Viver na Alta de Lisboa: o que é a UPAL? Para que serve a UPAL? Qual o papel que a UPAL tem na Alta de Lisboa?
Nuno Caleia: A UPAL é uma Unidade de Projecto que está ligada ao urbanismo, à gestão urbanística e ao planeamento urbano mas extravasa um pouco essas competências. Enquanto a maioria das Unidades de Projecto da CML essencialmente articula intervenções de obras particulares ao nível do licenciamento e efectua o planeamento urbanístico na vertente do Plano Municipal de Ordenamento do Território (quando ele existe), no caso da UPAL tem uma intervenção directa de uma parceria pública-privada com a SGAL na implementação de obras, de infra-estruturas e de equipamentos e na coordenação da implementação dessas obras, infra-estruturas e equipamentos. Para além dos licenciamentos das obras particulares também articula com o parceiro privado e com os serviços da CML a intervenção em obra, arranjos dos espaços exteriores, etc. Como é uma situação impar, nós todos os dias estamos a limar fronteiras na nossa área de intervenção. Ou seja, saber se nos compete a nós ou compete melhor ao serviço do lado. No meu entendimento, a unidade de projecto não deve duplicar a estrutura da CML. Não deve trazer para cá todos os técnicos de iguais valências. Então há uma estrutura de coordenação e uma estrutura de gestão.
Viver na Alta de Lisboa: Qual é o poder efectivo e decisório que a UPAL tem?
Nuno Caleia: A UPAL faz a sua leitura crítica. Há alguma capacidade de tentar sintetizar e coordenar os diferentes serviços da CML numa decisão e há o elo de ligação com a SGAL. A SGAL em vez de falar com todos os serviços da CML para cada obra, fala connosco e nós temos capacidade de intervir e de uma forma pró-activa devemos conduzir a execução das infra-estruturas ou conduzir o processo.
Viver na Alta de Lisboa: A UPAL então não faz os licenciamentos das obras?
Nuno Caleia: A UPAL faz o licenciamento. Se há necessidade de pareceres de especialidades, vai a outros serviços da CML para parecer de especialidade. Por exemplo, na fiscalização do Parque Oeste nós temos reuniões sistemáticas com os serviços do ambiente. Para mim é fundamental que a CML receba os espaços e os passe a gerir como qualquer outra infra-estrutura da cidade. Portanto, a UPAL nesse aspecto é uma entidade transitória. Não faz sentido eternizar a implementação. É importante por isso que os serviços da CML acompanhem a fiscalização. Houve situações dessas que não ocorreram no passado e deixam-nos numa posição um pouco ingrata que é: O serviço pode ter alguma resistência na recepção da obra porque não foi ouvido e é confrontado com o facto consumado. Essa resistência não pode ser eterna. A cidade precisa de funcionar. Para evitar esse mal-estar é importante que os serviços estejam presentes e nós temos a obrigação de coordenar tudo isso e o dever de levar connosco os serviços da CML mais importantes em cada uma das estruturas.
Nuno Caleia: A UPAL é uma Unidade de Projecto que está ligada ao urbanismo, à gestão urbanística e ao planeamento urbano mas extravasa um pouco essas competências. Enquanto a maioria das Unidades de Projecto da CML essencialmente articula intervenções de obras particulares ao nível do licenciamento e efectua o planeamento urbanístico na vertente do Plano Municipal de Ordenamento do Território (quando ele existe), no caso da UPAL tem uma intervenção directa de uma parceria pública-privada com a SGAL na implementação de obras, de infra-estruturas e de equipamentos e na coordenação da implementação dessas obras, infra-estruturas e equipamentos. Para além dos licenciamentos das obras particulares também articula com o parceiro privado e com os serviços da CML a intervenção em obra, arranjos dos espaços exteriores, etc. Como é uma situação impar, nós todos os dias estamos a limar fronteiras na nossa área de intervenção. Ou seja, saber se nos compete a nós ou compete melhor ao serviço do lado. No meu entendimento, a unidade de projecto não deve duplicar a estrutura da CML. Não deve trazer para cá todos os técnicos de iguais valências. Então há uma estrutura de coordenação e uma estrutura de gestão.
Viver na Alta de Lisboa: Qual é o poder efectivo e decisório que a UPAL tem?
Nuno Caleia: A UPAL faz a sua leitura crítica. Há alguma capacidade de tentar sintetizar e coordenar os diferentes serviços da CML numa decisão e há o elo de ligação com a SGAL. A SGAL em vez de falar com todos os serviços da CML para cada obra, fala connosco e nós temos capacidade de intervir e de uma forma pró-activa devemos conduzir a execução das infra-estruturas ou conduzir o processo.
Viver na Alta de Lisboa: A UPAL então não faz os licenciamentos das obras?
Nuno Caleia: A UPAL faz o licenciamento. Se há necessidade de pareceres de especialidades, vai a outros serviços da CML para parecer de especialidade. Por exemplo, na fiscalização do Parque Oeste nós temos reuniões sistemáticas com os serviços do ambiente. Para mim é fundamental que a CML receba os espaços e os passe a gerir como qualquer outra infra-estrutura da cidade. Portanto, a UPAL nesse aspecto é uma entidade transitória. Não faz sentido eternizar a implementação. É importante por isso que os serviços da CML acompanhem a fiscalização. Houve situações dessas que não ocorreram no passado e deixam-nos numa posição um pouco ingrata que é: O serviço pode ter alguma resistência na recepção da obra porque não foi ouvido e é confrontado com o facto consumado. Essa resistência não pode ser eterna. A cidade precisa de funcionar. Para evitar esse mal-estar é importante que os serviços estejam presentes e nós temos a obrigação de coordenar tudo isso e o dever de levar connosco os serviços da CML mais importantes em cada uma das estruturas.
5 comentários:
obrigado pelo trabalho de transcrição.
Esse trabalho não foi meu. Foi de uma grande amiga nossa que mesmo escrevendo à velocidade da luz - e sem olhar para o teclado! - demorou várias horas a fazê-lo.
O Viver tem destas coisas, um grupo de pessoas lindas com uma dedicação fantástica.
eh lá! eu não sou uma pessoa linda!
Pois não. Tu és uma linda pessoa.
mau...temos mariquices aqui no Viver na Ialta ou q?
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