quinta-feira, 30 de março de 2006

Orientem-se...



Porque fazer o pino durante muitas horas faz mal à cabeça, porque se o Parque Oeste ficar voltado ao contrário ainda lhe cai a água dos laguinhos, e porque nós gostamos muito, mas mesmo muito, de espaços verdes e só queremos que eles sejam úteis e práticos para poderem ser vividos e fruídos pelas pessoas, mesmo que para isso se tenha que dizer à senhora arquitecta que se calhar era melhor pensar numas modificaçõezinhas ao projecto.

7 comentários:

Rodrigo Bastos disse...

:))).

Acho muito díficil que a Arquitecta mude de opinião nesta altura do projecto. Talvez mais tarde (depois da entrada em exploração) possam ser feitas readaptações. Note-se, que teremos sempre de avaliar na prática a sua verdadeira utilizadade. Se o modelo é asim tão inovador como se diz, então terá de ser testado para dessa forma se comprovar e apontar as suas virtudes e pontos que devem ser melhorados.

Gostava, é que esta 1ª fase do projecto termina-se de uma vez por todas. Qual é mesmo a nova data estimada para a sua conclusão?

E qual o impacto que a construção da malha 6 vai ter na usabilidade do Parque?

Será que o eixo pedonal existente será suficiente? Será realmente prático?

São perguntas às quais eu ainda não tenho resposta e que ainda me fazem ver este projecto ao contrário.

Tiago disse...

Não te percebo, Rodrigo. Ora achas que o projecto está de pernas voltadas para o ar, pelo menos a ver no post minimalista que puseste, ora és compreensivo e achas justo esperar e experimentar as propostas.

Isto é como tempo, uns dias chove outros dias faz sol, ou é impressão minha?

Rodrigo Bastos disse...

Tiago,

Sou daqueles que muitas vezes acha que uma imagem vale mais do que mil palavras e por isso utilizei em tom menos formal o "minimalismo" no post em questão.

Eu no meu comment anterior penso que justifiquei porque estava ao contrário. Volto então a repetir:

"Gostava, é que esta 1ª fase do projecto termina-se de uma vez por todas. Qual é mesmo a nova data estimada para a sua conclusão?

E qual o impacto que a construção da malha 6 vai ter na usabilidade do Parque?

Será que o eixo pedonal existente será suficiente? Será realmente prático?

São perguntas às quais eu ainda não tenho resposta e que ainda me fazem ver este projecto ao contrário."

Ou seja, não entrei na discussão nos bancos, das arvores e na composição estética do parque, pois não tenho conhecimentos técnicos para dizer que os mesmos estão técnicamente (passe-se a redundância) ao contrário e se efectivamente o parque está desajustado ao meio e comunidade onde está inserido. Por essas mesmas razões, dei então a seguinte opinião pessoal que mantenho:

"Note-se, que teremos sempre de avaliar na prática a sua verdadeira utilizadade. Se o modelo é assim tão inovador como se diz, então terá de ser testado para dessa forma se comprovar e apontar as suas virtudes e pontos que devem ser melhorados."

PS: O Parque Oeste que todos desejamos, vai ser o resultado final (espero que rápidamente) do "Projecto do Parque Oeste".

Espero ter sido esclarecedor

Tiago disse...

Deve estar a haver aqui uma confusão semântica qualquer. O que queres dizer com "projecto"? Referes-te à concepção do jardim, à ideia da arquitecta, ou à concretização no terreno, às obras?

E se te recusas a questionar a opção de ausência de bancos, de iluminação nocturna e escassez de árvores por não te sentires especialista no assunto, porque questionas então o eixo pedonal, o impacto da malha 6 e os atrasos da obra? Nestes campos sentes-te mais habilitado profissionalmente para questionar?

Parece-me que as questões que levantamos aqui são decorrentes sobretudo da experiência de vida que vamos tendo em cidade. Se não o fosse não faria sentido estarmos a invocar movimentos de cidadania para impedir as obras do largo do rato como se fez uns posts mais acima. Ou seja, por não sermos especialistas em mobilidade e ordenamento do território vamos aceitar passivamente as auto-estradas que são construídas à porta de casa porque um especialista assim o projectou? Vamos silenciar-nos e não questionar a ausência de bancos e iluminação nocturna num jardim público dentro de uma cidade porque um especialista assim o determinou? Mas então e os outros parques que têm bancos e iluminação? Foram feitos por amadores? Ou esta opção do Parque Oeste deve-se ao contexto social da Alta de Lisboa? São estratégias de integração?

Rodrigo Bastos disse...

Tiago,

Já disse mtudo o que tinha a dizer sobre este assunto. Não me recusei a nada, acho importante falar-se e opinar-se sobre o Parque Oeste e mais tarde poderei então postar sobre os items que ressalvei.

Nota que nestes assuntos nem todos teem a mesma sensibilidade e opinião que tu tens.

Quanto à cidadania, até me surpreende o teu comentário. Força com esses movimentos (sempre defendi isso aqui na blogosfera da Alta) e se quiseres avançar com um sobre este mesmo assunto sabes que estarei do teu lado (no lado real) se concordar com os pressupostos do mesmo.

Para finalizar, o projecto do Parque Oeste é composto por tudo isso que disseste e mais algumas coisas.

Tiago disse...

Bem, mais questões a ser discutidas, então.

Não estou à espera que toda a gente tenha a mesma opinião, mas acho normal podermos confrontar ideias, esgrimir argumentos. Alguns lados da questão podem ficar mais claros de parte a parte, a não ser quando os argumentos estão assentes em crenças.

Só quis perceber melhor o que dizias porque me parecias estar a ser contraditório tanto na contestação ao Parque (ou projecto, ainda não percebi o que querias dizer com isso) como na sensação de autoridade para questionar opções.

Não disse que só um especialista poderia opinar sobre assuntos que implicam com o nosso dia-a-dia. E não disse, portanto, que os moviemntos de cidadania só tinham validade e legitimidade quando apresentados por especialistas nas matérias em questão. Também não defendo a facilidade com que por vezes se fala de assuntos sem os dominar, mas pontos em questão relativamente ao Parque Oeste não estou a ver onde fosse assim tão complicado comparar com outros exemplos.

Não se tratava de avançar com um movimento pró-bancos com encosto ou pró iluminação nocturna. Por enquanto a ideia a discutir os assuntos em si, pensar nas consequências, nos prós e contras. E para isso um bocadinho de retórica não faz mal nenhum.

Mas pronto, não leves a mal a polémica. Pelo menos assim os tipos da SGAL já não podem dizer que nós temos o discurso exclusivamente apontado para eles.

Rodrigo Bastos disse...

Não percebi é onde está a polémica, mas tudo bem :).