segunda-feira, 19 de maio de 2008


O colar da Torre de Belém, por Joana Vasconcelos. As peças são bóias daquelas de amarrar os barcos.

14 comentários:

Tiago disse...

Tá giro. A forma faz-me lembrar um babete que eu tinha quando era muito pequenino. Ser em bóias faz-me lembrar a subida do nível do mar.

Anónimo disse...

eu acho um horror!
a torre de belem pode passar bem sem estas coisas.

Tiago disse...

Sim, mas felizmente isto sai. Há outras coisas que custam mais a passar.

Anónimo disse...

Quem odeia pode ficar descansado, é claro, só está lá até Julho. Eu cá acho fantástico. Quanto a mim a JV é a maior artista plástica da sua geração e uma das mais importantes das últimas décadas. Tem imenso talento, capacidade de trabalho, imaginação e um sentido de humor refinado -- e a prova são certas reacções ofendidas, tipo 'isto não se faz à Torre de Belém', ou aprovadoras, que vêem a intervenção como um achincalhamento dos manuelino e dos descobrimentos. Eu não vejo nada disso -- vejo uma brincadeira entre as bóias e os motivos naúticos do manuelino, outra que remete para o decorativisomo do manuelino em si, e outra que é vestir a torre de gaja num imaginário completamente masculino. Pode-se gostar muito das coisas e brincar com elas, parece-me bastante saudável.

Tiago disse...

Há aqui muitas coisas para ver: http://www.joanavasconcelos.com/

Anónimo disse...

obrigada Tiago pelo link.
Ha coisas de que de facto gosto muito. Ha outras que nem por isso.
Enfim!

Anónimo disse...

Sobre esta peça, encontrei isto num blog duma professora do 10.º ano, logo a abrir:

"Símbolo da riqueza e opulência do Portugal dos Descobrimentos, a jóia de bóias representa, ao mesmo tempo, o naufrágio e a decadência de uma Nação."

Acho absolutamente lamentável. Pobres adolescentes.

Aqui está uma entrevista com a JV a propósito:

http://timeout.sapo.pt/news.asp?id_news=1511

Anónimo disse...

Por acaso nõa gosto, mas sendo amovível, tudo bem. Até me faz bem ver coisas diferentes, aprendo.
Já agora, penso que não são boias, mas antes defensas que servem para evitar que uma embarcação bata com o casco no cais onde está amarrada. Nos tradicionais cacilheiros as defensas são pneus :-)

Anónimo disse...

Julgo que foi a semana passada que passei junto da torre e vi isto.

A minha opinião é que é horrivel. Detesto.

Não é por nenhuma consideração especial. Simplesmente, visto ao perto, para mim é visualmente desagradavel.

Curiosamente neste fotografia..até fica melhorzinho, embora pareça uma brincadeira.

Tenho visto imensos "exercicios" de artistas plásticos que pretendem ser provocadores e produzem "coisas" diferentes.

Alguns resultam comigo e são agradáveis outros não são.

Quando refiro que não são, normalmente passo a ter pouca "sensibilidade" ou "cultura".

Seja.

Felizmente isto é temporário.

Segundo li nas noticias, isto é uma iniciativa paga pela EDP...bem pelo menos, neste caso, não fui obrigado a ajudar a pagar. Menos mal.

Miguel

Anónimo disse...

ai nao, entao quem lhe fornece a electricidade?

Anónimo disse...

Bolas, que não fosse amovível nunca me passaria pela cabeça.
De facto são defensas e não bóias de amarração como eu pensava - falta-lhes obviamente a parte de baixo.
Percebo perfeitamente que muita gente não goste por causa do tom kitsch, e se calhar é por isso mesmo que eu gosto, acho divertido e gosto da provocação. Tive imensa pena de não ver o sapato gigante feito de tachos no palácio de Belém ou a cama feita com emabalagens de Valium, e adorei o candelabro enorme feito de tampões ob que esteve uns tempos na escadaria do Lux, onde a JV foi segurança durante os primeiros tempos (é cinturão negro em karaté).

Anónimo disse...

Mais informações, fotos, notícias e críticas aqui: http://alexandrepomar.typepad.com/alexandre_pomar/joana_vasconcelos/index.html

Mr. Steed disse...

também há tamanhos para senhora ou é só para torres?

Anónimo disse...

...quando derem uma opinião sobre algo público lembrem Baventura Santos "Temos o direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza e temos o direito a ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza".