sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

Blog do Vereador António Prôa



A democracia consiste, entre outras coisas, na eleição, por sufrágio universal, das pessoas que ocuparão os lugares de decisão. Pretende-se que a escolha seja feita pela vontade da maioria e não por linha sucessória hereditária, como é uma monarquia, por poder económico, como é numa qualquer empresa cotada na bolsa, ou à lei da bala, como uma ditadura.

No entanto, a verdadeira Democracia não deverá limitar-se a esta escolha, ficando depois os governantes eleitos a tomar decisões sem prestar contas a quem quer que seja até à eleição seguinte, anos depois.

Não sendo ainda possível uma democracia directa, por excessiva burocratização dos sistemas ou por desinteresse dos cidadãos, é mesmo assim importante que os governantes não adquiram tiques despóticos, tomando decisões a partir dos seus gabinetes sem ter em conta as pessoas que participaram no processo eleitoral que os elegeu.

Uma abertura verdadeira às opiniões dos cidadãos, a capacidade de ouvir, reflectir e decidir em conformidade com o interesse público é o que qualquer político devia ter como princípio base do seu comportamento. E se infelizmente muitos têm sido os exemplos que fazem aumentar a descrença e desilusão no sistema político português, há por vezes pessoas que, só por ter este tipo de humildade, se destacam positivamente no panorama geral.

É o caso do Vereador António Prôa, que criou um blog para estreitar a relação com os munícipes, independentemente dos canais que a própria CML coloca ao dispor. O texto de abertura é bastante esclarecedor das boas intenções do autarca.

É esta vontade de comunicação que deve existir sempre, em simbiose, cúmplice, com objectivos comuns. Esta porta deverá ser usada por nós, que procuramos que a Alta de Lisboa cresça saudavelmente, onde se pense o amanhã sem esquecer o dia de hoje.

Se esta iniciativa é uma mera operação de imagem ou uma vontade e capacidade de realizar o melhor possível as funções para as quais foi eleito, é o que o tempo e a interacção que munícipes e vereador tiverem irão provar. Por agora, enquanto iniciativa, é de louvar.

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