O Viver foi contactado por Mário Galego, do programa Portugal em Directo da Antena 1, para dar a sua opinião acerca das vantagens e prejuízos que o novo troço Eixo Norte-Sul trará ao Lumiar e Alta de Lisboa.
A nós juntaram-se outras pessoas do Lumiar, moradores, uma senhora que tem uma banca de jornais e o dono de um café. As opiniões são várias.
Durante dois anos andámos a discutir esta nova auto-estrada. As vantagens que traz para os moradores da Alta de Lisboa, que até hoje saíam para Lisboa por ruas demasiado estreitas para tanto fluxo, ou para os residentes dos Concelhos de Loures e Odivelas que entopem diariamente a Calçada de Carriche. As vantagens para a viabilidade da Alta de Lisboa, tão sedenta de trunfos que a façam vencer a guerra do mercado imobiliário.
Mas o Eixo Norte-Sul tem também um lado mau, que ficará indissociável a toda a classe política que protelou mais de 20 anos esta obra. Ao perder-se a oportunidade de a fazer em túnel, tornou-se inevitável para a sua conclusão invadir uma malha residencial já estabelecida no Lumiar há mais de 30 anos, substituindo para sempre a vista de árvores e outros prédios por uma auto-estrada de 6 faixas a funcionar 24 horas por dia. Poluição sonora, atmosférica e visual. O sacrifício de uns lisboetas para benefício de outros. Justifica-se?
Hoje é dia de festa, com muitos discursos e foguetes. Virão inúmeros políticos à Alta de Lisboa para passear pelo viaduto do Eixo Norte-Sul e comer croquetes e rissóis. Mostrar-se-ão orgulhosos com a obra feita. Mas algum deles gostaria de viver a partir de hoje no Lumiar, com a janela do quarto virada para uma coisa a que chamam progresso?
A nós juntaram-se outras pessoas do Lumiar, moradores, uma senhora que tem uma banca de jornais e o dono de um café. As opiniões são várias.
Durante dois anos andámos a discutir esta nova auto-estrada. As vantagens que traz para os moradores da Alta de Lisboa, que até hoje saíam para Lisboa por ruas demasiado estreitas para tanto fluxo, ou para os residentes dos Concelhos de Loures e Odivelas que entopem diariamente a Calçada de Carriche. As vantagens para a viabilidade da Alta de Lisboa, tão sedenta de trunfos que a façam vencer a guerra do mercado imobiliário.
Mas o Eixo Norte-Sul tem também um lado mau, que ficará indissociável a toda a classe política que protelou mais de 20 anos esta obra. Ao perder-se a oportunidade de a fazer em túnel, tornou-se inevitável para a sua conclusão invadir uma malha residencial já estabelecida no Lumiar há mais de 30 anos, substituindo para sempre a vista de árvores e outros prédios por uma auto-estrada de 6 faixas a funcionar 24 horas por dia. Poluição sonora, atmosférica e visual. O sacrifício de uns lisboetas para benefício de outros. Justifica-se?
Hoje é dia de festa, com muitos discursos e foguetes. Virão inúmeros políticos à Alta de Lisboa para passear pelo viaduto do Eixo Norte-Sul e comer croquetes e rissóis. Mostrar-se-ão orgulhosos com a obra feita. Mas algum deles gostaria de viver a partir de hoje no Lumiar, com a janela do quarto virada para uma coisa a que chamam progresso?
1 comentário:
Mais um contributo inestimável do Viver... As diferentes perspectivas, os vários problemas, a voz de todos. A tão apregoada participação cívica!
O Viver tem feito o seu papel: o de dar visibilidade às várias sensibilidades. Quanto maior for a participação de todos, maior será (acredito)a clareza desta e de outras obras.
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