Para atenuar o impiedoso declive das colinas de Lisboa, foram construídos, há mais de um século, vários ascensores, também chamados funiculares, que percorriam as inclinações que os "americanos", carros que rolavam sobre carris puxados por cavalos, não conseguiam fazer. Chegaram a existir seis, contando com o de Santa Justa, o único que é verdadeiramente elevador, mas duas das carreiras funiculares foram entretanto substituídas. Uma delas ligava o Largo do Camões à Estrela, percurso que agora é feito pelo eléctrico nº28, e outro atravessava a Mouraria, unindo o Martim Moniz à Graça.
O Ascensor do Lavra foi o primeiro a ser instalado, em 1884. Une o Largo da Anunciada, junto à Avenida da Liberdade, à Travessa do Forno de Torel, já no cimo da colina, junto do Campo dos Mártires da Pátria.
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O Ascensor da Bica liga a Rua de S. Paulo ao Largo do Calhariz, junto ao Bairro Alto.
E o Elevador de Santa Justa abrevia a Rua do Carmo, unindo o Largo do Carmo à Baixa Pombalina.
Falta mostrar o Ascensor da Glória, mas as obras no túnel do comboio na Gare do Rossio impede-o, por enquanto, de circular. Estes transportes públicos foram considerados Monumentos Nacionais em 2002, o que os salva de uma qualquer loucura que os substitua por outro veículo mais rápido, eficiente e cómodo. Sendo cada vez mais utilizados por turistas encantados com a poesia que escorre nas colinas de Lisboa, devem ser bem mais rentáveis assim.
2 comentários:
Tiago, lembro-me de estudar no Campo Martires da Patria e descer o elevador do Lavra de vez em quando. Uma delicia! As vezes tambem apanhava o 28 para encontrar o meu namorado do outro lado da colina. Enfim! saudades. muitas.
Também eu passei muitos anos da minha infância pelas bandas do elevador do Lavra que subi e desci vezes e vezes sem conta, mas como verdadeira alfacinha que me considero o Campo Mártires da Pátria, será para sempre o Campo de Santana, tal e qual lhe chamava (entre outros) o Vasquinho da Anatomia...
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