sexta-feira, 17 de março de 2006

Perceber os Tags








Throw-ups na Alta de Lisboa

O post Riscos nas Paredes do Tiago deixou-me curioso acerca dos Tags, por isso resolvi vaguear um pouco pela Internet para saber mais sobre este fenómeno. Percebi então que os tags são bem mais que riscos na parede, tem uma história, obedecem a regras e acima de tudo são uma forma de afirmação individual. Partilho aqui o pouco que já sabia e o muito que aprendi entretanto, não quero avaliar se são bonitos ou feios os se quem os faz devia ou não ir para a prisão, é um pequeno texto muito básico sobre as assinaturas que vimos espalhadas por todos os cantos da cidade (ou será do mundo ocidental?).

No final dos anos 60 na cidade de Nova York vários indivíduos começaram a escrever o nome nos edifícios e nas estações de metropolitano. O primeiro writer a ganhar notoriedade foi um jovem de descendência grega de nome Demitrius que encheu a cidade com o seu tag TAKI 183. Em 1971 o jornal New York Times encontro-o e conseguiu entrevista-lo, numa tentativa de perceber e explicar o estranho fenómeno.

Os Tags acabam por ser assinaturas que tal como graffitis estão intimamente associados a cultura HIP HOP, que assenta em três bases – Rap, Break Dance e Graffiti. A cultura HIP HOP tem vindo a desenvolver-se deste meados dos anos 70 e tem actualmente uma força imensa, empresas multinacionais de roupa e artigo desportivos vigiam atentamente e inspiram-se neste movimento que acaba por ser uma referência em termos de estilo para os jovens de todo o mundo.


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Há uma terminologia especifica para cada tipo de intervenção, os Tags são os mais simples e consistem exclusivamente na assinatura do writer , depois há o throw-up , que é também o nome do writer desenhado rapidamente a duas cores, a base normalmente é branca e tem letras arredondadas desenhadas por cima numa segunda cor . Por fim temos a piece, que para quem não está por dentro chama grafitti ou seja, um trabalho de maiores dimensões desenhado normalmente com várias cores.

Glossário (muito, muito resumido):
Crew – grupo organizado de writers
Piece – Diminutivo de masterpiece, trabalho mural onde são normalmente utilizadas várias cores.
Tag – A forma mais simples de “graffitar” consiste no desenho da assinatura do writer
Throw-ups – asssinatura do writer a duas cores, normalnente em fundo branco
To Bomb – Consiste em fazer um elevado numero de tag ou throw-ups
Writer - Aquele que faz graffitis ( Incluindo todos os tipos de graffitis mesmo Tags)

Em Portugal todos os termos utilizados são todos em Inglês.

referências:
h2t
ethnograffiti
wikipedia
Art Crimes



1 comentário:

Ponto Verde disse...

Os criativos podem pôr o tag na testa, na sua viatura, nas paredes das suas casas, mas deixem o espaço publico, a paisagem e os monumentos em paz.

Afirmem-se pela positiva, para mim é a versão urbana do riscar as secretárias da escola ou o "aqui esteve..." os cães fazem uma mijinha...incomoda muito menos!!!