quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Efeitos colaterais

Hoje é o dia em que mais ministros e secretários de estado, entre outras pessoas importantes do nosso país, pisaram as freguesias do Lumiar, da Charneca e da Ameixoeira. Infelizmente, não fizeram nenhum percurso a pé através das zonas mais problemáticas destas freguesias do ponto de vista de mobilidade urbana. Deslocaram-se em automóveis e autocarros confortáveis através do novo asfalto recém aplicado. O objectivo foi inaugurar o último troço do eixo norte-sul que tem uma extensão de 4,5 km.
Ora bem, estava eu hoje a reflectir sobre os efeitos colaterais desta nova infra-estrutura rodoviária eis que no meu caminho pedonal, entre casa e o metropolitano, deparo com este cartaz:

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Bem, pelos vistos já se consegue ver algum efeito positivo da abertura do eixo norte-sul aqui pelos lados da Alta de Lisboa. Agora já sabemos mais acerca do caminho pedonal da Alta de Lisboa. Parabéns à SGAL e à CML pela iniciativa! Oxalá esta iniciativa informativa seja o mote para muitas mais. Nós, os residentes deste bairro, necessitamos urgentemente de mais informação sobre as obras em curso, sobretudo de informação visível.


P.S. Ainda a propósito da inauguração de hoje fica a questão no ar: Como é que um troço de auto-estrada com 4,5 km de extensão contribui para a diminuição das emissões de CO2 em 0,8 %?

14 comentários:

Sobreda disse...

Caro Pedro Veiga,

Finalmente! Já não era sem tempo. Lê-se no cartaz que o prazo de conclusão para o Eixo Pedonal será de 6 meses! Sinceros (futuros) parabéns aos moradores, embora não se consiga divisar qual a data de início dos trabalhos.

Se “pelos vistos já se consegue ver algum efeito positivo da abertura do eixo norte-sul aqui pelos lados da Alta de Lisboa. Agora já sabemos mais acerca do caminho pedonal da Alta de Lisboa”, convém precisar o porquê deste anúncio da SGAL e da CML.

Esta iniciativa é (felizmente) o resultado de uma Recomendação sobre o "Eixo Pedonal na Alta de Lisboa" apresentada pelo Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes”, na recente sessão da AML de 25 de Setembro de 2007, a qual foi aprovada por unanimidade.

Nela se pedia que a CML assumisse “que o Eixo Pedonal constitui um elemento de valorização deste território, da qualidade de vida dos residentes na zona e de modernização de Lisboa” e que os órgãos autárquicos se deveriam empenhar “na rápida concretização do projectado Eixo, mantendo a deliberação de inclusão da pista dedicada, pedonal e ciclável, no quadro da realização das diversas infra-estruturas complementares ao Plano de Urbanização do Alto do Lumiar”.

Perdoe-se o ‘umbigo’, mas os considerandos deliberativos da Recomendação podem ser confirmados no URL http://pev.am-lisboa.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=78&Itemid=36

Com um abraço e cumprimentos para o 'Viver'.

Anónimo disse...

Pois é, já não bastavam os umbigos dos moradores da Alta, agora também temos de levar com os umbigos dos melancias.

Anónimo disse...

Até que enfim! Tenho estado fora da Alta por motivos profissionais, mas agradeço desde já o "Viver na Alta" pela valiosíssima informação que me tem mantido a par das novidades. Por acaso, alguém que já tenha "desbundado" os famosos 4,5 Km tem comentários? Estou com muitas expectativas, pois (quando estou na alta) faço diariamente o trajecto do eixo Norte-Sul, e a esperança de perder menos tempo parada junto à Academia de Santa Cecília, ou nos semáforos da Padre Cruz seria de louvar!
Já agora, parabéns pela excelente reportagem sobre a degradação do Parque Oeste! Aproveitei uma "template" de um dos comentadores para mer queixar por mail deste problema.

Anónimo disse...

Ah! já me ia esquecendo! No que diz respeito à redução das emissões de CO2, se a coisa correr bem, como realmente espero, devem estar a contabilizar, a poupança de CO2 emitido devido à combustão dos neurónios dos coitados dos moradores da Alta, que carburam à espera nas filas de trânsito. Já agora, a CML pensa fazer alguma coisa em relação ao muro na Azinhaga de S. Bartolomeu ?

Anónimo disse...

A resposta à questão é:

A velocidade média aumenta com a disponibilização dos 4,5km. Pq para fazer o mm trajecto irá andar mais depressa e menos em trânsito compacto.
Ao aumentar a velocidade diminui a emissão de CO2 já que os carros gastam mais quando em para-arranca do que em velocidade de cruzeiro.

É claro q os estudos podem sempre ser viciados e dar os nºs q os politicos querem para comunicar aos media.

É preciso educar os media e já agora educar o povo tb para não ser enganado pelos media.

Os nºs Não são inteiramente verdadeiros, mas tb não são verdadeiramente falsos.

Tiago disse...

Isto tem imensa graça...

Ó Sobreda, a 25 de de Setembro já o eixo pedonal tinha começado a ser construído há muito tempo. Se recuar a 1 de Agosto, este blog já falava no assunto. Se recuar ainda mais, verá inúmeros posts a reclamar a finalização deste troço pedonal que durante mais de um ano ficou em lama e gravilha. Verá também que a CML se cortou a entrar com o dinheiro que prometera à SGAL, que esta em Abril publicou no seu site a notícia do arranque da obra, apesar desta contingência.

Só que apenas em Agosto começou realmente.

A vossa recomendação de 25 de Setembro foi bem intencionada, mas faz-me lembrar o Fontão de Carvalho, quando há meses respondeu por escrito ao deputado Pedro Quartim Graça sobre várias matérias relacionadas com a ALta, garantindo a pés juntos que a extensão do Centro de Saúde já estava em funcionamento e a servir a população a Alta de Lisboa. Era MENTIRA. Alucinação, talvez. Essa extensão só meses mais tarde abriu de facto ao público.

Recuando à vossa recomendação, pelos vistos apenas serviu para a colocação do cartaz. Ao contrário do Pedro Veiga, não me sinto agradecido nem à SGAL nem à CML por um cartaz. Durante mais de um ano pouco disseram sobre o atraso do eixo pedonal, tal como todos os outros atrasos deste projecto, e quando alguma coisa finalmente avança, saiem-se com um cartaz cheio de vaidade a mostrar trabalho feito? Poupem-nos com umbiguices.

Eu por mim, dispenso. Não gosto de cinema com pipocas. Prefiro ver bons filmes, mesmo.

Pedro Veiga disse...

Eu apenas dei os parabéns pela colocação do aviso. De resto o atraso nas obras é completamente absurdo e tem lesado imenso toda a gente que aqui vive. Direi que é mesmo uma vergonha!

Tiago disse...

Eu sei, mas eu só darei os parabéns à CML e SGAL se também colocarem painéis em todas a obras que deviam estar a ser feitas e não estão, a explicar as razões dessa falta, e também nas que se prevêem nos próximos anos a dizer quando terão início.

Muito mais barato do que isto é ter essa informação toda em sites ou blogs. A SGAL já tem um site, mas na parte das notícias chumba redondamente. A UPAL não tem nada, nem site nem blog. Eu sei que em ambas as intituições há muita gente disponível para dar informações, muita gente com vontade de ver Lisboa a tornar-se uma cidade melhor. Mas a população é que não tem disponibilidade para ir lá pessoalemnte ou para telefonar. E se o tivesse, muito dificilmente a SGAL e UPAL conseguiria responder uma por uma as 20000 pessoas que moram na Alta de Lisboa.

Portanto, só vejo uma solução. Aderir ao choque tecnológico e começar um período de glasnost nessas intituições.

Anónimo disse...

Concordo plenamente....E até vou mais além na crítica. O que me interessa a mim, como moradora na Alta de Lisboa e ávida de informação sobre o desenrolar do projecto, ler a última notícia que o site da SGAL amavelmente publicou: "SGAL no Congresso Internacional Real Estate da SAP". É que realmente...esta informação trás uma mais valia brutal....eu fiquei extasiada.

Ana Sousa

Pedro Veiga disse...

De facto a actuação da SGAL, da UPAL e da CML está muito aquém das expectativas de quem veio morar para estas freguesias da Alta de Lisboa e áreas envolventes.
Um dos motes que alimentava o jornal da Alta, editado pela SGAL, era o lançamento de novos empreendimentos. Agora que o ritmo de construção abrandou há muito tempo que não sai um jornal da Alta com informação fresca e nova.
Quando ainda não estava a morar nesta zona recebia o jornal na minha caixa do correio da casa antiga. Ainda me lembro de ter recebido um número cheio de fotografias aéreas que mostravam as principais frentes de obra. Há muita informação que escapa ao cidadão comum e que este blog não consegue retratar. Por isso há muito espaço para notícias que as entidades envolvidas poderiam divulgar a custo zero, por exemplo, a partir de um sítio na internet periodicamente actualizado. Acredito que devem estar a acontecer várias acções de bastidores com o objectivo de resolver os problemas mais graves do desenvolvimento destas freguesias. Mas os moradores nada sabem do que está a ser decidido. O silêncio é total. Isto é estranho num país representado por órgãos governativos eleitos. democraticamente.

Anónimo disse...

News comes from the boss and that's final. If the boss has nothing to say then let the people wait.

HELLO SGAL & UPAL you need a PR department quickly, before the bloggers take complete control :-) (like they haven't already done this)

Note: search Alta de lisboa in google, yahoo and others and see which you first results are. Then look at the first links and see how often they are updated. Now think about a potential buyer... ok got one in mind?...
News... Sgal is part of a computer programme's real estate conference
News... city's largest new highway opened... effects on the area.
Which one do you think the potential buyer will read?

Anónimo disse...

como diz o tom, será possíve que aquelas cabeças brilhantes da SGAL ainda não tenham percebido que precisam urgentemente de um plano de relações públicas para colmatar anos de silêncio? 'É a era dos media, «estúpido»'...(não é ofensa, é glosa glosarum daquela outra famosa frase)

Anónimo disse...

Acho que está claro para todos que este blog é o melhor meio de comunicação sobre a Alta e não só...

Eu ainda não percebi uma coisa... se todos (e dedico-me agora um pouco aos autores do blog) já notaram isso... porque não convidaram ainda os altos responsáveis das instituições que estão ligadas à Alta (SGAL, UPAL, CML, Juntas de freguesia) a participarem aqui?

Estou a pensar alto... mas bastaria criarem-se os respectivos users, contactarem-se os diversos contactos que os bloguistas conhecem nas várias instituições e convidá-los a virem para aqui emitirem "post", colocar comentários.

Já vimos que os departamentos de marketing e comunicação dessas entidades funcional mal.
Sem querer que este blog os substitua, acho que convidar à participação activa com as noticias e temas de interesse a todos poderia obviar e substituir a suposta criação de mais um canal de comunicação que creio por este andar nunca mais estaria feito!

E assim beneficiavamos todos... os que buscam noticias, os que postam comentários, os que querem dizer algo, os que simplesmente querem dizer mal, fazer politica ou apenas virem divertir-se com algumas das belas respostas e contra-respostas que este blog tem!

Tiago disse...

Este blog tem orçamento negativo. Não recebe um cêntimo por ano e obriga os seus dinamizadores a sacrificar o seu tempo e dinheiro para se dedicar à causa. Não temos por isso qualquer verba para pagar aos profissionais de comunicação, os tais dos departamentos de marketing a que se refere, da SGAL, UPAL, CML e JF.

Mas mesmo que porventura esses responsáveis aceitassem de bom grado colaborar no Viver sem receber qualquer ordenado, seria um pouco estranho vê-los fazer neste blog o que não fizeram durante anos no sites das suas instituições.

A ideia, apesar de bem intencionada, parece-me talvez um pouco ingénua. Sem querer fechar qualquer porta às instituições referidas, porque nós só queremos mesmo é viver em cidades bem pensadas e agradáveis de usufruir e não criticamos por desejarmos criar mal-estar nas pessoas, não convém confundir relações de simbiose, com dois elementos bem definidos, independentes, numa troca mútua e equilibrada de vantagens, com relações que impliquem hospedeiro e alojamento, nem sempre tão justas e benéficas para ambos.

Seja como for, as caixas de comentários estão aí à disposição de todos. É só ter vontade e abertura para interagir com os cidadãos.