domingo, 4 de maio de 2008

A Alta de Lisboa a dormir e a perder oportunidades

A notícia é do DN de dia 1 de Maio e diz: "O Tribunal da Boa Hora, o Tribunal do Comércio, o Instituto de Medicina Legal, o Tribunal do Trabalho, o de Instrução Criminal, o Departamento de Investigação e Acção Penal e a secretaria-geral das Execuções são alguns dos casos que terão de se mudar de malas e bagagens para a zona sul do Parque das Nações."

Nota-se uma clara diferença de estratégia entre quem pensa e gere a Alta de Lisboa e o Parque das Nações. Na Alta a aposta foi exclusivamente em habitação, com uma lenta consolidação do comércio, e no Parque das Nações alguém percebeu que o tempo das vacas gordas estava a acabar e decidiu acelerar (e alterar até o Plano de Urbanização) para viabilizar o mais rapidamente possível aquela zona da cidade.

Uma notícia como a do DN referente à Alta de Lisboa seria o nosso Euromilhões, uma ponte de salvação para o projecto. Mas aqui nem Cidade Administrativa, nem PT comunicações, nem Centro de Mercadorias.

Este desequilíbrio entre malhas habitacionais e de terciário na Alta de Lisboa fomenta a existência de cidade-dormitório, diminui as possibilidades de emprego e serviços na Alta, diminuindo as possibilidades de sucesso do comércio. Acaba também por fazer perder como potenciais moradores da zona todos os empregados das empresas que se sediassem aqui. Esta letargia e cidade vivida a dois tempos (vazia de dia e a dormir de noite), por não oferecer outro tipo de oportunidades de emprego, serviços e comércio, dificulta a tão propalada integração social, apresentada como um dos méritos do PUAL.

9 comentários:

Anónimo disse...

Sem boas vias de acesso as empresas não vão apostar na Alta

Tiago disse...

Pois não. E sem edifícios de escritórios ainda menos.

Anónimo disse...

Isso até é o menos, pois basta a SGAL contruir numa malha qualquer pelo menos um Edificio para clusters de pequenas e médias empresas.

Agora, quem vai para lá?

Pedro Cruz Gomes disse...

O "pois basta" leva, com toda a certeza (e está aí a SGAL para me desmentir se puder) no mínimo dos mínimos 3 anos - e estou a ser muito optimista... - : 6 meses para redesenhar o projecto, 1 ano para a CML o aprovar e 1 ano e meio para a construção. Somos lestos a mudar de estratégia ou somos lestos a mudar de estratégia?

Rodrigo Bastos disse...

Eu concordo com os comentários anónimos. No tempo indicado pelo Pedro, poder-se-ia construir as tais vias de acesso que anda tudo a pedir e o poder municipal (aparentemente) a bloquear.

Penso que essa deverá ser uma prioridade do projecto à parte de desenvolvimento de equipamento que atraia pessoas e na aposta no desenvolvimento de mais malhas de venda ao público em zonas já mais consolidadas como por exemplo a malha 6. Claro que é preciso não descurar a manutenção.

Fará por exemplo sentido a DHL vir para aqui com estes acessos?. Nas horas de ponta os parcos acessos à 2ª circular e à Av. Brazil são uma "desgraça" e se quiserem ir pelo Lumiar apanham uma azinhaga com uma via "complexa" e uma saída no Lumiar deficiente. Como escoar com eficiência? Pronto, lá temos o acesso ao Eixo Norte-Sul e CRIL, é verdade, mas para se chegar lá do sitio onde estava planeada a DHL, os camiões ou carrinhas teriam de passar (para já) no "coração" da urbanização.

As empresas tomam decisões com base em dados e garantias concretas. Não são como nós que acreditamos em projectos de empreendimento imobiliário, que nasceram fruto de uma iniciativa camarária com chancela da concelho de ministro e que ainda por cima tem um plano de Urbanização já mais do que feito e refeito. Somos assim tão ingénuos ou estamos a ser redondantemente enganados (palavra forte) nas nossas espectativas por quem tem responsabilidades sobre tudo isto?

Sem vontade política (porque isso da responsabilidade já vi que é muita areia) não se vai fazer nada.

Anónimo disse...

Câmara de Lisboa recebe pedido de instalação de um templo budista
06.05.2008

A Câmara de Lisboa recebeu o pedido de instalação de um templo budista na cidade, para o qual ainda falta definir um local, afirmou ontem o presidente da autarquia, António Costa.
"O único compromisso que existe é para a instalação de um templo budista, mas o local ainda não está definido", disse António Costa aos jornalistas, quando questionado sobre eventuais contactos das confissões religiosas para a construção de templos na cidade.


O autarca falava no Palácio da Mitra, onde a Câmara de Lisboa promoveu um almoço com os representantes das comunidades religiosas, no âmbito da inauguração do Memorial às Vítimas da Intolerância evocativo do Massacre Judaico de 1506, que se realizou dia 22 de Abril.
O monumento pretende "afirmar Lisboa como cidade da tolerância", sublinhou o presidente da Câmara. "A tolerância não é algo passivo, é algo que se constrói através do diálogo inter-religioso", afirmou o autarca.
O memorial às vítimas da intolerância, no Largo de São Domingos, é composto duas esculturas, contributos das comunidades judaica e da igreja católica e por um mural onde se lê a frase, em 34 línguas diferentes, "Lisboa, Cidade da Tolerância".
O monumento evoca o massacre de 1506, que teve início junto ao Convento de São Domingos (actual Largo de São Domingos), em que morreram cerca de dois mil lisboetas, por mera suspeita de professarem o judaísmo, queimados em duas enormes fogueiras, no Rossio e na Ribeira. Lusa

Anónimo disse...

Um temlo budista era optimo para a Alta. Eu convertia-me logo, para ganhar paciencia para os atrasos na Alta...

Anónimo disse...

O nó das Calvanas e o acesso Norte ao Eixo N_Sul mais o eixo central da Alta (e o Metro...de superfície)seriam as prioridades. Eu já trabalho na Alta - é o paraíso!Almoçar em casa, ir buscar a criançada à escola com rapidez (pior é levá-los para fora da Alta, de manhã).

Anónimo disse...

Vocemecês já ouviram falar de Oeiras?
O que é que Oeiras tem e que o Alto do Lumiar não tem?
Será um Conde?