segunda-feira, 31 de março de 2008

Duas cartas

Hoje damos a conhecer duas cartas publicadas na Tribuna do Leitor do PÚBLICO de hoje. Dois assuntos na ordem do dia: o street racing e lazying in work (eh lá... duas expressões em inglês... Não, não comprei óculos de massa nem tenho ido ao King ou jantar com a redacção de cultura do referido diário). Fica para comentário dos estimados leitores. Encontram soluções para isto? Coisas práticas, pró-activas, soluções passivas. Vamos pôr a imaginação ao serviço da cidade.


Corridas de carros nos Olivais
Embora já tenha pedido a intervenção da PSP, quer telefonicamente, quer na esquadra, todas as noites ocorrem nos Olivais corridas de automóveis, a alta velocidade e com toda a potência de escapes rotos. Matilhas de dezenas de Fângios selvagens começam por se reunir pelas 23h00 nas bombas da Galp (ao Ralis) e arrancam violentamente e aos pares, rua abaixo. O ruído, que é de enlouquecer, só acaba às 3h00 ou 4h00 da madrugada. A Av. Dr. Alfredo Bensaúde é a pista preferida. É um inferno! É o desespero de quem precisa de dormir para trabalhar no dia seguinte! A polícia diz que a culpa é da Câmara de Lisboa, que colocou radares noutros pontos da cidade e não a ouviu sobre pontos prioritários. Além disso, alega que não tem meios para perseguir os corredores. Comprovado que está que a polícia só serve para preencher boas estatísticas, é legítimo perguntar se os cidadãos poderão tratar directamente o assunto. Quem sabe, se com umas fisgas, umas pedras ou uns fuzis. Ou, de forma mais pacífica, apelar a que a "imprensa" desmascare tanta impunidade.
Karl Capulana
Lisboa


Ruas lavadas aos berros
São neste momento 4h30 da noite de 28/3/08 e estou desde as 11h30 a ouvir dois funcionários da Câmara de Lisboa a lavar a rua, sempre na mesma zona. Ou este bocado de rua está francamente suja, ou não estão para se mexer muito. Enquanto um lava, o outro recolhe o lixo ruidosamente, com uma pá. E conversam, não se esforçando por usar um tom de voz que não incomode. Depois de ser totalmente impossível dormir, imagine-se o excelente rendimento que uma pessoa vai ter daqui a umas horas! Não consigo perceber como é que uma câmara com graves problemas financeiros se dá ao luxo de pagar pelo trabalho nocturno que pode ser feito de dia, sem perturbar o sono de ninguém. Já de manhã, enquanto esperava pelo autocarro, dois senhores também da câmara cortavam árvores, outros dois estavam comodamente sentados dentro das carrinhas da autarquia, sendo que uma delas esteve sempre com o motor a trabalhar, enquanto mais outros dois funcionários ficaram encostados a ver. Desculpem, mas isto é gozar com toda a gente!
Alexandra Pereira
Lisboa

7 comentários:

Anónimo disse...

Cuidado Tiago, que existe aqui um leitor anónimo que não gosta de artigos de jornais aqui no Viver. Sobretudo do PÚBLICO.
E dizer que os funcionáriosda CML fazem pouco e berram muito também pode provocar o A. (com bolinha)

Anónimo disse...

Que dilema! Não sei se pergunte primeiro o que tem este post a ver com a Alta ou o que tem o comentário anterior a ver com o post...

Anónimo disse...

Ao street racing respondia com lombas sinusaidais, já tantas vezes aqui mostradas neste blog.
Para resolver o problema do barulho à noite, talvez chamar a atenção directamente às pessoas que estão a fazer barulho.
Para resolver o problema dos funcionários que não trabalham, em primeiro lugar é preciso que a sua entidade patronal se envergonhe disso. Se as pessoas começarem a fotografar ou, melhor ainda, a filmar estas situações e as enviarem para blogs sobre LX ou para a televisão, talvez a CML comece a preocupar-se com o problema e comece a pagar aos funcionários à tarefa e não à hora.

Mr. Steed disse...

as lombas ali eram capazes de n ficar lá muito bem. a alfredo bensaúde é quase uma via rápida com passagens desniveladas. para exemplificar seria quase como colocar lombas na segunda circular ou no eixo norte-sul. compreendo que se ache piada às lombas mas assim tanto tb não :)

infelizmente a resposta ao street racing é mesmo o policiamento. e lições de bom gosto e educação claro mas isso demora mais tempo a fazer efeito... :)

Anónimo disse...

Nos EUA, a polícia tem umas barreiras de tipo arame farpado em lagarta, que se lançam na via e furam os pneus dos fugitivos sem que estes capotem. Eis a solução: para grandes males, grandes remédios.

Anónimo disse...

Consultem este documento australiano sobre o «tyre puncturing device»:

http://www.acpr.gov.au/pdf/ACPR47.pdf

Mr. Steed disse...

e como é que sugere que se usem estes dispositivos? em que condições? operados por quem?