Uma das propostas interessantes do projecto da Alta de Lisboa é o Eixo Pedonal (a azul no mapa), que ligará a já existente rotunda Sul do futuro Eixo Central, ao Montinho de S. Gonçalo.
O projecto inicial estava inicialmente a cargo da SGAL, ao abrigo do contrato que deu origem à Alta de Lisboa, foi entretanto alterado por proposta da CML (UPAL), com o objectivo de o tornar num elemento excepcional de vivência urbana pedonal. Este novo projecto, por ter custos acrescido em relação ao inicial, implicaria então uma partilha de orçamento entre CML e SGAL, à imagem do que foi feito com o incremento de uma terceira faixa de rodagem em cada sentido na Av. Santos e Castro.
Construída a 1ª fase do Parque Oeste e aberta ao público em Agosto de 2006, ficou o Eixo Pedonal por concluir, parte dele entretanto entaipado, no troço que separa os Jardins de S. Bartolomeu e o Condomínio do Parque. Será a SGAL a realizar a obra, mas aguarda provavelmente pelas verbas da CML, o que pelo depauperado cofre da autarquia lisboeta, poderá levar muito tempo a acontecer. Será a “muito curto prazo”, dirão alguns, mas até agora, o elemento de fruição pedonal da Alta de Lisboa encontra-se em cascalho.
Este eixo pedonal interessa ao projecto, seja a proposta apresentada, ou outras, em calçada portuguesa, por exemplo, ou mesmo em cimento liso que tão simpático é para as bicicletas. O cascalho e terra é que não são decerto o acabamento final pretendido. Cabe à SGAL e CML (UPAL) conjugar vontades para melhor servir os moradores.
14 comentários:
Nao sei se o cimento liso e a forma mais bela de cobrir esse passeio, mas e certamente o melhor para carrinhos de bebe.
Bicicletas e peoes nao conbinam bem!
Ai combinam, combinam! Carros e peões é que não combinam!
A ser utilizada calçada portuguesa esperemos que tenha uma qualidade de material um pouco superior à pedra utilizada na Alameda da Música (nos Condomínios da Torre), caso contrário sugiro a utilização de carrinhos de bébé e bicicletas com amortecedores.
Ana, é perfeitamente conciliável a utilização de bicicletas e peões. A holanda é um exemplo paradigmático. Consegue-se sempre encontrar potenciais perigos seja no que for, mas parece-me muito, mas muito mais perigosa a utilização de automóveis na cidade.
Enfim, as bicicletas têm sido vítimas em Portugal de algum preconceito e receio infundado que nos mantém nos antípodas de Amesterdão.
Eu percebi a preocupação. Tem razão de ser. Na Holanda os peões não andam no meio das pistas para bicicletas e cá... bem, só é preciso ir ao Campo Grande para ver o que acontece.
RS
É uma questão de hábito e ordenamento desse tipo de tráfego. Claro que se se proibir a utilização de bicicletas é tudo muito mais fácil, mas vale a pena ir por aí?
A meu ver a preocupação da Ana faz sentido e também não devemos misturar os peôes com as bicicletas pois a problablidade de haver acidentes (atropelamentos) também é alta e como tal não combinam.
Na Holanda e noutros paises "ciclo-friendlys" os peões não caminham nas ciclovias pois existem passeios próprios para o efeito.
Não é uma questão de proibir as bicicletas, é uma questão de educar as pessoas por forma a ultrapassar os mais de 50 anos de atraso mental e tacanhez em que vivemos. Se não se conseguem educar os automobilistas por forma a não deixarem os carros em cima dos passeios, o que pode ser feito à força e a doer, como se vai educar os peões a usarem apenas os passeios e não pistas?
RS
Gsotava de saber quantos acidentes já houve nesta cidade por atropelamento de peões por bicicletas. Acidentes graves. E com automóveis? Vá lá, percebo que a circulação desordenada dezenas de bicicletas por minuto em passeios cheios de gente dá provavelemnte muitos acidentes, mas se fosse esse o caso havia justificação sólida para a criação de ciclovias. O que acontece agora é que não temos ciclovias que se apresentem, e a utilização de bicicletas é ainda feita por pouca gente, comparada a utilização na Holanda.
No Parque das Conchas vai muita gente passear de bicicleta. Já viram algum acidente grave? Se sim, acham que se deve então proibir ou condicionar a utilização de bicicletas?
Em minha opinião, justifica-se a via dedicada a peões sempre que se preveja um tráfego de bicicletas intenso e que traga problemas de segurança.
Hoje temos o exemplo od Parque das Naçoes onde a bicicleta chega a ser perigosa. Bem falta faz, nalguns trajectos, uma via dedicada para a bicicleta.
Por outro lado, nun país que se começa a habituar à bicicleta, mais vale pecar por excesso e prever pistas para alguns locais. Em especial em locais que estão a ser feitos de raiz, como a Alta, e onde custa quase o mesmo colcoar uma pista ou uma calçada (se calhar a calçada até custa mais)
Calma! Não estou a dizer que temos de banir as biclas! :).
O que estou a querer dizer é que partindo do pressuposto que se deseja massificar a utilização das bicicletas como veiculo de transporte verdadeiramente alternativo dever-se-á ter o cuidado de não as misturar com os peões. A criação de ciclovias não é somente importante para se promover um bom relacionamento entre as biclas e veiculos motores mas também para garantir que exista uma convivência harmoniosa das mesmas com os peões.
O eixo pedonal vai arrancar - segundo notícia de 5/4 no site da sgal (que diz resumidamente o que foi dito no comentário anterior).
Cool!
Afinal trata-se de um eixo pedonal ou de uma ciclovia.Parece-me que são coisas diferentes e que há quem as esteja a confundir.
Boa tarde,
vou ser morador na Colina de S. Gonçalo e só agora vi que o passeio pedonal vai acabar no montinho de S. Gonçalo, mesmo por trás da minha casa.
Alguém me sabe dizer se este passeio vai subir o monte ou vai terminar lá em baixo? De facto vi que estavam a aplanar o terreno na base do monte anteontem. Espero que este passeio suba o monte, pois como está agora está bastante feio.
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