Espero que o Pedro Veiga não se importe, mas achei este comentário tão acertado e lúcido que me dá pena vê-lo escondido no seu blog. Daí que me apeteceu mostrá-lo por aqui.
Caros futuros vizinhos,
De facto vivemos numa sociedade de classes e cada vez este aspecto está mais saliente devido, principalmente, ao aumento do desemprego e do emprego precário.
Apesar dos inconvenientes que possam existir com a presença de prédios de realojamento (PER), eu prefiro viver numa cidade feita para todos a viver numa cidade inundada de condomínios privados. Se Lisboa se for enchendo de condomínios privados rapidamente atingirá um nível de criminalidade típico do Rio de Janeiro ou de S. Paulo.
Em Lisboa faltam mais espaços públicos de qualidade que sirvam os cidadãos, onde seja fácil e convidativo andar a pé, sentido o pulsar da cidade. Atendendo aos bons projectos previstos para a Alta de Lisboa, espero que esta zona da cidade se torne num bom local para viver e não num dormitório cheio de insegurança. Para isso já nos bastam as famosas zonas do bairro de chelas.Muitas coisas poderão mudar nos próximos dois anos com a conclusão dos principais acessos à Alta de Lisboa: eixo norte-sul, passeio de Lisboa, portas sul e norte e avenida Santos e Castro. Esperemos que a CML dê uma ajuda contribuindo para a ligação da malha antiga com a malha nova da cidade.
P. Veiga
02 Junho, 2005 17:29
Caros futuros vizinhos,
De facto vivemos numa sociedade de classes e cada vez este aspecto está mais saliente devido, principalmente, ao aumento do desemprego e do emprego precário.
Apesar dos inconvenientes que possam existir com a presença de prédios de realojamento (PER), eu prefiro viver numa cidade feita para todos a viver numa cidade inundada de condomínios privados. Se Lisboa se for enchendo de condomínios privados rapidamente atingirá um nível de criminalidade típico do Rio de Janeiro ou de S. Paulo.
Em Lisboa faltam mais espaços públicos de qualidade que sirvam os cidadãos, onde seja fácil e convidativo andar a pé, sentido o pulsar da cidade. Atendendo aos bons projectos previstos para a Alta de Lisboa, espero que esta zona da cidade se torne num bom local para viver e não num dormitório cheio de insegurança. Para isso já nos bastam as famosas zonas do bairro de chelas.Muitas coisas poderão mudar nos próximos dois anos com a conclusão dos principais acessos à Alta de Lisboa: eixo norte-sul, passeio de Lisboa, portas sul e norte e avenida Santos e Castro. Esperemos que a CML dê uma ajuda contribuindo para a ligação da malha antiga com a malha nova da cidade.
P. Veiga
02 Junho, 2005 17:29
6 comentários:
De facto não me importo. Apenas envio uma versão corrigida mais digna de figurar numa página em grande. Agradecia que fosse substituída por esta, visto que a primeira versão foi escrita depressa sem o devido cuidado, pois era apenas um simples comentário.
Obrigado,
P. Veiga
Caros futuros vizinhos,
De facto vivemos numa sociedade de classes e cada vez este aspecto está mais saliente devido, principalmente, ao aumento do desemprego e do emprego precário.
Apesar dos inconvenientes que possam existir com a presença de prédios de realojamento (PER), eu prefiro viver numa cidade feita para todos a viver numa cidade inundada de condomínios privados. Se Lisboa se for enchendo de condomínios privados rapidamente atingirá um nível de criminalidade típico do Rio de Janeiro ou de S. Paulo.
Em Lisboa faltam mais espaços públicos de qualidade que sirvam os cidadãos, onde seja fácil e convidativo andar a pé, sentido o pulsar da cidade. Atendendo aos bons projectos previstos para a Alta de Lisboa, espero que esta zona da cidade se torne num bom local para viver e não num dormitório cheio de insegurança. Para isso já nos bastam as famosas zonas do bairro de chelas.
Muitas coisas poderão mudar nos próximos dois anos com a conclusão dos principais acessos à Alta de Lisboa: eixo norte-sul, passeio de Lisboa, portas sul e norte e avenida Santos e Castro. Esperemos que a CML dê uma ajuda contribuindo para a ligação da malha antiga com a malha nova da cidade.
P. Veiga
02 Junho, 2005 17:29
Já está.
Obrigado!
Penso que apesar dos habitantes dos PER não srem um "exemplo social" há algumas excepções.
Há que fazer pontes com essas excepções para aqueles prédios não serem guetos e os nossos - que no meu caso não é de luxo - não serem vistos por eles como alvo da sua raiva e inveja.
Concordo com isso! Eu também irei morar na Alta de Lisboa num apartamento que não tem nada de luxo. Penso que o ambiente que actualmente se vive na Alta de Lisboa é, em algumas zonas, semelhante ao que se sentia nos Olivais na década de 1970-1980. Também neste bairro houve a edificação de muitas habitações sociais que mostraram alguns sinais de agitação, mas que com o passar do tempo foram pacificando.
Vivi até aos meus 20 anos nos Olivais Sul, perto do fabuloso espaço verde "Vale do Silêncio". Ainda hoje é, para mim, das mais bonitas zonas de lx.
Quando chegou a hora de seguir o meu proprio caminho o projecto da alta agradou-me. O espirito dos Olivais está lá todo.
Curiosamente, nos olivais, vivi conjuntamente com os meus avós num prédio de habitação social, da CML. Os vizinhos? Tal qual os meus avós pessoas na sua grande maioria oriundas do interior do país, das beiras, simples, trabalhadoras, honestas.
A habitação social dos dias de hoje não é igual à habitação social de há 30 anos atrás.
Vivo nos condominios da torre e em frente ao meu prédio existe um prédio PER (não sei como mas é igual ao meu, talvez fale disso numa outra altura). Algum problema até hoje? Absolutamente nenhum! Sou a favor da exclusão? Não! Sou a favor dos guetos? Não
Estou ainda um pouco céptico? Sim.
Pedro Ferreira
Caro Pedro Ferreira,
Também eu vivi nos Olivais, não muito longe do Vale do Silêncio, bem perto de prédios de realojamento. Durante vários anos houve alguns problemas com actos de vandalismo. Todavia, esses actos eram na maioria das vezes provocados por gente de boas famílias, mas com má formação cívica.
P. Veiga
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