Os moradores do Moinho do Guizo, na freguesia da Mina, Amadora, fartaram-se de esperar que a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal tratassem dos espaços verdes das suas ruas e juntaram-se no passado fim-de-semana para plantar algumas árvores e flores. A CMA desresponsabiliza-se da inacção alegando não ter ainda recepcionado a obra e por isso não poder intervir nos espaços públicos que ainda não o são.
Esta justificação não nos é estranha. A personalidade jurídica dos espaços urbanos sobrepõe-se à sua função e utilidade pública. E nestes atrasos, ingerências e trapalhadas, quem perde são os cidadãos.
A história tem um lado muito positivo: as pessoas sentirem que está nas suas mãos parte da qualidade de vida das suas cidades; mas tem outro muito negativo: colocar mais uma vez em causa a validade e necessidade de existência de uma administração pública pesada, onerosa e ineficaz.
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