terça-feira, 24 de outubro de 2006

Abaixo-assinado para a CML

Caros Vizinhos,

Temos em comum viver no mesmo bairro e termos acreditado e apostado num projecto urbanístico bem pensado e desenhado pelos mais reputados arquitectos e urbanistas. Apesar de sermos apenas um dos lados do triânglo constituído também por SGAL e CML, somos os principais interessados em que a Alta de Lisboa seja um sucesso no modo de construir cidade, de pensar no desenho urbano, de reintegrar populações carenciadas. No entanto, a paciência necessária para conviver com as contingências negativas de uma cidade em construção está a esgotar-se quando nos apercebemos que muitos destes problemas derivam mais dos atrasos inexplicáveis do poder local do que das dores de crescimento naturais do projecto. Resolvemos por isso enviar uma carta aberta a todos os vereadores da CML, de todos os quadrantes políticos, para que tomem consciência do problema e actuem conforme exige o cargo para o qual foram investidos.

É um abaixo-assinado dinâmico: a lista de assinaturas, aberta na caixa de comentários, vai crescendo e com isso aumentando a pressão legítima dos cidadãos signatários. A participação de todos é importantíssima. Aqui fica então a carta abaixo-assinada:



Exmos. Senhores
Presidente António Carmona Rodrigues,
Vice-Presidente Carlos Miguel Fontão de Carvalho,
Vereadora Marina Ferreira,
Vereador Pedro José Del-Negro Feist,
Vereadora Gabriela Seara,
Vereador António Manuel Pimenta Prôa,
Vereador José Manuel Amaral Lopes,
Vereador Sérgio Lipari Pinto,
Vereadora Maria José Nogueira Pinto,
Vereador Manuel Maria Carrilho,
Vereador Nuno Gaioso Ribeiro,
Vereadora Natalina Moura,
Vereador António Manuel Dias Baptista,
Vereadora Isabel Seabra,
Vereador Ruben Luís Tristão de Carvalho e Silva,
Vereadora Rita Conceição Carraça Magrinho,
Vereador José Sá Fernandes,


Mais uma vez a Alta de Lisboa, projecto urbanístico pensado de raiz, exemplo infelizmente escasso em Portugal, foi usado como trunfo e com orgulho pela CML para mostrar obra feita, um ano após a tomada de posse, em directo na TSF, na manhã de segunda-feira, dia 23 de Outubro de 2006.

Sabem concerteza V. Exas que a Alta de Lisboa é um projecto no qual a CML sempre teve um papel importante, por ter lançado a ideia nos anos 80, pelo então presidente Eng. Krus Abecassis, e por ser também não só um agente regulador da construção, como também um elemento preponderante para o evoluir do projecto por lhe caber a si a obrigação da compra ou expropriação dos terrenos necessários para a construção de prédios, vias rodoviárias, parques verdes, equipamentos e escolas, no âmbito do contrato inominado entre CML e SGAL.

O sucesso de um projecto com a dimensão da Alta de Lisboa, será sempre associado à CML, para o bem e para o mal. E vendo que a CML tem aproveitado promover-se, sempre que pode, mostrando "obra feita" na Alta de Lisboa (mesmo que tenha sido a entidade privada com quem se associou a fazer a mesma obra), parece-nos injusto esquecerem-se e adiarem imbróglios burocráticos que não se justificam face aos prejuízos que causam a todos os munícipes que V. Exas. representam.

Neste momento residem nesta zona de Lisboa cerca de 20000 moradores. Por diversos atrasos, as vias rodoviárias estruturais desta zona, Eixo Norte-Sul e Av. Santos e Castro e Eixo Central, estão inacabadas e ainda inutilizáveis, pelo que as vias de acesso a toda esta grande área urbana se reduzem a 4 ou 5 estradas de uma faixa de rodagem para cada lado. O trânsito é caótico nas horas de ponta, diminuindo a qualidade de vida de todos.

Sabemos que apostar num projecto em construção implica ser-se paciente com o tempo natural que demora uma cidade a construir-se e a cristalizar-se, mas não é isto sinónimo de ser-se tolerante com atrasos burocráticos que penalizam ainda mais quem ajudou e acreditou num projecto patrocinado e dinamizado pela CML.


Assim consideramos urgente a resolução dos seguintes pontos:

1. Concretização dos acordos já conseguidos entre CML e proprietários dos Armazéns Ruela para a compra dos terrenos necessários para a construção da Rotunda Este da Av. Santos e Castro.

2. Aprovação final do empreiteiro que irá construir a Porta Sul, a ligação entre a Av. Santos e Castro e a 2ª Circular, essencial para a ligação ao resto da cidade.

3. Transferência do actual Centro de Saúde, que ocupa um barracão sem as condições mínimas que qualquer um dos Srs. exigiria no tratamento de um vosso familiar, para o recentemente construído numa das lojas do Condomínio da Torre. Esta transferência está adiada há cinco meses também por pormenores burocráticos. A libertação do terreno ocupado pelo barracão é necessária para a se avançar com o tramo central do Eixo-Central, ex-libris da Alta de Lisboa, continuação das Avenidas de Lisboa.

4. Celeridade na deslocação dos moradores de Calvanas para as novas casas já concluídas, projecto do Arqº. Frederico Valsassina, o que irá possibilitar o avanço da Av. Santos e Castro, a construção do tramo sul do Eixo Central e a construção de mais um espaço verde para a cidade de Lisboa, o Parque Sul.


Cada um de nós tem um papel diferente nesta enorme peça de teatro, mas é saudável que queiramos todos desempenhá-lo o mais competentemente possível. Não imaginamos a ordem de grandeza de preocupações que o vosso papel implica, na quantidade de solicitações que vos esquarteja, mas parecem-nos ser estes alguns dos processos adiados por inércia que, a cada dia que passa, aumentam o prejuízo para todos. Não se justifica por isso adiar o inadiável.

Confiando na vossa boa fé, determinação, capacidade de reacção e competência, desejamo-vos a todos sucesso para a continuação dos vossos mandatos e que nunca nos esqueçamos, todos, do que é construir uma cidade, do que é buscar qualidade de vida, do que é servir a causa pública.

Os nossos melhores cumprimentos,
os munícipes de Lisboa abaixo assinados




P.S. [25 Out] O acumular de assinaturas está a correr bem, obrigado a todos os que estão a colaborar. É bom relembrar da existência deste abaixo-assinado aos Vereadores visados. Para isso proponho também o reenvio da carta. Deixo aqui a lista de emails existentes dos Vereadores no site da CML. Basta copiar e colocar no destinatário do email.

gab.pcp@cm-lisboa.pt ; gab.bloco.esquerda@cm-lisboa.pt ; gab.presidencia@cm-lisboa.pt ; ver.fcarvalho@cm-lisboa.pt ; marina.ferreira@cm-lisboa.pt ; ver.pedro.feist@cm-lisboa.pt ; ver.gabriela.seara@cm-lisboa.pt ; ver.antonio.proa@cm-lisboa.pt

É de lembrar que grande parte dos moradores afectados por estes problemas desconhece a existência dos blogs e sites dedicados à Alta de Lisboa e não poderão participar neste abaixo-assinado que também lhes diz respeito. É por isso importante a divulgação máxima deste movimento para que a força de reinvidicação seja o maior possível. Para isso proponho a colocação deste cartaz nos vossos prédios de habitação, num local de passagem (os elevadores, por exemplo). Um movimento coeso e com grande participação dos moradores terá certamente os efeitos desejados. A cidade pode ser contruída pelas pessoas que a habitam.

319 comentários:

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Tiago disse...

Tiago Figueiredo

Unknown disse...

Joana Jordão

Pedro Veiga disse...

Pedro Veiga

Anónimo disse...

Ana Rita Fernandes

tuBo em cima disse...

Mónica Leirião

susana disse...

Susana Nunes

Anónimo disse...

João Alfredo Santos

Anónimo disse...

Rui Fiolhais

Anónimo disse...

eunice carvalhinho

Anónimo disse...

Ana Quitério

Anónimo disse...

Luis Ferreira

João Tito Basto disse...

João Tito Basto

Anónimo disse...

Teresa Jacinto

Anónimo disse...

Susana Prudêncio

Anónimo disse...

Sónia Carvalho

Anónimo disse...

Marta Garcia

Anónimo disse...

Hugo Encarnação

Anónimo disse...

Luis Botelho

Anónimo disse...

Carlos Araújo

Anónimo disse...

Carla Bernardo Martins

Anónimo disse...

Lígia Cerdeira Santos

Anónimo disse...

Rubina Basto

Sérgio disse...

Sérgio Sá

Anónimo disse...

João Lázaro

Anónimo disse...

Thomas Fisher

Anónimo disse...

Diogo Luis

Anónimo disse...

Miguel Fernandes

Anónimo disse...

Luís Lucena

Anónimo disse...

Helena Barroso

Anónimo disse...

Pedro Correia

Rodrigo Bastos disse...

Rodrigo Bastos

Anónimo disse...

Ana Luísa Ferreira

Anónimo disse...

Joana Fisher

Anónimo disse...

Nuno Cordas

Anónimo disse...

Ana Graça

Anónimo disse...

PC

Anónimo disse...

Miguel Santos

Anónimo disse...

PC

Anónimo disse...

a UDAL associa-se a esse abaixo assinado.

Anónimo disse...

João Cruz

Anónimo disse...

Clara Coelho

Anónimo disse...

Paulo Fernandes

Ana disse...

Ana Albergaria

Anónimo disse...

Pedro Domingos

Anónimo disse...

Nuno Freire

Anónimo disse...

Ana Sousa

Anónimo disse...

Daniela Melamed

Anónimo disse...

Filipe Godinho

Anónimo disse...

Nuno Dias

António Gouveia disse...

António Gouveia

Anónimo disse...

João Anjos

Anónimo disse...

Conceição Silva

Anónimo disse...

Hugo Sousa

Anónimo disse...

Cristina Portela

Anónimo disse...

André F

Anónimo disse...

Teresa Lucas

Anónimo disse...

Catia F

Anónimo disse...

Alexandre Brito

Anónimo disse...

Rita Morais

Anónimo disse...

Bruno Silva

Anónimo disse...

Mariana Conceição Coelho

João Pinto disse...

João Paulo Fernandes Pinto

Anónimo disse...

João Leitão

Anónimo disse...

Maria do Rosário B.C. A dos Santos

Anónimo disse...

Rita Branco

Anónimo disse...

Claudia L. P. Rodrigues

Anónimo disse...

Patricia Gaspar

Anónimo disse...

Carlos São Lázaro

Anónimo disse...

Hugo Gomes

Anónimo disse...

Jorge Dias (Colina S. Gonçalo)

Anónimo disse...

Sandra Isabel Silva (JSB)

Anónimo disse...

Paulo Alexandre Silva (JSB)

Anónimo disse...

Gustavo Lemos

Anónimo disse...

Ana Margarido

Anónimo disse...

Sofia Calado

Anónimo disse...

Nuno Canas

Anónimo disse...

Diogo Canas

Anónimo disse...

Tomás Canas

Anónimo disse...

Jorge Sousa

Anónimo disse...

Rosa Morais (JSB)

Anónimo disse...

João Teles

Maria Simoes disse...

Conceiçãõ Simões

Anónimo disse...

Helena Sá

Anónimo disse...

Paula Marques

Anónimo disse...

Carla Ferreira

Anónimo disse...

Tomás Andrade

ECO Bedrooms disse...

Henrique Relogio

Anónimo disse...

Susana Major

Anónimo disse...

Jorge Simões

Anónimo disse...

Francisco Marinho

Anónimo disse...

Rui Ramos (JSB)

Anónimo disse...

Aline Delgado

Anónimo disse...

Antonio Delgado

Anónimo disse...

Vergilio Rodrigues

Anónimo disse...

Maria Helena Rodrigues

Anónimo disse...

João Sotto-Mayor

Anónimo disse...

Carla Maria Peneda - Empreendimento das Galinheiras

Anónimo disse...

Rui Pedro Gama Correia Malta Vacas

Anónimo disse...

Evaristo da Cruz Branquinho

Anónimo disse...

Maria de Lourdes Costa

Anónimo disse...

Natacha Rodrigues

Anónimo disse...

Eulália Silva

Anónimo disse...

Pedro Ferreira da Silva

Anónimo disse...

Joao Pedro Viegas

Anónimo disse...

Filipa Nicolau

Anónimo disse...

Pedro Rodrigues

João Manuel de Barros disse...

João Barros

Anónimo disse...

Nuno Silva

Anónimo disse...

Inês Caldas, não moradora - solidária

Anónimo disse...

Maria José Costeira

Anónimo disse...

Luis Correia Pinheiro

Anónimo disse...

Carlos Nunes (CSG)

Anónimo disse...

Carla Salgado Pereira

Anónimo disse...

Alda Peneda - E. Galinheiras

Anónimo disse...

Concordo inteiramente com a iniciativa.
Boa sorte para o retorno!

Anónimo disse...

Bruno A. Dias Pinheiro

Anónimo disse...

João Alves Pereira

Anónimo disse...

Helena Teixeira

Anónimo disse...

Andreia Sofia dos Reis Patricio

Anónimo disse...

Família Vera-Cruz.
3 prejudicados diários.

Anónimo disse...

Ana Margarida Ferreira Godinho

Anónimo disse...

Família Biard Antunes
Um casal prejudicado diariamente.

Anónimo disse...

Inês Lopes

Anónimo disse...

Jorge M A: Sousa
(CSJBrito)

Anónimo disse...

Helder Lourenço (Empreendimento das Galinheiras)

Anónimo disse...

Rita Martins Soares

Anónimo disse...

João Luis Mil-Homens Freire

Anónimo disse...

Maria Teresa Baptista

Anónimo disse...

Carlos Miguel Pereira

Anónimo disse...

Alexandra Fernandes

Anónimo disse...

Nuno M. C. Timóteo
(Jardins de S. Bartolomeu)

Anónimo disse...

Carlos Pacheco
Colina S. João de Brito

Anónimo disse...

Maria Gouveia
Jardins de S. Bartolomeu

Anónimo disse...

Eu vivi três anos na Alta de Lisboa, fomos dos primeiros (senão mesmo OS primeiros) moradores "pagantes" dessa cidade em projecto. Quando nos mudámos não tínhamos elevador, a água e a electricidade eram da obra e o gás para tomar banho era de bilha... a garagem não podia ser usada e vizinhos ou lojas eram miragens, os nossos amigos referiam-se à nossa casa como palco de guerra devido ao aspecto que o bairro tinha e o pó das obras que entrava na nossa casa era insuportável. Ao fim de dois anos e do nascimento do nosso primeiro filho decidimos mudar de casa exactamente porque devido à inércia burocrática não se via melhorias significativas. E penso que essa foi a melhor decisão que tomámos, demorámos mais de um ano para conseguir vender a casa exactamente porque a imagem da Alta de Lisboa não é a melhor mas conseguimos e agora penso que pelo menos não vou olhar para trás e pensar que ninguém me devolve os anos da vida dos meus filhos em que vivemos num estaleiro e sem a segurança e qualidade de vida que todos queremos para as nossas famílias.

Anónimo disse...

Eduardo Carreiro

Anónimo disse...

Ana Isabel Alpalhão - condominio do Parque

Anónimo disse...

Vasco Alpalhão - Condominio do Parque

Anónimo disse...

Paulo Castro

im disse...

Ines Mariano

Anónimo disse...

Joana Barroso

Anónimo disse...

Marta Poeira

Anónimo disse...

Rui Lapa (Cond. da Torre)

Anónimo disse...

Vasco Nazaré

Anónimo disse...

Tomás Figueira
Cond. Parque das Conchas

Anónimo disse...

Joana Sousa

Anónimo disse...

Telma Ferreira

Anónimo disse...

Joaquim Fernandes

Anónimo disse...

Vanessa Amaro
Condomínio da Torre

Anónimo disse...

Rodrigo de Matos
Condomínio da Torre

Anónimo disse...

João Rios

L disse...

Luis Rodrigues - CSJB

Anónimo disse...

Leonor de Sousa

Anónimo disse...

Ana Madeira

Anónimo disse...

Gonçalo Ramos

Anónimo disse...

Miguel Minau

Anónimo disse...

Ana Mata

Anónimo disse...

Maria Isabel Mata

Anónimo disse...

Marco Pais

Anónimo disse...

Raquel Guerra

Anónimo disse...

Daniel Pereira

Anónimo disse...

Maria Caetano Neves

Anónimo disse...

Nuno Costa - Condominio da Torre

Anónimo disse...

Miguel Carvalho e Melo - Condominio da Torre

Anónimo disse...

Pedro Ferreira

Anónimo disse...

João Valente - Condomínio da Torre

Anónimo disse...

André Navarro - Colina de S. Gonçalo

Anónimo disse...

Carlos Santos
Paula Santos

Anónimo disse...

Catarina Leite Silva

Anónimo disse...

Carlos Santos
C.s.j.b

Anónimo disse...

josé silva

Anónimo disse...

joana mendonça

Anónimo disse...

António Moacho

Anónimo disse...

Lucília de Fátima Lopes - Colina de São João de Brito

Anónimo disse...

Celeste Cunha

Alexandre disse...

Alexandre Bernardo

Anónimo disse...

Carla Rossas Cardoso

Anónimo disse...

João Vasco Cardoso

Anónimo disse...

Leónidas Henriques

Anónimo disse...

Marta Ondina S. C. Joaquim

Anónimo disse...

Vanda Maria Duarte

Anónimo disse...

Carlos Jorge Silva

d. disse...

David J. Q. Costa

Anónimo disse...

Ricardo Jorge SIlva

Anónimo disse...

Sérgio Terra Cardoso

Anónimo disse...

Carla Oliveira

Anónimo disse...

Inês Rodrigues

Anónimo disse...

Sandra Margarida da Luz

Anónimo disse...

Marta Gaspar

Anónimo disse...

Carlos Miguel Oliveira Fernandes

Anónimo disse...

Helder EstÊvão

Anónimo disse...

É urgente alterar a actual situação de degradação da pouca qualidade que existe na Alta de Lisboa.

Anónimo disse...

Vergonha...

Anónimo disse...

Pedro Rodrigues - JSB

Anónimo disse...

Sónia de Almeida Tenreiro, JSB

Anónimo disse...

César Alvarenga

Anónimo disse...

António Ferreira

Anónimo disse...

FILIPA VELUDO

Anónimo disse...

Matilde Magalhães BAsto

Anónimo disse...

Miguel Magalhães Basto

Anónimo disse...

Ana Rita Vieira
Colina São Gonçalo

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