domingo, 17 de julho de 2005

Pressão imobiliária


(Edifícios Dolce Farniente, junto ao Parque das Conchas)


A questão já foi trazida há tempos pelo Pedro, mas resolvi lembrá-la de novo. Na parte Sul da Alta de Lisboa a densidade de construção é enorme. Não é este o ideal de cidade que devemos procurar, ruas estreitas para edifícios altíssimos.

Uma regra usada no planeamento urbanístico consiste em estabelecer como altura máxima de um edifício a largura da rua. Ou seja, uma pessoa, do outro lado da rua, para ver céu, não terá que inclinar a cabeça mais que 45º.

Não sei se esta regra vigora como lei em Portugal, se está contemplada no PDM de Lisboa, e se o que se passa no local apresentado na foto é normal.

18 comentários:

Anónimo disse...

Normal é, infelizmente. Basta ir a Telheiras.

Anónimo disse...

Esta questão é pertinente, no entanto a forma como é abordada merece alguns reparos:
- Não é só na zona sul da Alta que a questão se levanta senão veja-se o caso de condominios como os do Parque, Jardins de S. Bartolomeu e Colina de S. Gonçalo, este último inclusivé junto a uma muralha que sustem a encosta adjacente;
- Parece ter existido o cuidado de quem projectou a Alta de implementar ruas curtas por forma a minimizar este tipo de "problemas";
- A altura dos edificios está directamente relacionada com os custos dos terrenos, quanto mais caro o terreno mais alto tem de ser o edificio por forma a baixar o preço dos apartamentos;
- Esta fotografia é bastante enganadora. Quem visitar a zona poderá verificar que a distância entre edificios é geralmente superior a 30 metros. Os edificios D. Farniente não se encontram exactamente no seguimento dos edificios adjacentes o que faz com que as ruas pareçam mais estreitas. Finalmente, o facto do limite dos edificios formar uma espécie de "V" faz com que em nenhum ponto desta malha (malha 3) seja necessário olhar para cima para ver o céu.

Podemos perceber que nos encontramos bastante melhor do que por exemplo o bairro alto (edificios de 6 andares, ruas com 4 a 8 metros de largura) ou a mouraria (edificios de dois andares, ruas com 3 ou 4 metros de largura) e, sim, telheiras...

Ponto Verde disse...

Muito mau mesmo, e é isto considerado habitação de luxo!!! Onde estão os arquitectos e urbanistas?

Pedro Veiga disse...

Infelizmente, o respeito por esta norma só acontece em muito poucas zonas de Lisboa, como por exemplo os Olivais. De resto e, sobretudo em todas as construções mais recentes, a proximidade dos prédios é bastante reduzida. Os casos mais gritantes prendem-se com a existência de quarteirões muito fechados sem permeabilidade, como é o caso mostrado na fotografia. Ironicamente um dos edifícios que fecha este quarteirão é o "evolution" ...

Anónimo disse...

Mais uma vez a referência negativa ao "evolution"... No entanto tendo em conta outros condominios existentes na Alta, não percebo porque não falam deles:
- Jardins de S. Bartlomeu e Colina de S. Gonçalo: Edificios construidos em "E" que no 1º caso é tapado pelo Condomínio do Parque e no 2º pelo paredão que sustem a colina que lhe dá nome;
- Condomínio do Parque: Contrução em triângulo tornado o interior quase fechado o que permitiu a construção da piscina;
Condomínio da torre: Contrução em "G" que torna o interior quase fechado;
Colina S. João de Brito: Edificios em "U" estando virados um para o outro formando um rectângulo quase fechado;
Parque S. J. de Brito e o conjunto de edificios entre os quais o "Evolution": Construção em "U" sendo que a "parte aberta" dá no 1º caso para uma avenida larga e no segundo para o Parque das Conchas.
Podem dizer que estou a defender o "Evolution" porque fui lá que comprei casa, no entanto não me procupa a densidade de construção porque se calhar é o local onde menos se nota.
Vi num blog qualquer, não me lembra qual, que os "coitados" que tinham comprado no "Evolution" tinham comprado caro e não iam ter sol, pois para mim a manhã toda com sol a entrar pela casa é mais que suficiente.
Uma grande vantagem é que o "Evolution" não é comercializado pela SGAL, o que quer dizer que conto ter a minha casa quando me disseram que a ia ter e não no verão de 2007.
O que me deixa preocupado, não só por acontecer mas também por ninguém falar, é que na Colina de S. Gonçalo onde os apartamentos não foram sequer entregues, estejam a cair as lajes das fachadas dos prédios. Quem tem telhados de vidro...

Anónimo disse...

Parece-me que, de uma ou de outra forma, estamos todos a dizer o mesmo.

Se por um lado queremos acreditar que a concretização do projecto Alta de Lisboa vai estar à altura das expectativas criadas, por outro lado vamo-nos apercebendo que nem tudo está a acontecer como desejado (ou imaginado). A aquisição das habitações em planta é dada a erros de percepção e, muitas vezes, com o avançar da obra, torna-se óbvio que estavam implicitos compromissos que nenhum de nós havia identificado: a volumetria é um deles bem como a concentração de edifícios e a já referida estreiteza das vias. Faço eco das preocupações de todos.

Quero ainda assim acreditar que, face à dimensão do projecto Alta de Lisboa, a fiscalização acontece e o urbanismo não é uma palavra vã - o trabalho desenvolvido e o cumprimento do plano inicial são indicadores de uma filosofia distinta da que deu origem a Telheiras.

Resta-nos manter o espírito crítico, por nós e pelos futuros compradores, para que possam tomar a melhor decisão.

Pedro Veiga disse...

Caro Ricardo Soares,

Não é necessário tanta agressividade! De facto não existem condomínios perfeitos!
Aliás, é pelo facto de as nossas urbanizações serem de um modo geral de tão baixo nível é que toda a zona da Alta de Lisboa se pode considerar uma zona de eleição (independentemente do construtor ou do promotor).
Por não ter dinheiro suficiente para comprar uma casa melhor tenho vivido estes últimos 10 anos na linha de Sintra, por isso sei bem o que é viver em zona caóticas sem nenhum ordenamento, onde impera a lei do pato bravo! Uma das grandes qualidades da Alta, que se aplica a todos os edifícios contruídos, é a existência de avenidas e ruas largas ligadas entre si com lógica. Oxalá o edifício evolution seja bom para quem tenha posses para lá morar, pois quanto maior for o número de pessoas satisfeitas melhor!

Anónimo disse...

De maneira nenhuma quis ser agressivo na minha reposta. No entanto quis mostrar que existem problemas muito mais pertinentes do que o mencionado. Por acaso hoje decidi dar uma volta pela Alta tendo o cuidado de o fazer com um olhar bastante critico e posso enumerar muitas das coisas que vi:
- Junto ao P. S. João de Brito, Evolution e afins o estacionamento em cima dos passeios e na rotunda quando a meia dezena de metros existem inúmeros locais onde deixar carros. A mesma situação na rua entre o Cond. e o Parque das Conchas obrigando as pessoas a circularem pelo meio da estrada;
- Na rua entre o Cond. e o Páteo S. João de Brito num lado temos um patim do prédio parcialmente destruído e do outro lado da rua temos um contador de água para obras "esquecido";
- Na Av. Helena Vaz da Silva "estão esquecidos" no minimo 4 postes de electricidade, um dos quais em plena faixa de rodagem e outro em frente a uma paragem de autocarro;
- As famigeradas placas do Cond. da Torre (Se repararem na Av. H. V. da Silva as placas estão todas inteiras, foi inteligente terem feito a parte de baixo em cimento!);
- O facto de ainda estarem em obras a Col. S. Gonçalo e o Cond. do Parque onde já deviam estar a viver os compradores há meses ou anos (Curiosamente o preço do m2 no Evolution é menor que no Cond. do Parque);
- Os "paredões" que já falei anteriormente na Colina, no Parque Lisboa(Também já vi uma foto algures) e o morro em frente ao Cond. da Torre inclusivé com prédios em cima que das duas uma, ou ficam junto com o morro, ou desaparece tudo e lá vamos ter mais realojamentos;
Obviamente que todos olhamos para estes "pormaiores", no entanto foi aqui que escolhemos viver e ninguém tem o direito de nos criticar pelas nossas escolhas. Uns com mais posses que outros, uns com mais sacrificios que outros vamos conseguindo o nosso sonho que é ter casa para os próximos anos ou decadas. Este é um projecto que ainda está a uma decada de estar terminado e ainda vamos ter muitos prédios altos, muitas paragens de autocarro provisórias, muitos atrasos (O LX vem-me à mente). Infelizmente não existe um único condomínio na Alta, ou noutro sitio, que não tenha os seus problemas, desde o vizinho "ranhoso" até problemas realmente graves como infiltrações.
No geral estou contente com a escolha que fiz há seis meses e voltaria a escolher o mesmo se fosse hoje. Não adianta criticar o que está feito, o que adianta é criticar o que se vai fazer, o funcionamento dos vários serviços e a atitude de alguns que só pensam neles.

Anónimo disse...

Se o Arq. Tomás Taveira fizer a mesma 'porcaria' que se está a fazer , acho que vou morar p'ro PER ou penduro-me na varanda do Páteo! (ainda) há muito terreno para Nascente !!!não penalizem os moradores do Páteo S. João de Brito !!!
é uma tristeza e revolta ver o tipo de construção e a 'pensada'importância dada às pessoas que à custa do seu salário compram um apartamento.
O edificio evolution e irmãos estão lindos !! mas só se lhe meterm uma placa em cima (sempre faziam um aquário)
deste comentários, o que li 'literalmente' é o da comparação ao bairro alto!! até nem ficava mal na Alta as peixeiras à janela !!! desde que fossem tipo 'Marisa.....'

Anónimo disse...

para o ponto verde !: os arquitectos e urbanistas devem estar a re-pensar ou a tentar traduzir o conteudo latente dos sonhos, porque o conteúdo manifesto, está à vista !não sei que raio de curso alguns arquitectos têm ! não deve ser de arquitectura ou 'paisagística', mas afinal o que é a a paisagem ?! no entender dos ditos deve ser: tudo ao monte (a táctica do Pedroto)
Uma coisa é certa: devia ser proibido vender casas no papel)


Sérgio

Pedro Veiga disse...

Há que distinguir as diferentes situações de implantação dos edifícios nos terrenos. Existem problemas estéticos, ambientais e geotécnicos. Estes últimos podem ser bem mais perigosos em caso de chuvas intensas ou sismos. Isto é mais um tema de discussão muito interessante.

Anónimo disse...

cf se constata, neste blog discute-se e refuta-se, com elevação,!
mas, Sr. pedro veiga, a respostas não entram........

Anónimo disse...

por acaso, agora entrou !!!! mais logo vou manifestar algumas 'ideias' mais viradas para aquilo que se vai fazer na ALTA, pois 'burro morto, cevada no rabo ou em CEE : 'chover no molhado' não é eficaz......,fundamental é : críticar o que se vai fazer, de modo a que TODOS possam ter mais prazer onde vivem !!!!afinal eu não sou o dono do Páteo S. João de Brito !!!!!e não vivo lá só eu !
mas, temos de reconhecer que os planos no seu conjunto não traduzem uma construção do sec.XXI

Anónimo disse...

autor das 2 últimas msg: Sérgio.
Acrescento: concordo consigo qdo refere os problemas mencionados. Daí, a exigência de discutir o que ainda se pode modificar.Da minha parte, vou escrever para todo o lado, 'pessoas' uma vez que são 'concretas' e dizer-lhes o que gostava que se fizesse, assim como exigir os meus direitos.....
Boa tarde
Sérgio

Anónimo disse...

neste tipo de 'conversas' há sempre uns ranhosos como o António Gouveia.O tipo é mal educado, provocador e de classe baixa.se alguém me indicar as referências , agradecia. O gajo que vá ofender a família dele e nem deviam aceitar que ele participasse nos temas da ALTA. o gajo devia ir morar p'ra cova da moura. de Certeza que tb já beneficiou do IRS dos outros.

Anónimo disse...

O António Gouveia deve ter vindo dum bairro social ou então deve morar no PER, porque borlista é ele......o tipo é mal educado e não lhe devem dar resposta e não deviam aceitar as provocações dele.è um grande cobardolas..............tipos como este só fazem merda para onde vão.
Sérgio

Anónimo disse...

vejam a sequência ads respostas que o gajo me deu !!!!!!!! de certeza de ele vive numa casa paga à custa do meu IRS

Anónimo disse...

O António Gouveia que vá chamar de borlista à familia dele. De certeza que ele mora no PER , numa casa dada pela Câmara à custa do IRS dos outros.O gajo que vá à merda mais o blogger dele.