quinta-feira, 12 de abril de 2007

Prémio "Isto são muitos anos de calotes, já tínhamos prática, mas agora estamos a ganhar lata"

Hoje, dia 12 de Abril de 2007, no PÚBLICO, suplemento Local:

"O atelier Silva! Designers decidiu interromper a produção da agenda cultural da Câmara Municipal de Lisboa por causa de dívidas que se acumulavam há dez números. O director municipal de Cultura, Rui M. Pereira, garante que a agenda do próximo mês sairá na data prevista e que a equipa da câmara, que assegura a recolha e tratamento da informação relativa a eventos culturais da cidade, está preparada para fazer face à situação. "O fim desta colaboração pouco mudará na agenda. Espero até que haja uma mudança para melhor", disse Rui M. Pereira."


Se há uma equipa na CML que está preparada para fazer face à situação, e se a mudança será até para melhor, então porque não terminaram a colaboração há mais tempo? Porque deixaram arrastar a dívida por dez meses?

Mas esta notícia acaba por ser boa para os cofres da CML. Ser verdadeira é "irrelevante", mas como ofende "o crédito e o bom-nome" da edilidade, há grande hipóteses de ganhar um processo em tribunal, desde que os juizes sejam os mesmos deste caso.

3 comentários:

João Tito Basto disse...

Fico chocado com a leviandade e insensibilidade do sr. Rui M. Pereira, o atelier Silva!Designers é um excelente atelier que está, depois de 11 agendas LX por pagar, numa situação financeira complicada. Por trás de empresas existem pessoas e provavelmente algumas vão ficar sem trabalho, não por incompetência mas porque a C.M.L. não assume os seus compromissos.
Quando as declarações do dito sr. sobre a mudança, eu digo que não tenho a mais pequena dúvida que a agenda vai piorar.

Anónimo disse...

Este blog está a começar a ser mais politico e menos sobre a Alta.

João Tito Basto disse...

A falta de dinheiro da C.M.L. tem tudo a ver com a Alta de Lisboa, situações como a apresentada neste post acontecem actualmente todos os dias e nós sentimos na pele essa realidade, veja-se por exemplo o atraso nas expropriações de terrenos na Av. Santos e Castro.