sexta-feira, 2 de junho de 2006

Os leitores escrevem no Viver



E como o prometido é devido, aqui ficam então as contribuições dos leitores que responderam ao nosso convite. Muito obrigado a todos pela participação!


(erhhh... sobraram muitos pastéis... Alguém quer um?)



O espaço que se segue é da exclusiva responsabilidade dos intervenientes:

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Colina de São Gonçalo Lote 21 - uma perspectiva


Lançado o repto,'Quem quiser publicar alguma coisa aqui basta escrever o texto, acrescentar fotografias se o desejar, e enviar-nos tudo.', ora cá vai.

Não sei qual o interesse do blog em discutir questões relativas à alteração das fachadas na alta de Lisboa. Contudo, o meu contributo pretende ir por aí.

Assim, foi assunto da reunião de condóminos do lote 21 da Colina de São Gonçalo (CSG) a alteração de fachadas e o resultado urbano que podemos e queremos na nossa zona habitacional (que eu pessoalmente gostaria de ver estendido a grande parte da nossa cidade, mas se pudermos fazer mesmo que pouco já estamos a contribuir.). Neste sentido, aproveitando a suspensão da assembleia alguns condóminos empenharam-se em obter, junto do arquitecto João Paciência, um normativo relativamente a alterações que visem a protecção da exposição solar das fracções, condições de segurança da habitações e das lojas, tendo em vista salvaguardar o aspecto urbano do nosso espaço. Essas preocupações foram votadas e decididas para o lote 21 da CSG. No entanto, preocupa-me (aqui refiro apenas a minha posição individual) o que se pode/quer fazer nos outros lotes (e mais geralmente noutros complexos habitacionais).

Gostaria por isso de: dar conhecimento do normativo, para os que possam não estar a par, bem como lançar o desafio de todos nos preocuparmos e disponibilizarmos para obter um resultado urbanístico com o qual nos possamos sentir satisfeitos hoje e no futuro.

No que respeita às particularidades de cada situação que se podem já reportar não creio que seja importante. Não é meu objectivo argumentar acerca da marquise A, da tenda B, das grades de loja K, J ou L, e/ou dos estores das fracções Z ou T. Mas, julgo de interesse pensar sobre a (in)segurança que se cria às fracções situadas acima de algumas lojas. E pensar na discordância entre algumas das instalações que já se verificam.

Pelo que já foi dito não considero sequer de interesse juntar fotografias a este texto. O que me interessa é não permitir que, com o passar do tempo, possamos cair no 'cada um faz o que quer'.

Para terminar gostaria de assinalar com satisfação o resultado conseguido no lote 21 da CSG. Apesar de muitos, e certamente com muitas diferenças, penso que estamos no bom caminho.

p.s.1 - Acerca deste assunto tentei anteriormente um contacto, mas não obtive feedback algum.

p.s.2 - Julgo também importante reconhecer o empenho e o trabalho alcançado pelos condóminos do lote 21 que se dedicaram a esta questão, entre os quais não me incluo - pelo que observei são 3 pessoas.

Marina Andrade


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Esclarecimento à SGAL e moradores do Condomínio da Torre


Aproveito este espaço para esclarecer um equívoco que tem tomado algum tempo aos moradores do Condomínio da Torre e aos senhores responsáveis pela SGAL. Tive acesso a uma troca de correspondência que fazia referência a uma lage partida.



Dizem os moradores que o material é fraco e estala com as diferenças de temperatura, querendo ser ressarcidos do prejuízo; diz a SGAL que não foi o calor mas sim um acto de vandalismo e que por isso não estar previsto no âmbito da garantia, não arranja.

"No que respeita à parede exterior de cor branca, no 8º piso, do lado do jardim, entre o bloco F e o bloco G, a qual se encontra degradada, deve-se esta situação a actos de vandalismo."

carta da SGAL dirigida a todos os condóminos do Condomínio da Torre

Ora nem uns nem outros têm razão. Acontece que numa das minhas deambulações nocturnas velando a segurança na Alta, voando de prédio em prédio, de parede a parede, entrou-me um cisco no olho, trazido na poeira que voa nesse estaleiro gigantesco, atrapalhei-me, e pumba!, esborrachei-me contra a parede, partindo a laje.

Desculpem lá qualquer coisinha, não foi por mal. Escusavam era de tentar encontrar intenções malévolas neste acidente alegando vandalismo. Francamente, a placa está num oitavo andar! Quem, para além de mim, poderia ter feito isso? E porque havia eu agora de querer estragar uma reputação que levou tantos anos a conseguir?




Tenho andado sem grande diponibilidade financeira nos últimos tempos, as taxas de juro têm subido em flecha e a prestação da casa mata-me o orçamento. Podem arranjar vocês a placa que depois eu pago?

Atenciosamente e sempre ao dispor,
Peter Parker (aka Spider-Man)



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Aniversário do Viver na Alta de Lisboa


Olá a todos

Depois de muito ter consultado os vossos artigos sobre a Alta de Lisboa, e não só, resolvi aceitar o convite para "postar" algo no dia do aniversário deste tão sempre interessante espaço de comunicação.

Praticamente todos os temas cabem aqui. Desde o urbanismo, o problema das acessibilidades, do ambiente e ecologia, do viver em sociedade nos espaços urbanos, a promoção de acções de solidariedade, cultura e desporto, como ao mais recente tema aqui proposto que é o espaço de culinária.

Pela qualidade e diversidade dos artigos expostos, como pelo esforço diário que os contribuintes deste blog, têm efectuado para manter este espaço vivo, gostaria de dar os meus parabéns a todos eles, e espero que este espaço se mantenha por muitos e longos anos.

Luis Filipe

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Toponímia do Alto do Lumiar: um motivo de orgulho




Se já havia motivos para nos orgulharmos (é óbvio que falo por mim, mas acredito que outros partilharão da mesma opinião) das escolhas toponímicas para o nosso bairro -lembro apenas alguns dos nomes, sem, no entanto, querer desvalorizar as outras personalidades, Kruz Abecassis, José Cardoso Pires, Sérgio Vieira de Melo, Tito de Morais-, continua a haver os mesmos motivos, pois, e referindo-me apenas às vias assinaladas na planta do bairro (a planta foi retirada do sítio da SGAL na Rede), mais quatro personalidades nos vão honrar com os seus nomes nas nossas ruas e avenidas, que acredito cada vez mais calcorrearemos, dando assim mais vida ao bairro.

O nome de Álvaro Cunhal, por tudo o que representa para o nosso país, independentemente de estarmos de acordo com os seus ideais, é, sem dúvida, um motivo de orgulho para qualquer bairro de Lisboa -e por isso merece um destaque neste pequeno texto-, mas permitam-me fazer o meu destaque pessoal às escolhas dos responsáveis da C. M. de Lisboa pela toponímia da cidade: juntamente com José Cardoso Pires, já devidamente assinalado nas placas de uma das nossas ruas, é um orgulho muito grande ter «entre nós» os nomes de Eugénio de Andrade e de Carlos Paredes. «Bem-vindos» sejam!

Nuno Jorge

P. S. A informação toponímica foi retirada de
http://lisboainteractiva.cm-lisboa.pt.



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De que lado estão os animais?




Espero, sinceramente, que este texto não passe de um grande equívoco da minha parte. Se assim for, desde já, o meu «mea culpa»! De qualquer modo, uma vez que pode ser visto através de dois ângulos, é sempre uma crítica à UPAL, à CML e à SGAL, por ignorarem os moradores do Alto do Lumiar -e no caso da CML, os moradores de qualquer bairro da cidade- e nunca encetar qualquer tipo de diálogo e verdadeiras discussões públicas dos projectos para a nossa urbe. As ditas «discussões públicas», consagradas nas nossas leis, não passam de um embuste, pois apenas está acessível a meia dúzia de habitantes, quer pela falta de divulgação, quer pela indecifrável informação que chega aos residentes nesta cidade de Lisboa.

A distância entre os órgãos autárquicos e os cidadãos continua a ser enorme... assim como continua a ser difícil o acesso a informação que deveria estar disponível para consulta de todos nós. Passando agora para o assunto que me levou a construir estas frases e tentar fazer chegar aos órgãos competentes a minha indignação, e que não ocupará muitas linhas, começo por dizer que tem que ver com opções tomadas para a rua Helena Vaz da Silva, mais propriamente, o que está a ser feito em frente aos lotes 2 e 3 dos Condomínios da Torre. Apesar de não gostar do que ali está a ser feito -como alguém tentou mostrar, as «dunas» cá do bairro-, mas isso é apenas um detalhe que tem que ver com a minha opinião, e como é óbvio, nada tem de ser feito de acordo com os meus padrões estéticos, há um pormenor que me causa grande indignação: as redes colocadas no cimo das «dunas», que acredito terem como objectivo criar um meio de protecção, mas... há muitos modos, e sem dúvida mais dignos, de o fazer. Levando o meu sarcasmo ao limite, mas nunca querendo, com isso, ofender quem quer que seja do bairro -se tivesse como objectivo ofender, seria a quem nos ignora-, as redes só podiam ter sido colocadas para separar seres de diferentes espécies. Não sei quais as que por cá andam, nem quais as que querem separar. Eu só vejo seres humanos. O mais incrível é que já nem nos jardins zoológicos se utilizam redes para separar os infelizes animais aí expostos dos seres humanos, ditos racionais, para os quais foram criados esses «escaparates» que têm como objectivo (não sei quem foi o seu infeliz criador) salvaguardar espécies, tentando recriar os seus «habitats», como se isso fosse possível, ainda por cima dentro de urbes cada vez mais poluídas (eu sei, são heranças do passado e que então ninguém contestava).

A quem de direito, ou seja, aos doutos responsáveis pelo planeamento da cidade, e em especial aos pelo do bairro do Alto do Lumiar, peço, imploro, se for preciso, tenham respeito pelas pessoas que vivem em ambos os lados da «rede». Parece-me que este é o meio mais infeliz de tentar promover a integração, de quem quer que seja. Há modos muito mais dignos de criar protecções, que são, sem qualquer dúvida, de louvar (não está aqui em causa esse aspecto -a protecção-, está em causa o modo como até agora se apresenta), e que não ofendem a dignidade e o respeito a que todos os seres humanos têm direito.

Volto a repetir-me, espero estar enganado em relação ao que se lá vê agora e que no fim da obra nos congratularemos todos com a opção final. Claro que podem considerar que estou a fazer uma tempestade num copo de água e que há problemas mais importantes para resolver. Importantes, são sem dúvida, mais ou menos, não aceito como especificador, pois todas o são! É nos pormenores, para alguns minudências, que se vê a qualidade do que quer que seja e é através deles que se mostra o respeito pelos concidadãos. Podem não estar de acordo comigo em relação a tudo o que foi, neste texto, exposto, mas não acredito que estejam em desacordo com a falta de respeito para com as pessoas... e é isso o que sinto... e o que me indigna!


Nuno Jorge

P. S. Este texto foi enviado à UPAL/CML e à SGAL.




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2 comentários:

Pedro Cruz Gomes disse...

Peter, homónimo amigo, quero desde já dizer-te que este Pedro está contigo!
Aproveito para te esclarecer que, dadas as raízes orientais da administração da SGAL, é natural que te tenham confundido com um vândalo. Lá, os únicos estudantes distraídos como tu que tentaram consertar o mundo foram considerados vândalos e expulsos diligentemente de uma praça tipo Parque Oeste - até pareciam os habitantes da alta quando lá vão bisbilhotar o andamento das obras! Por outro lado, quem lá se costuma passear por paredes são tigres e ladrões... Daí virá a confusão da nossa bem-amada e cumpridora sociedade gastadora - digo, gestora! - da Alta.
Olha, é a vida.

Ana Louro disse...

Sobraram muitos, mas na loja, presumo. Agora até iam, com o susto que apanhei ontem (30 de glicémia) não há acúcar nem nata que me valha.