Servem estas linhas para esclarecer que a casa não é responsável pela totalidade dos comentários que aparecem na caixinha de cada post. Há quem concorde com o que foi escrito, quem discorde, quem parabenize o blog, quem o lamente; nem sempre se gosta do que se lê, isso calha a todos, mas faz parte das regras do jogo. Acredita-se por aqui que a discussão dos assuntos seja mais benéfica para as pessoas do que a sua ignorância. Esclarece-se também as cabeças mais sensíveis que não nos cabe limitar (nem queremos) os variados graus de retórica de cada leitor.
Afirmamos peremptória e convictamente que este blog é a favor da Alta de Lisboa e não contra. Critica-se, louva-se, propõe-se, tenta-se suscitar o debate. Se alguém por falta de tempo e sorte apenas ler as críticas, sugerimos que deixem escorrer os olhos um pouco mais, buscando também a exultação de Viver na Alta de Lisboa.
Afirmamos peremptória e convictamente que este blog é a favor da Alta de Lisboa e não contra. Critica-se, louva-se, propõe-se, tenta-se suscitar o debate. Se alguém por falta de tempo e sorte apenas ler as críticas, sugerimos que deixem escorrer os olhos um pouco mais, buscando também a exultação de Viver na Alta de Lisboa.
15 comentários:
Tenho esta frase como sendo de Baden-Powell, fundador do Movimento Escutista: "Os cães ladram e a caravana passa". Independentependem de quem é o seu autor, que a caravana do Viver na Alta de Lisboa prossiga o seu rumo.
Não sou daqueles que acham que o Viver é contra a Alta.
Muito pelo contrário. Considero que tem tido a preocupação de levantar questões importantes, permitir o debate, falar de assuntos que de outra forma provavelmente não seriam falados.
Nem sempre concordo com o estilo nem com o tipo de abordagem e tratamento dos assuntos. Há mesmo um ou outro caso que considero de gosto muito discutível. O mimo dos bimbos ou a alusão ao Cesariny são dois deles.
Por vezes, são abordados assuntos que claramente demonstram falta de informação, que poderiam ser previamente esclarecidos e consequentemente tratados de forma diferente, mais produtiva e eficaz. De repente lembro-me da critica à falta de comércio no novo Bairro de Calvanas, esquecendo que o próprio PUAL prevê esses desiquilibrios - Áreas de maior e menor densidade de comércio.
Entendo, ainda, que certos temas lançados para debate denotam, na maneira como são transmitidos, alguma arrogância e pouca humildade intelectual e distanciamento. Recordo-me muito rapidamente do comentário á dificuldade de limpeza dos vidros que num caso concreto e particularizado é considerada uma situação mal pensada, uma nabice.
Pessoalmente, defendo como principio e ordem de conduta não falar do que não sei e procurar saber o máximo quando o assunto me interessa. Procurar ver o outro lado das questões. Porque entendo que há sempre um outro lado.
As opções, as decisões, sejam elas de que tipo forem, têm certamente uma razão, uma explicação.
E primeiro que tudo, antes de as pôr em causa, antes da tentação pela piada ou critica, entendo que devemos saber qual é.
Todos nós podemos e devemos discutir todo o tipo de assuntos. Mas devemos ter a preocupação sempre presente com a forma como o fazemos. E com qb de humildade. Entendo também que não devemos transpor, para a abordagem dos assuntos, sobretudo quando eles têm alguma repercussão, factores emocionais, pessoais, nem transpor as nossas frustações e angustias particulares.
Naturalmente, que nem todos têm de ser assim. De pensar desta forma. Há quem goste de abordar assuntos que não domina usando para isso a ironia e o sarcasmo. É um estilo que tem seguidores e certamente adeptos. Cada vez há mais gente a opinar sobre tudo e todos, fazendo juízos de valor, criticas fáceis, piadas instantâneas.
Independentemente desta critica, uma coisa parece-me pacifica, há que respeitar quem depois, ou durante, um dia de trabalho ainda têm paciência e vontade em lançar assuntos para debate. Sobretudo quando os temas têm a ver com a cidade em que vivemos e com a Alta.
Merece certamente o nosso reconhecimento.
Por isso continuo a achar que o Viver é um blog excelente, dinâmico, actual, diversificado, estimulante. Mesmo que nem sempre goste do estilo. Mesmo que pudesse ser mais profundo e rigoroso nalguns temas. Mesmo assim. O Viver é absolutamente necessário à evolução da Alta de Lisboa.
Parabéns.
Carlos
Carlos, se pôs a hipótese de este post lhe ser dedicado, desengane-se. Foi inspirado numa conversa de corredor acidental tida há dias, da qual existem 3 testemunhas. Parece bíblico, mas não é.
Começo por dar a mão à palmatória no excesso do termo "nabice" usado para qualificar a opção do arquitecto para fazer janelas inacessíveis do exterior. Poderia dizer a mesma coisa, continuar a defender o meu ponto de vista enquanto humilde habitante e utilizador de uma casa sem usar epípetos desnecessários.
Insisto, no entanto, que me parece menos grave um deslize linguístico, uma palavra efémera e inconsequente, do que uma opção que se traduz em desconforto, aumento de despesas ou degradação ambiental do planeta. Arrogante parece-me invocar dos galões do métier, da autoridade intelectual de se ter um título académico na área, e propor como solução para a limpeza de vidros inacessíveis ou arrefecimento de uma casa com uma janela enorme sem ensombramento exterior 100% eficaz que se contrate uma empresa especializada em limpezas ou adquira um caro, dispendioso e pouco ecológico sistema de ar condicionado.
Isto sem desfazer no prazer que as casas dão a quem lá vive. Há pormenores muito interessantes e estou contente com muita coisa, mas que me digam que o calor que sinto é psicológico ou fruto da minha ignorância na área da arquitectura irrita um bocadinho.
O Viver, tal como todos os outros blogs, tal como a ARAL, é fruto da dedicação de moradores. Não é a sua profissão, não é sua obrigação principal. Todos nós fazemos coisas depois do dia de trabalho, durante, e antes também (faltou dizer essa), e é uma entrega amadora, não profissional. Muitas vezes nos procurámos informar para poder escrever sobre assuntos, outras vezes não, infelizmente. Não seria nossa obrigação profissional, nenhum de nós é jornalista. O Viver não é um jornal, é um blog, um diário, escrito por moradores da zona que dão a sua impressão sobre diversos aspectos. Critica e põe-se a jeito para ser criticado. Os textos menos informados podem ser contestados e refutados. Repito, já usámos tempo das nossas vidas em reuniões com a UPAL e SGAL, como sabe, antes, durante ou depois de um dia de trabalho. Foram reuniões muito importantes para todos, muito esclarecedoras, muito valiosas para o projecto pelos frutos que delas resultaram. A troca de informação vale a pena.
Mas veja outro lado da questão: o Viver nasceu com dois objectivos, colmatar a lacuna informativa que existia à volta do projecto da Alta de Lisboa e garantir que o desenvolvimento desta parte da cidade se fizesse de forma harmoniosa e sem punhaladas aos planos mais simpáticos. Esse triângulo tão já falado aqui, população, UPAL e SGAL, sempre funcionou em termos informativos por vontade dos dinamizadores dos blogs e por acessibilidade das entidades. Ora, apesar de enaltecermos a abertura da UPAL e SGAL, parece-nos que a missão de informar devia estar do lado da mesma UPAL e SGAL, que não têm de deixar para o fim do dia, para depois de um dia de trabalho, essa função. Além disso, todos os seus funcionários recebem para fazer da Alta de Lisboa um projecto valioso, espera-se, e não teriam de prejudicar as suas vidas familiares e profissionais para o fazer. Nesse aspecto, na informação, o Viver tem feito muito mais pela Alta de Lisboa do que a SGAL ou UPAL. Claro que há assuntos que a SGAL nunca abordaria, por conflito de interesse. Seria de uma humildade sem precedentes, mas longe da sua natureza empresarial. São defeitos de feitio que não sei se vale a pena procurar corrigir. Vale a pena, no entanto, lançar o repto: sem querer fechar portas com a UPAL e SGAL, muito pelo contrário, propomos que essa procura seja bilateral e complementar a um serviço informativo que não dependa de blogs. Que a SGAL e UPAL tenham sites actualizados, com informação detalhada que reflicta tudo o que se vai fazendo na Alta de Lisboa. Porque se acreditam no projecto, é preciso valorizá-lo e mostrar que não tem telhados de vidro. Aceitar críticas quando são justas, rebater as injustas e não as tomar como ofensas pessoais ou encará-las como o todo e não a parte.
Quanto ao estilo, isso há muitos. As personalidades das pessoas são diversificadas e evoluem na interacção, desde que exista capacidade de auto-crítica e auto-análise.
Resumindo, o Viver procurará no futuro estar informado, mas gostaríamos muitíssimo que a UPAL e SGAL alterassem a sua forma de comunicação com o exterior, tornando-a institucional, global e acessível a todos os cidadãos. Digo muitas vezes aos meus alunos que o meu objectivo máximo é tornar-me inútil para eles, que eles se desenvolvam tanto que deixem de precisar de um professor. No limite, se a SGAL e UPAL trabalharem bem, o Viver deixa de ser necessário.
Tiago
Não pensei que o post me era dedicado. Achei apenas que devia dar a minha opinião frontalmente e escrever o que lhe tinha dito já oralmente.
Em relação a contestar-se o trabalho concebido e desenvolvido por outrem, por vezes de forma emotiva e precipitada, tem como possível consequência, em certos casos, cometerem-se incorrecções e injustiças. Por isso entendo e defendo como filosofia de vida que nos devemos abster da crítica precipitada. E também entendo que devemos ter a humildade de não opinar e comentar se apenas temos uma ideia muito genérica sobre determinado assunto.
Além disso, sempre lhe transmiti e volto a dizer publicamente que estou sempre disponível (24 h por dia) para responder às suas questões e às dos outros colaboradores do blog se entenderem colocar determinada questão. Tenho esta postura desde sempre e quem me conhece sabe que estou a dizer a verdade. E faço-o a título pessoal dando o meu entendimento sobre as questões não veiculando as posições oficiais de terceiros. E faço-o de forma frontal, expondo-me e assumindo as consequ~encias das minhas palavras.
Por isso, só deixará de estar informado quem quiser.
E faço-o com a consciência de não saber responder a tudo. Mas certamente saberei responder a algumas das questões, fazendo-o com alguma humildade. Que é muito precisa.
Também a quem faz um blog. Dizer que “Na informação o Viver tem feito muito mais pela Alta de Lisboa do que a SGAL ou UPAL” é discutível e algo que eu não diria.
Nesta óptica, reconheço que os parceiros institucionais da Alta de Lisboa nem sempre têm sabido comunicar e transmitir da melhor forma a informação existente. Tem nalguns casos até sido penalizadora. Tudo farei para inverter essa situação o mais rapidamente possível. Há um longo caminho a percorrer.
Mas também é verdade que mesmo quando se informa e divulga iniciativas do projecto nem sempre a imprensa, nem os blogs valorizam e divulgam. Você sabe isso muito bem. Sabe que é muito mais fácil criticar e levantar papões do que abordar os assuntos com rigor e isenção. Alguma da nossa imprensa é assim e alguns dos dinamizadores de blogs são assim. No Viver também se tem caído nalguns casos nessa tentação.
O que não invalidade que o maior esforço de inverter essa situação tenha de ser da SGAL e da CML - UPAL. Mas os moradores e todos aqueles que gostam e valorizam este projecto realmente único também devem ter uma intervenção mais activa não só no levantar questões, dúvidas e opiniões, mas no apresentar de iniciativas e contributos válidos e sérios que chamem a atenção pelas melhores razões. E há tanta coisa a fazer, antes da piada, da crítica e do sarcasmo.
Quanto ao estilo, entendo cada vez mais que ele é importante. A forma é muito importante. Nem sempre gosto do estilo, já disse. Mas a variedade, o ecletismo, a diversidade são claramente uma vantagem.
E por isso aprecio e respeito o Viver, considerando-o um factor essencial à dinamização da Alta de Lisboa e por isso perco o meu tempo durante um dia de trabalho para lhe escrever este comentário.
Um abraço do
Carlos
Carlos,
vamos por partes, então.
Concordo consigo que uma crítica pode ser injusta se carecer de conhecimento profundo e fundamentação teórica e académica no assunto. O Viver já caiu em críticas dessas muitas vezes, com provavelmente terá feito, pelas mesmas razões, elogios injustos e incorrectos. Mas uma opinião, uma sensação, pode ser dada num blog colectivo, feito por moradores, parece-me. Da mesma forma que podemos dizer que passear ao fim da tarde no Parque Oeste é muito agradável, também podemos dizer que nos desagrada que o Parque não tenha bancos com encosto ou iluminação nocturna. Em ambos os casos a opinião é tida sem ter tido possibilidade de acesso ao projecto do Parque, sem falar com quem projectou o parque ou sem ter estudado arquitectura paisagística. Só as críticas são reprováveis, neste caso?
Não estou a tentar ser arrogante mais uma vez, antes que me volte a acusar disso, mas parece-me que o facto de a caixa dos comentários estar aberta serve para, entre outras coisas, contestar as opiniões expressas, e poder até expor a ignorância de quem as escreveu. Deste lado também há exposição pessoal e necessidade de poder de encaixe. Já fui muitas vezes corrigido nos comentários. Como também já fui olhado como “este é que é o palhaço do Tiago, aquele do blog contra a Alta”. Faz parte da coisa.
Sempre lhe elogiei, Carlos, pessoalmente e publicamente a abertura, disponibilidade e conhecimento sobre o projecto da Alta de Lisboa, enriquecido por experimentar três dos principais lados da projecto: enquanto trabalhou na UPAL, agora que trabalha na SGAL, e também enquanto morador. A sua forma de estar é rara, infelizmente, e essa qualidade é reconhecida por muitos. Mas está a colocar a questão da informação de forma errada, a meu ver. Não quis, nem quererei nunca fechar portas, como já disse, e a possibilidade de telefonar é recíproca. Mas a lacuna que apontei ao nível da informação era institucional. O Carlos muito faz e dispõe-se a fazer para compensar essas lacunas. A título pessoal, como disse, de forma frontal, informada e valiosa. Expondo-se com coragem quando o habitual nos que têm sua posição é fechar-se altivamente no gabinete. Mas tem que ver o lado do moradores que optam por vir morar para a Alta de Lisboa com base num projecto que avança com atrasos inexplicáveis e inexplicados por quem de direito e que não dispõem do seu número de telefone.
A sugestão de que o Viver tem a obrigação de aproveitar a sua disponibilidade para informar está a colocar uma pressão nos colaboradores do blog que não me parece justa nem para nós nem para si. Um blog não é um jornal, quem escreve no Viver não é jornalista. Exigir aos moradores que escrevem no blog que tenham o mesmo livro de estilo, o mesmo código de conduta e as mesmas regras deontológicas que um órgão de comunicação social é injusto face ao que realmente representa e implica um blog.
Insisto, Carlos, e reconhecendo mais uma vez a sua dedicação ao projecto, não é obrigação do blog ser um órgão de informação oficial, nem do Carlos substituir-se na comunicação da SGAL ou UPAL. Porque o seu número está disponível para os colaboradores do blog, mas não está certamente a todos os 20000 que vivem na Alta de Lisboa e gostariam de saber porque nunca mais abre o Centro de Saúde, porque não avança a Santos e Castro, o Eixo Central, o eixo pedonal e tantas outras coisas que pelos prazos já avançados deviam estar concluídas.
O Viver é um diário feito a título voluntário por moradores da zona, não é um jornal. Mas se se pode subir a parada do blog, exigindo-lhe rigor, clareza e esforço na procura da informação, também se pode exigir à SGAL, enquanto empreendedora, uma disponibilidade e transparência que nem sempre tem tido. Por exemplo para entregar um projecto de execução de um prédio, que não é propriamente a mesma coisa que ir pedir o segredo dos pastéis de Belém a um dos quatro Chefes pasteleiro que o guardam há décadas. E mesmo assim a comparação de obrigações entre blog e SGAL continua a ser injusta. A SGAL tem de facto essa obrigação legal (que eu saiba, porque já estou outra vez a falar de coisas que não domino), o blog tem, quando muito, obrigação ética.
Todos temos defeitos e nesta frontal mas cordial troca de palavras já fui várias vezes confrontado com os meus. Arrogância, desonestidade intelectual e falta de humildade, é a acusação. Quando disse que “na informação, o Viver tem feito muito mais pela Alta de Lisboa do que a SGAL ou UPAL” estava a basear-me objectivamente no facto de a SGAL ter de há dois anos para cá colocado, contadas agora mesmo, 26 notícias sobre o projecto no seu site, lançado uns 3 ou quatro jornais, feito um vídeo e publicado dois livros (naturalmente não acessíveis a todos). A UPAL, que eu saiba, não tem qualquer forma de fazer output de informação. O Viver conta até agora com 520 posts, tiramos-lhe, muito mas mesmo muito por alto, 220 sobre assuntos que não têm a ver directamente com a Alta, e ficamos com 300 textozinhos, quase sempre acompanhados de fotografia. Com a desproporção de meios ao dispor, parece-me que houve maior empenho deste lado em divulgar o projecto do que em qualquer outro. É falta de humildade fazer as contas assim, certamente, e não nos fica bem, mas não é desonesto intelectualmente e servia para mostrar que o blog não tinha só defeitos. Repare, estou a reportar-me a informação institucional. Onde puderam os moradores saber o que se passava com os assuntos atrás referidos? Bem sei que há limites de linguagem e informação que prendem a SGAL e UPAL, mas não custa nada ter uma mapa de equipamentos, de malhas a lançar, com prazos, ter informação actualizada, que pressione quem tem de pressionar.
Reforça-se por isso o repto lançado atrás à SGAL e UPAL, sem querer desvalorizar ou abdicar da participação que o Carlos tem enquanto morador privilegiadamente informado, e que muito prezo e valoriza não só o blog como todo o projecto. Retirar-se desse campo, seria uma perda, mas concordará que existe de facto algo a fazer.
Quanto ao agarrar nas notícias mais polémicas, em optar por dar as más em vez das boas, estamos de acordo. Tenho imensa pena que os posts mais incómodos sejam sempre os mais comentados. Aquele que fiz há dias sobre o entardecer no Parque Oeste teve até agora apenas 5 comentários, o da plantação de árvores nas ruas, apenas 4 comentários. Cabe aos que acusam o blog de ser contra a Alta, e aos que se incomodam com as notícias incómodas ou mal informadas, não só rebater esses erros como deixar uma palavra de apreço nas boas notícias. Um blog vive muito da interactividade com o público.
Porém, se repararmos nas duas últimas notícias disponibilizadas no site da SGAL, sobre o arranque da 3ª fase do Parque Oeste e sobre o arranque das obras do eixo pedonal, é interessante olhar para as datas avançadas e para a efectiva obra no terreno, inexistente, até agora. Independentemente das razões que levaram, mais uma vez, ao atraso do início da obra, haveria duas maneiras de o blog agarrar na notícia: a de que a SGAL anunciou data para avançar com a obra e a de que afinal a obra não começou. Optámos por não dar nenhuma das duas e esperar que a obra avance realmente. Parece-me mais sério.
Concordo consigo que existe uma diferença grande entre fazer um blog e estar no campo, com dinamização de actividades. Nesse aspecto jamais me poderão acusar de falta de humildade. Recusei várias vezes o convite da ARAL por conhecer à partida as minhas limitações de disponibilidade de tempo, nunca deixando de frisar que o trabalho de campo que a ARAL pode fazer é muitíssimo mais valioso do que o trabalho de um blog. No entanto, cada um saberá da sua disponibilidade e vocação e continuo a achar que as duas coisas são complementares e que muito do trabalho desenvolvido pela rede de parceiros da Alta (CSM, KCidade, ARAL, entre tantas outras) teria muito maiores frutos se fosse mais e melhor divulgado. Mais uma vez, a informação é uma das principais lacunas.
Concluindo, não quero apenas refutar as críticas que legitimamente são feitas ao blog. Faço o papel de advogado de defesa, mas fica sempre qualquer coisa na consciência para no futuro procurar fazer um trabalho melhor. Espero que a SGAL tenha a mesma postura, que perceba que a viabilidade do projecto da Alta de Lisboa passa muito pela qualidade das casas que vende, pela transparência de processos e comunicação com os seus clientes e que pense a longo prazo e não só no lucro rápido. E que talvez seja hora de expor publicamente as implicações do contrato que assinou com CML e que nem sempre tem sido cumprido por esta.
De resto, como sempre tenho dito, a simbiose entre as partes interessa a todos, se o objectivo for fazer bem à cidade. Continuo por isso totalmente disponível para colaborar, desde que os papéis estejam bem claros.
Com estima,
Um abraço do Tiago
Tiago,
Não pretendo alongar esta agradável troca de palavras e por isso vou saltar por alguns aspectos e algumas imprecisões, dizendo apenas três breves coisas:
A primeira, que já reconheci no meu comentário anterior, pretende-se com o deficit de informação e má comunicação institucional que tem existido. Há muito a fazer. E tenho-me empenhado e vou continuar a me empenhar para que melhore substancialmente a comunicação e informação da SGAL.
Assim, o repto lançado está aceite.
Em segundo lugar, para reiterar que a forma. o destaque, o estilo com que muitos posts são colocados e são escritos, aspectos que são muito importantes, volto a dizer, por vezes são pouco rigorosos quando podiam não ser. Repito quando podiam não ser.
Em terceiro para fazer ao Viver um desafio: reunir “institucionalmente” com a SGAL com a periodicidade que entender. Pode ser semanalmente, quinzenalmente, mensalmente. Eu sugiro semanalmente, tendo em conta o número de posts lançados. Por exemplo todas as 6.ªs Feiras.
Naturalmente, que o convite é feito a todos os colaboradores do Viver e não apenas a si.
Já transmiti à ARAL, na pessoa de alguns dos seus membros, que a SGAL está disponível para prestar todos os esclarecimentos que entendam colocar, reunindo e debatendo as vezes que entenderem. Propus, até, organizarmos um passeio/visita pela Alta (sem ser de bicicleta...) no qual se esclareceria todas as dúvidas e prestaria toda a informação. Até agora, contudo, para surpresa minha, ainda não houve qualquer solicitação nesse sentido.
Fica de novo o convite.
Esta disponibilidade, que não substitui, como é evidente, a necessidade de melhor informar que referi em primeiro lugar, pode de alguma forma contribuir para “institucionalmente” prestar mais informação e melhorar a troca de impressões.
No último ano a SGAL, que eu tenha conhecimento, não negou a realização de nenhuma reunião ou troca de impressões. Houve contactos regulares com a UDAL, com o Águias da Musgueira, com o Centro Social da Musgueira, com a Associação de Moradores do Bairro da Cruz Vermelha, com a Fundação Aga Khan, com alguns condomínios.
Faço eu, pois, um repto de o Viver também reunir “institucionalmente”. Assim, só não estará informado se não quiser. Só cometerá lapsos e imprecisões se quiser.
Não acho que o Viver tenha que ter o mesmo rigor que um meio de comunicação, (partindo do principio que há rigor e isenção neste). Mas a partir do momento em que atinge o destaque que atingiu, por mérito próprio, tem, em meu entender, o “dever” de ser o mais rigoroso, o mais credível, o menos precipitado e injusto possível.
Será que assim para si os papeis estão bem claros?
Um abraço cordial do
Carlos
Alguém me pode dizer quem é o Carlos?
Exactamente! Quem é o Carlos?
Já agora, se é quem eu imagino que seja (alguém ligado à SGAL e até com funções responsáveis), gostaria de ter também o seu telefone ou telemóvel para lhe poder ligar quando quiser... A porta foi ele que a abriu. Só estou a querer entrar.. Ou será que a porta aberta é só para alguns, só porque têm um meio de comunicação de massa e tocam muita gente? Porque será que fica sempre esta sensação de que são muito abertos apenas a quem possa prejudicar a sua imagem? Foi o Carlos quem o disse: a partir do momento que se torna - por mérito - alguém com visibilidade tem de se ter uma opinião de rigor e perguntar primeiro. Mas por que será que o Carlos não "afirma" primeiro - vulgo, informar, publicitar, divulgar, tornar tudo transparante - para depois se poder perguntar?
Antes de exigir, conviria talvez ter menos a arrogância de quem está em cima e colocar-se ao nível do transeunte...
A vida ensina aos médicos que tudo mudará na vida deles e na sua visão da profissão quando forem atendidos como pacientes...
Caro Carlos,
Tive oportunidade de lhe comunicar no nosso último encontro (já lá vão uns meses largos) que a ARAL tinha todo o interesse em ter contactos regulares com a SGAL, disse-lhe também que iríamos enviar um pedido de audiência formal à comissão executiva da SGAL, a carta seguiu no dia 11 de Março até hoje não tivemos qualquer resposta. Não leve a mal, mas parece-me correcto que independentemente de todas as conversas informais que possamos ter, haja também uma relação institucional entre a SGAL e a ARAL. Já reunimos com todas as instituições e intervenientes locais às quais pedimos audiências, curiosamente só não obtivemos resposta da Comissão Executiva da SGAL e do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Cumprimentos,
João Tito Basto
Direcção da ARAL
Caros leitores deste blog,
Num dos comentários anteriores poderá ter ficado a ideia de que o promotor imobiliário reúne periodicamente com os principais intervenientes do Alto do Lumiar numa postura de salutar abertura. Não posso, obviamente, falar por outras entidades mas sinto ser minha obrigação informar os leitores deste blog (e apenas a eles me dirijo) que a minha experiência tem mostrado que, relativamente aos Condomínios da Torre, Lotes 15.5 e 15.2 (de que sou co-Administrador e Administrador respectivamente, para além de ser morador no CT15.5) tal postura não se tem manifestado, podendo ser confirmada a morosidade, o alheamento, o distanciamento, face a diversas solicitações e problemáticas, longe de serem “caprichos” ou “estados psicológicos” dos moradores desses Condomínios.
Ainda em nome do rigor e da verdade, é também minha obrigação informar que, muito recentemente, este promotor se apresentou disponível para reunir (apenas no CT15.2; promessa antiga para o caso do CT15.5), bem como para propor uma alternativa para a substituição das placas partidas do piso 0 dos CTs (é verdade que reuniu com todos os CTs para mostrar essa proposta). Talvez seja uma mudança de atitude imposta pela nova Administração do promotor (oxalá assim o seja) ou talvez não.
Luís Lucena
Carlos,
O seu convite parece sincero e confirma a disponibilidade que sempre mostrou. No entanto, não nos parece justo colocar sobre um grupo de moradores a pressão e obrigação, o “dever”, como lhe chama, de buscar a informação que passa num gabinete da SGAL, mas que não está disponível para o comum dos mortais, um qualquer morador da Alta de Lisboa que não tenha um blog com visibilidade ou que integre alguma das instituições que referiu.
Não sendo o Viver um porta-voz da SGAL, mas antes um espaço onde alguns moradores mostram a sua visão do projecto, baseados na sua vivência e informação disponibilizada ou procurada, não nos parece correcto exigir aos dinamizadores do blog que tenham um papel que a SGAL não consegui ou não quis assumir até agora.
Proponho um exercício de imaginação: suponhamos que a SGAL tinha um departamento de comunicação, uma equipa de redacção que escrevia num estilo inócuo, institucional, e que reunisse consigo uma vez por semana. Imaginemos também que, na pior das hipóteses, de cada reunião saísse apenas uma notícia, o que seria muito pouco, mas eficaz para este exemplo. Ao fim de dois anos, a SGAL teria no seu site 104 notícias. Bastante longe das 27 realmente publicadas no período de tempo referido. De realçar que a informação assenta não só nas palavras como nas imagens, e que as 27 notícias do site não têm qualquer imagem associada para que os leitores identifiquem mais facilmente o local.
Se desagrada a alegada falta de rigor do blog, a precipitação, o estilo, e se encontra em si disponibilidade total para veicular informação, deve a SGAL, ou mesmo o próprio Carlos, criar um blog sobre a Alta de Lisboa que dê o exemplo como se deve informar, como se deve escrever num estilo correcto, rigoroso, credível e justo.
Só dessa forma toda a informação relevante chegará aos moradores sem incorrecções, juízos injusto ou estilo desadequado. E aí sim, se fugíssemos à verdade só a nós poderia ser imputada responsabilidade por não termos lido a informação disponibilizada pela SGAL.
A controvérsia subjacente a esta conversa, a meu ver, é que o Carlos considera que terão os moradores obrigação de bater à porta da SGAL para se informar, e não a SGAL a informar voluntariamente os moradores. A nosso ver, A SGAL tem de mudar a sua política de comunicação, tem de se profissionalizar nesse aspecto e isto é uma recomendação que não é nova. Como não é nova a assunção de há muito a fazer para mudar a situação. Deve exigir-se aos moradores o que é exigível, deve exigir-se ao blog o que é exigível, mas deve, em primeiro lugar, dar-se o exemplo. E esse exemplo deve partir da empresa.
Não está em causa o mérito e boa-fé que o Carlos sempre teve como entusiasta do projecto. Desejo que a SGAL não desperdice o seu conhecimento profundo sobre a Alta de Lisboa, acumulado na UPAL e agora na SGAL, que aliado à sua capacidade de comunicação, dá-lhe características difíceis de reunir e necessárias para um papel que urge cada vez mais.
Concluindo, penitenciando-me por mais uma vez não ter a capacidade concisão que gostaria de ter, não leia nestas palavra falta de vontade de continuar a partilhar opiniões, a colaborar para que a Alta de Lisboa funcione e seja um sucesso. Defeitos e imprecisões existem em todo o lado e só se aprende com o diálogo. Uma última palavra para a SGAL, que nisto tudo não tem apenas defeitos: considero que a Alta de Lisboa não estaria melhor se fosse retalhada em lotes e entregue a diversos empreiteiros. Existe na política urbana da SGAL coerência e exigência na escolha dos arquitectos. Mesmo que alguns projectos revelem problemas, maleitas, mesmo que este conceito de cidade seja discutível para alguns. As críticas deverão servir para melhorar e não para voltar costas. A Alta de Lisboa precisa de uma SGAL dinâmica, frontal, sem medos e inseguranças, disponível a ouvir críticas, e capaz de as rebater pacificamente, de forma fundamentada, sem pessoalizar as discussões.
O desafio está lançado: Tem a SGAL capacidade e vontade de disponibilizar toda a informação possível sobre o andamento do projecto? Tem a SGAL vontade e capacidade de ser transparente com os seus clientes? Esperemos que sim, sem depender de blogs de moradores.
Um abraço,
Tiago
Tiago,
Assim nunca mais terminamos a troca de argumentos...
Permita-me que lhe diga que há uma grande confusão no que diz.
Nunca pretendi, não pretendo e seria um disparate, uma prepotência, querer usar o Viver para ser porta voz da SGAL. Você sabe que nunca o fiz e penso que sabe que nunca, mas nunca, o faria. Não tem qualquer sentido.
Não considero, de todo, que tenham que ser os moradores a vir bater à porta da SGAL. Não é essa a ideia. Nunca foi. Parece-me, até, injusto que da minha proposta se queira retirar esse objectivo.
Já reconheci que há muito a mudar na forma de comunicar da SGAL e estamos a trabalhar para isso. Site, jornal, provavelmente blog. Além dos habituais meios: telefones, carta, e-mail.
O que critiquei foi, perante tantas coisas boas do projecto, desde o planeamento, passando pelos arquitectos escolhidos, pelas zonas verdes de enorme qualidade, pelos equipamentos de enorme qualidade, pelo cumprimento das regras urbanísticas, veja-se o alinhamento de cérceas e a implantação dois edifícios, pela qualidade dos PER, etc, muitas vezes o blog aponte o pormenor.
É uma tentação muito típica de alguma imprensa, de alguns fazedores de opinião, do português em geral, que por vezes o Viver também cai.
Volto a dar um exemplo - que já é "famoso" nas nossas conversas - perante um Parque Urbano como o Parque Oeste, de enorme qualidade, com materiais fantásticos – calçada, betão branco, ferro - com uma concepção muito original, com um sistema de aproveitamento da água, com inegáveis vantagens ecológicas, com um custo elevado, com uma execução rigorosa, de uma beleza indesmentível, que é o maior parque a ser construído em Lisboa nos últimos 10 anos e constitui um dos maiores de Lisboa, que saiu do papel e não é um mero projecto de que muito se fala mas que não existe, que ao fim de um ano é um exemplo de sucesso, de convivência entre todos da Alta, que cresce e desenvolve todos os dias, o Viver, apesar de algumas referências, se tenha preocupado com os bancos sem costas.
Faça uma rápida análise ao número de posts e comentários que foram sendo feitos sobre o Parque Oeste (recupere sobretudo aqueles do Verão passado) tirando aqueles de fotografias e diga-me se não há mais "mas" do que "elogios".
Os bancos sem costas (que por sinal até existem na parte junto ás palmeiras que ligam ao Eixo Central) são certamente importantes e eu pessoalmente até posso considerar que seriam úteis, a critica do negativo também se deve fazer, mas será assim tão importante perante tudo o resto. Não parece um pouco pequenino?
Pode ser injustiça minha, mas considero que por vezes o Viver chama mais a atenção para o menos bom do que para as vantagens. E isso é claramente visível em alguns dos seus colaboradores.
Esta critica é extensível à forma como se tem falado dos Jardins de S. Bartolomeu. Perante um projecto assumidamente diferente, arrojado, de qualidade. Com um preço m2 de venda ao público face ao produto em causa que considero extremamente vantajoso. Com materiais e áreas muito positivas. Com uma arquitectura paisagista de uma elegância e simplicidade fantásticas. Com um enquadramento perante um Parque Urbano absolutamente transcendente, falemos sistematicamente nos vidros e na sua limpeza e no calor.
Posso estar enganado, mas não conheço nenhum empreendimento em Lisboa que tenha quartos com áreas tão vantajosas, como as dos Jardins, tendo presente o preço final. Aliado a uma escolha de materiais muito feliz, simples e original.
Habito nos Jardins há quase um ano e volto a dizer que não sinto qualquer problema com a questão térmica. Faço a necessária circulação de ar, abrindo todos os dias as janelas, tenho umas cortinas na sala e cozinha e nada mais. Não defendo e a SGAL também não defende o recurso ao ar condicionado.
Verifico sistematicamente que nesta altura do ano, nomeadamente da parte da manhã, a maior parte dos moradores dos Jardins estão de janelas fechadas. O que torna difícil arejar e ventilar as casas. Muitos não têm qualquer cortina de protecção.
Depois, vem a questão da limpeza. Como limpar os vidros. A SGAL e o projectista deviam ter pensado nisto. É muito difícil limpar os vidros. Conclusão: nabice, erro de projecto, falta de zelo, falta de preocupação.
Ou seja, conforme já tive oportunidade de dizer, a forma como se lançam os assuntos é essencial. A predisposição que temos para os abordar pode condicionar a reacção que provocamos ou queremos provocar.
Colocarmo-nos, ao abordar um assunto, com a ideia que detectámos um aspecto negativo que o outro não pensou e nós achamos que devia ter pensado, pode resvalar para a presunção.
Colocarmo-nos na posição de fiscais, detentores da verdade e zeladores da lógica e do bom senso, pode levar a cometer injustiças.
Por isso disse que se deve optar por confirmar os factos, apurar os porquês, saber a versão do outro lado, e não partir do principio que sabemos mais, que somos mais sensíveis, mais preocupados que os outros.
Foi essa a disponibilidade que manifestei para, na medida do possível, ajudar a que não se cometam injustiças e que a abordagem feita pelo Viver seja a mais rigorosa possível.
Porque isso credibiliza o próprio Viver.
Fi-lo com as melhores intenções. Porque aprecio muito o papel que tem e que nunca poderá, nem deverá, ser feito pela SGAL. Porque o respeito, a si, Tiago e muito o considero.
Porque me custa que o Viver seja utilizado para expor questões pessoais, para desabafos instantâneos, para criticas fáceis. Sei que não é essa a intenção base do Viver, mas considero que infelizmente isso por vezes acontece. E as reacções desta nossa troca de argumentos são a prova disso mesmo.
Assim, para terminar, o convite para institucionalmente trocar impressões mantém-se, a intenção de a SGAL comunicar melhor também, a sugestão para o Viver se quiser ser mais rigoroso também. A comunicação tem duas vias/dois sentidos.
Ninguém pretende manipular, nem controlar, nem definir o estilo do Viver. Ninguém quer que o Viver seja porta-voz da SGAL, nunca quis. A comunicação da SGAL não colide de forma nenhuma com o papel do Viver. Que é grande e decisivo.
Ninguém defende que os moradores (e os não moradores) devam vir bater á porta da SGAL, beber a informação. Mas se tiverem alguma dúvida por que não? É, ou não, preferível procurar saber do que presumir?
O desafio, mais um, feito por si está aceite. Gostaria que o meu também o fosse. Sem papões, nem fantasmas. Com frontalidade e verdade.
A SGAL e eu próprio estamos disponíveis para aprofundar, manter e iniciar todos os contactos necessários para que a informação que circula sobre a Alta de Lisboa seja rigorosa, justa e verdadeira.
Reitero, por isso, o que disse no meu comentário anterior que tem sido essa a postura, perante as principais instituições e entidades da Alta e perante os moradores. E pretendemos que seja mais intensa, frequente e melhor.
A título pessoal também não quero deixar de com cordialidade e amizade lhe dizer que estarei sempre disponível para trocar impressões consigo, que aliás já sinto saudades, porque gosto, porque me enriquece, me estimula e me faz muitas vezes pensar em aspectos que não pensei.
Abraço do
Carlos
Carlos,
as palavras simpáticas que me dirige são sinceramente retribuídas. Que as divergências e o debate não passem do campo da retórica e da discussão de ideias e princípios para a animosidade pessoal. É sempre difícil gerir estas coisas, todos sabemos, mas com inteligência pode discutir-se tudo, aprendendo.
Não me quero alongar mais neste assunto, sobretudo por falta de tempo. Vou entrar num mês complicado para a minha disponibilidade para o blog, mais uma vez.
Percebo o que diz, a sua queixa. No entanto não quero deixar de referir que escolher morar na Alta de Lisboa é, conhecendo o projecto, apostar num conceito de cidade planeada. Quem lê os livros publicados pela SGAL, quem vê a maravilhosa maquete do stand de vendas, adquire uma ideia de novo bairro bastante aliciante. Os prazos optimistas que os vendedores da SGAL nos dão apressam-nos a escolha. Depois é que são os problemas, como bem sabe. O projecto fantástico é do conhecimento de todos, e só não é de mais pessoas porque a SGAL tem sido muito comedida na sua publicidade. E como são do conhecimento de todos as virtudes do projecto, é natural que depois as pessoas, moradores, bloggers incluídos, se detenham no inesperado: os atrasos, a falta de explicações, e alguns pormenores que afectam o dia-a-dia.
Muitos deste pormenores são subjectivos, como a questão dos bancos com encosto ou a iluminação nocturna. Mas podem ser discutidos.
Atente no exemplo das árvores nas ruas. É suposto as ruas terem árvores. O blog mostrou algumas ruas que não tinham ainda árvores. É isto um pormenor? A meu ver, não. Mas depois de plantadas, voltámos ao local, fotografámos e publicámos a boa nova. Uma boa nova que não é sequer um mérito da SGAL, é um detalhe do projecto que estava previsto, uma obrigação contractual da SGAL. Ou seja, da mesma forma que mostramos situações que pensamos poderem ser corrigidas também mostramos os lados positivos.
Não mostramos todos os lados positivos, como também não mostramos todos os negativos. Se o fizessemos, se calhar esta conversa iria durar mais umas quantas mensagens. Seja como for, mostrar um aspecto negativo não coloca em causa a Alta de Lisboa.
Quanto ao calor do JSB, esperemos por Julho e Agosto. Espero sinceramente estar enganado, como já lhe disse, e ter de engolir tudo o que disse até agora. Fa-lo-ei publicamente sem problema. Homenagearei o arquitecto se as casas não fizerem efeito estufa, se forem agradáveis de habitar em pleno Verão.
Quanto aos diferentes estilos do blog, são criticáveis nos comentários. Fazer um blog implica uma exposição superior a não o fazer e é esse um dos preços que estamos dispostos a pagar. Não acho que as motivações do que tem sido escrito sejam mesquinhas. Mas não sendo este blog um jornal, não sendo qualquer um de nós cronista, mas sobretudo moradores que se juntaram para dar a conhecer a sua vivência do projecto ou da vida na cidade, é natural que as opiniões sejam pessoais. É desejável, até. Opiniões impessoais não têm piada nenhuma.
Quanto ao repto lançado por nós, continuo a considerar depender bastante mais da vontade ou da existência de uma pessoa que escreva o mais frequentemente possível toda a informação que existir sobre a Alta. Impessoal, objectiva, preto no branco. E isso não depende de um site, de um designer gráfico. O site já existe, um blog pode passar a existir em 5 minutos, como oportunamente referiu a Joana lá em cima. A mudança de atitude pode ser feita hoje. Acredito que não seja fácil, que dê trabalho a escrever como a filtrar o que pode ou não ser dito. Será uma trabalho talvez menos livre que o nosso.
Outra possibilidade é experimentar mesmo um blog pessoal onde mostre os tais pormenores positivos que gostaria de ver mais expostos no Viver.
Mas Carlos, acho óptimo que possamos discutir os assuntos, realmente sem tabus, sem medos, sem defesas. Às vezes por telefone, outras pessoalmente, outras, como esta, publicamente. Como disse, se formos inteligentes, só temos a ganhar com o debate.
Com amizade, um abraço do
Tiago
Tiago,
Um blog pessoal creio não ter muito sentido. Mas quem sabe.
De qualquer forma pretendo continuar a intervir no Viver comentando, elogiando, corrigindo e criticando as posições e os comentários que me pareçam merecer essa atitude.
Assumi o compromisso de mudarmos. O mais rapidamente possível. E vamos fazê-lo.
Mas será impressão minha ou não vi nenhum compromisso da vossa parte em como vão tentar ser mais rigorosos, mais objectivos, não só referindo o que é obrigação contratual da SGAL como as árvores, mas também aquilo que vai muito mais além da sua obrigação contratual, como a qualidade do Parque Oeste, por exemplo. Ou como os campos de futebol do Complexo Desportivo cuja relva sintética, por exemplo, é idêntica à do famoso Milan, finalista da Liga dos Campeões. Ou as escolas. Os os PER. Muitos aspectos vão baastante além dos compromissos contratuais. E não se diga que é só por "interesse comercial".
Já para não falar na parte mais comercial do projecto, os edifícios e suas zonas comuns, as áreas, materiais e acabamentos.
Será que isso está fora do perfil “editorial” do blog? Só quem tem interesse directo e comercial no projecto é que o deve fazer?
A “César o que é de César” será mais justo, mais correcto, mais verdadeiro e mais credível.
Não abdicarei desta posição. E discutirei naturalmente com gosto consigo todos os temas. Da forma, no momento e no lugar que quiser. De maneira frontal, verdadeira e sem tabus. Aliás, como sempre tenho feito.
Que todos que participam no blog o façam também.
Abraço amigo
Carlos
Já acabou o namoro?
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