nº 4444 e eu não dei conta?
. Provavelmente o meu objectivo não foi claro, pois pretendia tão somente chamar a atenção para a questão discutida na altura no blogue sob a minha responsabilidade de modo a ajudar a esclarecer o assunto. Se calhar, acabei por complicá-lo... com tanta polémica já nem sei.
. Porque continua a fazer-me confusão a impunidade e a incoerência de tanta coisa com que me vou defrontando na vida é que ainda vou escrevendo e visitando quem vai também estando alerta.
A dificuldade reside em transmitir o melhor possível as nossas ideias e, ao mesmo tempo, evitar ser erroneamente interpretados, como creio que foi o caso.
. A ideia da rede de emails é oportuna e porventura útil. Infelizmente, não faltarão motivos para a pôr a funcionar...
Cara Cininha,
a ponta de injustiça era perfeitamente justificada. Afial já se andava a falar disto há tanto tempo e eu aqui distraído... Não me leve a mal pela referência, mas foi fruto da leitura que fiz dos vossos comentários.
Mas para a história reza mesmo o empenho que a população tenha em defender o espaço público, nesta luta contínua, como muito bem disse. Mas faz parte da vida.
Vou fazer uma lista de mails e enviar depois para toda a gente.
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