quarta-feira, 26 de março de 2008

Metro na Alta de Lisboa!


Moradores acusam CML de “desinteresse”
Projecto da Alta de Lisboa está por concluir


LUMIAR Os moradores da Alta de Lisboa denunciam a descontinuação do projecto de urbanização desenvolvido para aquela zona e acusam a Câmara Municipal de Lisboa (CML) de “desinteresse” e “incumprimento” de promessas.

“Gostava de pensar que o problema é conjuntural e que os dirigentes não são incompetentes nem têm falta de vontade”, disse ao METRO Pedro Cruz Gomes, do movimento Viver na Alta de Lisboa.

O Plano de Urbanização do Alto do Lumiar (PUAL) começou a ser desenvolvido na década de 80, tendo entrado em vigor em 1998. O projecto nasceu da vontade de reabilitar os bairros degradados da zona, criando áreas habitacionais reservadas para realojamento e zonas habitacionais de venda livre.

A CML criou para o efeito uma parceria com a entidade privada SGAL - Sociedade Gestora da Alta de Lisboa. A autarquia cedia terrenos e a SGAL assumia os custos de loteamento e construção.

“A câmara não está a cumprir a sua parte do acordo, mas a SGAL também não tem cumprido, deixando as coisas arrastar-se”, lamentou ao METRO Tiago Figueiredo, do mesmo movimento cívico.

Promessas por cumprir
De acordo com estes dois cidadãos, está quase tudo por fazer. O realojamento foi a única parte concretizada, o resto “saiu furado”, disse Pedro Cruz Gomes, acrescentando: “Não há equipamentos que fixem aqui as pessoas. Faz falta uma mudança de paradigma, a criação de uma cidade compartimentada, com habitação, comércio e serviços, onde os 60 mil habitantes previstos para a Alta possam viver e trabalhar, não apenas morar”.

Apenas 49 por cento das zonas habitacionais de venda livre estão construídas. E os edifícios de escritórios não chegaram sequer a ser construídos. Dez anos após o pre visto, o último troço do Eixo Norte-Sul foi inaugurado em Novembro de 2007. A Avenida Santos e Castro, com inauguração prevista para Dezembro de 2004, está por concluir, dependente de expropriações e/ou aquisição de terrenos entre a Câmara de Loures e a de Lisboa. Por concluir está também o Nó de Calvanas, que se prevê que faça a ligação à Segunda Circular, aliviando o tráfego actual daquele eixo rodoviário.

Actualmente, vivem cerca de 30 mil pessoas na Alta de Lisboa (perto de seis por cento da população actual da capital), mas previa-se a duplicação destes números.

“As pessoas vieram viver para aqui porque acreditaram no projecto e as promessas não foram cumpridas. Houve quebra do contrato moral que a SGAL e a câmara fizeram com os cidadãos”, considerou Pedro Cruz Gomes.

O movimento “tem sido uma experiência esclarecedora e com algumas desilusões”, admite Tiago Figueiredo. Há três meses que estes cidadãos têm feito contactos junto da CML à procura de respostas concretas, mas até agora ainda ninguém prestou quaisquer esclarecimentos. “Estes movimentos informais põem a nu a falta de preparação de uma sociedade que se diz democrática. É preciso que as pessoas tenham consciência de que têm voz e que os políticos só têm poder porque foram elas que lhes deram esse poder”, conclui Pedro Cruz Gomes.
MARTA COSTA SANTOS


27 comentários:

Anónimo disse...

É preciso coragem para dizer estas coisas. Mais uma vez parabéns!

Rui

Anónimo disse...

O especialista em comunicação começou a sua campanha internacional. Ainda chega a secretario geral das Nações Unidas.
http://www.youtube.com/watchv=XsBmV5sjneM&eurl/

Anónimo disse...

Muito obrigado!...

Anónimo disse...

Sá Fernandes força ventoinhas contra vontade de vereadores
27.03.2008, Ana Henriques
Sociais-democratas abandonaram sala onde decorria reunião de câmara em sinal de protesto

O vereador eleito pelo Bloco de Esquerda José Sá Fernandes e os socialistas que, com a sua ajuda, governam a Câmara de Lisboa, foram ontem alvo de violentos ataques verbais na reunião da autarquia, depois de terem forçado a implantação de 15 microturbinas de produção de energia eólica na cidade, contra a vontade da maioria dos vereadores.


Os autarcas do PSD abandonaram a sala em protesto, não sem antes se terem manifestado contra esta "ausência de regras democráticas" e este "enxovalho". E não descartam a possibilidade de recorrerem a "outras instâncias", embora não especifiquem quais, para se queixarem do sucedido.
Apesar de as suas competências lhe permitirem levar o projecto por diante sem o submeter à votação dos restantes vereadores, Sá Fernandes optou por apresentar uma proposta nesse sentido na reunião de câmara. Quando percebeu que tudo se encaminhava para o chumbo do projecto, que só o PS aprova, optou, por sugestão do presidente da autarquia, António Costa, por retirar a proposta. Mas anunciou ao mesmo tempo que levará o projecto por diante, mesmo sem a concordância da maioria dos vereadores, uma vez que as suas competências lho permitem.
O ruído e o impacte visual das microturbinas com dez metros de altura são as principais objecções à sua instalação, que será temporária - só entre Julho e Dezembro - e que servirá mais como campanha de sensibilização para as energias alternativas do que como fonte de produção de energia eólica, uma vez que Lisboa não tem muitos locais onde a força do vento seja suficientemente elevada.
O vereador Pedro Feist, do grupo Lisboa com Carmona, declarou que nos 32 anos que leva da autarquia nunca viu "uma situação destas", em que um vereador tenha passado sobre a vontade dos seus pares. Já Helena Roseta falou em "baixa democracia". Sá Fernandes e os socialistas foram acusados de autoritarismo por toda a oposição. "Foi um episódio que pensei que jamais pudesse acontecer na CML", observou o comunista Ruben de Carvalho, que vê a situação como "um desrespeito pela democracia". O PCP ameaça desenvolver sobre o assunto "o mais enérgico protesto político, com todos os recursos" que tiver "à mão".
Os mais recentes atrasos da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) na entrega das casas em Entrecampos que vendeu a 600 jovens estiveram também na berlinda na reunião de câmara de ontem. "Em condições normais, a administração da EPUL já estava no olho da rua", opinou o comunista Ruben de Carvalho. A vereadora Helena Roseta também alertou para a gravidade da situação: "Quando receberem as casas os jovens já estarão na terceira idade", ironizou. O vereador responsável pela empresa, Manuel Salgado, admitiu que as informações que tem sobre o assunto "não são suficientemente completas", mas assacou parte do atraso a uma reformulação do projecto, que inicialmente previa uma complicada infra-estrutura de recolha de lixo na urbanização.

Anónimo disse...

mas que raio tem esta notícia a ver com o post?

Anónimo disse...

Não temos os equipamentos prometidos e contratualizados pela CML, mas vamos ter turbinas...mas apenas por 6 meses...

Luís Lucena disse...

Parte I
CML leva a bola e passa para a SGAL.
Aí vai a SGAL, finta um, finta dois e passa novamente para a CML. CML passa para a SGAL que passa para a CML que passa para a SGAL que passa para a CML que passa para a SGAL.
MUITO EMOCIONANTE ESTE JOGO!
CML chuta para canto. Novamente a bola segue e SGAL também envia para canto. Bom: agora só chutam para canto... a bola não sai do canto.
Intervalo.
Parte II
SGAL parece alheada do jogo. Mãos nos bolsos de costas para a CML. Por seu lado, CML assobia para a direita e depois para a esquerda. Afinal, parece que não têm nada a ver com a bola.
O público sente-se defraudado! As pessoas reclamam pela devolução do dinheiro dos bilhetes. (Sim! Ainda há o direito à dignidade para garantir o direito de exigir o direito de estrebuchar!) Infelizmente as receitas de bilheteira já se encontram cativas para o pagamento dos juros da dívida contraída para o pagamento dos salários atrasados dos jogadores.

Anónimo disse...

O titulo do post engana!
Devia ser "O *Jornal Metro* na Alta de Lisboa"...

Por momentos pensei que ia ler a noticia do seculo...

JRui disse...

Pois, também pensei que ia ter a comunicação da expansão do metropolitano para a Alta de Lisboa.Fica p'rá próxima.
Mas pelos vistos talvez só daqui a 20 anos.

Tiago disse...

Fizemos apostas aqui na redacção para ver quem era o primeiro a assinalar a chalaça do Metro na Alta. Até decidimos oferecer como prémio uma assinatura anual gratuita do Viver. Mas como o comentário não identifica o leito, não temos como entregar tamanho prémio.

Pedimos desculpa aos que vieram ao engano, mas lemos um artigo na wikipédia e ficámos deslumbrados com as técnicas de jornalismo sensasionalista para atrair mais leitores.

Anónimo disse...

Luís,
Acho que parte do problema é que na equipa da CML jogam todos com o pé esquerdo e na SGAL há mais jogadores que jogam com o direito. Se fosse Ténis era espectacular (final de Wimbledon entre Borg e McEnroe em 1980!), mas nestes futebóis fica um jogo muito aborrecido para todos.

Como disse o famoso Gabriel Alves sobre o quase tão famoso Dennis Bergkamp após um golo marcado no segundo remate com o pé esquerdo depois de uma primeira tentativa com o direito: Perigoso..Eeee ...Golo de Bergkamp!...a vantagem do jogador ter dois pés!

Anónimo disse...

Polémica das ventoinhas pode acabar em retirada de competências a António Costa
28.03.2008, Ana Henriques

Se o presidente da Câmara de Lisboa, o socialista António Costa, insistir em implantar geradores de energia eólica em vários pontos da cidade, poderá ver serem-lhe retiradas as competências que tem na matéria, declarou ontem o vereador do PCP Ruben de Carvalho. Costa resolveu levar o projecto por diante apesar da discordância da vereação, que pondera a melhor forma de o impedir de desrespeitar a sua vontade.
Em causa está a instalação temporária, por seis meses e sem custos para a autarquia, de dezena e meia de microturbinas de dez metros de altura e três de diâmetro em vários pontos da cidade, como o Parque da Belavista ou a 2.ª Circular. O objectivo da chamada Wind Parade é sensibilizar os lisboetas para as energias alternativas - sendo que as ventoinhas precisarão de electricidade para girar durante parte do tempo, uma vez que os ventos da cidade não são suficientemente fortes. Seja como for, a associação Quercus anunciou ontem o seu apoio à iniciativa, rejeitada pela maioria dos vereadores pelos impactes visual e acústico.


O comunista e ex-dirigente da Quercus Carlos Moura fala ainda dos perigos que estes equipamentos representam para as colónias de morcegos que existem em Lisboa, por o seu funcionamento desorientar o seu sistema de orientação.
A transformação de um assunto de somenos importância para a cidade num embrião de crise política deu-se anteontem. Depois de perceber que todos os autarcas da oposição estavam contra a Parada Eólica, preparando-se para a inviabilizar, o vereador do Ambiente eleito pelo Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, resolveu, a conselho de António Costa, retirar de votação a proposta, impedindo o seu chumbo. O presidente anunciou que o projecto iria ainda assim por diante, uma vez que as suas competências lhe permitiam aprová-lo por despacho.
Não é esse, no entanto, o entendimento dos comunistas e sociais-
-democratas, que dizem que a lei das autarquias dificilmente lhe confere esse poder. Caso avance com as ventoinhas, Costa irá confrontar-se com uma tentativa de anulação do seu despacho ou até de retirada, pelos partidos da oposição da autarquia, das competências que a câmara nele delegou. "Esperemos que honre as competências que nele foram delegadas", observa Margarida Saavedra, do PSD. Sá Fernandes fala em reformular o projecto, para lhe retirar os aspectos mais desagradáveis, mas, numa altura em que a oposição fala de desrespeito pelas instituições democráticas, isso não parece ser suficiente para acalmar o pé-de-vento.

Anónimo disse...

"Polémica das ventoinhas pode acabar em retirada de competências a António Costa
(...)
Se o presidente da Câmara de Lisboa, o socialista António Costa, insistir em implantar geradores de energia eólica em vários pontos da cidade, poderá ver serem-lhe retiradas as competências que tem na matéria, declarou ontem o vereador do PCP Ruben de Carvalho.
(...)
A transformação de um assunto de somenos importância para a cidade num embrião de crise política deu-se anteontem.(...)"


Que grande sorte tem Lisboa por ter estes excelentes autarcas!
Se calhar o melhor e dissolver já a CML e ir para eleições. Já estou com saudades daquelas arruadas com tambores e cornetas e bandeirinhas verdes...

Anónimo disse...

volto a perguntar: "mas que raio tem esta notícia a ver com o post?"

Anónimo disse...

Não consegue perguntar mais nada ?
Não há mais nenhuma pergunta a fazer ?

Anónimo disse...

Olá malta,
Pá, que cena é esta de falar mal da CML aqui no post e depois nos comentários? E a fazerem insinuações baixas que a malta da CML joga a bola apenas com o pé esquerdo ? Esta cena está a ficar cheia de neo-burgueses, neo-liberais e neo-nazis (sim, que eu já vi aqui um do PNR, na caixa de comentários)
Pois fiquem a saber que a malta da CML não só joga a bola com o pé esquerdo como todos os outros desportos. E Ténis é só com o braço esquerdo, e a malta vai para o trabalho de manhã no autocarro ao pé coxinho (esquerdo), e quem vai de carro só conduz com a mão e o pé esquerdos (custa no inicio, mas depois é fácil) e a malta só usa a parte esquerda do corpo e pensa com a parte esquerda do cérebro (talvez seja a direita porque eu vi um documentário em que diziam que no cérebro é tudo ao contrário. Eu não sei. Não percebo nada de Psicologias). Pronto. A malta na CML é de esquerda, pá. Perceberam ?

E acreditem que são todos uns bacanos. Ainda na semana passada, o Zé jurou-me a pés juntos (estava com a perna esquerda cansada, coitado) que eu ia ter o meu apartamento na Baixa até ao final do ano, com uma renda baixinha e ainda vou poder pedir um subsidio á CML. E as ventoinha vão dar muito jeito no Verão, quando estiver aquela brasa do final de Julho, a malta deita-se ao pé das ventoinhas a apanhar fresquinho. Digam lá que não é uma boa ideia, cambada.

Vá lá, fiquem quietinhos nos vossos apartamentos foleiritos, a pagar os vossos empréstimos aos chulos dos bancos com os vossos ordenados e empregos rascas e não chateiem a CML.

Nem venham tirar os direitos justos da malta jovem e trabalhadora, neo-burgueses. (Fica muita estiloso o "neo" na frente dos insultos, não acham ? A isto se chama um "neologismo". Aprendam comigo.)
Txau.
A. (com bolinha)

Anónimo disse...

Desculpe A., mas a "malta" da CML não vai para o trabalho de manhã. Eles vão para o "serviço", onde são "funcionários". E nem sempre de manhã.

Anónimo disse...

Ao anónimo que de sexta-feira às 15H34m

tenho mais uma coisa a perguntar, sim: o que tem a notícia das ventoinhas a ver com o post?

Anónimo disse...

Caro anónimo 19H31m,

A notícia das ventoinhas tem a ver com o post porque, se por um lado o executivo da CML não está interessado na Alta, segundo o artigo no "Metro", por outro parece estar muito interessado noutras zonas da cidade e iniciativas como esta das ventoinhas. Mas, por favor, se não concorda, explique lá os seus argumentos.

Eu já ouvi um "Samba de uma nota só" mas nunca um comentador de uma pergunta só.

Anónimo disse...

Mas está a comparar? Sabe ao menos que as ventoinhas não representam encargos para a CML? Sabe que são patrocinadas por uma entidade privada? Mesmo sendo uma iniciativa discutivel acha que a Alta não avança porque a CML vai colocar umas ventoinhas em Lisboa que são pagas por um privado que as quer comecializar a seguir? Por isso pergunto mais uma vez porque raio transcreve notícias em vez de pensar pela sua própria cabeça.

Anónimo disse...

Sei que a Alta não avança porque a CML tem outras prioridades. As ventoinhas são apenas um exemplo dessas outras prioridades. Existem muitos mais: Baixa/Chiado, Alcantara, reabilitação urbana, etc. Milhares de prioridades. Tudo menos a Alta.

Digo-lhe ainda que sou completamente favorável a iniciativas que promovam as energias renováveis e microgeração de energia. Mas iniciativas efectivas. Não campanhas que não são mais do que promoção pessoal (apesar que nesta o "tiro acabou por sair pela culatra", porque apenas deu mais um exemplo da falta de humildade democrática do senhor vereador, ao não aceitar a derrota da sua proposta na assembleia de vereadores).

Duvido muito que esta iniciativa não represente encargos para a CML, mesmo que apoiada por privados. E vamos fazer tudo, só porque existe o apoio financeiro de privados ? Sou completamente a favor se a primeira coisa for: acabar a Alta !

E depois existe o problema politico. Acha que vale a pena o executivo da CML, depois de anos de instabilidade e vazio de poder, gastar "capital politico" e arranjar conflitos numa questão como esta ?

Finalmente, deixe-me apenas dizer que me orgulho muito de pensar pela minha própria cabeça e que ler artigos de jornal ou outros é uma excelente actividade intelectual,... ou não é ?

Anónimo disse...

Mas porque quer acabar com a Alta? Não gosta dela?

Anónimo disse...

"Acabar a Alta" significa executar (finalizar) o projecto da Alta, e não "acabar com a Alta". Se calhar tenho de copiar aqui também o dicionário, a gramática e a sintaxe, para além dos artigos do jornal.

Anónimo disse...

Acabar com a Alta, executar a Alta, matar a Alta. Não concordo. Eu gosto da Alta e gostava que a deixasse em paz. E o dicionário a gramática e a sintaxe o que tem a ver com este post? Tem a ver com as ventoinhas?

Anónimo disse...

"Eu gosto da Alta e gostava que a deixasse em paz."

Como está agora? Não quer o projecto acabado na sua totalidade ?

Mas olhe, eu desisto. Fique lá com a bicicleta...e com as ventoinhas também.

Anónimo disse...

ok, aceito a vitória. Diga-me só o link do Público, por favor. Senão, como vou poder continuar a estar informado?

Anónimo disse...

http://www.publico.clix.pt/, estou a achar piada ao seu sentido de humor.
Que raio, mais uma. Costa quer meter algum juizo na cabeça de JSF. Pena que "burro velho não aprende linguas"

Proposta sobre Wind Parade ainda em estudo
01.04.2008

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, afirmou ontem que o vereador dos Espaços Verdes está a estudar a proposta de realização do Wind Parade, escusando-se a revelar se tomará uma decisão sobre o evento por despacho.
A proposta, que prevê a instalação de 15 microturbinas eólicas na cidade, foi apresentada por Sá Fernandes ao executivo na quarta-feira. Como a oposição declarou o seu voto contra, António Costa sugeriu a Sá Fernandes que retirasse a proposta, alegando ter poder para a concretizar no âmbito das suas competências.


"Vamos ver. O senhor vereador Sá Fernandes está a estudar a questão e depois decidiremos", disse António Costa (PS) aos jornalistas, à margem da assinatura de um protocolo entre a Fundação Aga Khan e o Ministério da Solidariedade, na Alta de Lisboa.
Já na sexta-feira, o vereador bloquista tinha-se mostrado disponível para melhorar a proposta de realização do Wind Parade levando em conta os "contributos" da oposição.
O vereador comunista na CML, Ruben de Carvalho, afirmou ontem que António Costa não tem competência para autorizar por despacho a realização do evento, e que se o fizer estará a cometer um "acto nulo", disse Ruben de Carvalho em conferência de imprensa nos Paços de Concelho. A vereadora social-democrata Margarida Saavedra afirmou no mesmo sentido que "os preceitos invocados na proposta levantam dúvidas sobre a legalidade" da decisão de aplicar a proposta por despacho. Lusa
António Costa apenas adianta que o vereador Sá Fernandes está a estudar a questão da realização do evento