terça-feira, 7 de outubro de 2008

A má gestão de imagem do produto ALTA DE LISBOA

A SGAL tem um produto para vender. Chama-se Alta de Lisboa. Recentemente, mandou renovar toda a imagem desse produto. Novo site, novo logotipo, novas lonas colocadas em locais de passagem ou grande visibilidade, campanha de publicidade em diversos meios.

Tudo isso acabou desperdiçado por má imprensa.

Ontem, todo o país viu três escolas serem encerradas por falta de higiene. No ecrã lia-se, "Alto do Lumiar". Mais do que uma pessoa me perguntou " então, andam a servir formigas aos miúdos aí onde moras?"

Quase em simultâneo são publicadas notícias sobre a falta de ordenamento no trânsito e protestos dos moradores sobre a falta de uma solução para um cruzamento perigoso.

Estes acontecimentos, são negativos para a zona. Criam uma ideia negativa deste produto e sobrepõem-se ao investimento publicitário da SGAL. Não basta fazer uma campanha toda bonita. É preciso acompanhá-la de um bom produto. Ou então controlar muito bem a imprensa. Este é o bê-á-bá do marketing.

De que se irão lembrar os potenciais compradores? Do logotipo novo, ou das formigas na sopa? Do site com promessas do paraíso na terra ou da história de um cruzamento onde se juntam 5 vias?

Ou seja, não basta um logotipo novo e umas lonas catitas. É preciso mudar mais qualquer coisa.

7 comentários:

Anónimo disse...

A juntar a todo esse novo marketing, recebi no passada segunda-feira, na minha caixa de correio, a nova Newsletter trimestral da Alta de Lisboa... Edição de Verão... com um simpático editorial assinado pelo Presidente da Comissão Executiva da SGAL com votos de um "Bom Verão!"
Lembro-me de do tempo em que a escola começava a 6 de Outubro, logo após o feriado do 5 de Outubro, e de ser já Outono...
Hoje choveu, acho que sim, que já chegou mesmo...
:-)

Mr. Steed disse...

Sim. Bem lembrado. A fantástica newsletter de Verão que chegou no Outono.

Dinheiro deitado à rua e incompetência. Daquela pura.

Luís Lucena disse...

Palavras chave para um bom Marketing:

Cliente, Coerência, Enquadramento, Pensamento e Organização Estratégicos ...

Mr. Steed disse...

Luis: isso já é assim tipo Marketing avançado, ou 2.0 como se diz agora.

O básico mesmo é ter pessoas que trabalhem e comuniquem umas com as outras. Sem isso não adiantam os pensamentos estratégicos e os enquadramentos :) depois não há quem os aplique.

Luís Lucena disse...

Mister (Perdoa-me o tratamento pelo teu nome próprio) :),

Mas comunicar uns com os outros é apenas (uma parte do) ser coerente.

E o conceito básico de Estratégia é extremamente simples: apenas definir o que é realmente importante e definir linhas de orientação. Simples, não achas? Não foi necessário instalar o 2.0.

Mas a verdadeira questão tem a ver com o nível de consciência, não com o entendimento "teórico" de cada conceito: por exemplo, tu ("tu" é uma força de expressão) podes "saber" o que é um Cliente e até repetir "o Cliente é muito importante" várias vezes ao dia, mas se não tiveres verdadeira consciência disso, de pouco te valerá.

Mr. Steed disse...

nah desculpa lá ó lucena mas trata-me por Steed. Mister só aos domingos, nas futeboladas de que sou grande adepto.

compreendo o que queres dizer luis. o problema é que os conceitos de que falas, normalmente não passam de - e agora permitam-me recordar essa grande artista que dava pelo nome de Candida Brancaflor - palavras ocas. :)

Anónimo disse...

Não acho que baste pensar que se está a pensar no cliente, é preciso pensar nele, mas também trabalhar para ele.

Do que vale dizer que o cliente é muito importante e até ter consciência disso, mas nada fazer.

Uma não acção é muito pior que uma má acção.

Já não vou tão longe como trabalhar com o cliente, porque isso seria mesmo muito à frente para os dirigentes deste país, mas a verdade é que quanto mais feedback e mais controlo, melhor conseguimos direccionar as nossas acções.

Gostaria de saber se gostavam de conduzir um carro em que alguém vos tapasse os olhos e só vos deixasse ver de 3 em 3 segundos.
Que confiança iriam ter em acelerar, em virar, em escolher um destino, um rumo.

Não iriam ter mais medo de falhar?

Só iremos ver mais além, nos ombros de gigantes.