Estava há tempos para referir este texto de um dos meus blog preferidos, a barriga de um arquitecto. Aborda as consequências sociais que elementos urbanísticos como a largura dos passeios e a inclusão de árvores podem ter.
Neste Verão quente e seco, onde já arde o pouco que ainda resta para arder, é fundamental reflectir nestes pormenores que podem fazer toda a diferença numa cidade, para chegarmos à conclusão que devemos todos ser exigentes para que as cidades não percam a ligação à vida, à natureza. Uma cidade sem árvores, impermeabilizada pelo alcatrão, morta com o cimento, é uma cidade sem qualidade de vida. E já é tempo de todos nós exigirmos voltar a ter uma cidade saudável, onde viver seja um prazer e não um local feito à medida de interesses sectoriais, sem preocupação com as pessoas.
Nalgumas ruas da Alta de Lisboa a inclusão de árvores foi correctamente pensada, como é o caso da fotografia acima, mas infelizmente este exemplo não é geral. O que vos proponho é que encontremos locais onde a solução poderia ser melhor, para depois podermos propor a alteração.
1 comentário:
De facto a presença de árvores é muito importante em qualquer cidade. O ideal era a existência de avenidas com espaço suficiente para o desenvolvimento da copa das árvores. Em Portugal são poucos os lugares citadinos onde as árvores crescem com dignidade, pois são muitas vezes indevidamente podadas.
O projecto do eixo central da Alta de Lisboa prevê a plantação de árvores com espaço aéreo para o seu crescimento, o que poderá embelezar muito esta nova artéria da cidade. Espero que este plano tome forma de modo a servir de exemplo.
Nas áreas onde já existem árvores a sua presença ainda é pequena, pois estas ainda não tiveram tempo para crescer.
Na zona da expo só há pouco tempo é que se começa a notar bem o porte das árvores, o que é muito agradável sobretudo nos dias quentes de Verão. Na Alta de Lisboa vamos ter que aguardar mais alguns anos para que as sombras do verde inundem os passeios.
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