sábado, 8 de outubro de 2005

O repto deu em nada



Dois emails diletantes, três ausências de resposta, cinco casos de desinteresse. Que o Alto do Lumiar precisa de atenção e implementação de equipamentos, como o disseram os candidatos à CML no último debate televisivo, qualquer morador da Alta de Lisboa o sabe. Que existe um plano de urbanização que vai sendo cumprido também se sabe. Mas qualquer projecto tem uma fase de planeamento e previsão a longo prazo e também uma necessidade de avaliação do presente para aferir a necessidade de acelerar a implementação do que estava previsto ou mesmo a alteração de algo para corrigir ou compensar eventuais desequilíbrios.

A Alta de Lisboa atraiu e atrai muita gente precisamente porque o projecto inicial é muito aliciante. Mas a realidade existente não é um mar de rosas, há problemas que não podem esperar meses pela inércia, preguiça, incompetência ou ignorância dos poderes.

O silêncio deste repto, das cinco listas candidatas à CML, das listas candidatas à Junta de Freguesia da Ameixoeira, Junta de Freguesia da Charneca do Lumiar e Junta de Freguesia do Lumiar não augura nada de bom. O desleixo e desinteresse por parte das autoridades competentes quanto à implementação e manutenção do PUAL, como tem vindo a ser constatado nos vários blogs da Alta de Lisboa, parece estar para ficar, tornando este mega investimento menos interessante e apelativo. Talvez quando se aperceberem disto SGAL, UPAL, GEBALIS, JF e CML actuem com maior rapidez.

Não há dúvida que é nas pessoas que reside a esperança de construir um mundo melhor, começando nas nossas casas, nas nossas ruas, bairros, cidades, países. Depende das pessoas, se quiserem. Depende de nós, se quisermos. Se nos juntarmos, se formos solidários, se gostarmos de viver em comunidade, se quisermos melhorar as nossas vidas. E se finalmente percebermos que não temos de ser refém resignados, amargurados com a falta de qualidade do sistema e actores políticos que temos. A união faz a força.

Não é necessária vocação política para querer mudar as coisas, é necessário amor à vida, vontade de viver. Está nas nossas mãos.

3 comentários:

x disse...

É impressionante!!! Ainda perguntam porque é que a democracia está em crise.

O que temos não é uma democracia, é uma demagogia. Quando interrogados sobre casos concretos todos gaguejam e ninguém responde...

Pedro Cruz Gomes disse...

Aindantará alguma coisa dizer (escrever) "era o que estava à espera"?
Pode ser que, dada a média etária e o nível de educação médio dos novos habitantes da Alta, impere o espírito cívico (motivado inicialmente pela necessidade de defesa dos interesses próprios) e se criam estruturas próprias de defesa do bairro. O caso de Telheiras é um bom exemplo a seguir: a associação de moradores é extremamente activa e interveniente (ainda que não se tenha conseguido opor à desnsificação urbanística operada pela EPUL-em-busca-de-verbas-para-pagar-as-aventuras-da-presidência nos últimos anos). Boa-sorte! (seria tão bom que no Lumiar houvesse um movimento igual)

Rodrigo Bastos disse...

Serve o presente comentário para constatar o facto de que até no campo virtual uma parte da nossa classe política é autistas e outra dize "inverdades". Arre!!!

O mundo virtual é mesmo um espelho do real...