Do que falamos quando falamos de Lisboa? Da disparidade entre a casa que se queria e a inflação do seu custo? Dos bairros decrépitos? Das casas desoladoramente fechadas? Da inépcia de todas as vereações do pós-25 de Abril em criar e gerir políticas de fixação das populações (a cidade perdeu 300 mil habitantes em 30 anos)?
6ª feira, falou-se - e bem - sobre Lisboa. Sobre possíveis futuros para Lisboa que o tempo parece finalmente para tratar do futuro e não de chorar sobre o passado.
"Há 60 anos que assisto a conferências sobre Lisboa onde se fala e fala. Devo dizer que acredito que esta conferência ficará para a história (...)" afirmou o Arq. Nuno Teotónio Pereira, com a autoridade que lhe advém da obra realizada.
Confesso, que tive no início algumas reticências em acreditar neste projecto. Porque me pareceu mais uma jogada política do Presidente da Câmara para neutralizar adversários, win-win para o PS, loose-loose para os CpL.
Esqueci-me da garra de Helena Roseta, subestimei a sua capacidade de procurar os melhores para com ela colaborarem e essa sua notável qualidade que é o querer e saber ouvir.
De tudo o que li, ouvi e vi, destaco a pluridisciplinaridade procurada, a inovação das visões, a proactividade que se adivinha.
Teremos cidade? Parece que sim. Veremos se sim.
Sem comentários:
Enviar um comentário