Cidadãos por Lisboa - Abril de 2008
Cidadãos por Lisboa - 7 de Outubro de 2008
Nuno Caleia, Director da UPAL (Unidade de Projecto do Alto do Lumiar), em declarações ao 24 Horas - 7 de Outubro de 2008
Publicado por Tiago às 15:06
etiquetas: rotunda no cruzamento de 18 faixas
7 comentários:
nem estes cpl se aproveitam. se fosse há uns meses estariam convosco, agora demarcam-se e até compreendem a atituda da cml.
vergonhoso!
Bom, ficou demonstrado.
Significa que a solução "rotunda" estava a ser ponderada. Ou seja, do ponto de vista técnico e/ou de segurança uma rotunda será aceitável, ou mesmo desejável. Nem que seja como solução transitória.
q.e.d
Mas foram capazes de promover a remoção da rotunda dita "pirata"...
Privilegiaram o "Ai mas não pode ser; aqui quem manda somos nós" e o “não podemos manter a rotunda porque se trata de um atestado de incapacidade passado aos nossos serviços” em detrimento da resolução operacional e da segurança.
q.e.d.
Zinhos!
Vendidos. Vendidos. Vendidos. Chegaram ao poleiro e perderam a graça toda. Vendidos.
----Proposta n.º 467/2007 - Aprovar que os serviços competentes estudem uma solução para o cruzamento da Avª Helena Vaz da Silva com a Rua Arnaldo Ferreira, no Alto do Lumiar, com o objectivo de garantir a segurança de quem ali circula, e que analisem a possibilidade da criação de uma rotunda, nos termos da proposta;
----O Sr. Vereador Marcos Perestrello informou que na sequência da apresentação da Proposta que estavam a analisar, solicitara a opinião do Departamento de Tráfego sobre o teor da mesma, tendo recebido uma informação, cujo conteúdo, passaria, de imediato, a ler:
“Ponto 1 – A UPAL/SGAL apresentou como solução para este cruzamento por proposta da TIS uma rotunda que estes serviços consideraram desadequada devido aos níveis de tráfego previstos. Foi feito um estudo do cruzamento com proposta de sinalização semafórica, horizontal e vertical. O projecto foi entregue à UPAL para a sua implementação e foi realizada uma reunião recentemente onde se sinalizaram todas as questões de tráfego relativas ao eixo central”.
-----Explicou que, resumidamente, o Director do Departamento de Tráfego afirmara que a implementação das soluções para o Alto do Lumiar estavam a cargo da UPAL, e os estudos da rede viária e espaço público, quer de âmbito global, quer particularizado caso a caso, tinham sido objecto de parecer do Departamento.
----Aduziu que relativamente ao cruzamento em causa fôra mesmo elaborado um novo projecto com solução semafórica em alternativa à rotunda inicialmente avançada, o qual fôra remetido à UPAL, ou seja, tinha sido elaborado um estudo pelos serviços, no qual fôra analisada a hipótese de rotunda, tendo a mesma sido considerada desadequada, pelo que, na sequência, havia sido proposto ao promotor que adoptasse uma solução semafórica.
----Concluiu que discordava da proposta, na medida em que já tinha sido feito o estudo e considerada desadequada a solução.
----A Sr.ª Vereadora Helena Roseta afirmou que, face à informação que acabara de ser apresentada, o Sr. Vereador Manuel João Ramos retirava a proposta.
----Realçou que alguns dos Srs. Vereadores se tinham sentido desconfortáveis perante a escala de intervenção, ou perante o tipo de propostas apresentadas pelo Sr. Vereador Manuel João Ramos, lembrando a todos os presentes que todos tinham sido eleitos, não apenas para responder a programas globais, mas também para responder, perante os cidadãos, por situações concretas.
----Expressou ser entendimento dos Vereadores do Grupo “Cidadãos por Lisboa” que era legítimo a qualquer Vereador, face às solicitações com que se deparava, apresentar as propostas que bem entendesse, e que o papel dos Vereadores, para além de aprovar as propostas de gestão corrente da Câmara, para além de aprovar os grandes documentos orientadores da Câmara, poderia e deveria ser o de chamar a atenção para situações concretas, da forma que bem entendessem, podendo fazê-lo, intervindo no Período de Antes da Ordem do Dia, ou apresentando uma moção, um requerimento, ou uma proposta.
----Afirmou que haviam tomado nota da questão das normas habilitantes, comprometendo-se a, no futuro, incluí-las, sempre nas suas propostas, mas reiterou que mantinham o entendimento de que tinham o papel não apenas de votar as questões gerais, mas também o de procurar pressionar para que as questões concretas fossem resolvidas, concluindo que era com muito agrado que verificava que a grande maioria das propostas que o Sr. Vereador Manuel João Ramos havia apresentado em Câmara provocava respostas positivas no sentido de que o que propunha ou já estava em estudo, ou estava a ser realizado.
----O Sr. Presidente considerou ser sempre difícil estabelecer qual a justa medida da intervenção de cada um, pelo que, à falta de melhor critério, entendia que cada um deveria ser juiz da sua própria acção.
----Registou que dos vinte e três Pontos da Ordem de Trabalhos, treze resultavam de propostas apresentadas pelos Srs. Vereadores do Grupo “Cidadãos por Lisboa”; que das doze apresentadas até àquele momento, duas tinham sido adiadas e quatro retiradas e das seis que tinham sido submetidas a votação, apenas duas tinham sido aprovadas sem que tivesse sido retirado qualquer Ponto.
----Manifestou concordância com a Sr.ª Vereadora Helena Roseta relativamente à afirmação de que estavam ali para tratar de assuntos gerais, mas também de assuntos particulares.
----Sublinhou que, no entanto, todos deveriam consolidar, de alguma forma, as propostas que apresentavam.
----Observou que se entrassem todos numa competição de propostas a metro, a fim de divulgar à Comunicação Social que se propusera um semáforo num determinado sítio, um desnivelamento noutro, uma passadeira noutro local ainda, certamente, haveria notícias, mas o resultado seria o que se estava a assistir naquela reunião.
----Sublinhou que todos seriam capazes de produzir treze propostas sobre semáforos e passadeiras nos mais variados sítios da cidade, recomendando, no entanto, alguma cautela, de forma a não se entrar numa certa competição, acabando-se por dispensar muitas horas à apreciação das propostas uns dos outros.
----O Sr. Vereador Pedro Feist corroborou as palavras do Sr. Presidente, e afirmou que na sua intervenção se iria permitir arrogar a sua antiguidade e invocar o canal história, visto que se encontrava há trinta e dois anos na Câmara.
----Expressou que por uma questão de bom senso, sem querer retirar o mérito das propostas e sem querer fazer qualquer juízo de valor quanto à respectiva qualidade, gostaria de chamar a atenção para o tamanho da agenda, a qual tinha sessenta e um Pontos, e sublinhou que tinham dedicado nove horas de discussão a metade das propostas e outras nove horas à segunda metade, totalizando dezoito horas de discussão.
----Declarou que todos os que já tinham, no passado, feito parte do Executivo, sabiam que o tempo era útil para trabalhar para a cidade e acrescentou que o melhor serviço a prestar à cidade, talvez fosse o de contribuir para que os Vereadores que tinham responsabilidades executivas e políticas não estivessem comprometidos com sessões eternas de Câmara, onde se discutiam assuntos que, com todo o respeito, e sem fazer qualquer juízo de valor, poderiam ser resolvidos de uma forma mais expedita.
----Assinalou que também era uma questão de poupar tempo a quem tinha que decidir, porque se quem tinha que decidir era confrontado com extensíssimas reuniões, então, não ia poder decidir, prestando-se um mau serviço à cidade, ganhasse quem ganhasse, liderasse quem liderasse.
----Observou que todos os Srs. Vereadores que tinham pelouros sabiam muito bem que, naquele momento, poderiam estar nos respectivos gabinetes a despachar com os directores de serviços ou a decidir os dossiers que tinham em mãos, concluindo que, nesse caso, estariam, certamente, a prestar um muito melhor serviço à cidade do que quando discutiam a questão da passadeira da Rua Augusta.
----Referiu que aquela era uma lição que deviam aprender, passando a ter em conta a racionalização do esforço, a racionalização do tempo e a racionalização da relação custo/benefício que resultava daquele tipo de reuniões.
----O Sr. Vereador Manuel João Ramos afirmou que só poderia falar pelos últimos quatro meses, enquanto que o Sr. Vereador Pedro Feist teria que falar por trinta e dois anos de Vereação.
----Exprimiu que o que via enquanto munícipe era que a cidade, especialmente os espaços públicos, estavam absolutamente degradados, e se estavam nesse estado era porque a Câmara, nesses trinta e dois anos também não contribuíra para melhorá-los, concluindo que se apresentava um conjunto de propostas, era precisamente porque os problemas continuavam.
----Referiu que nunca lhe passaria pela cabeça sair da sala aquando da votação das propostas, mesmo quando respeitavam a assuntos que para si eram irrelevantes, dando o exemplo da proposta relativa ao Campo de Tiro de Monsanto.
----A Proposta n.º 467/2007 foi retirada.
E isto lá para Novembro de 2007, não é? Já lá vão onze meses.
Não está mau... Bom ritmo e eficácia de trabalho. Parabéns.
Fiquei sem perceber.
Afinal é a UPAL ou é a SGAL a responsável pela resolução do problema do cruzamento?
É claro para mim que a CML entende que o cruzamento é problemático - ainda que tal parecesse ser irrelevante para os senhores vereadores.
O que não é claro é se a UPAL entende que o cruzamento é perigoso, se está à espera que o Departamento de trânsito considere o cruzamento perigoso ou se ainda não percebeu como se reolvem os problemas na Alta.
É preciso uma morte para cada decisão?
Pela acta da reunião apercebi-me que não existem regras para as reuniões na CML.
- "Vou apresentar uma proposta..."
- "Ó meu Sr. não pode porque o tempo para a reunião é precioso e não deve ser gasto com propostas..."
- "...mas, mas ..."
- "...ah pois é ..."
- "bla, bla, bla"
- "bla, bla, bla"
E passando alguns bla's, chegamos à conclusão: Proposta retirada.
Muito bem senhores. Palminhas para os senhores.
Se não sabem reunir, não o façam, saiam dai.
Se o tipo de reunião não é para decidir passadeiras e rotundas então não se fala nisso, ponto final.
Se quem decide a passadeira e a rotunda é o sr director X então resolva, ponto final.
Por isto é que o país não anda para a frente. É preciso o Xô Presidente dizer que sim, porque senão não vale.
Fracalhotes. Indecentes. Tenham vergonha.
Foram eleitos para decidir, não foi para andarem sempre a perguntar se podem ou não.
Se no fim do mandato fizerem algo nós deixamos-vos continuarem, caso contrário, life goes on.
Já agora acho impensável alguém andar nisto trinta e tal anos, é vergonhoso.
Nada contra o sr, coitado, é contra a mentalidade de polvo destas pessoas.
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