domingo, 1 de fevereiro de 2009

Entrevista ao Dr. Nuno Caleia (na íntegra) - IX


Viver na Alta de Lisboa: E quanto ao Metro? Está prevista uma estação do Metro?

Nuno Caleia: no Eixo Central.

Viver na Alta de Lisboa: Tem novidades?

Nuno Caleia: O projecto do Eixo Central que tem vindo a avançar (houve uma deliberação em Agosto do Sr. Presidente da Câmara em relação ao projecto de execução) continua a manter a estação do Metropolitano e da parte do Metropolitano não houve nenhum recuo em relação a essa hipótese, associada à linha que estava associada. A ligação da linha vermelha à linha amarela. Portanto, não há alteração de input por parte do Metropolitano.



Viver na Alta de Lisboa: Outra questão dos moradores prende-se com o IMI, que não reflecte o facto de estarmos a viver num terreno de contingência… Os moradores só não se queixam mais devido ao facto de ainda estarem a viver o período de isenção.

Nuno Caleia: É algo que nós podemos vir a formatar como proposta. Porque aqui prende-se com uma ideia que é: quando se faz a valorização matricial de uma cidade na íntegra considera-se que esta parcela vale mais, aquela parcela vale menos… e portanto há essa estabilização. Eu ainda não coloquei a ninguém essa questão.

Viver na Alta de Lisboa: Sobre a ocupação das lojas ali no Condomínio da Torre, por exemplo, a pergunta é: Há lojas que estão à espera dos serviços da CML? As que não estão à espera de serviços da CML, têm rendas altas demais e portanto não atraem os potenciais investidores?

Nuno Caleia: Há lojas que estão à espera de uma transmissão da parte da SGAL à CML para a CML proceder à sua ocupação.

Viver na Alta de Lisboa: ainda não foram entregues, é isso?

Nuno Caleia: Não. Foi feito um entendimento de um registo de escritura da SGAL à CML para potenciar a ocupação das lojas na Malha 15 e esse registo de escritura ainda não foi feito. Eu estive no Gabinete de Notariado da CML em Julho Há uns elementos que a SGAL precisa de nos entregar, para potenciar então a ocupação das lojas da malha 15.

Viver na Alta de Lisboa: CTT: está prevista alguma estação de Correios na Alta de Lisboa?

Nuno Caleia: Como equipamento, não está.

Viver na Alta de Lisboa: E a CML tem alguma capacidade de intervenção nesse aspecto?

Nuno Caleia: Pode ter. Se nós a considerarmos como uma estrutura de equipamento, na lógica de programação dos equipamentos, poderá ser agregada. Regra geral, não é uma estrutura de equipamento; é um serviço público que é prestado à população e entra no perfil comercial. E aí é uma questão de equacionarmos uma loja e equacionarmos um contrato de arrendamento, falar com os CTT sobre essa localização, ou seja: onde é que eu acho que a UPAL pode ter um papel? É na sensibilização dessas estruturas para uma maior celeridade de mobilização. Eu não duvido que com uma plena ocupação deste território os CTT sintam a necessidade de ter aqui um posto. Nós temos que tentar catalizar.

8 comentários:

Anónimo disse...

Antes demais obrigado por existirem, sigo o blog atentamente, e é importantíssimo para elevarmos a nossa cidadania.

Eu sei q não tem a ver com este post, mas como ainda não fizeram um para tal, vou deixar aqui o comentário.

Repararam no tempo recorde de permanência do anuncio à nova rotunda?

E nas obras q entretanto já começaram?

Um post sobre isso seria interessante para voltarmos a dizer obrigado Viver por conseguir "criar" a rotunda.

Diogo Luis disse...

Ainda bem que tocam no tema do Metro. Vou fazer aqui um pequeno aparte para lançar um pedido às pessoas que utilizam a estação da Ameixoeira. O Metropolitano está à mais de 6 meses para arranjar um Vidro partido nas escadas rolantes o que faz com que estas estejam paradas e que se tenha que descer e subir cerca de 150 degraus. O elevador existente não é capaz de fazer escoar a quantidade de pessoas que utilizam esta estação.

Peço que utilizem este link para reclamarem da situação: http://www.metrolisboa.pt/Default.aspx?tabid=155

Como cá em Portugal parece que só a TV faz alguma coisa, também enviei um email para o Programa Nos Por Cá da SIC que costuma fazer "Milagres" para resolver o problema. É o País que temos!

Mr. Steed disse...

obrigado a ambos pela colaboração.

o primeiro por provar à ana e ao tiago que não estou louco nem sonhei. houve mesmo um cartaz colado na estrutura do outdoor ao pé da quinta das conchas! saí de manhã e estava, regressei ao final do dia e puft! dizia algo do género: vai nascer aqui uma rotunda de 5 faixas e tinha uma data. Março (Maio?) de 2009.

Diogo Luis disse...

Só para dizer que hoje de manhã fui entrevistado pela SIC por causa do Metro da Ameixoeira. Vamos ver se a pressão da TV faz com que as coisas mudem na estação.

Anónimo disse...

O anuncio teve lá, foi colocado já tarde e permaneceu menos de 24 horas. eu tb o vi.

Eu penso q a data q lá estava era Maio de 2009.

Se for acho mt tempo para realizar uma rotunda, mas se for em Maio é melhor do q o q temos agora.

Que seja Maio.

Pedro Veiga disse...

São as trapalhadas administrativas. Retiraram o cartaz porque não têm a certeza de poder cumprir os prazos.

Anónimo disse...

Que leviandade no tratamento da questão do IMI.
Então ainda não perguntou a ninguém?
Então mas o que é que tem que perguntar?
É um facto que umas zonas valem mais que outras, o que está errado é que as que valem menos paguem mais, que é o caso.
Se repararem bem, estamos a viver na zona mais cara de Lisboa. É preciso perguntar a alguém para saber que esta não é uma das melhores zonas de Lisboa?
Se é, porque reclamamos tanto?
A resposta dos serviços de finanças é que estamos a pagar pelo que está previsto virmos a ter, ou seja, é como pagarmos IRS sobre o rendimento do próximo ano.
Que extorsão...

Anónimo disse...

Vinha comentar a questão do IMI (a tal questão do coefeciente a 2.2)quando reparei no comentário anterior. Pois concordo a 100% na análise sobre a leviandade da resposta 'quando se faz a valorização matricial de uma cidade na íntegra considera-se que esta parcela vale mais, aquela parcela vale menos…'.
A resposta é bonita, tipo comentador, não de alguém com responsabilidades. Afinal, moramos nas freguesias com o metro quadrado mais barato da cidade. Se não é o mercado que dá valor á zona, porque razão as finanças fazem este majoramento?
Humildemente, proponho que este esclarecimento/tema seja uma das acções para o Viver em 2009.
-ricardo-