O combate ao congestionamento de trânsito nas grandes cidades passa por conciliar bicicletas e transportes, segundo atestaram numerosos especialistas e autarcas no decurso da iniciativa Global City, ocorrida em Lyon. Além do descongestionamento de trânsito, conciliar estes dois meios de transporte pode ter benefícios ambientais, diminuindo a poluição do ar, referiram os mesmos especialistas.
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O exemplo de Barcelona esteve em foco neste fórum de dezenas de urbes, com 1100 participantes, e em que as cidades portuguesas faltaram ao debate. A capital catalã dispõe de 120 quilómetros de ciclovias que, juntamente com os transportes públicos, registam já 75% das deslocações. Só 25% das ligações se fazem em automóvel particular (menos 30% que no passado recente).
No caso de Londres, foi apresentado um investimento fortíssimo para a fluidez e comodidade da frota de autocarros, a par das portagens à entrada do centro da cidade, o seu núcleo de negócios. A taxa aplicada começou por ser de cinco libras por dia e já vai em oito (equivalentes a 12 euros) e pretende impedir a asfixia da City, já que apenas em apenas 1,5% da área da cidade estão 25% dos postos de trabalho.
A importância da Global City decorre do simples facto de hoje 80% da humanidade viver em cidades, onde se exerce praticamente toda a actividade económica do planeta. Autarcas e planificadores urbanísticos tentam obviar a que tão intenso processo gere fractura social. O tempo é o dos serviços e obriga os estrategistas urbanos a preocupar-se com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a organização da cidade, no centro e na periferia. Tendências de pauperização podem surgir num ou noutra, conforme os casos. Preserva-se o património histórico, mas as novas tendências apontam ainda para monumentalizar os bairros novos, onde habitam tantos milhares.
E nasce alguma oposição entre os que preferem grandes centros comerciais nos arredores e quem opta por apoiar o comércio tradicional, rivalidade paralela à da antiga inserção em fortalezas industriais com os espaços de trabalho actuais, que convidam a sair à hora do almoço, para comer, passear, praticar desporto, consumir ou produzir cultura, porque na rua se passa grande parte da vida na cidade.
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O exemplo de Barcelona esteve em foco neste fórum de dezenas de urbes, com 1100 participantes, e em que as cidades portuguesas faltaram ao debate. A capital catalã dispõe de 120 quilómetros de ciclovias que, juntamente com os transportes públicos, registam já 75% das deslocações. Só 25% das ligações se fazem em automóvel particular (menos 30% que no passado recente).
No caso de Londres, foi apresentado um investimento fortíssimo para a fluidez e comodidade da frota de autocarros, a par das portagens à entrada do centro da cidade, o seu núcleo de negócios. A taxa aplicada começou por ser de cinco libras por dia e já vai em oito (equivalentes a 12 euros) e pretende impedir a asfixia da City, já que apenas em apenas 1,5% da área da cidade estão 25% dos postos de trabalho.
A importância da Global City decorre do simples facto de hoje 80% da humanidade viver em cidades, onde se exerce praticamente toda a actividade económica do planeta. Autarcas e planificadores urbanísticos tentam obviar a que tão intenso processo gere fractura social. O tempo é o dos serviços e obriga os estrategistas urbanos a preocupar-se com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a organização da cidade, no centro e na periferia. Tendências de pauperização podem surgir num ou noutra, conforme os casos. Preserva-se o património histórico, mas as novas tendências apontam ainda para monumentalizar os bairros novos, onde habitam tantos milhares.
E nasce alguma oposição entre os que preferem grandes centros comerciais nos arredores e quem opta por apoiar o comércio tradicional, rivalidade paralela à da antiga inserção em fortalezas industriais com os espaços de trabalho actuais, que convidam a sair à hora do almoço, para comer, passear, praticar desporto, consumir ou produzir cultura, porque na rua se passa grande parte da vida na cidade.
1 comentário:
Fica o link para o site do forum: http://www.globalcityforum.com/App/homepage.cfm?moduleid=398&appname=100469
Ontem os participantes do passeio "Lisboa Antiga de Bicicleta" organizado pela FPCUB (www.fpcubicicleta.com), utilizadores regulares desta forma de mobilidade, juntaram-se na Praça dos Restauradores à campanha da Comissão Europeia "YOU CONTROL CLIMATE CHANGE". À nossa chegada pude ouvir o Secretário de Estado Humberto Rosa, que proferia uma conferência de imprensa, afirmar que iriam ser implementadas ciclovias... Estava também presente o vereador António Prôa em representação da autarquia lisboeta.
Nas cidades portuguesas os problemas do trânsito que têm repercussões sobre as alterações climáticas estão mais que identificados. As possíveis soluções são conhecidas e estão estudadas ou aplicadas noutras cidades europeias (e do mundo). E a utilização da bicicleta tem que ser parte de qualquer das soluções a adoptar. O que me preocupa é que o estudo de mobilidade que a CML pagou não refira absolutamente nada neste âmbito. No entanto os representantes da mesma câmara dizem preverem a implementação de vias cicláveis e outras condições que fomentem ainda mais o uso de bicicletas. Espero que não se gaste mais dinheiro em estudos como o que referi, e mude e se passe urgentemente à acção...
Fica também o link para a página da campanha: http://www.climatechange.eu.com/
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